sexta-feira, 16 de agosto de 2013

Parte II: Caso Renova. Aécio tenta apagar rastro de R$4.5 bilhões 16/08/2013

Novo Jornal
Investigações colocam em evidência a utilização de R$ 4,5 bilhões do patrimônio 
mineiro para financiar implantação na Bahia de fábrica da Alstom

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Marco Aurélio Carone
Diante do escândalo do Cartel Alstom/Siemens, começa a naufragar o projeto
megalomaníaco de Poder desenvolvido pelo grupo de Aécio Neves que não
encontrou limite de atuação na área de energia, ao utilizar-se do Patrimônio
Público do Estado de Minas Gerais para elegê-lo presidente da República em
2014.
Alstom e Siemens, réus confessos no escândalo do Metrô e transporte sobre
trilhos em São Paulo, tradicionais e principais financiadoras do PSDB paulista,
cooptadas através de seus ex-dirigentes a integrar o projeto político de Aécio
Neves através do esquema montado pela CEMIG, estão sendo vasculhadas pelo
 CADE e Ministério Público.
Evidente que se encontra na CEMIG as maiores irregularidades envolvendo a
prática de Cartel, porém a cooptação dos dirigentes das multinacionais visando
 evitar maiores fiscalizações ocorreram através de tentáculos no denominado
“Burgo dos Neves”, formado por empresas subsidiarias integrais da CEMIG e
da Light. 
Diante do vazamento seletivo de participação apenas no esquema de corrupção
montado na área de transporte sobre trilhos pela Alstom/Siemens em São Paulo
e DF, o governador paulista Geraldo Alkimin e o ex José Serra, cientes da
armadilha e contrariados com o abandono dos companheiros do PSDB nacional
 mandou um recado direto a Aécio Neves ao informar que o Cartel não atuou só
 em São Paulo, no Metrô, sua atuação estendeu-se também para as empresas de
energia de diversos Estados, recomendando que sejam também elas investigadas. 
Na matéria, “Parte I: Cartel Siemens/Alstom nasceu em Minas Gerais”, abordamos
 a até então pouco explicável indicação pelo ex-governador hoje senador Aécio
 Neves do ex-presidente da Alstom José Luiz Alquéres, investigado pela prática
de Cartel pelo CADE, para presidir a Light, empresa adquirida pela CEMIG. 
Repetindo á prática adotada na CEMIG, foi através da Light, para evitar rastro,
que Aécio promoveu uma série de aquisições, sendo uma delas a empresa Renova
especializada em energia eólica. Como em relação a outras empresas, através da
Renova alianças e acordos comerciais foram celebrados apenas no intuito de gerar
caixa para sua campanha, poder na política e economia dos demais Estados da
Federação e a “boa vontade” das grandes corporações multinacionais.  
Novojornal noticiou o fato em dezembro de 2012 na matéria; “CEMIG: 
Consumidor mineiro financia "Império da Energia", mostrando que a CEMIG
vinha há anos criando empresas denominadas subsidiarias integrais utilizando
seu crédito, receita e patrimônio sem levar em conta os riscos e a viabilidade
econômica das mesmas. 
Anteriormente em julho de 2012 o Governo de Minas anunciava; “com investimento
 de R$ 1,2 bilhão fora inaugurado, no Sudoeste da Bahia, o Complexo Eólico 
Alto Sertão I, um empreendimento da Renova Energia, empresa do Grupo Cemig 
especializada na geração de energia renovável. Considerado o maior do gênero 
na América Latina, o complexo eólico irá gerar 294 MW de energia, o que 
representa um incremento de 29,4% na matriz eólica do país, atualmente na ordem
 de 1 GW.

Localizado nos municípios baianos de Caetité, Guanambi e Igaporã é composto
 por 14 parques, que tiveram sua energia comercializada para a Câmara de 
Comercialização de Energia Elétrica (CCEE). São 184 aerogeradores de 1,6 MW 
e cada parque irar gerar até 30 MW. A energia gerada pelo Complexo Alto Sertão I
 é suficiente para garantir o consumo de uma cidade com 540 mil residências ou 
cerca de 2,16 milhões de habitantes, considerando quatro pessoas por residência”.
Ao mesmo tempo que em julho de 2012  o Governo de Minas anunciava o
 investimento de R$ 1,2 bilhão na Renova, o jornal "Brasil Econômico" noticiava; 
“Uma das principais parcerias do setor energético no Brasil foi anunciada nesta 
quarta-feira pela Renova Energia e a francesa Alstom. As companhias assinaram 
a carta de intenções durante evento para clientes e fornecedores em São Paulo”. 

"A parceria consolida a nossa posição de liderança nesse segmento e vai gerar 
desenvolvimento para a região, disse ao Brasil Econômico, Marcos Costa, presidente
 da Alstom Brasil e vice-presidente de Global Power Sales na América Latina”.

“Jerôme Pécresse, presidente mundial do setor de energias renováveis da Alstom,
 afirmou que a parceria coloca a companhia em uma posição diferenciada no 
mercado de energia na América Latina. "Esta é uma parceria ambiciosa, o maior 
acordo onshore da Alstom para a área eólica mundialmente. Nossa intenção é que 
seja um relacionamento duradouro." 

“A previsão é de que os aerogeradores comecem a ser entregues a partir de 2015,
 processo previsto para ser concluído entre três e quatro anos. Para a Renova, a 
parceria trará vantagens competitivas e financeiras, já que os geradores da Alstom 
sairão da fábrica a alguns quilômetros dali, o que significa menor custo com logística,
 maior rapidez na entrega e na manutenção”.
Em fevereiro de 2013 a revista "Veja" noticiou: “Renova fecha acordo de € 1 bi com 
Alstom e faz aposta alta em eólicas”. A matéria informava ainda que; “mesmo
 sem linhas de transmissão suficientes para fazer com que a energia saia dos parques
 eólicos, empresa fecha contrato incomum no setor: a compra de maquinário antes 
mesmo que haja demanda”. 

“A notícia não só surpreende pelo volume do investimento (o maior anunciado pela
 Renova até hoje), que dimensiona o tamanho da aposta da empresa no setor eólico 
brasileiro, como também é uma prática incomum no mercado de energia, geralmente 
as empresas só contratam maquinários para atender a demanda já vendida. O acordo
 com a Alstom contempla também a prestação de serviços de operação e manutenção,
 mas não impede que, para outros projetos, a Renova contrate outros fornecedores ou
que a Alstom venda para outras companhias de energia os maquinários”. 
Á exemplo da ferrovia do Aço, obra bilionária construída no período do Golpe Civil
Militar de 1964, sinônimo de desperdício de dinheiro público, o Complexo Eólico Alto
 Sertão está sendo construído a um custo de R$4,5 bilhões para gerar energia mesmo
 sem a existência de linhas de transmissão para venda do produzido. 
Fontes do mercado de energia já haviam denunciado que a aquisição de parte do
capital da Renova ocorrido coincidentemente após a saída de Alqueres da Light,
ocasião que recebeu uma indenização de R$ 30 milhões, visou apenas dar a empresa
 garantias para celebração de financiamentos bilionários inclusive perante o BNDES
 para compra sem qualquer licitação de equipamentos da francesa Alstom, uma vez
que Renova é uma empresa privada. 
Até a compra da participação acionaria pela Light os geradores de energia do parque
 eólico da empresa Renova eram da marca GE sendo substituídos pelos da Alstom,
viabilizando a construção de uma fábrica da multinacional francesa em Camaçari na
Bahia. Segundo as mesmas fontes a comprovação de que a lucratividade da empresa
Renova passou a ser uma questão secundária, para não gerar desconfiança e
 repercussão, a principal cláusula do acordo de acionistas celebrado entre Renova e
 Light, foi à retirada de suas ações da Bolsa de Valores. 
Diante das investigações e da proporção que ganhou o escândalo do Cartel Alstom/
Siemens o grupo de Aécio tenta agora apagar o rastro de R$ 4,5 bilhões criado com
garantias do patrimônio público do Estado de Minas Gerais para em tese beneficiar
]apenas a Alstom. 

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