Este blogue não concorda com o Golpe. RESISTÊNCIA JÁ A morte da Marisa, não é diferente da morte dos milhares no Iraque, invadido, na Líbia destroçada, entre outros, as mãos são as mesmas, acrescentadas dos traidores locais.
DIÁRIO DO OCUPA BRASIL link
sexta-feira, 28 de fevereiro de 2014
Gráfico: quanto cresceu a renda da classe média, entre 2002 e 2013, em cada grupo 28/02/2013
Ver reportagem completa em: http://tijolaco.com.br/blog/?p=14729
A guerra contra Delúbio, por Paulo Moreira Leite 28/02/2014
IstoÉ
Absolvido por quadrilha, Delubio assegurou pena em regime semiaberto mas justiça acaba de suspender seu direito ao trabalho
Por Paulo Moreira Leite
Ao anunciar, ontem, a decisão de suspender o regime semiaberto de Delúbio Soares, o juiz Bruno Ribeiro tomou uma decisão errada na hora errada.
O juiz Bruno foi escolhido a dedo por Joaquim Barbosa para cumprir o papel de guardião dos condenados da AP 470.
A medida foi anunciada horas depois da derrota de Joaquim no Supremo Tribunal Federal. Ao rejeitar a acusação por formação de quadrilha, os ministros derrubaram qualquer hipótese de Delúbio e outros réus em situação semelhante serem mantidos em regime fechado.
Mesmo assim, a medida está longe de ser uma surpresa.
Mostra que seguimos no país da novilíngua. (Você sabe: era este o idioma no país de 1984, aquele romance de George Orwell).
Num trabalho de reconstituição difícil, pois o prisioneiro não dá entrevistas nem se dispõe a conversar com jornalistas, é possível reconstituir episódios ocorridos em dias anteriores.
Através de advogados e autoridades penitenciárias, foi possível saber que, nas últimas semanas, Delúbio recebeu vários sinais de que, cedo ou tarde, poderia perder a liberdade recém conquistada.
Assim se informa que, recentemente, Delúbio foi procurado por um dos responsáveis pelo CPP, onde encontra-se recolhido desde que foi transferido para o semiaberto. Nessa ocasião, lhe foi dito que não poderia permanecer na ala do presídio reservada aos ex-policiais, onde fora instalado desde a chegada.
Isso porque não era ex-policial, o que poderia, como toda pessoa familiarizada com a novilíngua da AP 470 já percebeu, ser definido como um “privilégio. “
Em função disso, a proposta era que fosse transferido para o “fundão” do CPP, uma área aberta, com centenas de prisioneiros, com menos controle e menor segurança – o que explica porque ex-policiais não podem ficar ali. Por via das dúvidas, queriam saber se ele estava disposto a assinar um documento, declarando-se inteiramente convencido de que o novo local apresentava boas condições de segurança.
Entendendo a mensagem novilíngua tão óbvia, Delúbio só prosseguiu a conversa na presença de um advogado.
O caso foi parar na Secretaria de Administração Penitenciária, órgão do governo do Distrito Federal, que, como o próprio nome diz, tem a responsabilidade legal para definir o que se passa em presídios e centros de detenção. Num país onde funciona a divisão entre poderes, sem novilíngua, a Justiça julga e o Executivo, executa. Alguma dúvida?
A Secretaria tem a palavra final sobre o destino de todos os prisioneiros, suas condições no cárcere – que podem variar conforme o comportamento – e assim por diante. A ideia de retirar Delúbio da ala onde se encontram ex-policiais, como se pretendia no CPP, mas estava em desacordo com a Secretaria, morreu ali.
O argumento é que locais diferenciados costumam ser reservados a prisioneiros diferenciados, o que inclui ex-policiais mas também os chamados presos de notoriedade. Todos estão sob a guarda do Estado, que devem impedir que sejam alvo de atos violentos por parte de outros condenados. Chantagens, sequestros de familiares e outros episódios desse tipo são comuns e é natural que se faça o possível para evita-los. Não é “privilégio”, George Orwell.
(O próprio Marcos Valério chegou a ser torturado numa penitenciaria em São Paulo, onde ficou detido por um episódio sem relação com a AP 470.)
As pressões prosseguiram, para alimentar a narrativa novilíngua dos “privilégios “ dos prisioneiros da AP 470. Novilíngua mesmo.
Oito “privilegiados” prisioneiros da AP 470 não só foram vítimas de uma acusação indiscutivelmente errada, de formação de quadrilha, como demonstrou o STF ontem, mas também receberam penas agravadas artificialmente, em função de uma “discrepância “ provocada pelo “impulso de superar a prescrição do crime de quadrilha e até de se modificar o regime inicial de cumprimento das penas", como disse o ministro Luiz Roberto Barroso, num voto corajoso e competente.
Olha só a novilíngua.
Sem as penas agravadas por essa acusação errada e exagerada, condenados como Dirceu e Delúbio nunca poderiam ter sido condenados a penas em regime fechado.
Não teria sido necessário apresentar embargos infringentes – e lutar com bravura pelo simples direito de recorrer a eles, numa votação apertada e dramática.
A novilíngua dos privilégios inclui a manutenção de José Dirceu por mais de 90 dias em regime fechado.
Como acontece com Delúbio, o direito de Dirceu ao regime semiaberto estava fora de dúvida antes mesmo da votação de ontem, e não foi questionado por um fiapo de prova jurídica – apenas novilínguas acumuladas, insinuadas e nunca sustentadas. O caso do telefone da Bahia foi esclarecido na medida em que é possível esclarecer tantos episódios confusos, até porque comprovou-se uma circunstancia impeditiva: naquele dia, o ex-ministro da Casa Civil não saiu de sua cela.
Mas o ministério público do DF alega que se fez uma investigação “atípica” para apurar o caso e pede novos esclarecimentos. Depois de muitos outros, este é o argumento jurídico que mantém Dirceu atrás das grades.
O argumento político você sabe.
Em nossa novilíngua, o Direito se inverte. Em dúvida, decide-se contra o réu. É o que acontece com Dirceu e também com Delúbio.
Ao “suspender temporariamente” um direito inquestionável, , o juiz Bruno Ribeiro avança por um atalho que lhe permite punir o prisioneiro sem a necessidade de provar que ele fez alguma coisa errada.
Segundo a Folha, Bruno Ribeiro alega que é preciso “investigar supostas regalias” como “alimentação diferenciada” e “visitas em horário impróprio."
Estamos falando de uma feijoada que alguns colegas de prisão serviram a Delúbio, num caso banal da prisão – todos os ingredientes estão disponíveis na cantina do centro de detenção. A visita diz respeito a um líder dos agentes penitenciários que deu um “oi” a Delúbio.
Privilégios imensos na existência de um prisioneiro que só por um erro foi condenado a regime fechado. Uma visão que comparou o PT ao bando de Lampião. Que passou oito anos dizendo que um ministro chefe da Casa Civil era "chefe de quadrilha."
Absolvido por quadrilha, Delubio assegurou pena em regime semiaberto mas justiça acaba de suspender seu direito ao trabalho
Por Paulo Moreira Leite
Ao anunciar, ontem, a decisão de suspender o regime semiaberto de Delúbio Soares, o juiz Bruno Ribeiro tomou uma decisão errada na hora errada.
O juiz Bruno foi escolhido a dedo por Joaquim Barbosa para cumprir o papel de guardião dos condenados da AP 470.
A medida foi anunciada horas depois da derrota de Joaquim no Supremo Tribunal Federal. Ao rejeitar a acusação por formação de quadrilha, os ministros derrubaram qualquer hipótese de Delúbio e outros réus em situação semelhante serem mantidos em regime fechado.
Mesmo assim, a medida está longe de ser uma surpresa.
Mostra que seguimos no país da novilíngua. (Você sabe: era este o idioma no país de 1984, aquele romance de George Orwell).
Num trabalho de reconstituição difícil, pois o prisioneiro não dá entrevistas nem se dispõe a conversar com jornalistas, é possível reconstituir episódios ocorridos em dias anteriores.
Através de advogados e autoridades penitenciárias, foi possível saber que, nas últimas semanas, Delúbio recebeu vários sinais de que, cedo ou tarde, poderia perder a liberdade recém conquistada.
Assim se informa que, recentemente, Delúbio foi procurado por um dos responsáveis pelo CPP, onde encontra-se recolhido desde que foi transferido para o semiaberto. Nessa ocasião, lhe foi dito que não poderia permanecer na ala do presídio reservada aos ex-policiais, onde fora instalado desde a chegada.
Isso porque não era ex-policial, o que poderia, como toda pessoa familiarizada com a novilíngua da AP 470 já percebeu, ser definido como um “privilégio. “
Em função disso, a proposta era que fosse transferido para o “fundão” do CPP, uma área aberta, com centenas de prisioneiros, com menos controle e menor segurança – o que explica porque ex-policiais não podem ficar ali. Por via das dúvidas, queriam saber se ele estava disposto a assinar um documento, declarando-se inteiramente convencido de que o novo local apresentava boas condições de segurança.
Entendendo a mensagem novilíngua tão óbvia, Delúbio só prosseguiu a conversa na presença de um advogado.
O caso foi parar na Secretaria de Administração Penitenciária, órgão do governo do Distrito Federal, que, como o próprio nome diz, tem a responsabilidade legal para definir o que se passa em presídios e centros de detenção. Num país onde funciona a divisão entre poderes, sem novilíngua, a Justiça julga e o Executivo, executa. Alguma dúvida?
A Secretaria tem a palavra final sobre o destino de todos os prisioneiros, suas condições no cárcere – que podem variar conforme o comportamento – e assim por diante. A ideia de retirar Delúbio da ala onde se encontram ex-policiais, como se pretendia no CPP, mas estava em desacordo com a Secretaria, morreu ali.
O argumento é que locais diferenciados costumam ser reservados a prisioneiros diferenciados, o que inclui ex-policiais mas também os chamados presos de notoriedade. Todos estão sob a guarda do Estado, que devem impedir que sejam alvo de atos violentos por parte de outros condenados. Chantagens, sequestros de familiares e outros episódios desse tipo são comuns e é natural que se faça o possível para evita-los. Não é “privilégio”, George Orwell.
(O próprio Marcos Valério chegou a ser torturado numa penitenciaria em São Paulo, onde ficou detido por um episódio sem relação com a AP 470.)
As pressões prosseguiram, para alimentar a narrativa novilíngua dos “privilégios “ dos prisioneiros da AP 470. Novilíngua mesmo.
Oito “privilegiados” prisioneiros da AP 470 não só foram vítimas de uma acusação indiscutivelmente errada, de formação de quadrilha, como demonstrou o STF ontem, mas também receberam penas agravadas artificialmente, em função de uma “discrepância “ provocada pelo “impulso de superar a prescrição do crime de quadrilha e até de se modificar o regime inicial de cumprimento das penas", como disse o ministro Luiz Roberto Barroso, num voto corajoso e competente.
Olha só a novilíngua.
Sem as penas agravadas por essa acusação errada e exagerada, condenados como Dirceu e Delúbio nunca poderiam ter sido condenados a penas em regime fechado.
Não teria sido necessário apresentar embargos infringentes – e lutar com bravura pelo simples direito de recorrer a eles, numa votação apertada e dramática.
A novilíngua dos privilégios inclui a manutenção de José Dirceu por mais de 90 dias em regime fechado.
Como acontece com Delúbio, o direito de Dirceu ao regime semiaberto estava fora de dúvida antes mesmo da votação de ontem, e não foi questionado por um fiapo de prova jurídica – apenas novilínguas acumuladas, insinuadas e nunca sustentadas. O caso do telefone da Bahia foi esclarecido na medida em que é possível esclarecer tantos episódios confusos, até porque comprovou-se uma circunstancia impeditiva: naquele dia, o ex-ministro da Casa Civil não saiu de sua cela.
Mas o ministério público do DF alega que se fez uma investigação “atípica” para apurar o caso e pede novos esclarecimentos. Depois de muitos outros, este é o argumento jurídico que mantém Dirceu atrás das grades.
O argumento político você sabe.
Em nossa novilíngua, o Direito se inverte. Em dúvida, decide-se contra o réu. É o que acontece com Dirceu e também com Delúbio.
Ao “suspender temporariamente” um direito inquestionável, , o juiz Bruno Ribeiro avança por um atalho que lhe permite punir o prisioneiro sem a necessidade de provar que ele fez alguma coisa errada.
Segundo a Folha, Bruno Ribeiro alega que é preciso “investigar supostas regalias” como “alimentação diferenciada” e “visitas em horário impróprio."
Estamos falando de uma feijoada que alguns colegas de prisão serviram a Delúbio, num caso banal da prisão – todos os ingredientes estão disponíveis na cantina do centro de detenção. A visita diz respeito a um líder dos agentes penitenciários que deu um “oi” a Delúbio.
Privilégios imensos na existência de um prisioneiro que só por um erro foi condenado a regime fechado. Uma visão que comparou o PT ao bando de Lampião. Que passou oito anos dizendo que um ministro chefe da Casa Civil era "chefe de quadrilha."
http://jornalggn.com.br/noticia/a-guerra-contra-delubio-por-paulo-moreira-leite
Lucro do BNDES atinge R$ 8,15 bilhões em 2013 28/02/2014
Brasília
Kelly Oliveira – Repórter da Agência Brasil Edição: José Romildo
O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) registrou lucro líquido de R$ 8,150 bilhões em 2013, resultado semelhante a 2012 (R$ 8,126 bilhões, valor ajustado para seguir novas regras de contabilidade).
Os resultados do balanço do ano passado também mostram melhora em outros indicadores relevantes, com destaque para a redução do nível de inadimplência, que atingiu a mais baixa taxa histórica do Banco, e para a melhora na provisão para risco de crédito.
De acordo com a instituição financeira, o resultado de 2013 foi assegurado “por uma significativa melhora no desempenho da Finame, que compensou oscilações dos resultados das operações próprias do BNDES e da BNDESPAR”. A Finame (financiamento para produção e aquisição de máquinas e equipamentos novos, de fabricação nacional) contribuiu com R$ 1,538 bilhão do resultado de 2013, aumento de R$ 710 milhões em relação ao de 2012.
As operações próprias do BNDES contribuíram com R$ 4,894 bilhões (60,1%) deste resultado, ante R$ 5,393 bilhões no exercício de 2012. De acordo com o banco, redução em relação ao ano anterior ocorreu devido à queda dosspreads (diferença entre a taxa de captação de recursos pelo banco e a cobrada dos clientes).
A contribuição da BNDESPAR foi R$ 1,712 bilhão, ligeiramente inferior ao número de 2012 (R$ 1,910 bilhão). “Um dos fatores que explicam esta redução é o menor volume de desinvestimentos, dado o momento de baixas cotações”, informou o banco.
A inadimplência do Sistema BNDES caiu, atingindo o percentual de 0,01% em 31 de dezembro de 2013, sua menor taxa histórica. Em setembro de 2013, a inadimplência do BNDES estava em 0,02% e em 31 de dezembro de 2012, em 0,06%.
O patrimônio líquido do Sistema BNDES totalizou R$ 60,626 bilhões em 2013. Em 31 de dezembro de 2012, o PL era de R$ 49,993 bilhões. De acordo com o banco, o crescimento do patrimônio ocorreu, principalmente, devido à captação de R$ 15 bilhões do Tesouro Nacional.
O índice de adequação de capital (Índice da Basileia) registrado pelo BNDES foi de 19,2%, superior aos 17,7% registrados no balanço de setembro de 2013 e aos 15,4% de 2012. Esses percentuais indicam a capacidade do banco de emprestar, levando em consideração os recursos próprios e a ponderação de riscos. O índice é um conceito internacional definido pelo Comitê de Basileia. No Brasil, o patamar mínimo é 11%, ou seja, para cada R$ 100 emprestados, os bancos precisam ter R$ 11 de capital.
Os ativos totais do Sistema BNDES somaram R$ 782 bilhões em 31 de dezembro de 2013, apresentando crescimento robusto de R$ 66,5 bilhões em relação ao saldo em 31 de dezembro de 2012. O saldo da carteira de crédito e repasse, líquido de provisão para risco de crédito, atingiu R$ 565,2 bilhões em 31 de dezembro de 2013, dos quais 80,8% correspondiam a créditos de longo prazo.
Kelly Oliveira – Repórter da Agência Brasil Edição: José Romildo
O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) registrou lucro líquido de R$ 8,150 bilhões em 2013, resultado semelhante a 2012 (R$ 8,126 bilhões, valor ajustado para seguir novas regras de contabilidade).
Os resultados do balanço do ano passado também mostram melhora em outros indicadores relevantes, com destaque para a redução do nível de inadimplência, que atingiu a mais baixa taxa histórica do Banco, e para a melhora na provisão para risco de crédito.
De acordo com a instituição financeira, o resultado de 2013 foi assegurado “por uma significativa melhora no desempenho da Finame, que compensou oscilações dos resultados das operações próprias do BNDES e da BNDESPAR”. A Finame (financiamento para produção e aquisição de máquinas e equipamentos novos, de fabricação nacional) contribuiu com R$ 1,538 bilhão do resultado de 2013, aumento de R$ 710 milhões em relação ao de 2012.
As operações próprias do BNDES contribuíram com R$ 4,894 bilhões (60,1%) deste resultado, ante R$ 5,393 bilhões no exercício de 2012. De acordo com o banco, redução em relação ao ano anterior ocorreu devido à queda dosspreads (diferença entre a taxa de captação de recursos pelo banco e a cobrada dos clientes).
A contribuição da BNDESPAR foi R$ 1,712 bilhão, ligeiramente inferior ao número de 2012 (R$ 1,910 bilhão). “Um dos fatores que explicam esta redução é o menor volume de desinvestimentos, dado o momento de baixas cotações”, informou o banco.
A inadimplência do Sistema BNDES caiu, atingindo o percentual de 0,01% em 31 de dezembro de 2013, sua menor taxa histórica. Em setembro de 2013, a inadimplência do BNDES estava em 0,02% e em 31 de dezembro de 2012, em 0,06%.
O patrimônio líquido do Sistema BNDES totalizou R$ 60,626 bilhões em 2013. Em 31 de dezembro de 2012, o PL era de R$ 49,993 bilhões. De acordo com o banco, o crescimento do patrimônio ocorreu, principalmente, devido à captação de R$ 15 bilhões do Tesouro Nacional.
O índice de adequação de capital (Índice da Basileia) registrado pelo BNDES foi de 19,2%, superior aos 17,7% registrados no balanço de setembro de 2013 e aos 15,4% de 2012. Esses percentuais indicam a capacidade do banco de emprestar, levando em consideração os recursos próprios e a ponderação de riscos. O índice é um conceito internacional definido pelo Comitê de Basileia. No Brasil, o patamar mínimo é 11%, ou seja, para cada R$ 100 emprestados, os bancos precisam ter R$ 11 de capital.
Os ativos totais do Sistema BNDES somaram R$ 782 bilhões em 31 de dezembro de 2013, apresentando crescimento robusto de R$ 66,5 bilhões em relação ao saldo em 31 de dezembro de 2012. O saldo da carteira de crédito e repasse, líquido de provisão para risco de crédito, atingiu R$ 565,2 bilhões em 31 de dezembro de 2013, dos quais 80,8% correspondiam a créditos de longo prazo.
http://agenciabrasil.ebc.com.br/economia/noticia/2014-02/lucro-do-bndes-atinge-r-815-bilhoes-em-2013
Governo anuncia aumento no salário e mudanças no contrato de cubanos do Mais Médicos 28/02/2014
Governo anuncia aumento no salário de cubanos do Mais Médicos 28/02/2014
Brasília
Paula Laboissière - Repórter da Agência Brasil Edição: Lílian Beraldo
O ministro da Saúde, Arthur Chioro, anunciou hoje (28) um reajuste salarial de 25% para os profissionais cubanos que trabalham no Brasil por meio do Programa Mais Médicos. A partir de março, eles vão passar a receber US$ 1.245.
O salário dos cubanos, atualmente, consiste em US$ 400, pagos pelo governo brasileiro, e US$ 600, pagos pelo governo cubano e retidos em uma conta no país. O aumento anunciado pela pasta, portanto, é US$ 245, sendo que o valor total, a partir de agora, será pago no Brasil.
Segundo Chioro, a negociação com a Organização Panamericana de Saúde (Opas) e com o governo cubano para estabelecer o reajuste salarial já estava em andamento quando ele assumiu o comando da pasta, no início do mês de fevereiro. Houve, de acordo com o ministro, uma determinação da presidenta Dilma Rousseff para que o valor pago aos profissionais cubanos fosse revisto.
O ministro da Saúde, Arthur Chioro, anuncia reajuste salarial para os cubanos que fazem parte do Mais MédicosFabio Rodrigues Pozzebom /Arquivo Agência Brasil
Chioro fez questão de ressaltar que não houve aumento dos valores repassados pelo governo brasileiro pela cooperação internacional. “Não vamos gastar um centavo a mais. Vamos continuar pagando o mesmo valor”, disse. O que houve, segundo ele, foi uma alteração nos valores acordados no contrato com o governo cubano.
Chioro rebateu a ideia de que o anúncio do reajuste seria uma resposta à pressão de médicos cubanos como Ramona Rodríguez, que abandonou o programa. “Não há, da nossa parte, nenhuma questão que envolva diretamente pressão dos próprios médicos cubanos, muito menos daquela profissional. Não é o que nos mobiliza. O que nos mobiliza é a necessidade de aprimorar.”
Atualmente, 7,4 mil médicos cubanos atuam no Brasil por meio do Mais Médicos.
Brasília
Paula Laboissière - Repórter da Agência Brasil Edição: Lílian Beraldo
O ministro da Saúde, Arthur Chioro, anunciou hoje (28) um reajuste salarial de 25% para os profissionais cubanos que trabalham no Brasil por meio do Programa Mais Médicos. A partir de março, eles vão passar a receber US$ 1.245.
O salário dos cubanos, atualmente, consiste em US$ 400, pagos pelo governo brasileiro, e US$ 600, pagos pelo governo cubano e retidos em uma conta no país. O aumento anunciado pela pasta, portanto, é US$ 245, sendo que o valor total, a partir de agora, será pago no Brasil.
Segundo Chioro, a negociação com a Organização Panamericana de Saúde (Opas) e com o governo cubano para estabelecer o reajuste salarial já estava em andamento quando ele assumiu o comando da pasta, no início do mês de fevereiro. Houve, de acordo com o ministro, uma determinação da presidenta Dilma Rousseff para que o valor pago aos profissionais cubanos fosse revisto.
O ministro da Saúde, Arthur Chioro, anuncia reajuste salarial para os cubanos que fazem parte do Mais MédicosFabio Rodrigues Pozzebom /Arquivo Agência Brasil
Chioro fez questão de ressaltar que não houve aumento dos valores repassados pelo governo brasileiro pela cooperação internacional. “Não vamos gastar um centavo a mais. Vamos continuar pagando o mesmo valor”, disse. O que houve, segundo ele, foi uma alteração nos valores acordados no contrato com o governo cubano.
Chioro rebateu a ideia de que o anúncio do reajuste seria uma resposta à pressão de médicos cubanos como Ramona Rodríguez, que abandonou o programa. “Não há, da nossa parte, nenhuma questão que envolva diretamente pressão dos próprios médicos cubanos, muito menos daquela profissional. Não é o que nos mobiliza. O que nos mobiliza é a necessidade de aprimorar.”
Atualmente, 7,4 mil médicos cubanos atuam no Brasil por meio do Mais Médicos.
http://agenciabrasil.ebc.com.br/geral/noticia/2014-02/governo-anuncia-aumento-no-salario-de-cubanos-do-mais-medicos
Facepopular, una red libre de espionaje yanqui 28/02/2014
Alejandra García
cubadebate.cu
En Facepopular los usuarios se pueden registrar directamente con sus cuentas en otras redes. En otras palabras, no es excluyente, sino integradora. Su valor diferencial es el de una comunidad comprometida con el mejoramiento de América Latina y libre del espionaje y el control de EEUU.
Una nueva plataforma para las redes sociales se abre paso en América Latina. Facepopular, cuyos servidores están en Argentina, pretende convertirse en un puente privilegiado de comunicación entre los latinoamericanos, y a 7 meses de su lanzamiento cuenta con 600 mil usuarios.
Abierta a los internautas desde el pasado 9 de julio, esta red mantiene el estilo de Facebook, pero las primeras letras de su nombre (Face) no es una palabra de la lengua inglesa que significa “cara”, sino “Frente Alternativo contra el Establishment”, las siglas de su colectivo de creadores. Ellos buscan posicionarse en la web para promover valores alternativos a la corriente hegemónica del Imperio y a los de la popular red norteamericana, célebre por vender sus bases de datos a las empresas y violar la privacidad de sus usuarios.
Cubadebate se puso en contacto con sus creadores para que respondieran interrogantes sobre esta plataforma. No fue difícil. Ellos “viven” en la red e integran un colectivo de activistas, expertos en comunicación y nuevas tecnologías, que se unieron a partir de las marchas desestabilizadoras en Argentina en noviembre de 2012. Reconocen abiertamente su adhesión “a la idea de la Patria Grande, la unión fraterna y soberana de los pueblos de América Latina”.
“El proyecto también surgió en repudio al caso de espionaje mundial de Estados Unidos destapado por el exanalista de la NSA Edward Snowden”, señaló Matías Reynolds, uno de sus cofundadores.LA RED POPULAR
Juan Carlos Romero, uno de los fundadores de Facepopular.
Facepopular -en la dirección www.facepopular.net-, así como la Radio Popular, la TV Popular y la Web Popular forman parte de la redpopular.net y son un grupo de medios en línea, orientados a difundir expresiones populares a través de la integración tecnológica de Unasur y la Celac.
“La Radio Popular ya se encuentra transmitiendo en vivo las 24 horas con programas que comunicadores populares nos envían desde México, Honduras y Cuba (por ejemplo el programa de la Delegación de Paz de las FARC que transmite desde La Habana), además de micros y una amplia selección de música latinoamericana”, explicó a Cubadebate vía correo electrónico el periodista argentino Juan Carlos Romero López, uno de sus seis creadores.
En cambio, la TV Popular comenzará sus transmisiones en Internet a partir del mes de marzo próximo, con material producido por la Red y también programas de las distintas embajadas de la Patria Grande, entre ellas Cuba.LA GUERRA CONTRA FACEPOPULAR YA COMENZÓ
Juan Carlos comentó a nuestro sitio que a poco de abrir esta red social al público un grupo de hackers desde Miami identificados con la contrarrevolución cubana anunciaron un ataque a los servidores de Facepopular (que se encuentran en Argentina, fuera del alcance de la ley norteamericana que habilita el espionaje de la actividad de los usuarios).
“En el mismo ataque incluyeron también la cuenta de Twitter de la Presidenta de la Nación Argentina, Cristina Fernández de Kirchner. La agresión surtió efecto por un par de horas hasta que pudimos restablecer el servicio y extremar las medidas de seguridad, con lo cual logramos mantener a raya a este tipo de situación”, aclaró Romero.
Otras dificultades que encontraron los creadores de Facepopular son los relacionados con la carencia de medios económicos suficientes para hacer cada vez más conocida la Red Social de la Patria Grande. “Esto lo tratamos de superar con ingenio, la ayuda de la prensa progresista de todo el mundo y el fervor militante de miles de usuarios que han tomado la causa de Facepopular como propia”, explicó el periodista.ALTERNATIVA CONTRAHEGEMÓNICA
El perfil de usuarios de Facepopular es muy amplio pero está principalmente integrado por jóvenes. “Entendemos que hay muchas razones para que así ocurra. Los jóvenes son en esencia amantes de las grandes causas y Facepopular es una de ellas. Es una red fuera de las apetencias imperiales, sin espionaje ni condicionamientos. A llí reina la más amplia libertad y no se permite el racismo ni la xenofobia, ni ningún tipo de discriminación ”, aclaró Romero.
Esta plataforma permite añadir amigos, crear grupos y páginas, comentar fotos. Tiene una ventana de chat igual a la de Facebook, y también utiliza otras funciones como el botón: Me gusta.
Sin embargo, posee fundamentos técnicos que la hacen superior de la red social de Mark Zuckerberg. Por ejemplo, incluye la opción No me Gusta, de la que Facebook carece. También, provee foros de discusión y salas de Chat y en Facepopular, no existe un límite de amigos (Facebook solo permite hasta 5 mil).
Por su parte, también otorga un blog personal a cada usuario. En lugar de emoticones hay “EmoPerones”, en referencia a Juan Domingo Perón, el expresidente y líder del mayor movimiento político argentino. Así, los internautas de la red pueden enviar un Perón, una Evita o figuras de la Independencia latinoamericana como José de San Martín o el venezolano Simón Bolívar. Y, por último, en Facepopular se puede, además, escuchar la Radio Popular mientras se navega por la Red.
Por supuesto, todos los usuarios podrán acceder y crear sus cuentas a través de www.facepopular.net. Yo ya creé la mía, ¿y tú?
Vídeo Facepopular, un "paraíso de red social" que integra a Latinoamérica
Fuente: http://www.cubadebate.cu/opinion/2014/02/26/cubadebate-conversa-con-facepopular-una-red-libre-de-espionaje-yanqu/#.Uw_-VzQf5fF
cubadebate.cu
En Facepopular los usuarios se pueden registrar directamente con sus cuentas en otras redes. En otras palabras, no es excluyente, sino integradora. Su valor diferencial es el de una comunidad comprometida con el mejoramiento de América Latina y libre del espionaje y el control de EEUU.
Una nueva plataforma para las redes sociales se abre paso en América Latina. Facepopular, cuyos servidores están en Argentina, pretende convertirse en un puente privilegiado de comunicación entre los latinoamericanos, y a 7 meses de su lanzamiento cuenta con 600 mil usuarios.
Abierta a los internautas desde el pasado 9 de julio, esta red mantiene el estilo de Facebook, pero las primeras letras de su nombre (Face) no es una palabra de la lengua inglesa que significa “cara”, sino “Frente Alternativo contra el Establishment”, las siglas de su colectivo de creadores. Ellos buscan posicionarse en la web para promover valores alternativos a la corriente hegemónica del Imperio y a los de la popular red norteamericana, célebre por vender sus bases de datos a las empresas y violar la privacidad de sus usuarios.
Cubadebate se puso en contacto con sus creadores para que respondieran interrogantes sobre esta plataforma. No fue difícil. Ellos “viven” en la red e integran un colectivo de activistas, expertos en comunicación y nuevas tecnologías, que se unieron a partir de las marchas desestabilizadoras en Argentina en noviembre de 2012. Reconocen abiertamente su adhesión “a la idea de la Patria Grande, la unión fraterna y soberana de los pueblos de América Latina”.
“El proyecto también surgió en repudio al caso de espionaje mundial de Estados Unidos destapado por el exanalista de la NSA Edward Snowden”, señaló Matías Reynolds, uno de sus cofundadores.LA RED POPULAR
Juan Carlos Romero, uno de los fundadores de Facepopular.
Facepopular -en la dirección www.facepopular.net-, así como la Radio Popular, la TV Popular y la Web Popular forman parte de la redpopular.net y son un grupo de medios en línea, orientados a difundir expresiones populares a través de la integración tecnológica de Unasur y la Celac.
“La Radio Popular ya se encuentra transmitiendo en vivo las 24 horas con programas que comunicadores populares nos envían desde México, Honduras y Cuba (por ejemplo el programa de la Delegación de Paz de las FARC que transmite desde La Habana), además de micros y una amplia selección de música latinoamericana”, explicó a Cubadebate vía correo electrónico el periodista argentino Juan Carlos Romero López, uno de sus seis creadores.
En cambio, la TV Popular comenzará sus transmisiones en Internet a partir del mes de marzo próximo, con material producido por la Red y también programas de las distintas embajadas de la Patria Grande, entre ellas Cuba.LA GUERRA CONTRA FACEPOPULAR YA COMENZÓ
Juan Carlos comentó a nuestro sitio que a poco de abrir esta red social al público un grupo de hackers desde Miami identificados con la contrarrevolución cubana anunciaron un ataque a los servidores de Facepopular (que se encuentran en Argentina, fuera del alcance de la ley norteamericana que habilita el espionaje de la actividad de los usuarios).
“En el mismo ataque incluyeron también la cuenta de Twitter de la Presidenta de la Nación Argentina, Cristina Fernández de Kirchner. La agresión surtió efecto por un par de horas hasta que pudimos restablecer el servicio y extremar las medidas de seguridad, con lo cual logramos mantener a raya a este tipo de situación”, aclaró Romero.
Otras dificultades que encontraron los creadores de Facepopular son los relacionados con la carencia de medios económicos suficientes para hacer cada vez más conocida la Red Social de la Patria Grande. “Esto lo tratamos de superar con ingenio, la ayuda de la prensa progresista de todo el mundo y el fervor militante de miles de usuarios que han tomado la causa de Facepopular como propia”, explicó el periodista.ALTERNATIVA CONTRAHEGEMÓNICA
El perfil de usuarios de Facepopular es muy amplio pero está principalmente integrado por jóvenes. “Entendemos que hay muchas razones para que así ocurra. Los jóvenes son en esencia amantes de las grandes causas y Facepopular es una de ellas. Es una red fuera de las apetencias imperiales, sin espionaje ni condicionamientos. A llí reina la más amplia libertad y no se permite el racismo ni la xenofobia, ni ningún tipo de discriminación ”, aclaró Romero.
Esta plataforma permite añadir amigos, crear grupos y páginas, comentar fotos. Tiene una ventana de chat igual a la de Facebook, y también utiliza otras funciones como el botón: Me gusta.
Sin embargo, posee fundamentos técnicos que la hacen superior de la red social de Mark Zuckerberg. Por ejemplo, incluye la opción No me Gusta, de la que Facebook carece. También, provee foros de discusión y salas de Chat y en Facepopular, no existe un límite de amigos (Facebook solo permite hasta 5 mil).
Por su parte, también otorga un blog personal a cada usuario. En lugar de emoticones hay “EmoPerones”, en referencia a Juan Domingo Perón, el expresidente y líder del mayor movimiento político argentino. Así, los internautas de la red pueden enviar un Perón, una Evita o figuras de la Independencia latinoamericana como José de San Martín o el venezolano Simón Bolívar. Y, por último, en Facepopular se puede, además, escuchar la Radio Popular mientras se navega por la Red.
Por supuesto, todos los usuarios podrán acceder y crear sus cuentas a través de www.facepopular.net. Yo ya creé la mía, ¿y tú?
Vídeo Facepopular, un "paraíso de red social" que integra a Latinoamérica
Fuente: http://www.cubadebate.cu/opinion/2014/02/26/cubadebate-conversa-con-facepopular-una-red-libre-de-espionaje-yanqu/#.Uw_-VzQf5fF
Terrible desigualdad en el mundo 28/02/2014
Renan Vega Cantor
Rebelión
En los últimos treinta años, dominados por la expansión mundial del capital, ha aumentado la desigualdad, hasta el punto que en el reciente Foro de Davos (Suiza), donde se reúnen los sectores más poderosos y multimillonarios del mundo (que podrían denominarse como los “40 ladrones”) se escucharon gritos de alarma, demagógicos por supuesto, sobre las implicaciones negativas que tiene para el futuro inmediato del capitalismo el incremento de la desigualdad en todo el mundo. Más allá de esa retórica oportunista, es importante indagar sobre el origen y consecuencias que tiene la desigualdad en el mundo de hoy.
Algunas cifras
La ONG OXFAM publicó el documento titulado Gobernar paras las élites. Secuestro democrático y desigualdad económica que fue dado a conocer el 20 de enero de 2014, con motivo del Foro anual de Davos. Allí se actualizan algunos datos sobre la desigualdad del mundo, entre los que pueden mencionarse los más importantes:
La riqueza mundial está dividida en dos sectores: la mitad está en manos del 1% más rico de la población, y la otra mitad se reparte entre el 99% restante;
las 85 personas más ricas del planeta poseen el equivalente a los recursos económicos de los 3.570 millones de habitantes más pobres (la mitad de la población del planeta);
en Estados Unidos, el 1 por ciento más rico acaparó el 95 por ciento del crecimiento posterior a la crisis de 2008, como lo indican los salarios de los altos ejecutivos y los beneficios empresariales;
en el mundo existen 1.426 multimillonarios, cada uno de ellos con una fortuna superior a los mil millones de dólares;
la riqueza de las diez personas más ricas de Europa equivale a 217 mil millones de euros y supera la “ayuda total” que ese continente le concede al mundo pobre;
la riqueza del 1% más rico del mundo es de 110 billones de dólares, una cifra 65 veces mayor que el total de la riqueza que le llega a la mitad más pobre de la población mundial;
siete de cada diez personas viven en países donde la desigualdad económica se incrementó en los últimos 30 años;
el 1% más rico de la población ha visto cómo aumentaba su participación en la renta entre 1980 y 2012 en 24 de los 26 países de los que se tienen datos;
en Estados Unidos, el 1% más rico ha acumulado el 95% del crecimiento total posterior a la crisis desde 2009, mientras que el 90% más pobre de la población cada día es más pobre.
Con un lenguaje sibilino OXFAM concluye: “Las élites mundiales son cada vez más ricas y, sin embargo, la mayor parte de la población mundial se ha visto excluida de esta prosperidad”. Un lenguaje enredado para no decir en forma directa que la riqueza y la pobreza están relacionadas, que una minoría insignificante a nivel mundial y en cada país acapara la mayor cantidad de riquezas y vive en medio del derroche y la opulencia, mientras que la mayor parte de la población se hunde en la miseria, y sus carencias así como la explotación que soportan son la base de la riqueza de unos pocos.
Las causas
El asunto no estriba en proporcionar cifras sobre la terrible desigualdad social y económica del mundo, aunque son una base empírica indispensable, sino en explicar por qué las cosas son así. Desde luego, si no aceptamos que eso es una fatalidad divina, o que hay pobres y ricos porque unos son exitosos y otros perdedores (como nos dicen los neoliberales), debemos recurrir a una explicación racional, lo cual está relacionado con el capitalismo y la lucha de clases.
En efecto, durante los últimos cuarenta años el capitalismo se reestructuró para contrarrestar su crisis de acumulación que estalló con fuerza en 1973, y como parte de ese proyecto de recomposición se dio a la tarea de destruir las conquistas históricas de los trabajadores y la población pobre del mundo. Como parte de esa ofensiva del capital, se desorganizó a los trabajadores, con el objetivo de abaratar el valor de su fuerza de trabajo, y generalizar la precarización laboral. A ese ataque de clase se le ha bautizado con el elegante apelativo de neoliberalismo. Después de varias décadas, es necesario reconocer que el capitalismo ha logrado una indiscutible dominación y hegemonía a nivel mundial, o como lo dijo uno de sus voceros, Warren Buffet, en una sincera afirmación que se ha hecho célebre: “Hay lucha de clase, de acuerdo, pero es mi clase, la de los ricos, quien la ha declarado, y vamos ganando”.
Esta lucha de clases de arriba hacia abajo recurre a los más diversos métodos para imponer los intereses del capital y explica en gran medida la mutación social que ha experimentado el mundo desde la década de 1970, y cuyos indicadores son indiscutibles en términos del incremento de la desigualdad; del aumento escandaloso de la riqueza en un puñado de capitalistas y especuladores, y del incremento correlativo de la pobreza en la mayoría de la población mundial; de la pérdida de derechos reales, sobre todo en el terreno laboral y social; de la privatización y mercantilización de todo lo existente, con las consecuencias de diferenciación social que eso general dentro de los países y a escala mundial.
El poder de un reducido grupo sobre la mayor parte de la población se ha conseguido con una violencia increíble y para preservarlo ese minoritario sector necesita cada día de más violencia y control, lo cual a su vez va a generar una resistencia creciente, que tiene atemorizados a los capitalistas por los estallidos sociales que tendrán que afrontar. El mejor ejemplo de esto lo proporcionan los Estados Unidos en las últimas décadas, en donde a la par se incrementaron las ganancias del 10% de la población, y aumentó el número de pobres, y en forma proporcional la cantidad de pobres que se encuentran en la cárcel o son perseguidos por el sistema judicial.
En esta lucha de clases universal del capital contra el trabajo, de las clases dominantes contra las clases subalternas ha tocado absolutamente todo, no ha dejado piedra sobre piedra: el trabajo, las libertades, los derechos, la naturaleza, la cultura, la subjetividad, el Estado y la nación, el campo y la ciudad… El resultado final ha sido la reestructuración del mundo del trabajo y la atomización de los trabajadores.
Efectos
La desigualdad e injusticia han alcanzado tal magnitud que hasta los mismos capitalistas están asustados de su criminal obra, no porque se hayan arrepentido de lo que han hecho sino porque ven como se reducen las posibilidades de reproducción del sistema, por la disminución en la capacidad de compra de un importante sector de la población. Eso se ha notado en el último Foro de Davos, en donde algunos llegaron a utilizar un lenguaje que parece retomado de los críticos más radicales del capitalismo, al decir que la disparidad en los ingresos se convierte en la condición de las agitaciones sociales que van a estallar en los próximos años. En ese Foro se advirtió que la generación actual no tiene futuro, porque los jóvenes carecen de empleo y no tienen perspectivas de remediar su difícil condición vital, con lo que aumenta su frustración acumulada. Una situación explosiva que podría originar agitaciones sociales, como se ha visto hace poco en Brasil y Tailandia. Incluso, un portavoz del capitalismo llamado David Cole, que participó en el informe Riesgos Globales 2014 señaló: "Soy un gran partidario del capitalismo, pero hay momentos en el tiempo en que el capitalismo puede ir a toda marcha y es importante tener medidas establecidas, ya sean regulatorias, gubernamentales o tributarias, que aseguren que podemos evitar excesos en términos de ingresos y de distribución de la riqueza". O que el informe de OXFAM señale: “Esta masiva concentración de los recursos económicos en manos de unos pocos supone una gran amenaza para los sistemas políticos y económicos inclusivos. El poder económico y político está separando cada vez más a las personas, en lugar de hacer que avancen juntas, de modo que es inevitable que se intensifiquen las tensiones sociales y aumente el riesgo de ruptura social”.
Si las cosas son de este tenor, según los capitalistas, esto indica que se está convirtiendo en realidad lo que vaticinaron no hace mucho dos economistas críticos de los Estados Unidos, Shimshom Bichler y Jonathan Nitzan, cuando advirtieron: “El problema al que los capitalistas se enfrentan en la actualidad […] no es que su poder se haya debilitado, sino, por el contrario, que ha aumentado. Y no solo ha aumentado, sino que lo ha hecho tanto que puede estar aproximándose a su asíntota. Y como los capitalistas no miran hacia atrás, sino adelante hacia el futuro, tienen buenas razones para temer que, de ahora en adelante, la trayectoria más probable de este poder no será hacia arriba, sino hacia abajo”.
En las actuales circunstancias de pérdidas de derechos, de incremento de la explotación, de expropiación generalizada de los bienes comunes, es indispensable un movimiento de los trabajadores y de las clases subalternas, lo cual requiere que se desmonten varios mitos: que todos somos esencialmente de clase media, algo que desmienten las cifras de desigualdad, que se vuelva a retomar el lenguaje anticapitalista de lucha de clases y de igualdad (una palabra que ha sido borrado del imaginario de la humanidad), y que se abandone el prejuicio que la espantosa desigualdad no es un problema social sino de fallos de los individuos.
Entre otras cosas, la importancia central de la lucha de clases se demuestra con su no reconocimiento como problema real en el capitalismo contemporáneo, si se considera que el multiculturalismo que se ha implantado en casi todo el mundo ha logrado que se establezcan como diferencias con reconocimiento constitucional las de etnia, género u orientación sexual, y ha hecho que se criminalicen como delitos las discriminaciones de este tipo, y por eso se habla de racismo, sexismo, homofobia y cosas por el estilo. No obstante, en la práctica se admite como perfectamente normal el clasismo (un término que suena extraño, porque nunca se usa). En otras palabras, mientras que como parte del lenguaje políticamente correcto de tipo multicultural se condene, incluso con castigo penal, la discriminación racial o de género, la de clase se asume como algo normal, en donde no importa que los capitalistas y multinacionales aplasten a los trabajadores y culpen a estos últimos por su propia condición de pobres y por su incapacidad para alcanzar el bando de los triunfadores. O que en la televisión se destile el más vulgar de los clasismos cuando se exaltan a diario las fabulosas ganancias de estrellas de la televisión o el deporte y las costumbres ostentosas de los multimillonarios, sin que eso sea considerado como una apología del crimen, lo que verdaderamente es.
Rebelión
En los últimos treinta años, dominados por la expansión mundial del capital, ha aumentado la desigualdad, hasta el punto que en el reciente Foro de Davos (Suiza), donde se reúnen los sectores más poderosos y multimillonarios del mundo (que podrían denominarse como los “40 ladrones”) se escucharon gritos de alarma, demagógicos por supuesto, sobre las implicaciones negativas que tiene para el futuro inmediato del capitalismo el incremento de la desigualdad en todo el mundo. Más allá de esa retórica oportunista, es importante indagar sobre el origen y consecuencias que tiene la desigualdad en el mundo de hoy.
Algunas cifras
La ONG OXFAM publicó el documento titulado Gobernar paras las élites. Secuestro democrático y desigualdad económica que fue dado a conocer el 20 de enero de 2014, con motivo del Foro anual de Davos. Allí se actualizan algunos datos sobre la desigualdad del mundo, entre los que pueden mencionarse los más importantes:
La riqueza mundial está dividida en dos sectores: la mitad está en manos del 1% más rico de la población, y la otra mitad se reparte entre el 99% restante;
las 85 personas más ricas del planeta poseen el equivalente a los recursos económicos de los 3.570 millones de habitantes más pobres (la mitad de la población del planeta);
en Estados Unidos, el 1 por ciento más rico acaparó el 95 por ciento del crecimiento posterior a la crisis de 2008, como lo indican los salarios de los altos ejecutivos y los beneficios empresariales;
en el mundo existen 1.426 multimillonarios, cada uno de ellos con una fortuna superior a los mil millones de dólares;
la riqueza de las diez personas más ricas de Europa equivale a 217 mil millones de euros y supera la “ayuda total” que ese continente le concede al mundo pobre;
la riqueza del 1% más rico del mundo es de 110 billones de dólares, una cifra 65 veces mayor que el total de la riqueza que le llega a la mitad más pobre de la población mundial;
siete de cada diez personas viven en países donde la desigualdad económica se incrementó en los últimos 30 años;
el 1% más rico de la población ha visto cómo aumentaba su participación en la renta entre 1980 y 2012 en 24 de los 26 países de los que se tienen datos;
en Estados Unidos, el 1% más rico ha acumulado el 95% del crecimiento total posterior a la crisis desde 2009, mientras que el 90% más pobre de la población cada día es más pobre.
Con un lenguaje sibilino OXFAM concluye: “Las élites mundiales son cada vez más ricas y, sin embargo, la mayor parte de la población mundial se ha visto excluida de esta prosperidad”. Un lenguaje enredado para no decir en forma directa que la riqueza y la pobreza están relacionadas, que una minoría insignificante a nivel mundial y en cada país acapara la mayor cantidad de riquezas y vive en medio del derroche y la opulencia, mientras que la mayor parte de la población se hunde en la miseria, y sus carencias así como la explotación que soportan son la base de la riqueza de unos pocos.
Las causas
El asunto no estriba en proporcionar cifras sobre la terrible desigualdad social y económica del mundo, aunque son una base empírica indispensable, sino en explicar por qué las cosas son así. Desde luego, si no aceptamos que eso es una fatalidad divina, o que hay pobres y ricos porque unos son exitosos y otros perdedores (como nos dicen los neoliberales), debemos recurrir a una explicación racional, lo cual está relacionado con el capitalismo y la lucha de clases.
En efecto, durante los últimos cuarenta años el capitalismo se reestructuró para contrarrestar su crisis de acumulación que estalló con fuerza en 1973, y como parte de ese proyecto de recomposición se dio a la tarea de destruir las conquistas históricas de los trabajadores y la población pobre del mundo. Como parte de esa ofensiva del capital, se desorganizó a los trabajadores, con el objetivo de abaratar el valor de su fuerza de trabajo, y generalizar la precarización laboral. A ese ataque de clase se le ha bautizado con el elegante apelativo de neoliberalismo. Después de varias décadas, es necesario reconocer que el capitalismo ha logrado una indiscutible dominación y hegemonía a nivel mundial, o como lo dijo uno de sus voceros, Warren Buffet, en una sincera afirmación que se ha hecho célebre: “Hay lucha de clase, de acuerdo, pero es mi clase, la de los ricos, quien la ha declarado, y vamos ganando”.
Esta lucha de clases de arriba hacia abajo recurre a los más diversos métodos para imponer los intereses del capital y explica en gran medida la mutación social que ha experimentado el mundo desde la década de 1970, y cuyos indicadores son indiscutibles en términos del incremento de la desigualdad; del aumento escandaloso de la riqueza en un puñado de capitalistas y especuladores, y del incremento correlativo de la pobreza en la mayoría de la población mundial; de la pérdida de derechos reales, sobre todo en el terreno laboral y social; de la privatización y mercantilización de todo lo existente, con las consecuencias de diferenciación social que eso general dentro de los países y a escala mundial.
El poder de un reducido grupo sobre la mayor parte de la población se ha conseguido con una violencia increíble y para preservarlo ese minoritario sector necesita cada día de más violencia y control, lo cual a su vez va a generar una resistencia creciente, que tiene atemorizados a los capitalistas por los estallidos sociales que tendrán que afrontar. El mejor ejemplo de esto lo proporcionan los Estados Unidos en las últimas décadas, en donde a la par se incrementaron las ganancias del 10% de la población, y aumentó el número de pobres, y en forma proporcional la cantidad de pobres que se encuentran en la cárcel o son perseguidos por el sistema judicial.
En esta lucha de clases universal del capital contra el trabajo, de las clases dominantes contra las clases subalternas ha tocado absolutamente todo, no ha dejado piedra sobre piedra: el trabajo, las libertades, los derechos, la naturaleza, la cultura, la subjetividad, el Estado y la nación, el campo y la ciudad… El resultado final ha sido la reestructuración del mundo del trabajo y la atomización de los trabajadores.
Efectos
La desigualdad e injusticia han alcanzado tal magnitud que hasta los mismos capitalistas están asustados de su criminal obra, no porque se hayan arrepentido de lo que han hecho sino porque ven como se reducen las posibilidades de reproducción del sistema, por la disminución en la capacidad de compra de un importante sector de la población. Eso se ha notado en el último Foro de Davos, en donde algunos llegaron a utilizar un lenguaje que parece retomado de los críticos más radicales del capitalismo, al decir que la disparidad en los ingresos se convierte en la condición de las agitaciones sociales que van a estallar en los próximos años. En ese Foro se advirtió que la generación actual no tiene futuro, porque los jóvenes carecen de empleo y no tienen perspectivas de remediar su difícil condición vital, con lo que aumenta su frustración acumulada. Una situación explosiva que podría originar agitaciones sociales, como se ha visto hace poco en Brasil y Tailandia. Incluso, un portavoz del capitalismo llamado David Cole, que participó en el informe Riesgos Globales 2014 señaló: "Soy un gran partidario del capitalismo, pero hay momentos en el tiempo en que el capitalismo puede ir a toda marcha y es importante tener medidas establecidas, ya sean regulatorias, gubernamentales o tributarias, que aseguren que podemos evitar excesos en términos de ingresos y de distribución de la riqueza". O que el informe de OXFAM señale: “Esta masiva concentración de los recursos económicos en manos de unos pocos supone una gran amenaza para los sistemas políticos y económicos inclusivos. El poder económico y político está separando cada vez más a las personas, en lugar de hacer que avancen juntas, de modo que es inevitable que se intensifiquen las tensiones sociales y aumente el riesgo de ruptura social”.
Si las cosas son de este tenor, según los capitalistas, esto indica que se está convirtiendo en realidad lo que vaticinaron no hace mucho dos economistas críticos de los Estados Unidos, Shimshom Bichler y Jonathan Nitzan, cuando advirtieron: “El problema al que los capitalistas se enfrentan en la actualidad […] no es que su poder se haya debilitado, sino, por el contrario, que ha aumentado. Y no solo ha aumentado, sino que lo ha hecho tanto que puede estar aproximándose a su asíntota. Y como los capitalistas no miran hacia atrás, sino adelante hacia el futuro, tienen buenas razones para temer que, de ahora en adelante, la trayectoria más probable de este poder no será hacia arriba, sino hacia abajo”.
En las actuales circunstancias de pérdidas de derechos, de incremento de la explotación, de expropiación generalizada de los bienes comunes, es indispensable un movimiento de los trabajadores y de las clases subalternas, lo cual requiere que se desmonten varios mitos: que todos somos esencialmente de clase media, algo que desmienten las cifras de desigualdad, que se vuelva a retomar el lenguaje anticapitalista de lucha de clases y de igualdad (una palabra que ha sido borrado del imaginario de la humanidad), y que se abandone el prejuicio que la espantosa desigualdad no es un problema social sino de fallos de los individuos.
Entre otras cosas, la importancia central de la lucha de clases se demuestra con su no reconocimiento como problema real en el capitalismo contemporáneo, si se considera que el multiculturalismo que se ha implantado en casi todo el mundo ha logrado que se establezcan como diferencias con reconocimiento constitucional las de etnia, género u orientación sexual, y ha hecho que se criminalicen como delitos las discriminaciones de este tipo, y por eso se habla de racismo, sexismo, homofobia y cosas por el estilo. No obstante, en la práctica se admite como perfectamente normal el clasismo (un término que suena extraño, porque nunca se usa). En otras palabras, mientras que como parte del lenguaje políticamente correcto de tipo multicultural se condene, incluso con castigo penal, la discriminación racial o de género, la de clase se asume como algo normal, en donde no importa que los capitalistas y multinacionales aplasten a los trabajadores y culpen a estos últimos por su propia condición de pobres y por su incapacidad para alcanzar el bando de los triunfadores. O que en la televisión se destile el más vulgar de los clasismos cuando se exaltan a diario las fabulosas ganancias de estrellas de la televisión o el deporte y las costumbres ostentosas de los multimillonarios, sin que eso sea considerado como una apología del crimen, lo que verdaderamente es.
Alianza Pacífico: caballo de Troya de Washington 28/02/2014
Hedelberto López Blanch
Rebelión
Como el histórico y famoso Caballo de Troya, Washington ha logrado formar la llamada Alianza Pacifico con la intención de destruir la integración latinoamericana que ha tomado fuerza en los últimos años.
Estados Unidos que durante más de un siglo ha tenido a la América Latina como su patrio trasero al imponer gobiernos dóciles y extraer para su beneficio las grandes riquezas de la región, trata de impedir que esos países se unan con el objetivo de defender riquezas naturales, soberanías, e independencias económicas y políticas.
La Alianza Pacífico es un bloque político-comercial, integrado por gobiernos de derecha, cuya fundación tuvo lugar en abril de 2011 en Lima, Perú cuando era presidente Alan García, y se consolidó en la reunión de Chile en junio de 2012.
A partir de ese momento, l os gobiernos neoliberales de la región, bajo la orientación de Estados Unidos se han agrupando con el objetivo de debilitar la unión e integración real de Latinoamérica.
Durante la VIII Cumbre del grupo, efectuada el 11 de febrero pasado en Cartagena de Indias, los mandatarios Juan M. Santos, (Colombia); Ollanta Humala (Perú), Sebastián Piñera (Chile) y Enrique Peña Nieto (México), firmaron el Protocolo Adicional al Acuerdo Marco, que baja a cero los aranceles del comercio entre los socios, al 92 % de productos y servicios.
El 8 % restante, referido a productos agropecuarios, se bajaran progresivamente hasta cero en 17 años, entre ellos el maíz, mientras el único producto que de común acuerdo quedó fuera del trato fue el azúcar, como material sensible.
En esa reunión quedó oficializada la entrada al grupo de Costa Rica, nación que paradójicamente acaba de ser nombrada presidenta Pro Tempore de la Comunidad de Estados Latinoamericanos y Caribeños (CELAC), cuya última cumbre tuvo lugar, con gran éxito, en La Habana, Cuba.
Se estima que en un futuro cercano, el también gobierno neoliberal del presidente panameño Ricardo Martinelli, pase a formar parte de la agrupación.
Todos los analistas concuerdan en que desde la derrota sufrida por Estados Unidos durante la IV Cumbre de las Américas en Mar del Plata, Argentina, donde los presidentes Hugo Chávez, Néstor Kirchner y Luiz Inacio Lula da Silva, impidieron la creación del Área de Libre Comercio para las Américas (ALCA), Washington ha buscado desesperadamente hallar otras vías para volver a dominar económica y políticamente a la región.
De esa forma, aceleró los Tratados de Libre Comercio (TLC) con gobiernos afines de derecha y orientó crear la Alianza Pacífico en la que Washington aparece como “observador permanente”. Como afirma el refrán, el ojo del amo, engorda al caballo.
Bajo esa circunstancia, la Alianza Pacífico es la versión más refinada, y finamente pensada, para resucitar el ALCA sin la participación directa de Estados Unidos, pues sus fieles aliados, con el apoyo de los medios de comunicación occidentales, se encargan de impulsarla.
El empujón va más allá de las fronteras. Durante la reunión, el primer ministro israelí, Benjamín Netanyahu, llamó por teléfono al anfitrión Juan Manuel Santos para agradecerle la invitación como observador en el grupo y comunicarle que próximamente realizará visitas oficiales a Colombia y México. El círculo derechista se fortalece.
Todo esta ofensiva neoliberal ocurre cuando los países del sur del hemisferio americano han despertado de un largo letargo de sumisión a Estados Unidos y los vientos de integración e independencia genuina recorren la región.
En los últimos 12 años, surgieron organizaciones como la Alianza Bolivariana para los Pueblos de Nuestra América (ALBA), PETROCARIBE, la Unión de Naciones del Sur (UNASUR), la Comunidad de Estados Latinoamericanos y Caribeños (CELAC) y se reforzó el Mercado del Sur (MERCOSUR).
En el pensamiento y accionar de la Casa Blanca y de las compañías transnacionales, esos cambios no se pueden permitir.
Recordemos palabras del ex secretario de Estado estadounidense, Colin Powell, en 2005, y del actual jefe de ese Departamento, John Ferry, en 2013.
El primero dijo en la Cumbre de las Américas en Argentina: “nuestro objetivo con el ALCA es garantizar a las empresas norteamericanas el control de un territorio que va del polo Ártico hasta la Antártica, libre acceso, sin ningún obstáculo o dificultad, para nuestros productos, servicios, tecnología y capital en todo el hemisferio”.
Por su parte, Kerry expresó a los medios de prensa, hace solo unos meses, que Estados Unidos veía a Latinoamérica como su traspatio.
Bajo ese derrotero, los peligros de desestabilización provenientes desde Estados Unidos, se ciernen sobre los gobiernos progresistas y nacionalistas de la región como esta ocurriendo actualmente en Venezuela, principal impulsora de la integración latinoamericana.
Mientras los participantes en la Cumbre de Cartagena acordaron impulsar el intercambio de bienes y servicios y el libre comercio como metas prioritarias, no hablaron de la satisfacción de las necesidades básicas de sus pobladores ni la disminución de la pobreza que padecen muchos de sus ciudadanos.
Pese a los cantos de sirena que se oyen en los medios de comunicación occidentales a favor de la Alianza, el vicepresidente boliviano Álvaro García Linera, la definió perfectamente: “parece estar puesta para bloquear esta mirada hermanada del continente, al haber nacido muy fuertemente vinculada a los intereses de Estados Unidos”.
Esperemos que gobiernos y pueblos progresistas de la región no se dejen arrebatar los logros obtenidos en la última década.
Rebelión ha publicado este artículo con el permiso del autor mediante una licencia de Creative Commons, respetando su libertad para publicarlo en otras fuentes.
Rebelión
Como el histórico y famoso Caballo de Troya, Washington ha logrado formar la llamada Alianza Pacifico con la intención de destruir la integración latinoamericana que ha tomado fuerza en los últimos años.
Estados Unidos que durante más de un siglo ha tenido a la América Latina como su patrio trasero al imponer gobiernos dóciles y extraer para su beneficio las grandes riquezas de la región, trata de impedir que esos países se unan con el objetivo de defender riquezas naturales, soberanías, e independencias económicas y políticas.
La Alianza Pacífico es un bloque político-comercial, integrado por gobiernos de derecha, cuya fundación tuvo lugar en abril de 2011 en Lima, Perú cuando era presidente Alan García, y se consolidó en la reunión de Chile en junio de 2012.
A partir de ese momento, l os gobiernos neoliberales de la región, bajo la orientación de Estados Unidos se han agrupando con el objetivo de debilitar la unión e integración real de Latinoamérica.
Durante la VIII Cumbre del grupo, efectuada el 11 de febrero pasado en Cartagena de Indias, los mandatarios Juan M. Santos, (Colombia); Ollanta Humala (Perú), Sebastián Piñera (Chile) y Enrique Peña Nieto (México), firmaron el Protocolo Adicional al Acuerdo Marco, que baja a cero los aranceles del comercio entre los socios, al 92 % de productos y servicios.
El 8 % restante, referido a productos agropecuarios, se bajaran progresivamente hasta cero en 17 años, entre ellos el maíz, mientras el único producto que de común acuerdo quedó fuera del trato fue el azúcar, como material sensible.
En esa reunión quedó oficializada la entrada al grupo de Costa Rica, nación que paradójicamente acaba de ser nombrada presidenta Pro Tempore de la Comunidad de Estados Latinoamericanos y Caribeños (CELAC), cuya última cumbre tuvo lugar, con gran éxito, en La Habana, Cuba.
Se estima que en un futuro cercano, el también gobierno neoliberal del presidente panameño Ricardo Martinelli, pase a formar parte de la agrupación.
Todos los analistas concuerdan en que desde la derrota sufrida por Estados Unidos durante la IV Cumbre de las Américas en Mar del Plata, Argentina, donde los presidentes Hugo Chávez, Néstor Kirchner y Luiz Inacio Lula da Silva, impidieron la creación del Área de Libre Comercio para las Américas (ALCA), Washington ha buscado desesperadamente hallar otras vías para volver a dominar económica y políticamente a la región.
De esa forma, aceleró los Tratados de Libre Comercio (TLC) con gobiernos afines de derecha y orientó crear la Alianza Pacífico en la que Washington aparece como “observador permanente”. Como afirma el refrán, el ojo del amo, engorda al caballo.
Bajo esa circunstancia, la Alianza Pacífico es la versión más refinada, y finamente pensada, para resucitar el ALCA sin la participación directa de Estados Unidos, pues sus fieles aliados, con el apoyo de los medios de comunicación occidentales, se encargan de impulsarla.
El empujón va más allá de las fronteras. Durante la reunión, el primer ministro israelí, Benjamín Netanyahu, llamó por teléfono al anfitrión Juan Manuel Santos para agradecerle la invitación como observador en el grupo y comunicarle que próximamente realizará visitas oficiales a Colombia y México. El círculo derechista se fortalece.
Todo esta ofensiva neoliberal ocurre cuando los países del sur del hemisferio americano han despertado de un largo letargo de sumisión a Estados Unidos y los vientos de integración e independencia genuina recorren la región.
En los últimos 12 años, surgieron organizaciones como la Alianza Bolivariana para los Pueblos de Nuestra América (ALBA), PETROCARIBE, la Unión de Naciones del Sur (UNASUR), la Comunidad de Estados Latinoamericanos y Caribeños (CELAC) y se reforzó el Mercado del Sur (MERCOSUR).
En el pensamiento y accionar de la Casa Blanca y de las compañías transnacionales, esos cambios no se pueden permitir.
Recordemos palabras del ex secretario de Estado estadounidense, Colin Powell, en 2005, y del actual jefe de ese Departamento, John Ferry, en 2013.
El primero dijo en la Cumbre de las Américas en Argentina: “nuestro objetivo con el ALCA es garantizar a las empresas norteamericanas el control de un territorio que va del polo Ártico hasta la Antártica, libre acceso, sin ningún obstáculo o dificultad, para nuestros productos, servicios, tecnología y capital en todo el hemisferio”.
Por su parte, Kerry expresó a los medios de prensa, hace solo unos meses, que Estados Unidos veía a Latinoamérica como su traspatio.
Bajo ese derrotero, los peligros de desestabilización provenientes desde Estados Unidos, se ciernen sobre los gobiernos progresistas y nacionalistas de la región como esta ocurriendo actualmente en Venezuela, principal impulsora de la integración latinoamericana.
Mientras los participantes en la Cumbre de Cartagena acordaron impulsar el intercambio de bienes y servicios y el libre comercio como metas prioritarias, no hablaron de la satisfacción de las necesidades básicas de sus pobladores ni la disminución de la pobreza que padecen muchos de sus ciudadanos.
Pese a los cantos de sirena que se oyen en los medios de comunicación occidentales a favor de la Alianza, el vicepresidente boliviano Álvaro García Linera, la definió perfectamente: “parece estar puesta para bloquear esta mirada hermanada del continente, al haber nacido muy fuertemente vinculada a los intereses de Estados Unidos”.
Esperemos que gobiernos y pueblos progresistas de la región no se dejen arrebatar los logros obtenidos en la última década.
Rebelión ha publicado este artículo con el permiso del autor mediante una licencia de Creative Commons, respetando su libertad para publicarlo en otras fuentes.
Primeira câmera digital do mundo 28/02/2014
Provavelmente você demorou cerca de 25 anos para ter um equipamento que usasse uma tecnologia similar à que a Kodak inventou naquela que é tida como a primeira câmera digital do mundo. Ao projeto, desenvolvido em 1975, foi dado o nome de “Fotografia sem Filme”, e provavelmente por isso a empresa decidiu não levá-lo adiante. Naquela época, a Kodak era a maior fabricante de filmes e produtos químicos para fotografia do mundo.
Claro que o império analógico perdurou por mais algum tempo, mas não fosse a falta de visão dos executivos que rejeitaram o projeto da câmera digital, a Kodak possivelmente não estaria hoje em tão maus lençóis. A empresa não conseguiu se estabelecer no novo mercado de fotografia e está hoje praticamente falida.
A tecnologia por trás da primeira câmera digital
O equipamento da imagem acima pouco se parece com as câmeras digitais da atualidade, mas a base tecnológica de ambas guarda suas semelhanças. Já na época era usado um sensor CCD que captura imagens digitalmente – tal qual nos dispositivos modernos. É claro que em 1975 não existia cartões de memória nem visor LCD. Portanto, as fotos eram armazenadas em fita cassete e “assistidas” em uma TV.
Cada vez que se desejasse capturar uma imagem, eram necessários 23 segundos de exposição. As fotos possuíam apenas 100 linhas e saíam em preto e branco. Para completar o sistema, era utilizada uma lente de Super-8 – bem-sucedido formato cinematográfico desenvolvido pela Kodak que até hoje tem seus entusiastas pelo mundo.
Primeiras fotografias digitais
Veja abaixo uma pequena amostra da capacidade da primeira câmera digital do mundo. Repare na quantidade de equipamentos necessária para reproduzir uma imagem. Tudo isso (reprodutor de fitas cassete, computador, tela e mais a câmera em si) hoje você guarda no bolso.
http://somentecoisaslegais.com.br/tecnologia/primeira-camera-digital-do-mundo
quinta-feira, 27 de fevereiro de 2014
Destruir a Revolução Bolivariana, objectivo do imperialismo 27/02/2014
por Miguel Urbano Rodrigues
O imperialismo norte-americano (com o apoio dos governos do Reino Unido e da França) está na ofensiva em duas frentes. Obrigado pela Rússia a recuar na Síria ataca na Ucrânia e na Venezuela.
Na Ucrânia, o apoio de Washington às forças empenhadas em derrubar o presidente Iakunovitch foi ostensivo (ver artigo de Paul Craig Roberts ]. .
Na Venezuela, a estratégia dos EUA é mais subtil. Nela a Embaixada em Caracas e a CIA têm desempenhado um importante papel.
O projeto inicial de implantar no país uma situação caótica fracassou. Os apelos à violência de Leopoldo Lopez que assumiram caracter insurreccional na jornada de 12 de Fevereiro tiveram a resposta que mereciam das Forças Armadas e das massas populares solidarias com a revolução bolivariana. Os crimes cometidos pelos grupos de extrema-direita suscitaram tamanha repulsa popular que até Capriles Radonski – o candidato derrotado à Presidência da Republica - optou por se distanciar de Lopez e sua gente, mas convoca novas manifestações "pacíficas". Inviabilizada a tentativa de golpe com recurso à força, o esforço para desestabilizar o país prosseguiu, mas o projeto de tomada do poder foi alterado. O governo define-o agora como "um golpe de estado suave".
Uma campanha de desinformação, que envolve os grandes media dos EUA e da União Europeia, transmite diariamente a imagem de uma Venezuela onde a violência se tornou endémica, manifestações pacíficas seriam reprimidas, a escassez de produtos essenciais aumenta, a inflação disparou e a crise económica se aprofunda.
Ocultam a realidade. Quem promove a violência é a extrema-direita, quem incendiou lojas da Mision Mercal que vende ao povo mercadorias a preços reduzidos, quem saqueia supermercados é essa oposição neofascista que se apresenta como "democrática", é ela que sabota a economia e organiza o açambarcamento de produtos essenciais.
No Estado de Táchira, grupos terroristas paramilitares vindos da Colômbia semeiam o terror, forçando o presidente Maduro a decretar ali o estado de exceção.
É significativo que o embaixador da Venezuela em Lisboa, general Lucas Rincón Romero, tenha sentido a necessidade de emitir um comunicado para esclarecer que os media internacionais publicam quase exclusivamente declarações da oposição que deturpam grosseiramente os acontecimentos do seu pais. A Revolução Bolivariana enfrenta hoje uma guerra económica – a expressão é de Maduro – que é simultaneamente uma guerra psicológica, política e social.
Nesse contexto, o Presidente da Venezuela ao alertar o seu povo para a cumplicidade de Washington na montagem de "um golpe de estado" denunciou o envolvimento em atividades conspirativas da oposição de três funcionários consulares dos Estados Unidos, e ordenou a sua imediata expulsão. Reagindo também à campanha anti-venezuelana da CNN, acusou aquele canal de TV de uma "programação de guerra".
Como reage Barack Obama? Com hipocrisia e arrogância. Não citou o episódio da expulsão dos diplomatas, mas pediu a Maduro que liberte os dirigentes da oposição presos. Como nele é habitual invocou no seu apelo retórico princípios humanitários, o respeito pelos direitos humanos, o diálogo democrático, enfim, aquilo os EUA violam com a sua política de terrorismo de estado.
Somente faltou mencionar explicitamente Leopoldo Lopez, o líder das jornadas de violência que provocaram mortes e destruições em Caracas e noutras cidades.
O senador republicano John McCain, ex candidato à Casa Branca, foi mais longe do que Obama. Numa entrevista à BBC sugeriu com despudor uma intervenção militar direta na Venezuela para "estabelecer a paz e a democracia".
A escalada golpista assumiu tais proporções que desencadeou a nível mundial um poderoso movimento de apoio à Revolução Bolivariana, ameaçada pelo imperialismo e o fascismo caseiro.
Um manifesto de solidariedade ao governo de Maduro, iniciado na Argentina, já foi assinado em muitos países por milhares de intelectuais, artistas, dirigentes políticos, parlamentares e sindicalistas.
A solidariedade com o povo de Bolívar corre mundo como torrente caudalosa.
Vila Nova de Gaia,22 de Fevereiro de 2014
Ver também:
25 verdades sobre las manifestaciones en Venezuela , Salim Lamrani
Tribuna Popular
O original encontra-se em www.odiario.info/?p=3191
Este artigo encontra-se em http://resistir.info/
O imperialismo norte-americano (com o apoio dos governos do Reino Unido e da França) está na ofensiva em duas frentes. Obrigado pela Rússia a recuar na Síria ataca na Ucrânia e na Venezuela.
Na Ucrânia, o apoio de Washington às forças empenhadas em derrubar o presidente Iakunovitch foi ostensivo (ver artigo de Paul Craig Roberts ]. .
Na Venezuela, a estratégia dos EUA é mais subtil. Nela a Embaixada em Caracas e a CIA têm desempenhado um importante papel.
O projeto inicial de implantar no país uma situação caótica fracassou. Os apelos à violência de Leopoldo Lopez que assumiram caracter insurreccional na jornada de 12 de Fevereiro tiveram a resposta que mereciam das Forças Armadas e das massas populares solidarias com a revolução bolivariana. Os crimes cometidos pelos grupos de extrema-direita suscitaram tamanha repulsa popular que até Capriles Radonski – o candidato derrotado à Presidência da Republica - optou por se distanciar de Lopez e sua gente, mas convoca novas manifestações "pacíficas". Inviabilizada a tentativa de golpe com recurso à força, o esforço para desestabilizar o país prosseguiu, mas o projeto de tomada do poder foi alterado. O governo define-o agora como "um golpe de estado suave".
Uma campanha de desinformação, que envolve os grandes media dos EUA e da União Europeia, transmite diariamente a imagem de uma Venezuela onde a violência se tornou endémica, manifestações pacíficas seriam reprimidas, a escassez de produtos essenciais aumenta, a inflação disparou e a crise económica se aprofunda.
Ocultam a realidade. Quem promove a violência é a extrema-direita, quem incendiou lojas da Mision Mercal que vende ao povo mercadorias a preços reduzidos, quem saqueia supermercados é essa oposição neofascista que se apresenta como "democrática", é ela que sabota a economia e organiza o açambarcamento de produtos essenciais.
No Estado de Táchira, grupos terroristas paramilitares vindos da Colômbia semeiam o terror, forçando o presidente Maduro a decretar ali o estado de exceção.
É significativo que o embaixador da Venezuela em Lisboa, general Lucas Rincón Romero, tenha sentido a necessidade de emitir um comunicado para esclarecer que os media internacionais publicam quase exclusivamente declarações da oposição que deturpam grosseiramente os acontecimentos do seu pais. A Revolução Bolivariana enfrenta hoje uma guerra económica – a expressão é de Maduro – que é simultaneamente uma guerra psicológica, política e social.
Nesse contexto, o Presidente da Venezuela ao alertar o seu povo para a cumplicidade de Washington na montagem de "um golpe de estado" denunciou o envolvimento em atividades conspirativas da oposição de três funcionários consulares dos Estados Unidos, e ordenou a sua imediata expulsão. Reagindo também à campanha anti-venezuelana da CNN, acusou aquele canal de TV de uma "programação de guerra".
Como reage Barack Obama? Com hipocrisia e arrogância. Não citou o episódio da expulsão dos diplomatas, mas pediu a Maduro que liberte os dirigentes da oposição presos. Como nele é habitual invocou no seu apelo retórico princípios humanitários, o respeito pelos direitos humanos, o diálogo democrático, enfim, aquilo os EUA violam com a sua política de terrorismo de estado.
Somente faltou mencionar explicitamente Leopoldo Lopez, o líder das jornadas de violência que provocaram mortes e destruições em Caracas e noutras cidades.
O senador republicano John McCain, ex candidato à Casa Branca, foi mais longe do que Obama. Numa entrevista à BBC sugeriu com despudor uma intervenção militar direta na Venezuela para "estabelecer a paz e a democracia".
A escalada golpista assumiu tais proporções que desencadeou a nível mundial um poderoso movimento de apoio à Revolução Bolivariana, ameaçada pelo imperialismo e o fascismo caseiro.
Um manifesto de solidariedade ao governo de Maduro, iniciado na Argentina, já foi assinado em muitos países por milhares de intelectuais, artistas, dirigentes políticos, parlamentares e sindicalistas.
A solidariedade com o povo de Bolívar corre mundo como torrente caudalosa.
Vila Nova de Gaia,22 de Fevereiro de 2014
Ver também:
25 verdades sobre las manifestaciones en Venezuela , Salim Lamrani
Tribuna Popular
O original encontra-se em www.odiario.info/?p=3191
Este artigo encontra-se em http://resistir.info/
Notícia rara: Anistia Internacional acusa Israel de desprezo pela vida de palestinos 27/02/2014
Oficiais do exército israelense observam homem que protesta após a morte de jovem palestino em 29 de janeiro em Ramallah (Cisjordânia)
A Anistia Internacional (AI) acusa Israel pela morte de dezenas de civis palestinos na Cisjordânia durante os últimos três anos, em um processo que evidencia seu "desprezo pela vida humana", revela um relatório que será publicado nesta quinta-feira.
No relatório de 87 páginas intitulado "Gatilho fácil: recurso desproporcional à força de Israel na Cisjordânia", a AI afirma que 45 palestinos foram mortos e milhares, feridos desde janeiro de 2011, quando "não pareciam representar uma ameaça imediata e direta para os soldados israelenses" estacionados na Cisjordânia.
"As forças israelenses demonstram desprezo pela vida humana, matando dezenas de civis palestinos – incluindo duas crianças – na Cisjordânia durante os três últimos anos, com quase absoluta impunidade", afirma a ONG com sede em Londres.
"O relatório apresenta provas que deixam em evidência a recorrência de incidentes mortais e ilegais contra civis palestinos por parte das forças israelenses na Cisjordânia", considera Philip Luther, diretor do programa para Oriente Médio e África do Norte da AI.
A ONG reprova ainda Israel "por não ter realizado investigações independentes de acordo com as normas internacionais", o que favorece "a impunidade" de suas forças em relação aos palestinos.
AI exorta Israel a "abrir investigações independentes, imparciais, transparentes e imediatas sobre todos os casos de civis palestinos mortos ou seriamente feridos como consequência de ações das forças israelenses".
A organização pede a "Estados Unidos, União Europeia e ao restante da comunidade internacional que suspenda o fornecimento de armas, munições e outros equipamentos a Israel".
AFP
http://navalbrasil.com/anistia-internacional-acusa-israel-de-desprezo-pela-vida-de-palestinos/
STF decreta que PT não formou quadrilha 27/02/2014
Cai condenação por crime de formação de quadrilha na AP 470; ministro Teori Zavascki concluiu voto pela absolvição às 10h55, marcando 5 a 1; formação da maioria foi feita por Rosa Weber, que reafirmou em seguida seu voto anterior pela absolvição; com os votos de Luís Roberto Barroso, Dias Toffoli, Carmen Lúcia, Ricardo Lewandowski, Teori Zavascki e Rosa Weber, embargos infringentes são aceitos; ministro Gilmar Mendes fala: "Composição do tribunal foi mudada", apontou; Joaquim Barbosa derrotado; link
27 DE FEVEREIRO DE 2014 ÀS 10:24
247 - Com os votos dos ministros Teori Zavascki e Rosa Weber a favor dos embargos infringentes, o STF formou maioria contra a condenação dos réus da AP 470 pelo crime de formação de quadrilha. O placar ficou em 6 a 1, não podendo mais ser invertido.
Após os dois votos, o ministro Gilmar Mendes proferiu seu voto de reafirmação da condenação. "Mudou-se a conformação do tribunal", disse ele. "Antes, tentaram fazer do Supremo um tribunal bolivariano", reclamou.
Assista ao vivo à sessão pela TV Justiça.
Abaixo, notícia anterior:
247 – O ministro Teori Zavaski abriu seu voto na sessão extraordinária do STF, nesta quinta-feira 27, defendendo "um novo juízo da pena aplicada" aos condenados por formação de quadrilha. Usando termos técnicos, ele sustenta que pode até ocorrer "prescrição penal" para este crime específico. Fica claro que ele deverá dar o voto que levará o placar a 5 a 1 a favor dos embargos infringentes.
Na segunda parte de seu voto, entrando no mérito sobre se houve ou não o crime de formação de quadrilha na AP 470, Zavascki deu logo a entender que absolverá os condenados na primeira rodada do julgamento. Ele não vê, no caso, a ocorrência de uma organização permanente entre pessoas para o cometimento de crime. "Não basta um acordo transitório para caracterizar o crime", disse ele.
"Não está especificamente demonstrada a ocorrência de crime de quadrilha", citou Zavascki sobre voto anterior do relator Ricardo Lewandowski.
"Voto pelo provimento dos embargos infringentes", disse Teori às 10h54.
Zavascki citou uma série de votos feitos ao longo da história do Supremo por juízes que indicaram a prescrição de penas. Inclusive um voto do atual ministro Luiz Fux, que ontem reafirmou sua posição a favor da acusação de formação de quadrilha. "No Estado em que se encontra o processo, não se trata propriamente de pena concretizada, mas de especie singular de pena abstrata", defendeu o ministro.
Ao confirmar seu voto pela prescrição da pena de formação de quadrilha, Zavascki deixa o julgamento a um voto de beneficiar os condenados na primeira rodada de votações, no ano passado. Com mais voto que, acredita-se, virá da ministra Rosa Weber, penas de condenados como os ex-presidentes do PT José Dirceu e José Genoino e do ex-tesoureiro Delúbio Soares devem ser reduzidas. Eles teriam a garantia, nesse caso, de cumprir penas por outros crimes em regime semi-aberto de prisão.
Abaixo, notícia da Agência Brasil a respeito:
Luciano Nascimento - Repórter da Agência Brasil
O Supremo Tribunal Federal (STF) retoma agora de manhã a votação dos embargos interpostos na Ação Penal 470, o processo do mensalão. Em sessão extraordinária, o plenário da Corte dará prosseguimento à votação, suspensa ontem (26) com o placar parcial de 4 votos a 1 pela aceitação dos embargos infringentes, que favorece os réus acusados de formação de quadrilha.
O relator dos pedidos de embargo, ministro Luiz Fux, votou pela manutenção da pena definida no julgamento de 2012, por entender que os condenados formaram quadrilha para viabilizar o esquema de compra de parlamentares. O ministro mais novo do STF, Luís Roberto Barroso, contraargumentou, porém, que o tribunal “exacerbou” na pena para os crimes de formação de quadrilha para evitar prescrição.A posição de Barroso foi seguida, de imediato, pelos ministros Ricardo Lewandowski, Cármen Lúcia e Dias Toffoli, que reafirmaram o entendimento expresso no julgamento principal, em 2012, pelo não conhecimento do crime de formação de quadrilha ou bando, no caso da Ação Penal 470. Mas o voto formal dos três só será dado hoje.
O julgamento será retomado com os votos, pela ordem, dos ministros Teori Zavacki, Rosa Weber, Cármen Lúcia, Dias Toffoli, Gilmar Mendes, Ricardo Lewandowski, Marco Aurélio, Celso de Mello e o presidente Joaquim Barbosa.
Estão pautados os recursos do ex-ministro da Casa Civil José Dirceu, do ex-presidente do PT José Genoino, do ex-tesoureiro do partido Delúbio Soares, dos ex-diretores do Banco Rural José Roberto Salgado e Kátia Rabello, mais os publicitários Marcos Valério, Cristiano de Mello Paz e Ramon Hollerbach, sócios nas empresas SMP&B e DNA.
Se as argumentações dos réus forem aceitas, a decisão poderá diminuir as penas dos condenados que, em alguns casos, como os de José Dirceu e Delúbio Soares, passariam do regime fechado para o semiaberto.
http://www.brasil247.com/pt/247/brasil/131665/STF-decreta-que-PT-n%C3%A3o-formou-quadrilha.htm
PIB: Brasil tem 3° melhor resultado do mundo. Isso porque estamos “afundando”, não é? 27/02/2014
Autor: Fernando Brito
Do Valor, agora há pouco:
Em uma listagem de 13 países selecionados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o Brasil mostrou o terceiro melhor resultado na variação do Produto Interno Bruto (PIB) do quarto trimestre quando comparado com trimestre imediatamente anterior, já com ajustes sazonais.
O IBGE observou que a análise serve apenas para comparação e não oferece qualquer tipo de hierarquização. De acordo com o instituto todos os 13 países citados tiveram taxas positivas na variação de seus PIBs no período. A primeira posição é ocupada por Coreia do Sul, com avanço de 0,9% em sua economia nos três meses finais de 2013, em relação a terceiro trimestre, seguida por Estados Unidos (0,8%). No caso do Brasil, o país ocupa a terceira posição, com avanço de 0,7%, mesma variação registrada por Holanda e Reino Unido.
Os outros países da lista que tiveram saldo positivo, na mesma comparação, foram Portugal (0,5%), Alemanha e União Europeia (ambos com 0,4%); Espanha, França, e Japão (os três com variação de 0,3%); México (0,2%); e Itália (0,1%).
Na evolução anual, o desempenho brasileiro também ocupou a terceira melhor posição na lista de países selecionados pelo IBGE – que juntou, nessa seleção anual, a evolução do PIB na zona do euro também. O avanço de 2,3% do PIB brasileiro em 2013, em relação a 2012, só não foi superado pelas taxas positivas observadas em China (7,7%) e Coreia do Sul (2,8%).
Outros países mostraram saldo positivo no mesmo período, como África do Sul, Reino Unido e Estados Unidos (os três com expansão de 1,9%); Japão (1,6%), México (1,1%), Alemanha (0,4%), França (0,3%) e Bélgica (0,2%).
Já as economias que mostraram contração no PIB no período foram Espanha (-1,2%), Itália (-1,9%) e zona do Euro (-0,4%).
Quer dizer que o Brasil está desgovernado, se dissolvendo? Só se o mundo já acabou, então…
Mas que o terrorismo econômico do “o Brasil está se acabando” da oposição e da mídia traz prejuízo, traz.
O nome, em bom português, é sabotagem econômica de olho nas eleições.
Do Valor, agora há pouco:
Em uma listagem de 13 países selecionados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o Brasil mostrou o terceiro melhor resultado na variação do Produto Interno Bruto (PIB) do quarto trimestre quando comparado com trimestre imediatamente anterior, já com ajustes sazonais.
O IBGE observou que a análise serve apenas para comparação e não oferece qualquer tipo de hierarquização. De acordo com o instituto todos os 13 países citados tiveram taxas positivas na variação de seus PIBs no período. A primeira posição é ocupada por Coreia do Sul, com avanço de 0,9% em sua economia nos três meses finais de 2013, em relação a terceiro trimestre, seguida por Estados Unidos (0,8%). No caso do Brasil, o país ocupa a terceira posição, com avanço de 0,7%, mesma variação registrada por Holanda e Reino Unido.
Os outros países da lista que tiveram saldo positivo, na mesma comparação, foram Portugal (0,5%), Alemanha e União Europeia (ambos com 0,4%); Espanha, França, e Japão (os três com variação de 0,3%); México (0,2%); e Itália (0,1%).
Na evolução anual, o desempenho brasileiro também ocupou a terceira melhor posição na lista de países selecionados pelo IBGE – que juntou, nessa seleção anual, a evolução do PIB na zona do euro também. O avanço de 2,3% do PIB brasileiro em 2013, em relação a 2012, só não foi superado pelas taxas positivas observadas em China (7,7%) e Coreia do Sul (2,8%).
Outros países mostraram saldo positivo no mesmo período, como África do Sul, Reino Unido e Estados Unidos (os três com expansão de 1,9%); Japão (1,6%), México (1,1%), Alemanha (0,4%), França (0,3%) e Bélgica (0,2%).
Já as economias que mostraram contração no PIB no período foram Espanha (-1,2%), Itália (-1,9%) e zona do Euro (-0,4%).
Quer dizer que o Brasil está desgovernado, se dissolvendo? Só se o mundo já acabou, então…
Mas que o terrorismo econômico do “o Brasil está se acabando” da oposição e da mídia traz prejuízo, traz.
O nome, em bom português, é sabotagem econômica de olho nas eleições.
http://tijolaco.com.br/blog/?p=14668
Ex-diretor da Siemens diz que Serra dirigiu fraude em licitação de trens 27/02/2014
27 de fevereiro de 2014 | 12:29 Autor: Fernando Brito
O Procurador Geral de Justiça de São Paulo, Márcio Elias da Rosa, é a última esperança do ex-governador Jose Serra para evitar que seja investigado e indiciado pelos desvios de dinheiro público operados entre o governo paulista e a Siemens.
O promotor Marcelo Milani – cumprindo exigência da legislação paulista, que garante aos ex-governadores o privilégio de só serem investigados pelo chefe do MP – enviou a ele o pedido para ir fundo na denúncia do ex-diretor de Transporte da Siemens, Nélson Branco Marchetti.
Marchetti diz que Serra dirigiu pessoalmente (em encontro na Holanda) e através de emissários e de “recados” a fraude no contrato para a “remobilização” de três trens da série 1700 da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos, firmado com a Alston em cartel com a empresa alemã.
O pedido foi revelado por Fausto Macedo e Bruno Ribeiro, do Estadão, que narram que Marchetti disse à Polícia Federal que “se reuniu com Serra em 2008 em uma feira na Holanda. Segundo ele, o ex-governador lhe disse que, caso a Siemens conseguisse na Justiça desclassificar a empresa espanhola CAF em uma licitação de compra de trens da CPTM, o governo iria cancelar a concorrência porque o preço da multinacional alemã era 15% maior”.
O documento do Promotor Milani está aqui, na íntegra.
http://tijolaco.com.br/blog/?p=14676
Barbosa, a marionete do golpe, morreu pela boca 27/02/2014
Enviado por Miguel do Rosário
O escritor argentino Ricardo Piglia, num de seus ensaios, propõe uma tese segundo a qual um conto oferece sempre duas histórias. Uma delas acontece num descampado aberto, à vista do leitor, e o talento do artista consiste em esconder a segunda história nos interstícios da primeira.
Agora sabemos que não são apenas escritores que sabem ocultar uma história secreta nas entrelinhas de uma narrativa clássica. O ministro Luís Roberto Barroso nos mostrou que um jurista astuto (no bom sentido) também possui esse dom.
Esta é a razão do ridículo destempero de Joaquim Barbosa. Esta é a razão pela qual Barbosa interrompeu o voto do colega várias vezes e fez questão de, ao final deste, vociferar um discurso raivoso e mal educado.
Barbosa sentiu o golpe.
Houve um momento em que Barbosa praticamente se auto-acusou: “o que fizemos não é arbitrariedade”. Ora, o termo não fora usado por Barroso. Barbosa, portanto, não berrava apenas contra seu colega. Havia um oponente imaginário assombrando Barbosa, que não se encontrava em plenário, mas ele sentiu sua presença enquanto ouvia Barroso ler, tranquilamente, seu voto.
O oponente imaginário são os milhares de brasileiros que vem se aprofundando cada vez mais nos autos da Ação Penal 470, acompanhando os debates do Supremo Tribunal Federal, ajudando alguns réus a pagar suas multas, dando entrevistas bem duras em que denunciam os erros do julgamento, e constatando, perplexos, que houve, sim, uma série de erros processuais e arbitrariedades.
Barroso contou duas histórias. Uma delas, no primeiro plano, era seu voto. Um voto tranquilo e técnico. Só que nada na Ação Penal 470 foi tranquilo e técnico, e aí entra a história subterrânea, por trás do cavalheirismo modesto de Barroso.
E aí se explica a fúria de Barbosa.
A história secreta contada por Barroso, com uma sutileza digna de um escritor de suspense, de um Edgar Allan Poe, com uma ironia só encontrada nos romances de Faulkner ou Guimarães Rosa, é a denúncia da farsa.
Aos poucos, essa história subterrânea virá à tôna. Alguns observadores mais atentos já a pressentiram há tempos.
O novo ministro, antes mesmo de ingressar no STF, entendeu que há um muro de ódio e violência à sua frente, construído ao longo de oito anos, cujos tijolos foram cimentados com preconceito político, chantagens, vaidade e uma truculência midiática que só encontra paralelo nas grandes crises dos anos 50 e 60, que culminaram com o golpe de Estado.
Sabe o ministro que não é ele, sozinho, que poderá desconstruir esse muro. Em entrevista a um jornal, o próprio admitiu que estava assustado com a violência da qual já estava sendo vítima: o médico de sua mulher, sem ser perguntado, disse a ela que não tinha gostado do voto de seu marido, e suas filhas vinham sendo questionadas na escola por colegas e professores.
O Brasil vive um tipo de fascismo midiático cuja maior vítima (e algoz) é a classe média e os estamentos profissionais que ela ocupa.
É a ditadura dos saguões dos aeroportos, das salas de espera em consultórios médicos, dos shows da Marisa Monte.
Nos últimos meses, eu tenho feito alguns novos amigos, que tem me dado um testemunho parecido. Todos reclamam da solidão. A mãe rodeada de filhos “coxinhas”. O pai que é assediado, às vezes quase agredido, pelas filhas reacionárias. A executiva na empresa pública isolada entre tucanos raivosos. Alguns, mais velhos, encaram a situação com bom humor. Outros, mais jovens, vivem atordoados com as pancadas diárias que levam de seus próximos.
No entanto, o PT é o partido preferido dos brasileiros, ganha eleições presidenciais, aumenta presença no congresso e pode ganhar novamente a presidência este ano, até mesmo no primeiro turno.
Por que esta solidão se tanta gente vota no partido?
Claro que voltamos à questão da mídia, que influencia particularmente as camadas médias da sociedade, à esquerda e à direita. A maioria da classe média tradicional, hoje, independente da ideologia que professa, odeia o PT, idolatra Joaquim Barbosa, e lê os livros sugeridos nos cadernos de cultura tradicionais.
Eu conheço um bocado de artistas. Hoje são quase todos de direita, embora a maior parte se considere de esquerda. Todos odeiam Dirceu, sem nem saber porque. E me olham com profunda perplexidade quando eu tento argumentar. Como assim, parecem me perguntar, com olhos onde vemos rapidamente nascer um ódio atávico, irracional, como assim você não odeia Dirceu?
Eu tento conversar, com a mesma calma de Barroso, mas não adianta muito. Eles reagem com agressividade e intolerância.
Pessoas em geral pacatas se transformam em figuras raivosas e vingativas. O humanismo, que tanto fingem apreciar nos europeus, mandam às favas ao desejar que os réus petistas apodreçam no pior presídio do Brasil.
Eu mesmo costumo usar os mesmos termos de Barroso. “Respeito sua opinião”, eu digo. Às vezes até procuro elogiar o interlocutor, numa tentativa ingênua e canhestra de quebrar a casca de ódio que impede qualquer diálogo. Não adianta. Qual um bando de Barbosas, eles respondem, quase sempre, com grosserias e sarcasmos.
Quantas vezes não vivi a mesma situação de Barroso? Às vezes, inclusive, aceitei teses que não acreditava, violentei-me, num esforço desesperado para transmitir uma pequena divergência, uma singela ideia que foge ao script da mentalidade de um interlocutor cheio de certezas.
Entretanto, a serenidade estóica e elegante de Barroso significou uma grande vitória para nós, os solitários, os que arrostamos as truculências diárias da mídia e de seu imenso, quase infinito, exército de zumbis.
Porque encontramos um igual.
Encontramos alguém que sofre, que tenta expor uma ideia diferente, e recebe de volta uma saraivada de golpes de quem não aceita ser contestado.
Não confundamos, contudo, elegância com covardia. Não se pode exigir a um homem que derrube sozinho uma muralha desse calibre. Esse trabalho não é de Barroso. Será um esforço coletivo, que já estamos empreendedo. Barroso encontrará forças em nossas ideias.
Mesmo que ele tenha de fazer algum recuo estratégico, como aliás já fez, ao condenar Genoíno, será para avançar em seguida.
Mas a função de um juiz do STF não é defender uma classe. Não é defender a rapaziada que frequenta o show da Marisa Monte e lê os editoriais de Merval Pereira. Não é se tornar celebridade ou “justiceiro”. A função de um juiz é ser justo e defender tanto as razões do Estado acusador quanto os direitos dos réus.
Quando Getúlio deu um tiro em si mesmo, ele deixou um recado, no qual há referências algo misteriosas a “forças” que se desencadearam sobre ele.
Como que antevendo o que continuaríamos a enfrentar, durante muito tempo, o velhinho ainda tentou, em sua dolorosa despedida, nos consolar:
“Quando vos humilharem, sentireis minha alma sofrendo ao vosso lado.”
E cá estamos, Getúlio, diante das mesmas forças obscuras. Diante da mesma truculência, das mesmas arbitrariedades, que dessa vez encontraram voz na figura, trágica ironia, de um negro. Do primeiro negro que nós, o povo, nomeamos para o STF, mas que preferiu se unir aos poderosos de sempre, aos donos do dinheiro, aos barões da mídia, à turma do saguão do aeroporto…
É positivamente curioso como os ministros da mídia demonstram auto-confiança, arrogância, desenvoltura. Gilmar Mendes, Barbosa, Marco Aurélio Mello, dão entrevistas como se fizessem parte de uma raça superior. São campeões de um STF triunfante, que prendeu os “mensaleiros”.
Enquanto isso, os outros ministros agem com humildade, discrição, prudência. Barroso lê seu voto com voz quase trêmula, e pede reiteradas desculpas por cada mínima divergência. Nunca se ouviu um ministro pedir tantas vênias como Barroso. Nunca se viu um juiz fazer tantos elogios àquele mesmo que o destrata sem nenhuma preocupação quanto à etiqueta de um tribunal.
Mas o que Barroso pode fazer? Não faríamos o mesmo? A situação de Barroso é quase a de um sertanejo humilde, argumentando em voz baixa diante de seu patrão.
Sintomático que Luiz Fux, que aderiu também à Casa Grande, tenha citado Lampião para designar a “quadrilha dos mensaleiros”. O mundo dá tantas voltas, e retorna ao mesmo lugar. Virgulino Ferreira da Silva, o terror do Nordeste, o maior dos facínoras, quem diria, seria comparado a José Dirceu! É o tipo de comparação que não dá para ouvir sem darmos um sorriso triste e malicioso.
Não foi Virgulino igualmente o maior herói do sertão? Não foi ele o maior símbolo das injustiças e arbitrariedades que se abatiam, dia e noite, sobre um povo sofrido e miserável?
Evidentemente, não existe comparação mais idiota. Dirceu é um homem de paz, que acreditou na democracia e na política. Lampião foi um bandido que desistiu de qualquer solução política ou pacífica para seus problemas.
Mas também Fux, sem disso ter consciência, trouxe à baila uma história subterrânea, soterrada sob sua postura covarde de um juiz submetido aos barões de sempre: Lampião provou ao Brasil que não existe opressão sem resistência, mesmo que na forma de banditismo. Esta é a lei mais antiga da humanidade. A resistência e o heroísmo nascem da opressão e da arbitrariedade, como um filho nasce da mãe e do pai.
A campanha de solidariedade aos réus petistas foi a prova disso. Mas não vai parar aí. Ao chancelar uma farsa odiosa, arbitrária, truculenta e, sobretudo, mentirosa, o STF produziu milhares de Virgulinos. Só que não são Virgulinos por serem bandidos ou violentos. São Virgulinos exatamente pela razão oposta: a coragem de lutar de maneira pacífica e democrática.
É a coragem, sempre, a grande lição que o mais humilde dos cidadãos dá aos poderosos. É a coragem que faz alguém se insurgir contra a opinião do ambiente de trabalho, da família, do condomínio, dos saguões dos aeroportos, e assumir uma posição política independente, inspirada unicamente em sua consciência.
É a coragem, enfim, que faz os olhos de Barroso irradiarem um brilho de confiante serenidade. Sua voz pode tremer, mas não por medo. Treme antes pelo receio de escorregar um milímetro no fio da navalha por onde caminha, entre o desejo de falar duras verdades a um tratante e a determinação de manter uma elegância absoluta.
Barroso sequer consegue usar o pronome “seu” ao se referir a Barbosa, com medo de cometer um deslize verbal. Se Barbosa fosse uma figura serena, amiga, Barroso não teria esse escrúpulo. Tratando-se de um oponente sem caráter, sem moderação, e ao mesmo tempo tão incensado e blindado pela mídia, Barroso tem de tomar um cuidado máximo. Tem de tratá-lo com respeito até mesmo exagerado. Barroso sabe que Barbosa é vítima de megalomania e arrogância messiânica, que sofre de uma espécie de loucura, uma loucura perigosíssima, porque protegida pelos canhões da imprensa corporativa.
Ao contestar tão ofensivamente o teor do voto de Barroso, ao acusá-lo, de maneira tão vil, Barbosa disparou um tiro no próprio pé. Ganhará, ainda, um bocado de palmas dos saguões aeroportuários, mas haverá mais gente erguendo a sombrancelha, desconfiada de tanta fanfarronice e falta de modos.
Barroso deixou que Barbosa morresse como um peixe, pela boca.
Foi a vitória da serenidade sobre o destempero, da delicadeza sobre chauvinismo, do respeito à divergência sobre a intolerância.
Barbosa ao lado de seu patrão, um dos Marinho (eles não tem nome próprio)
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EUA declararam guerra à democracia 27/02/2014
Puro fascismo!
26/2/2014, [*] Kevin Barrett, Press TV, Irã
“USA declares war on democracy”
Traduzido pelo pessoal da Vila Vudu
Thomas Woodrow Wilson (1856 - 1924)
Desde os dias do presidente Woodrow Wilson – quer dizer, por quase 100 anos – os EUA têm estado empenhados numa cruzada à sua própria moda, para “tornar o mundo seguro para a democracia”.
Guerras colossais, quentes e frias, combatidas contra kaisers e fuhrers alemães, contra comunistas russos e contra nacionalistas no Terceiro Mundo. E em todos os casos o povo norte-americano ouviu que estariam “defendendo a democracia”.
Os norte-americanos massacraram 3,5 milhões de vietnamitas, e quase mais outro milhão de cambojanos, para “defender a democracia” no sudeste da Ásia.
Assassinaram milhões de iraquianos com guerras e sanções para “defender a democracia” no Oriente Médio.
André Vltchek
Segundo Andre Vltchek e Noam Chomsky em seu livro On Western Terrorism, [1] o governo dos EUA já assassinou algo entre 55 e 60 milhões de pessoas desde o fim da IIª Guerra Mundial, em guerras e intervenções por todo o mundo. Se se acredita no que dizem os propagandistas do império, esse holocausto promovido pelos norte-americanos teria sido grande defesa da democracia.
Mas o que se vê hoje, às vésperas da a Iª Guerra Mundial completar o 100º aniversário, é que os EUA já embarcaram em nova cruzada – dessa vez para tornar o mundo ainda mais INSEGURO para a democracia.
Na Ucrânia, na Venezuela e na Tailândia, os EUA estão gastando bilhões de dólares para derrubar – inconstitucionalissimamente – governos democraticamente eleitos.
Na Palestina, os EUA estão tentando derrubar o governo democraticamente eleito do Hamás desde o dia em que chegou ao poder.
No Egito, os EUA – por pressão dos sionistas – derrubou recentemente o único governo jamais eleito democraticamente no país, em 5 mil anos de história documentada.
Noam Chomsky
Na Síria, os EUA insistem que o povo sírio não teve a oportunidade e os meios democráticos para reeleger democraticamente Assad, e não importa quantos observadores internacionais estejam presentes para comprovar que as eleições são livres e limpas.
E na Turquia, os EUA só fazem minar o governo democraticamente eleito do primeiro-ministro Erdogan, favorecendo Fethullah Gulen – o fantoche que a CIA quer “eleger” lá.
Considerando o longo prazo, os EUA trabalham incansavelmente para destruir a democracia no Irã, na Rússia e na América Latina.
Por que, diabos, o governo dos EUA odeia a democracia?
Porque os banqueiros internacionais que são proprietários do governo dos EUA e comandam o império norte-americano nem sempre podem comprar votos em quantidade suficiente para impor o desejo deles a um país inteiro. Assim sendo, a democracia é ótima – desde que os eleitores elejam o candidato da Nova Ordem Mundial. Mas se acontece de os eleitores votarem em candidato que não convém aos oligarcas... Preparem-se, que aí vem golpe!
Os banqueiros derrubarão qualquer governo que se oponha a eles – mesmo nos EUA. O “término com detrimento extremo” [orig. termination with extreme prejudice] da presidência de John F. Kennedy foi mensagem clara enviada a todos os futuros presidentes dos EUA.
Mayer Rothschild
Mayer Rothschild disse, em frase que ganhou fama, que “Deem-me o controle sobre o dinheiro do país e pouco me importa quem escreva as leis”. Exagero, é claro. Os banqueiros da Nova Ordem Mundial gastam muito dinheiro para derrubar governos democraticamente eleitos por todo o mundo, precisamente porque eles se importam, sim, E MUITO, com quem escreva e faça cumprir a lei.
Agora, os banqueiros da Nova Ordem Mundial estão destruindo a Ucrânia em movimento geoestratégico contra a Rússia, onde Putin impôs rédea curta aos oligarcas russo-sionistas e meteu uma pedra no caminho do projeto de governança mundial dos banqueiros. Sim, o presidente Yanukovich da Ucrânia venceu eleições livres e justas. Mas a democracia nada significa para os faraós psicóticos da grande finança e seus pistoleiros neoconservadores alugados.
Os banqueiros (e os governos ocidentais que eles controlam) estão também tentando derrubar o presidente Nicolas Maduro da Venezuela, que chegou ao poder, pelas urnas, depois que a CIA assassinou o presidente Hugo Chávez. O presidente Maduro superou todos os esforços que os banqueiros empreenderam para derrotá-lo nas eleições do ano passada; agora, é o presidente democraticamente eleito da Venezuela. Nada disso impediu os banqueiros de tentarem derrubá-lo com um golpe pseudo populista.
Hugo Chávez
Na Tailândia, os banqueiros e seus cleptocratas locais estão tentando derrubar o governo democraticamente eleito da primeira-ministra Shinawatra. Aparentemente, os esforços de Shinawatra para garantir educação e assistência à saúde públicas aos cidadãos, e infraestrutura, e um salário mínimo, ofendeu os oligarcas.
Na Ucrânia, na Venezuela, na Tailândia, como antes na Síria e no Egito, os banqueiros está acrescentando violência ao seu joguinho de “revoluções coloridas”, o plano que conceberam para destruir a democracia. Parece incoerente, porque o intelectual-pau-mandado da Nova Ordem Mundial, Gene Sharp, chamado “o Maquiavel da não violência”, pregava que as “revoluções coloridas” originais sempre seriam levantes pacíficos e democráticos.
George Soros
Mas as chamadas “revoluções coloridas” inventadas por Sharp, a começar pela Revolução Rosa, na Geórgia, em 2003 e pela Revolução Laranja, na Ucrânia, em 2004, jamais foram genuínas revoluções do povo. Foram tentativas de golpe, orquestradas pelos banqueiros, e desde o primeiro momento. George Soros cuidaria de encaminhar o dinheiro dos Rothschild para o bolso deapparatchiks sedentos de poder, que inundariam seus países-alvos com propaganda e alugariam paus-mandados para vestirem camisetas de uma ou outra cor, posarem para as imagens de jornais e televisões e fazerem-se, eles mesmos, de “o espetáculo”, na esperança de, assim, seduzir jovens tolos (ou arrogantes) ou ingênuos para que se unam à “revolução” – cujo objetivo real é sempre instalar no poder um fantoche da Nova Ordem Mundial.
Mas agora, até a falsidade da não violência já desapareceu. A máscara risonha deMickey Mouse da Nova Ordem Mundial caiu, revelando a bocarra sedenta de sangue dos banqueiros satânicos, empenhados em impor ao mundo uma só grande ditadura orwelliana.
Na Síria, o “levante pacífico” de março de 2011 tornou-se pretexto para mandar para lá bandidos e terroristas pesadamente armados, com a missão de desestabilizar o país. No Egito, o “levante” gerado pelos banqueiros no verão passada virou desculpa fabricada para um violento golpe de Estado. Na Tailândia, Venezuela e Ucrânia, os banqueiros pagam torcidas organizadas para encenar protestos violentos, destruir propriedade pública, combater contra a polícia e incitar cada vez mais violência – na expectativa de, assim, conseguir derrubar governos democraticamente eleitos.
Isso é puro fascismo.
O fascismo é falsamente “das massas”. Sempre há fascistas fantasiados de “revolucionários”, pagos para usar uniformes de uma ou outra cor, marchar em passo-de-ganso pelas praças, derrubar governos democraticamente eleitos... e pôr no poder uma ditadura velada dos mais ricos, na qual se misturam o poder das empresas e o poder do estado/governo.
Mussolini e Hitler desfilam em Berlim (1937)
Foi o que fez Mussolini em 1922. Foi o que fez Hitler em 1933. E é o que os neoliberais neoconservadores e seus patrocinadores banqueiros estão fazendo hoje... por todo o mundo. O incêndio do Reichstag de 11/9, que pôs a única superpotência na direção do total fascismo, foi o tiro que desencadeou a avalanche.
Objetivo da jogatina: uma ditadura fascista global, que faria o IIIº Reich parecer piquenique no parque.
26/2/2014, [*] Kevin Barrett, Press TV, Irã
“USA declares war on democracy”
Traduzido pelo pessoal da Vila Vudu
Thomas Woodrow Wilson (1856 - 1924)
Desde os dias do presidente Woodrow Wilson – quer dizer, por quase 100 anos – os EUA têm estado empenhados numa cruzada à sua própria moda, para “tornar o mundo seguro para a democracia”.
Guerras colossais, quentes e frias, combatidas contra kaisers e fuhrers alemães, contra comunistas russos e contra nacionalistas no Terceiro Mundo. E em todos os casos o povo norte-americano ouviu que estariam “defendendo a democracia”.
Os norte-americanos massacraram 3,5 milhões de vietnamitas, e quase mais outro milhão de cambojanos, para “defender a democracia” no sudeste da Ásia.
Assassinaram milhões de iraquianos com guerras e sanções para “defender a democracia” no Oriente Médio.
André Vltchek
Segundo Andre Vltchek e Noam Chomsky em seu livro On Western Terrorism, [1] o governo dos EUA já assassinou algo entre 55 e 60 milhões de pessoas desde o fim da IIª Guerra Mundial, em guerras e intervenções por todo o mundo. Se se acredita no que dizem os propagandistas do império, esse holocausto promovido pelos norte-americanos teria sido grande defesa da democracia.
Mas o que se vê hoje, às vésperas da a Iª Guerra Mundial completar o 100º aniversário, é que os EUA já embarcaram em nova cruzada – dessa vez para tornar o mundo ainda mais INSEGURO para a democracia.
Na Ucrânia, na Venezuela e na Tailândia, os EUA estão gastando bilhões de dólares para derrubar – inconstitucionalissimamente – governos democraticamente eleitos.
Na Palestina, os EUA estão tentando derrubar o governo democraticamente eleito do Hamás desde o dia em que chegou ao poder.
No Egito, os EUA – por pressão dos sionistas – derrubou recentemente o único governo jamais eleito democraticamente no país, em 5 mil anos de história documentada.
Noam Chomsky
Na Síria, os EUA insistem que o povo sírio não teve a oportunidade e os meios democráticos para reeleger democraticamente Assad, e não importa quantos observadores internacionais estejam presentes para comprovar que as eleições são livres e limpas.
E na Turquia, os EUA só fazem minar o governo democraticamente eleito do primeiro-ministro Erdogan, favorecendo Fethullah Gulen – o fantoche que a CIA quer “eleger” lá.
Considerando o longo prazo, os EUA trabalham incansavelmente para destruir a democracia no Irã, na Rússia e na América Latina.
Por que, diabos, o governo dos EUA odeia a democracia?
Porque os banqueiros internacionais que são proprietários do governo dos EUA e comandam o império norte-americano nem sempre podem comprar votos em quantidade suficiente para impor o desejo deles a um país inteiro. Assim sendo, a democracia é ótima – desde que os eleitores elejam o candidato da Nova Ordem Mundial. Mas se acontece de os eleitores votarem em candidato que não convém aos oligarcas... Preparem-se, que aí vem golpe!
Os banqueiros derrubarão qualquer governo que se oponha a eles – mesmo nos EUA. O “término com detrimento extremo” [orig. termination with extreme prejudice] da presidência de John F. Kennedy foi mensagem clara enviada a todos os futuros presidentes dos EUA.
Mayer Rothschild
Mayer Rothschild disse, em frase que ganhou fama, que “Deem-me o controle sobre o dinheiro do país e pouco me importa quem escreva as leis”. Exagero, é claro. Os banqueiros da Nova Ordem Mundial gastam muito dinheiro para derrubar governos democraticamente eleitos por todo o mundo, precisamente porque eles se importam, sim, E MUITO, com quem escreva e faça cumprir a lei.
Agora, os banqueiros da Nova Ordem Mundial estão destruindo a Ucrânia em movimento geoestratégico contra a Rússia, onde Putin impôs rédea curta aos oligarcas russo-sionistas e meteu uma pedra no caminho do projeto de governança mundial dos banqueiros. Sim, o presidente Yanukovich da Ucrânia venceu eleições livres e justas. Mas a democracia nada significa para os faraós psicóticos da grande finança e seus pistoleiros neoconservadores alugados.
Os banqueiros (e os governos ocidentais que eles controlam) estão também tentando derrubar o presidente Nicolas Maduro da Venezuela, que chegou ao poder, pelas urnas, depois que a CIA assassinou o presidente Hugo Chávez. O presidente Maduro superou todos os esforços que os banqueiros empreenderam para derrotá-lo nas eleições do ano passada; agora, é o presidente democraticamente eleito da Venezuela. Nada disso impediu os banqueiros de tentarem derrubá-lo com um golpe pseudo populista.
Hugo Chávez
Na Tailândia, os banqueiros e seus cleptocratas locais estão tentando derrubar o governo democraticamente eleito da primeira-ministra Shinawatra. Aparentemente, os esforços de Shinawatra para garantir educação e assistência à saúde públicas aos cidadãos, e infraestrutura, e um salário mínimo, ofendeu os oligarcas.
Na Ucrânia, na Venezuela, na Tailândia, como antes na Síria e no Egito, os banqueiros está acrescentando violência ao seu joguinho de “revoluções coloridas”, o plano que conceberam para destruir a democracia. Parece incoerente, porque o intelectual-pau-mandado da Nova Ordem Mundial, Gene Sharp, chamado “o Maquiavel da não violência”, pregava que as “revoluções coloridas” originais sempre seriam levantes pacíficos e democráticos.
George Soros
Mas as chamadas “revoluções coloridas” inventadas por Sharp, a começar pela Revolução Rosa, na Geórgia, em 2003 e pela Revolução Laranja, na Ucrânia, em 2004, jamais foram genuínas revoluções do povo. Foram tentativas de golpe, orquestradas pelos banqueiros, e desde o primeiro momento. George Soros cuidaria de encaminhar o dinheiro dos Rothschild para o bolso deapparatchiks sedentos de poder, que inundariam seus países-alvos com propaganda e alugariam paus-mandados para vestirem camisetas de uma ou outra cor, posarem para as imagens de jornais e televisões e fazerem-se, eles mesmos, de “o espetáculo”, na esperança de, assim, seduzir jovens tolos (ou arrogantes) ou ingênuos para que se unam à “revolução” – cujo objetivo real é sempre instalar no poder um fantoche da Nova Ordem Mundial.
Mas agora, até a falsidade da não violência já desapareceu. A máscara risonha deMickey Mouse da Nova Ordem Mundial caiu, revelando a bocarra sedenta de sangue dos banqueiros satânicos, empenhados em impor ao mundo uma só grande ditadura orwelliana.
Na Síria, o “levante pacífico” de março de 2011 tornou-se pretexto para mandar para lá bandidos e terroristas pesadamente armados, com a missão de desestabilizar o país. No Egito, o “levante” gerado pelos banqueiros no verão passada virou desculpa fabricada para um violento golpe de Estado. Na Tailândia, Venezuela e Ucrânia, os banqueiros pagam torcidas organizadas para encenar protestos violentos, destruir propriedade pública, combater contra a polícia e incitar cada vez mais violência – na expectativa de, assim, conseguir derrubar governos democraticamente eleitos.
Isso é puro fascismo.
O fascismo é falsamente “das massas”. Sempre há fascistas fantasiados de “revolucionários”, pagos para usar uniformes de uma ou outra cor, marchar em passo-de-ganso pelas praças, derrubar governos democraticamente eleitos... e pôr no poder uma ditadura velada dos mais ricos, na qual se misturam o poder das empresas e o poder do estado/governo.
Mussolini e Hitler desfilam em Berlim (1937)
Foi o que fez Mussolini em 1922. Foi o que fez Hitler em 1933. E é o que os neoliberais neoconservadores e seus patrocinadores banqueiros estão fazendo hoje... por todo o mundo. O incêndio do Reichstag de 11/9, que pôs a única superpotência na direção do total fascismo, foi o tiro que desencadeou a avalanche.
Objetivo da jogatina: uma ditadura fascista global, que faria o IIIº Reich parecer piquenique no parque.
Só há um meio para derrotar esses monstros. Todas as grandes fortunas, a começar pelos tesouros de trilhões de dólares das hordas de Rothschilds e amigos, têm de ser confiscadas e devolvidas aos cofres públicos. Todos os grandes bancos têm de ser estatizados e suas operações terão de ser tornadas absoluta e completamente transparentes. Todas as maiores empresas, a começar pelas empresas proprietárias dos veículos da chamada “grande” imprensa têm de ser estatizadas, em seguida partidas em várias pequenas empresas regidas por legislação antitruste.
Essa revolução – para derrubar a oligarquia global – é a única revolução que realmente importa.
Nota dos Tradutores
[1] CHOMSKY, Noam; VLTCHEK, André. On Western Terrorism, Londres: Pluto Press, 2013, 208 p.
___________________________
[*] Dr. Kevin Barrett, é Ph.D., arabista-islamologista e um dos principais críticos norte-americanos da Guerra ao Terror. Comentou muitas vezes na FoxNews, CNN, PBS e outros canais de mídia eletrônica; publicou artigos de opinião no New York Times, no Christian Science Monitor, no Chicago Tribune e em outras publicações líderes. Lecionou em faculdades e universidades em San Francisco, Paris e Wisconsin, onde ele concorreu para o Congresso em 2008. É co-fundador da Muslim-Christian-Jewish Alliance, e autor dos livros Truth Jihad: My Epic Struggle Against the 9/11 Big Lie (2007) e Questioning the War on Terror: A Primer for Obama Voters (2009). Seu site é www.truthjihad.com
POSTADO POR CASTOR FILHO
Essa revolução – para derrubar a oligarquia global – é a única revolução que realmente importa.
Nota dos Tradutores
[1] CHOMSKY, Noam; VLTCHEK, André. On Western Terrorism, Londres: Pluto Press, 2013, 208 p.
___________________________
[*] Dr. Kevin Barrett, é Ph.D., arabista-islamologista e um dos principais críticos norte-americanos da Guerra ao Terror. Comentou muitas vezes na FoxNews, CNN, PBS e outros canais de mídia eletrônica; publicou artigos de opinião no New York Times, no Christian Science Monitor, no Chicago Tribune e em outras publicações líderes. Lecionou em faculdades e universidades em San Francisco, Paris e Wisconsin, onde ele concorreu para o Congresso em 2008. É co-fundador da Muslim-Christian-Jewish Alliance, e autor dos livros Truth Jihad: My Epic Struggle Against the 9/11 Big Lie (2007) e Questioning the War on Terror: A Primer for Obama Voters (2009). Seu site é www.truthjihad.com
POSTADO POR CASTOR FILHO
Os testemunhos das mulheres que ousaram combater a Ditadura novo 27/02/2014
http://revistamarieclaire.globo.com/Mulheres-do-Mundo/noticia/2013/09/os...
A Comissão Nacional da Verdade, criada para elucidar crimes cometidos durante o período acaba de completar um ano. Antes de seu encerramento em 2014, tem como uma de suas principais missões contar o que sofreram as mulheres que foram contra o regime. São brasileiras hoje na faixa do 60 anos, como as ouvidas por Marie Claire: vítimas de estupros, choques nos mamilos, ameaças aos filhos, abortos...DA ESQ. PARA A DIR.: AMÉLIA TELES, ANA MARIA ARATANGY E CRIMÉIA DE ALMEIDA (FOTO: FABIO BRAGA E TADEU BRUNELLI)
Em pé sobre uma cadeira, nua, encapuzada e enrolada em fios, Ana Mércia Silva Roberts, então com 24 anos, esforçava-se para manter os braços abertos, sustentando uma folha de papel presa entre os dedos de cada mão. Ela estava naquela posição havia horas. A cada vez que o cansaço lhe fazia baixar minimamente os braços, um choque elétrico percorria todo seu corpo. E as gargalhadas preenchiam a pequena sala. Eram vários homens, talvez oito, talvez dez. Cada um com um rosto, uma história, uma vida. “Um dos meus torturadores poderia ser meu avô, um senhor de gravata-borboleta para quem eu daria lugar no ônibus; o outro era um loiro com chapéu de caubói. Havia um homem com jeito de pai compreensivo que chegou a me dar um chocolate, e um jovem bonito com longos cabelos escuros, que andava de peito nu, ostentando um crucifixo, de codinome Jesus Cristo”, afirma.
O rosto desses algozes, integrantes da repressão militar, e as cenas do dia em que teve de ser estátua viva perante eles são parte das lembranças que Ana Mércia, hoje 66, guarda de quase três meses de prisão noDOI-Codi e no Dops, dois centros paulistanos de tortura e prisão de oposicionistas ao regime militar, instaurado sete anos antes. Integrante do Partido Operário Comunista, ela esteve nos porões da ditadura em 1971, mesma época em que o País vivia a prosperidade do“milagre econômico” e o ufanismo alimentado pela conquista da Copa de 70 e por slogans como “Brasil, ame-o ou deixe-o”. Nos meses em que ficou encarcerada, seu corpo e mente foram massacrados de diversas formas. Mas não é ao descrevê-las que seus olhos ficam marejados. “Estranhamente, eu não me lembro de quase nada daquelas semanas, meses. Fiz terapia, mas não consigo recuperar esses trechos da minha vida. O que mais me dói é isso. Vários pedaços de mim e da minha existência não me pertencem, ficaram com eles (os militares)”. Ana Mércia é uma mulher com pouca memória das torturas daqueles porões. E é também uma metáfora do próprio Brasil, que segue desmemoriado das histórias do regime militar (1964 a 1985) quase 30 anos depois do fim da ditadura. A diferença entre Ana Mércia e o Brasil é que ao País foi dada a chance de recuperar e registrar os detalhes de sua história. É essa a missão da Comissão Nacional da Verdade, criada pela presidenta Dilma Rousseff (ela mesma vítima de torturas do Estado) e que tornou acessíveis uma série de papéis até então secretos. Desde maio de 2012, 19 milhões de páginas de documentos foram retirados de seus arquivos e estão em análise, e cerca de 350 pessoas foram ouvidas. É um movimento delicado e, para muitos, atrasado. Até então, o Brasil já havia debatido por anos como lidar com a violência da época.
INTEGRANTES DO GRUPO "TEATRO EM GREVE CONTRA A CENSURA" PROTESTAM NO RIO DE JANEIRO EM FEVEREIRO DE 1968 (FOTO: GONÇAVES (CPDOCJB))
A Ordem dos Advogados do Brasil chegou a pedir, em 2008, a revisão da Lei da Anistia, que perdoava todos os “crimes políticos” e beneficiava também torturadores, mas teve o pedido negado pela Justiça. Da sua parte, grupos militares se opunham à quebra de sigilo e à própria Comissão por temer uma caça às bruxas. Foi depois de muito diálogo que se chegou à fórmula de um grupo de trabalho com ênfase na transparência: a Comissão da Verdade pode acessar qualquer documento que considerar importante e tem o poder de convocar pessoas para depor, mas não de julgá-las. Do primeiro ano de trabalho, emergiram as conclusões de que a tortura começou em 1964, pouco depois do golpe, e ocorreu em pelo menos sete estados diferentes. Nesse pouco tempo, o Estado brasileiro admitiu que os assassinatos do deputado Rubens Paiva e do jornalista Vladimir Herzog foram obra de seus agentes, e descortinou o recrutamento e o extermínio de tribos indígenas da Amazônia pelos militares.
Tudo isso dá contornos mais nítidos à história recente do País, mas o grupo ainda tem muito a contar até dezembro de 2014, quando os trabalhos serão encerrados. Uma das principais incumbências da Comissão é esclarecer a participação das mulheres na resistência à ditadura e as torturas a que foram submetidas. “Acreditamos que as mulheres sofreram violências específicas, sexuais, motivadas também por machismo, que buscavam destruir a feminilidade e a maternidade delas”, afirma Glenda Mezarobba, uma das coordenadoras do grupo Ditadura e Gênero, que investiga o assunto na Comissão da Verdade. Os trabalhos ainda não possuem conclusões definitivas, mas há fortes indícios do que pode ter acontecido às brasileiras durante as duas décadas de regime militar. “Hoje, trabalhamos com um número de 500 mortos pela ditadura, 50 deles seriam mulheres. Mas sabemos que os dois números estão subestimados”, afirma Glenda, empenhada em refazer a estatística.
CENA COMUM EM 1968: A CAVALARIA DS POLÍCIA MILITAR TOMA A AVENIDA SÃO JOÃO, NO CENTRO DE SÃO PAULO (FOTO: ACERVO MEMORIAL DA RESISTÊNCIA DE SÃO PAULO)
A quantidade de processos reclamando anistia sugere que esse número é muito maior. Desde 2001, o Ministério da Justiça recebe pedidos de indenização de brasileiros que, de alguma maneira, tiveram a vida marcada pelo regime militar. São parentes e vítimas de violência ou pessoas que, por motivo exclusivamente político, ficaram impedidas de trabalhar. Hoje, o órgão contabiliza mais de 73 mil pedidos. Mais de 40 mil já foram aceitos. As mulheres foram fundamentais no combate ao regime em todas as suas fases. Seu engajamento nos movimentos pela anistia dos presos políticos, que muitas vezes culminaram com passeatas exclusivamente femininas, são a parte mais conhecida dessa militância. Mas, nas organizações de esquerda Ditadura, elas também foram importantes.Guardavam armas e abrigavam militantes (aliás eram preferidas para essa função, pois levantavam menos suspeitas), traduziam jornais comunistas estrangeiros, participavam das aulas de doutrinas ideológicas, da elaboração dos planos de assaltos e sequestros, tinham aulas de tiro e muitas foram a Cuba fazer curso de guerrilha. Nas organizações clandestinas, chegaram a dirigentes.
“Era preciso que houvesse uma mulher em cada esconderijo, para manter a aparência de uma casa normal”, afirma Glenda. Elas também agregavam uma faceta afetiva e familiar às organizações, muitas foram mães na clandestinidade ou na cadeia. Na descrição feita pela psicóloga argentina, naturalizada brasileira, Maria Cristina Ocariz, a mulher militante parece a expressão viva da frase do revolucionário argentino Ernesto Che Guevara: “hay que endurecerse, pero sin perder la ternura jamás”. “Elas tinham a mesma garra que os homens. Perdiam companheiros, assassinados pelo regime, e ainda assim seguiam na luta, não por frieza, mas por convicção ideológica de poder construir um mundo melhor para seus filhos.” Cristina, que hoje coordena a Clínica do Testemunho Instituto Sedes Sapientiae em São Paulo, um serviço que oferece espaço para reparação psicológica aos afetados por ditaduras, fez parte da resistência aos militares argentinos antes de se exilar no Brasil. Na juventude, na década de 70, ela deixava seu bebê de 1 mês nos braços da mãe, em Buenos Aires, ia a manifestações e corria para casa a tempo de amamentar seu filho. Quando eram presas, as mulheres tinham pela frente não apenas a tortura, mas também o sexismo e a violência sexual. “É claro que ser mulher fazia diferença. Porque ainda que os homens torturados também tivessem de ficar nus, eles tiravam as roupas na frente de outros homens. A mulher ficava nua diante dos olhos cobiçosos e jocosos daqueles homens, essa era a primeira violência”, afirmaTatiana Merlino, organizadora do livro "Luta, Substantivo Feminino", publicado em 2010 pela Secretaria Especial dos Direitos Humanos, que descreve o assassinato de 45 mulheres militantes.
MANIFESTAÇÃO DE MULHERES CONTRA A VISITA DO ATIRADOR ARGENTINO JORGE VIDELA A SÃO PAULO, EM 1980 (FOTO: MATERIAL BRASIL NUNCA MAIS DO ARQUIVO EDGARD LEUENROTH/UNICAMP)
NUDEZ E TORTURA
“A primeira coisa que eles fizeram quando entrei na sala de depoimento foi me mandar tirar a roupa, eu já fiquei apavorada”, afirma Ana Maria Aratangy, de 66 anos. “Eu não esperava por aquilo. Eu mesma fui tirando a roupa, achei que era melhor do que deixá-los arrancar. Acho que foi pior do que as torturas que vieram depois”. Ana Maria era membro do Partido Operário Comunista quando foi presa, aos 24 anos, e estava grávida de algumas semanas, mas não sabia. Estudante do sexto ano de medicina, ela afirma que sua militância era tímida:guardava duas armas em casa e tinha leituras consideradas
subversivas. Nem sequer conhecia os líderes do POC. Até por isso, não teve muito a dizer quando vieram os choques nos mamilos e os tapas no rosto. Tampouco pôde conter os gritos. Enquanto gritava, sua mãe, que havia sido presa junto com ela, ouvia da sala ao lado. Ana Maria só saiu da prisão aos cinco meses de gestação. Sua filha, hoje, tem 41 anos.
“Depois de nos colocarem nuas, eles comentavam a gordura ou a magreza dos nossos corpos. Zombavam da menstruação e do leite materno. Diziam ‘você é puta mesmo, vagabunda’”, afirma Ana Mércia. As violências que seguiam incluíam, em geral, choques nas genitálias, palmatórias no rosto, sessões de espancamento no pau de arara, afogamentos ou torturas na cadeira do dragão, cujo assento era uma placa de metal que dava descargas elétricas no corpo amarrado do prisioneiro. Mas com as mulheres era diferente. “Havia uma voracidade do torturador sobre o corpo da torturada”, afirma a psicóloga Maria Auxiliadora Arantes, cuja tese de doutorado sobre tortura no Brasil será publicada este ano. “O corpo nu da mulher desencadeia reações no torturador, que quer fazer desse corpo um objeto de prazer.”
PASSEATA DE MULHERES NO LARGO CARIOCA À CINELÂNDIA, NO RIO DE JANEIRO EM 1983 (FOTO: ALMIR VEIGA (CPDOCJB))
Foi exatamente o que viveu Ieda Seixas, de 65 anos. Aos 23, ela foi presa por causa da militância do pai, operário. Demorou muito tempo para ser capaz de relatar o que passou. E, quase 40 anos depois, não consegue conter as lágrimas ao descrever: “Levaram-me para um banheiro durante a noite, no DOI-Codi, eram uns dez homens. Fiquei sentada em um banco com dois deles me comprimindo, um de cada lado. Na minha frente, em uma cadeira, sentou um cara que chamavam de Bucéfalo. Ele me dava muito tapa na cara, a minha cabeça virava de um lado para o outro, mas eu nem sentia, porque um dos homens que estava sentado ao meu lado não parava de passar a mão em mim, colocou os dedos em todos os meus orifícios. Era tão terrível que eu pedia: ‘Coloquem-me no pau de arara’. Mas aquele homem dizia: ‘Não, gente. Não precisa levar essa aqui para o pau de arara. Comigo ela vai gozar e vai falar’.
Todos riam. Naquela noite, se eu tivesse tido meios, teria tentado me matar.” O suicídio pode ter sido o destino de outras mulheres que não conseguiram suportaram a violência sexual. Segundo Luci Buff, da Comissão da Verdade, começam a aparecer informações de que até mesmo freiras teriam sido estupradas por militares. Amélia Teles, de 68 anos, relata que não foi capaz de conter o vômito ao ver que o torturador ejaculava sobre seu corpo nu e ferido, depois de masturbar-se olhando para a vítima, amarrada na cadeira do dragão. Militante do Partido Comunista, ela tinha dois filhos, de 5 e 4 anos, quando foi presa, em 1972. O assédio sexual do torturador não foi a pior parte. Em um dos dias na prisão, depois de ser exaustivamente torturada Amélia viu a porta da sala se abrir e seus dois filhos entrarem. “Foi a pior coisa do mundo. Eu, amarrada (nua) na cadeira do dragão, sem nem poder abraçá-los. A minha filha me perguntou: ‘Mãe, por que você está azul?’. Eram as marcas dos hematomas, do sangue pisado, espalhados pelo meu corpo”, afirma Amélia. “Eles foram claros comigo: para manter meus filhos vivos, eu teria que colaborar com eles.” Os dois filhos hoje são adultos. Passaram por terapia e guardam apenas fragmentos de memória de sua visita ao DOI-Codi. Nenhum quis ter filhos. Amélia credita esse fato ao trauma na infância.
Agredir crianças para atingir a mãe não era um recurso excepcional. Nem sequer as mulheres grávidas eram poupadas. Em 1974, com uma barriga de seis meses de gestação, a militante do grupo revolucionário MR-8 Nádia Nascimento foi presa, junto com o seu companheiro, em São Paulo. “Já foram logo me dizendo que filho de comunista não merecia nascer. Arrancaram minha roupa na frente do meu companheiro, que já estava muito machucado pela tortura, e perguntavam se ele queria que me torturassem, diziam que dependia dele. Ameaçaram me estuprar na frente dele, mesmo grávida. Até que,em um dado momento, me colocaram na cadeira do dragão. Ali, comecei a sangrar por causa dos choques e perdi meu filho”, conta Nádia, que teve uma série de complicações médicas decorrentes do aborto provocado e da falta de cuidados hospitalares. A criança se chamaria Lucas e hoje teria 39 anos de idade.
A LÍDER ESTUDANTIL CATARINA MELONI EM PASSEATA. MAIS TARDE, ELA ESCREVERIA O LIVRO"1968: O TEMPO DAS ESCOLHAS" (FOTO: JESUS CARLOS (IMAGEM GLOBAL))
Também presa aos seis meses de gestação, Criméia de Almeida, de 67 anos, conseguiu manter seu filho na barriga, a despeito das torturas. Quando a bolsa estourou, na cela solitária que ela ocupava em uma carceragem do exército em Brasília, dezenas de baratas que habitavam o lugar começaram a subir por suas pernas, alvoroçadas por se alimentar do líquido amniótico. Embora pedisse ajuda, teve de esperar horas até ser transferida a um hospital. Lá, a ex-guerrilheira do Araguaia, que havia trabalhado como parteira na Amazônia,teve as pernas e os braços amarrados. “Quando o bebê nasceu, já o levaram para longe de mim. E o médico me costurou sem anestesia, eu gritava de dor. Daí passaram a usar meu filho para me torturar. Passavam dois dias sem trazê-lo para mamar. Quando ele vinha, estava com soluço, magro, morto de fome. Ele nasceu com quase 3,2 kg. Mas com um mês de vida pesava apenas 2,7 kg. Na infância, ele tinha muitos pesadelos, chegou a ter convulsões. É claro que ficaram traumas em todos nós. Quando eu estava presa e ouvia o tilintar de chaves na carceragem, que significava que alguém seria torturado, o bebê começava a soluçar dentro do útero. Hoje, aos 40 anos, João Carlos ainda soluça toda vez que fica estressado”, afirma Criméia.
Ele não conheceu o pai, André Grabois,que até hoje é considerado desaparecido político. Criméia não teve a chance de enterrar seu companheiro. É provável que André tenha sido assassinado pelos militares durante a guerrilha do Araguaia – movimento comunista na região amazônica combatido pelo governo entre 1972 e 1974, no qual acredita-se que os militares tenham lançado bombas de Napalm, o mesmo químico usado no Vietnã, de acordo com mais uma revelação recente da Comissão da Verdade. Sorridente até ali, em um evento sobre educação internacional para mulheres, a ministra das mulheres, Eleonora Menicucci, ganhou um semblante pesado ao ser indagada por Marie Claire sobre sua história na ditadura. Quando foi presa, em 1971, tinha apenas 22 anos e uma filha de 1 ano e 10 meses. Para forçála a dar informações de sua atividade política, os militares colocaram a menina, Maria, apenas de fralda, no frio. A criança chorava e os torturadores ameaçavam dar choques nela. Ieda Seixas, que foi aprisionada na mesma cela que a atual ministra logo depois dessa sessão de tortura, afirma: “A Eleonora andava como um animal enjaulado, de um lado para o outro, e dizia ‘minha filha, minha filha’. Tinha os olhos esbugalhados, passava a mão pelos cabelos com desespero, parecia que ia explodir. Era mais do que estar transtornada, ela estava em estado de choque”.
Sobre a experiência, a ministra diz: “A Maria superou tudo e hoje é uma vencedora. Eu também superei. Tive outro filho que me deu a certeza de que o que fiz foi correto e me mostrou que eu ainda era capaz de ser mãe mesmo depois de todas as torturas que sofri. Mas, ainda assim, relembrar isso é muito sofrido. Acho que cada um resolve à sua maneira. A Maria aprendeu a lidar com isso com mais liberdade e menos sofrimento. Eu, tudo o que tinha de falar, eu falei. Porque o pior não é a tortura física, mas a psicológica, a ameaça. As ameaças que faziam comigo de torturar a Maria na minha frente eram tão pesadas que talvez fossem mais fortes do que a própria tortura em si”.
AS GRADES DO DOPS (FOTO: MATERIAL BRASIL NUNCA MAIS DO ARQUIVO EDGARD LEUENROTH/UNICAMP)
O FUTURO
É com essa mesma memória que o Brasil tenta aos poucos lidar. A abertura dos arquivos e os depoimentos, que pode resultar em processos contra os torturadores, não são as únicas manifestações. No cinema, "Hoje", filme da diretora Tata Amaral, mostra o quão atual é nossa dívida com a história. A protagonista do longa, vivida pela atriz Denise Fraga, é uma ex-militante de esquerda cujo marido foi morto pelos militares. Ela recebe uma indenização pela morte dele e compra um apartamento, mas, no dia da mudança, o desaparecido ressurge. A figura do retorno mostra como é difícil seguir em frente sem resolver o passado. É assim no filme e na vida de Criméia, Amélia, Ieda, Ana Mércia e Ana Maria. “Ao fazer "Hoje", me deparo com uma sociedade que permite que sua memória seja roubada. E que aceita que, neste momento, alguém esteja sendo torturado numa prisão brasileira. Será que em algum momento a gente vai dizer: ‘Chega!’?”
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