sexta-feira, 16 de novembro de 2012

Onda de violência em SP e SC tem repercussão internacional 16/11/2012

Vermelho

A onda de violência que afeta os estados de São Paulo e Santa Catarina ganhou destaque na imprensa internacional nesta quinta-feira (15). Em São Paulo, em mais uma noite violenta, foram registradas 13 mortes, cinco delas em Araraquara. Entre as vítimas na Grande São Paulo, dois policiais militares e um civil.



O site americano The Huffington Post destaca que, após uma trégua de seis anos entre a polícia e o crime organizado, a violência voltou a assustar moradores de favelas de São Paulo. Já o jornal argentino Clarín repercute os ataques em Florianópolis e outras cidades catarinenses, um dos principais destinos dos turistas argentinos no Brasil.

Lembrando que São Paulo receberá a abertura da Copa do Mundo em 2014, o site americano ouviu moradores de favelas paulistanas que relatam cenas de guerra e menciona os quase 150 homicídios nas últimas duas semanas, além dos 94 policiais executados só neste ano. Ao The Huffington Post, especialistas disseram que os ataques são uma resposta à "quebra da trégua informal" entre o governo e a facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC).

O diário argentino ressalta que a violência chegou a Florianópolis mesmo sem diminuir na capital paulista. O Clarín destaca que, entre os 35 ataques que ocorreram desde segunda-feira, um ônibus foi incendiado "na conhecida praia dos Ingleses". De acordo com o jornal, a onda de crimes ameaça o setor hoteleiro, que teme uma baixa no turismo no final do ano.

"Em um dos hotéis de Florianópolis, os gerentes informaram aos hóspedes que evitem os ônibus e não saiam à noite", diz a reportagem.

Ao Clarín, a Associação Brasileira da Indústria Hoteleira de Santa Catarina disse que "sem dúvida, isso afeta o turismo". A entidade também avalia que as regiões mais turísticas foram escolhidas de forma deliberada pelos criminosos para realizar os ataques.

Governo Alckmin

Mais uma vez, o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), negou que exista uma crise na segurança pública do Estado. As declarações foram dadas na manhã desta quinta (15) em lançamento de um edital para a construção do prolongamento da Linha 9-Esmeralda da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM), de Jurubatuba até a região de Parelheiros, no terminal Varginha. O governador tem encerrado as entrevistas coletivas logo após ser questionado sobre a onda de violência, sempre citando a operação conjunta da Polícia Civil com o governo federal, já em andamento.

Com informações do Terra

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