Comandante
da Marinha, Almirante Julio Soares de Moura Neto, mostra a futura base
de submarinos da Marinha, em Itaguaí (RJ), ao ministro de Defesa da
França, Jean Yves Le Drian Foto - Vladimir Platonow ABr
Vladimir Platonow
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro – O Brasil dará um passo
importante no domínio da tecnologia de submarinos convencionais e
nucleares com a inauguração da Unidade de Fabricação de Estruturas
Metálicas (UFEM), em Itaguaí, prevista para este mês. Em uma área
construída de 90 mil metros quadrados, com destaque para o hangar
principal, de 47 metros de altura, serão feitos os segmentos dos
submarinos que depois seguirão para montagem no estaleiro.
A unidade está inserida em um complexo
com 750 mil metros quadrados, a 90 quilômetros do centro do Rio. O
local, além do estaleiro e da própria Ufem, também abrigará a base naval
da Marinha. Para ligar a base ao estaleiro, foi escavado na rocha um
túnel de 700 metros de extensão, por 14 metros de diâmetro. Os esforços
fazem parte do Programa de Desenvolvimento de Submarinos (PROSUB), que
garantirá ao Brasil quatro modernos submarinos convencionais, a partir
de 2017, e um submarino nuclear, previsto para entrar em operação até
2025.
O investimento do governo brasileiro, só
na montagem das estruturas, fora os custos com os submarinos, chega a R$
4,997 bilhões, dos quais R$ 2,8 bilhões já foram aplicados, com
previsão de liberação de mais R$ 1,4 bilhão no Orçamento da União de
2013. As informações foram divulgadas hoje (5), pelo assessor da
gerência do projeto, capitão de mar e guerra João Carlos Pimenta. Ele
participou da visita que o ministro da Defesa da França, Jean-Yves Le
Drian, e o comandante da Marinha, Julio Soares de Moura Neto, fizeram ao
local das obras.
O PROSUB é resultado de uma
parceria entre o governo brasileiro, iniciada no governo do então
presidente Luiz Inácio Lula da Silva, com a França, que prevê repasse de
tecnologia francesa ao Brasil para a construção dos submarinos,
principalmente o nuclear. (Nota DefesaNet - O acordo entre a França e o
Brasil exclui os componentes nucleares que estão em desenvolvimento no
complexo de ARAMAR - Link para o acordo do PROSUB)
O interesse do país em desenvolver uma
frota de submarinos, mais moderna do que a atual, de tecnologia alemã,
se justifica pela proteção aos campos petrolíferos do pré-sal, além de
garantir soberania brasileira à chamada Amazônia Azul, como é conhecida a
zona econômica exclusiva (ZEE) de 200 milhas náuticas (370 quilômetros)
a partir da costa, compondo uma extensão de 3,6 milhões de quilômetros
quadrados. Além do petróleo, o subsolo marítimo guarda outras riquezas,
incluindo metais nobres.Notas DefesaNet - Para maior informação sobre o complexo industrial-militar de Itaguaí acesse Marinha do Brasil na LAAD 2011 Link
Acesse a Cobertura Especial PROSUB com um acervo de artigos e análises desde a formação do Programa Link
Nenhum comentário:
Postar um comentário