terça-feira, 13 de novembro de 2012

Classe média agora rivaliza em número com pobres na América Latina, diz Banco Mundial 13/11/2012


Em 2003, a classe média somava 103 milhões e hoje, 152 milhões. Uma expansão, portanto, de 50% nesse estrato social

A redução da pobreza na América Latina e no Caribe, nos últimos dez anos, fez com que a classe média incorporasse 30% da população da região, equivalente a 49 milhões de pessoas, entre 2003 e 2009, segundo dados de relatório divulgado nesta terça-feira (13/11) pelo Banco Mundial sobre mobilidade econômica e ascensão da classe média na América Latina.

Os números do Bird revelam que a classe média na região somava 103 milhões de pessoas em 2003, e seis anos depois contava 152 milhões. Uma expansão, portanto, de 50% nesse estrato social. Em contrapartida, o percentual de pobres na região caiu de 44% para 30% da população, no mesmo período. Entre os países com melhor desempenho está o Brasil, conforme o Banco Mundial.

De acordo com o relatório do Bird, divulgado no auditório do Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada), em Brasília, 40% da ascensão social ocorreram no Brasil, onde a classe média representa hoje em torno de um terço da população. Dado diferente da estimativa do governo brasileiro, que aponta 53% dos 190,7 milhões na classe média.

Vulnerabilidade

O relatório ressalta, no entanto, que apesar de grande número de famílias ter emergido da pobreza nos últimos anos, uma proporção elevada (aproximadamente 38 % da população da região) ainda apresenta grau elevado de vulnerabilidade e enfrenta o risco de cair novamente na pobreza, caso ocorra uma piora no ambiente macroeconômico nacional ou internacional.

Para o Bird, a redução da pobreza e a expansão da classe média na região avançaram em ritmo muito lento, durante décadas, porque o baixo crescimento e a persistente desigualdade detiveram o progresso. Nos últimos dez anos, no entanto, a renda dos mais pobres teve significativa melhora, devido a mudanças nas políticas governamentais, que enfatizaram a criação de programas sociais e a estabilidade macroeconômica.

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