Reserva do mercado de seguros supera R$ 500 bilhões 08/05/2013
O novo presidente da Confederação Nacional das
Empresas de Seguros Gerais, Previdência Privada e Vida, Saúde Suplementar e
Capitalização (CNseg), Marco Antônio Rossi, que assume nesta terça-feira a
entidade, afirmou que o mercado desses contratos vive um momento especial e
possui uma reserva acima dos R$ 500 bilhões. De acordo com Rossi, o objetivo do
setor é ter um crescimento real de 5% ao ano. "É o nosso objetivo para os
próximos três anos. Estamos com energia e possibilidade que aconteça", afirmou.
Ele disse que o mercado de seguros representava 1% do Produto Interno Bruto
(PIB) na década de 1990 e chegou próximo de 6% em 2012, o que mostra grande
transformação no mundo de indenizações.Rossi atribui esta transformação no mercado ao
trabalho intenso das seguradoras para entender o que a população gostaria de
ter, além de ser fruto de um País mais rico. No entanto, o novo presidente da
CNseg disse que o Brasil ainda está muito longe de alcançar o patamar de países
avançados. "Somos a 15.ª nação do mundo em consumo de seguro. A penetração
do seguro nas famílias está muito aquém e daquilo que é importante para o País.
A seguradora tem papel de complementar em áreas onde o Estado não tem condições
de fazer a cobertura completa", disse."O mundo do seguros é muito complexo, é
grande e com perspectiva de crescimento ainda maior." Rossi disse que cem
mil profissionais trabalham na atividade no País, que 1 bilhão de procedimentos
médicos foram pagos em 2012 e 500 mil bebês nasceram por meio dos planos de saúde
suplementar e outros 500 mil benefícios diretos por morte foram despendidos.
"Os hospitais são cobertos pela saúde suplementar, principal fonte de
pagamento dos grandes hospitais do País", disse. O novo presidente do
CNseg, que também preside a Bradesco Seguros, assume a presidência da
confederação em substituição a Jorge Hilário Gouvêa Vieira, que esteve à frente
da entidade nos últimos três anos. Rossi disse que há grande
possibilidade de ser implementado este ano no País o seguro de automóvel
popular. Segundo o novo presidente da CNseg, o seguro de automóvel atualmente é
destinado para quem tem nível de carro alto e mais caro. "Quem tem carro
mais antigo não tem cobertura porque temos um conjunto de normas e leis que não
permite usar peças não originais e faz o seguro ser mais difícil de ser
colocado para esta camada da população. A reutilização de peças ou não
originais faria com que o preço do seguro caísse no País", declarou.Conforme Rossi, a construção desse novo produto é
trabalhada pela Superintendência de Seguros Privados (Susep). "A
construção de um produto é um pouco morosa, mas há grande possibilidade de que
ocorra este ano", afirmou. Ele também defendeu a necessidade de ampliação
do seguro-saúde, como VGBL saúde. "O País tem um problema. Nós estamos
vivendo cada dia mais e, se não construirmos uma provisão para que uma pessoa,
agora com 30 anos, possa bancar a saúde quando precisar, o governo não terá
condições de bancar a saúde para todo mundo", disse.
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