quinta-feira, 22 de novembro de 2012

Empresas de energia solar disputam mercado de R$ 2,5 bi no Amazonas 22/11/2012


VENCESLAU BORLINA FILHO
ENVIADO ESPECIAL A IRANDUBA (AM)
Cinco mil comunidades isoladas ainda não têm energia elétrica contínua no Estado do Amazonas. De olho nesse mercado, empresas de energia solar têm desenvolvido soluções para levar luz a esses locais --um negócio estimado em R$ 2,5 bilhões.
Para o governo federal, a energia solar é a mais viável na região entre as outras alternativas --eólica, biomassa e hidrelétrica. Esta última é alvo de polêmicas relacionadas à destruição da floresta para passagem de linhas de transmissão e fornecimento.
Editoria de Arte/Folhapress
"Das tecnologias testadas, a solar tem o melhor resultado. Mas as concessionárias podem fazer a opção que melhor se adaptar a cada localidade", disse o diretor nacional do programa Luz para Todos, Aurélio Pavão de Farias.
Até 2014, o Luz para Todos tem a meta de levar energia elétrica a 30,5 mil pontos de consumo em comunidades isoladas dos Estados do Amazonas, do Pará e do Acre, com 100% de subvenção do governo. O restante deverá ser por conta das concessionárias.
Leilões estão sendo planejados. No Pará, será para 1.450 pontos de consumo. No Amazonas, o certame atenderá 1.300 pontos.
Segundo a Abinee (Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica), o país tem 20 MW de potência instalada de energia solar.
Somente para abastecer as 5.000 comunidades isoladas do Amazonas, seria necessário dobrar essa capacidade.
Na comunidade de Tumbira, a duas horas de barco de Manaus, 20 famílias passaram a ter energia elétrica por 24 horas todos os dias graças a um sistema solar. Antes, chegava apenas por quatro horas diárias, vinda de um gerador movido a diesel.
O projeto, piloto, foi desenvolvimento ao custo de R$ 1 milhão pela multinacional Schneider Electric em parceria com a FAS (Fundação Amazonas Sustentável) e o governo amazonense e já incorporado ao portfólio da empresa para venda.
O objetivo, segundo a presidente da Schneider no Brasil, Tânia Cosentino, é comercializar a tecnologia no sistema Plug&Play (ligar e usar) para as concessionárias de energia responsáveis por atender as comunidades isoladas existentes no país.
"É um projeto replicável e mais viável econômico e ambientalmente por não ter custo elevado, não destruir a floresta e não emitir poluentes", afirma ela.
O repórter VENCESLAU BORLINA FILHO viajou a convite da Schneider Electric

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