terça-feira, 6 de novembro de 2012

Cosam e Copersucar investem R$3,4 milhões em ferrovias 06/11/2012

Do Estadão
Grupos reduzem custos e poluição com ferrovias
Investimentos de R$ 3,4 bilhões da Cosan e da Coopersucar eliminam 62 mil viagens de caminhão por ano
Luciana Collet
Projetos que favorecem a redução de custos de exportação de açúcar, ao mesmo tempo em que retiram caminhões das estradas e reduzem emissões de gases poluentes, são prioridade para grandes empresas do setor, como o Grupo Cosan e a Copersucar. Ambas anunciaram investimentos que, somados, atingem R$ 3,4 bilhões em projetos logísticos até 2015 e podem propiciar uma redução de pelo menos 62 mil viagens de caminhões por mês.
A Cosan, por meio de sua empresa logística Rumo, está investindo R$ 1,4 bilhão em terminais e reforma de linhas férreas, que permitirão o escoamento de 11 milhões de toneladas anuais de açúcar por ferrovia até 2015.
- Mudaremos o transporte de açúcar produzido na Região Centro-Sul ao Porto de Santos do modal rodoviário para o ferroviário. Com isso, deixarão de circular pelas estradas 30 mil caminhões por mês - disse o diretor-presidente da Cosan, Marcos Lutz.
A empresa acaba de inaugurar a primeira fase de um terminal intermodal na cidade de Itirapina, no interior de São Paulo. O complexo, que já recebeu R$ 100 milhões, abriga, por ora, um armazém com capacidade para 110 mil toneladas, uma tulha ferroviária para carregamento dos vagões, com capacidade de 44 mil toneladas, e um ramal ferroviário de 5,6 quilômetros, capaz de realizar o carregamento com a composição em movimento. Até 2015, o terminal deve movimentar até 12 milhões de toneladas de açúcar e grãos por ano.
A Rumo também investiu na compra de 50 locomotivas e 729 vagões e está recuperando, em parceria com a América Latina Logística (ALL), a malha ferroviária entre Itirapina e Santos. E ainda desenvolve projetos para a cobertura de seus terminais no Porto de Santos, a fim de embarcar açúcar mesmo nos dias chuvosos. De acordo com o diretor-presidente da Rumo, Julio Fontana Neto, o terminal deixa de operar por até 120 dias no ano por causa das chuvas.
Ele informou que, do volume total de açúcar processado pela Raízen, uma joint venture entre Cosan e Shell para produção de açúcar e etanol e distribuição de combustíveis, cerca de 60% foram escoados pela ferrovia na última safra. A meta é chegar a 90% quando todo o investimento for concluído.
Terminal multimodal recebe R$ 30 milhões
Já a Copersucar anunciou investimentos de R$ 2 bilhões em logística. Esse valor inclui a expansão da capacidade de armazenar e transportar açúcar por ferrovia até o Porto de Santos e a ampliação da logística de escoamento de etanol, além da participação da empresa na implantação de um etanolduto.
A Copersucar quer transportar por ferrovias 70% de seu açúcar a granel até 2015, contra 50% atualmente. A empresa já investiu R$ 30 milhões na ampliação do Terminal Multimodal de Ribeirão Preto, para aumentar a capacidade de recepção, armazenagem e expedição de açúcar, além de maior velocidade nas operações, que são feitas pela Ferrovia Centro-Atlântica (FCA).
Segundo seu presidente-executivo, Paulo Roberto de Souza, a Copersucar terá mais três terminais multimodais para o escoamento de açúcar até 2015, dois no estado de São Paulo e um em Minas Gerais.

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