A Anglo American obteve licença de operação do Ibama para o mineroduto do projeto Minas-Rio, um passo importante para a grande aposta em minério de ferro da companhia no Brasil, informou a mineradora nesta quarta-feira.O mineroduto, de 529 quilômetros, levará minério de mina e unidade de beneficiamento da Anglo em Conceição do Mato Dentro e Alvorada de Minas, em Minas Gerais, até o Porto do Açu, no Estado do Rio de Janeiro.O empreendimento da Anglo, que deverá custar ao todo 20 bilhões de reais, muito mais do que o orçado inicialmente, terá capacidade anual de produção de 26,5 milhões de toneladas de minério de ferro. Essa também é a capacidade de transporte do mineroduto.A capacidade total do mineroduto deverá ser atingida entre 18 e 20 meses após o início da operação, sendo que para 2015 a empresa prevê entre 11 milhões e 15 milhões de toneladas."Nosso foco total continua sendo o primeiro embarque no final de 2014, de forma segura e responsável”, frisou a Anglo, em nota.Para o cumprimento da meta, a mineradora busca obter, neste trimestre, a licença de operação da mina e da planta de beneficiamento.O terminal portuário --gerenciado pela joint venture Ferroport, com participação de 50 por cento da Anglo e 50 por cento da Prumo Logística (ex-LLX)-- teve licença operacional expedida em maio.A empresa conseguiu também uma licença temporária para a linha de transmissão de energia de 230 kV, que deverá ser convertida em definitiva.O projeto está atualmente em fase de comissionamento. Até o momento, 95 por cento das atividades necessárias para a realização do primeiro embarque foram realizadas.Como parte dos testes, a Anglo concluiu em 24 de agosto o transporte da primeira carga de minério de ferro por meio do mineroduto.A empresa reiterou ainda que os investimentos para a implantação do empreendimento permanecem alinhados com a estimativa informada em janeiro de 2013 de aproximadamente 20 bilhões de reais.O investimento, porém, é muito mais alto que o previsto quando a Anglo começou a apostar no projeto.Em abril de 2007, quando a mineradora comprou seus primeiros 49 por cento de participação do Minas-Rio, a previsão era que a primeira fase do projeto, de 26,5 milhões de toneladas de capacidade, iniciasse a produção em 2009, com um investimento total estimado em 2,35 bilhões de dólares.Dos investimentos atuais previstos de 20 bilhões de reais, já foram gastos cerca de 15 bilhões de reais, com previsão de gasto de 2,7 bilhões de reais ao longo do segundo semestre deste ano, segundo a companhia.Os 2,2 bilhões de reais restantes deverão ser empenhados em 2015, para a conclusão completa do quebra-mar e aquisição de equipamentos da área da mina para o ramp up.Após investir em pesquisas, a Anglo conseguiu praticamente quadruplicar os recursos minerais estimados do projeto para 5,7 bilhões de toneladas, ante o total estimado inicialmente.Atualmente, segundo a empresa, o Minas-Rio tem 1,45 bilhão de toneladas de reservas certificadas, das quais 685 milhões de toneladas são comercializáveis.
Este blogue não concorda com o Golpe. RESISTÊNCIA JÁ A morte da Marisa, não é diferente da morte dos milhares no Iraque, invadido, na Líbia destroçada, entre outros, as mãos são as mesmas, acrescentadas dos traidores locais.
sábado, 27 de setembro de 2014
Anglo American obtém licença de operação para mineroduto do Minas-Rio 27/09/2014
A Anglo American obteve licença de operação do Ibama para o mineroduto do projeto Minas-Rio, um passo importante para a grande aposta em minério de ferro da companhia no Brasil, informou a mineradora nesta quarta-feira.O mineroduto, de 529 quilômetros, levará minério de mina e unidade de beneficiamento da Anglo em Conceição do Mato Dentro e Alvorada de Minas, em Minas Gerais, até o Porto do Açu, no Estado do Rio de Janeiro.O empreendimento da Anglo, que deverá custar ao todo 20 bilhões de reais, muito mais do que o orçado inicialmente, terá capacidade anual de produção de 26,5 milhões de toneladas de minério de ferro. Essa também é a capacidade de transporte do mineroduto.A capacidade total do mineroduto deverá ser atingida entre 18 e 20 meses após o início da operação, sendo que para 2015 a empresa prevê entre 11 milhões e 15 milhões de toneladas."Nosso foco total continua sendo o primeiro embarque no final de 2014, de forma segura e responsável”, frisou a Anglo, em nota.Para o cumprimento da meta, a mineradora busca obter, neste trimestre, a licença de operação da mina e da planta de beneficiamento.O terminal portuário --gerenciado pela joint venture Ferroport, com participação de 50 por cento da Anglo e 50 por cento da Prumo Logística (ex-LLX)-- teve licença operacional expedida em maio.A empresa conseguiu também uma licença temporária para a linha de transmissão de energia de 230 kV, que deverá ser convertida em definitiva.O projeto está atualmente em fase de comissionamento. Até o momento, 95 por cento das atividades necessárias para a realização do primeiro embarque foram realizadas.Como parte dos testes, a Anglo concluiu em 24 de agosto o transporte da primeira carga de minério de ferro por meio do mineroduto.A empresa reiterou ainda que os investimentos para a implantação do empreendimento permanecem alinhados com a estimativa informada em janeiro de 2013 de aproximadamente 20 bilhões de reais.O investimento, porém, é muito mais alto que o previsto quando a Anglo começou a apostar no projeto.Em abril de 2007, quando a mineradora comprou seus primeiros 49 por cento de participação do Minas-Rio, a previsão era que a primeira fase do projeto, de 26,5 milhões de toneladas de capacidade, iniciasse a produção em 2009, com um investimento total estimado em 2,35 bilhões de dólares.Dos investimentos atuais previstos de 20 bilhões de reais, já foram gastos cerca de 15 bilhões de reais, com previsão de gasto de 2,7 bilhões de reais ao longo do segundo semestre deste ano, segundo a companhia.Os 2,2 bilhões de reais restantes deverão ser empenhados em 2015, para a conclusão completa do quebra-mar e aquisição de equipamentos da área da mina para o ramp up.Após investir em pesquisas, a Anglo conseguiu praticamente quadruplicar os recursos minerais estimados do projeto para 5,7 bilhões de toneladas, ante o total estimado inicialmente.Atualmente, segundo a empresa, o Minas-Rio tem 1,45 bilhão de toneladas de reservas certificadas, das quais 685 milhões de toneladas são comercializáveis.
quinta-feira, 25 de setembro de 2014
Petrobrás confirma pré-sal em Sergipe/Alagoas 25/09/2014
Por Miguel do Rosário
Enquanto os cães ladram, a Petrobrás segue descobrindo novas jazidas de gás e petróleo, enriquecendo o patrimônio do país e garantindo o nosso futuro.
Hoje a estatal confirmou o potencial de gás naquela que vai se revelando, aos poucos, a nova grande fronteira do pré-sal brasileiro: a bacia de Sergipe/Alagoas.
Muito petróleo, dinheiro, emprego e desenvolvimento tecnológico e industrial, jorrarão dos poços de Sergipe!
Abaixo, o texto que recebi há pouco da assessoria de imprensa da Petrobrás.
*
24 de setembro de 2014
Novo poço confirma potencial de gás na Bacia de Sergipe-Alagoas
A Petrobras identificou a presença de gás durante a perfuração do poço de extensão 3-BRSA-1022-SES (3-SES-181), localizado na área do Plano de Avaliação da Descoberta (PAD) do Poço Verde, na concessão BM-SEAL-4, em águas ultraprofundas da Bacia de Sergipe-Alagoas.
O poço, conhecido informalmente como Poço Verde 1, está localizado a 58 km da costa de Aracaju, em local onde a profundidade d’água é de 2.196 metros. Foi verificada a existência de reservatórios com boas condições de porosidade, confirmando as expectativas do projeto. A acumulação Poço Verde integra o programa de desenvolvimento da Bacia de Sergipe-Alagoas em águas profundas.
A Petrobras, operadora do BM-SEAL-4, com 75% de participação, em parceria com a companhia indiana ONGC, detentora de 25%, dará continuidade às atividades previstas na área.
- See more at: http://www.ocafezinho.com/2014/09/24/petrobras-confirma-pre-sal-em-sergipealagoas/#sthash.IiV1tAJL.dpuf
Enquanto os cães ladram, a Petrobrás segue descobrindo novas jazidas de gás e petróleo, enriquecendo o patrimônio do país e garantindo o nosso futuro.
Hoje a estatal confirmou o potencial de gás naquela que vai se revelando, aos poucos, a nova grande fronteira do pré-sal brasileiro: a bacia de Sergipe/Alagoas.
Muito petróleo, dinheiro, emprego e desenvolvimento tecnológico e industrial, jorrarão dos poços de Sergipe!
Abaixo, o texto que recebi há pouco da assessoria de imprensa da Petrobrás.
*
24 de setembro de 2014
Novo poço confirma potencial de gás na Bacia de Sergipe-Alagoas
A Petrobras identificou a presença de gás durante a perfuração do poço de extensão 3-BRSA-1022-SES (3-SES-181), localizado na área do Plano de Avaliação da Descoberta (PAD) do Poço Verde, na concessão BM-SEAL-4, em águas ultraprofundas da Bacia de Sergipe-Alagoas.
O poço, conhecido informalmente como Poço Verde 1, está localizado a 58 km da costa de Aracaju, em local onde a profundidade d’água é de 2.196 metros. Foi verificada a existência de reservatórios com boas condições de porosidade, confirmando as expectativas do projeto. A acumulação Poço Verde integra o programa de desenvolvimento da Bacia de Sergipe-Alagoas em águas profundas.
A Petrobras, operadora do BM-SEAL-4, com 75% de participação, em parceria com a companhia indiana ONGC, detentora de 25%, dará continuidade às atividades previstas na área.
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quarta-feira, 24 de setembro de 2014
Teorias sobre os vulcões podem estar erradas 24/09/2014
Redação do Site Inovação Tecnológica - 22/09/2014
Os geólogos afirmam que ilustrações como essa devem ser banidas dos livros-textos.[Imagem: Wikipedia/MesserWoland]
Verdades que mudam
Faça uma pesquisa rápida sobre vulcões, na internet ou nos livros didáticos, e você fatalmente encontrará modelos mostrando estreitos jatos de magma vindo das profundezas da Terra e disparando pelo meio de uma montanha em formato de cone.
"Mas esse quadro está errado," garante o professor Don Anderson, do Instituto de Tecnologia da Califórnia, nos Estados Unidos.
Segundo ele e seu colega James Natland (Universidade de Miami), esses estreitos canais de magma que dariam origem aos vulcões não existem e nem fazem sentido - não existe, por exemplo, uma explicação da energia necessária para trazer o material até a superfície.
"Plumas vindas do manto nunca tiveram uma boa base física ou lógica," diz Anderson, referindo-se ao formato de pena frequentemente usado pelos livros-textos para ilustrar os jatos de lava que alimentam os vulcões.
Segundo as teorias aceitas até agora, esses jatos se originariam a quase 3.000 quilômetros de profundidade - a cerca de metade do caminho até o centro da Terra - e não teriam mais do que 300 quilômetros de largura, estreitando-se até chegar como um "cano de lava" na superfície, indo até a boca do vulcão.
Certamente que isto é teoria, já que os instrumentos existentes não conseguem verificar sua veracidade - o buraco mais fundo já perfurado na Terra tem pouco mais de 12 km.
Não é o calor do núcleo da Terra que fornece energia para os vulcões, é o frio relativo da superfície, segundo a nova teoria. [Imagem: Anderson/Natland - 10.1073/pnas.1410229111]
Energia dos vulcões
Na verdade, o que parece existir é justamente o contrário do que a teoria previa, com grandes porções do manto subindo e canais estreitos de material mergulhando de volta.
Os dados revelam que há grandes pedaços do manto, em movimento ascendente lento, com mais de 1.000 quilômetros de largura. [Imagem: Anderson/Natland - 10.1073/pnas.1410229111]
Assim, enquanto a teoria anterior não explicava de onde vinha a energia necessária para bombear o fluxo de lava por um canal estreito até a superfície, o novo modelo propõe que não é o calor do núcleo da Terra que impulsiona o manto quente para a superfície; ao contrário, há uma convecção alimentada pelas temperaturas mais frias da superfície da Terra.
Os dois pesquisadores reconhecem que o comportamento de convecção do manto foi proposto há mais de um século por Lord Kelvin - quando o material na crosta do planeta esfria, ele afunda, deslocando material mais profundo do manto e forçando-o para cima.
"Esta é uma demonstração simples de que os vulcões são o resultado de convecção normal em escala ampla e das placas tectônicas," disse Anderson.
Ele chama a teoria de "tectônica de cima para baixo", baseada nos princípios de Kelvin da convecção do manto. Neste quadro, o motor por trás dos processos interiores da Terra não é o calor do núcleo, mas o resfriamento na superfície do planeta.
Esse resfriamento, juntamente com a tectônica de placas, explica a convecção do manto, o resfriamento do núcleo e o campo magnético da Terra.
Vulcões e rachaduras na placa são simplesmente efeitos colaterais, garantem os dois pesquisadores.
Ondas sísmicas
Apesar de ainda não ser possível testar diretamente a nova teoria, os instrumentos têm melhorado, fazendo os dois pesquisadores acreditarem já dispor de elementos suficientes para jogar fora o modelo de vulcões tão cuidadosamente acalentado pelos geólogos há tanto tempo.
Para tentar detectar as hipotéticas plumas, os geólogos analisam a atividade sísmica medida por várias estações espalhadas por uma grande área. O tipo de material que essas ondas atravessam altera suas propriedades, o que pode ser usado para deduzir o tipo de material atravessado.
Mas ninguém detectou os canais estreitos de lava em pesquisas feitas em áreas repletas de vulcões - no Havaí, no Parque de Yellowstone e na Islândia.
Agora, em parte graças a estações sísmicas melhores e mais adensadas, a análise de sismologia do planeta é boa o suficiente para confirmar que não existem "plumas mantélicas" estreitas, garantem Anderson e Natland.
Em vez disso, os dados revelam que há grandes pedaços do manto, em movimento ascendente lento, com mais de 1.000 quilômetros de largura.
http://www.inovacaotecnologica.com.br/noticias/noticia.php?artigo=teorias-sobre-vulcoes&id=010125140922#.VCI_G_ldXkU
terça-feira, 23 de setembro de 2014
Marina Silva – Parte de plano para desestabilizar o Brasil 23/09/2014
23/9/2014, [*] Nil NIKANDROV, Strategic Culture
“Marina Silva – Part of Plan to Destabilize Brazil”
Traduzido pelo pessoal da Vila Vudu
No velório de Eduardo Campos Marina não chorou...
Washington lançou campanha de propaganda em grande escala em apoio a Marina Silva, candidata às eleições presidenciais no Brasil, pelo Partido Socialista Brasileiro. Continuam a repetir que a vitória dela é garantida no segundo turno. As pesquisas não oferecem resultados confiáveis e, até agora, só fala do “primeiro turno” das eleições, dia 5 de outubro de 2014.
Especialistas nos EUA creem que Marina Silva receberá os votos dos que apoiam Aécio Neves da Cunha, do PSDB, até agora com 14-16% do eleitorado. Se acontecer, a candidata apoiada pelos EUA receberia cerca de 60% dos votos, acabando com as chances de reeleição da atual presidenta Dilma Rousseff, do Partido dos Trabalhadores, no “segundo turno” das eleições, marcadas para 16/10/2014. Analistas independentes absolutamente não levam a sério essas previsões e dizem que esse cenário não passa de ilusão. E há os que começam a alertar contra fraude eleitoral.
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, do mesmo Partido dos Trabalhadores de Dilma Rousseff, não é candidato e trabalha pela re-eleição da atual presidenta. Para ele, Marina Silva absolutamente não tem chances de eleger-se. Para o presidente Lula, a grande ameaça não é Marina Silva, mas alguns veículos de imprensa impressa e de televisão.
Esses veículos usam como bem entendem, para finalidades de propaganda, as muitas dificuldades que brotam do processo em curso de implementar reformas sociais e econômicas, feitas para mais bem servir os interesses dos mais pobres. Seja como for, o país está avançando, com grandes projetos industriais em implementação. Lula tem-se mostrado confiante de que a verdade derrotará a mentira.
Marina Silva, Tio Sam e o PIG
O apoio do ex-presidente à atual presidenta e candidata à re-eleição, Dilma Rousseff, é importante. Resultado desse apoio, Marina Silva já está perdendo votos.
Em recente entrevista a um dos grandes jornais do sul do Brasil, Marina Silva explodiu em lágrimas, aos gemidos de que não podia controlar o que o ex-presidente dizia dela, mas que faria o possível para não “se vingar’ dele... O ex-presidente respondeu imediatamente, que aquelas lágrimas nada tinham a ver com o que ele dissera sobre mentiras de Marina. Que, lágrimas daquele tipo, só se a causa fosse completamente diversa.
De fato, Marina Silva começa a temer os números que as pesquisas eleitorais lhe trazem. A hoje candidata foi membro do Partido dos Trabalhadores de Lula por mais de 25 anos; fez toda a sua vida política ao lado de Lula. Foi senadora, antes de ter sido Ministra do Meio Ambiente do governo Lula, em 2003.
Mas durante todos esses anos, Marina Silva sempre se manteve muito próxima dos EUA. Sempre esteve sob as lentes de inúmeros fundos especiais, dos mais variados tipos, e organizações internacionais que vasculham o mundo à procura de gente com o “perfil” adequado para ser usado como instrumento dos interesses de Washington.
Basta examinar as medalhas e prêmios que choveram sobre Marina Silva – prêmios que ninguém recebe se não for “amigo dos EUA” – para confirmar que, sim, pelo menos desde 1980, Marina Silva já estava no campo de considerações dos EUA. Essa “seleção’ é prática muito frequente: os EUA mantêm pessoal especializado em analisar traços de personalidade de possíveis “candidatos”, dos quais o que mais chamou a atenção, em Marina Silva, foi a inclinação para complementar os próprios atributos físicos, com “realizações’ políticas que chamassem a atenção (em entrevista, Marina Silva disse que teria trocado a Igreja Católica na qual fora criada, por um culto neopentecostal, porque aí “teria melhores chances de me destacar”).
O Brasil vai-se convertendo em estado soberano, forte e autoafirmativo, com grande influência no Hemisfério Ocidental, em posição de desafiar a influência dos EUA. Os debates em Washington fazem-se por trás dos panos, mas uma coisa é evidente: os EUA querem muito trocar a presidenta Dilma Rousseff por alguém mais servil. Marina Silva parece servir esse propósito.
Os serviços especiais dos EUA parecem ter pavimentado o caminho para ela,eliminando outro candidato, Eduardo Campos, do Partido Socialista. O avião Cessna 560ХL em que ele viajava sofreu uma pane e caiu, ou explodiu, ninguém sabe. French Slate.fr listou esse caso de queda de avião como um dos cinco eventos mais importantes do verão de 2014, que não estiveram nas manchetes, sobre os quais pouco se fala, mas que pode(ria) mudar o rumo da política mundial.
Dilma Rousseff
Antes da tragédia, Dilma Rousseff era considerada já vitoriosa. Com Marina Silva, as eleições sofreram, no mínimo, um “tumulto” não previsto.
Não há dúvida alguma de que, com Marina Silva na presidência, o Brasil passa a alinhar-se mais decisivamente com os EUA. O escândalo da espionagem e das escutas clandestinas, e declarações da presidenta Rousseff, para quem as escutas ilegais implantadas pelos EUA no Brasil seriam “inaceitáveis” virariam coisa do passado, bem como a UNASUL (União das Nações Sul-americanas) – união intergovernamental que integra as duas uniões aduaneiras que há: MERCOSUL e Comunidade Andina de Nações, como parte da continuada integração sul-americana, e o MERCOSUL (Mercado Comum do Sul, bloco sub-regional que inclui Argentina, Brasil, Paraguai, Uruguai e Venezuela com Chile, Bolívia, Colômbia, Equador e Peru como países associados).
O objetivo de todas essas estruturas é promover o livre comércio e o fluxo continuado de bens, pessoas e moeda. Tudo isso deixará de estar no ponto focal da política externa do Brasil.
A reorganização da Organização dos Estados Americanos, OEA, é a questão mais importante para os EUA; e voltará ao topo da lista das prioridades de política externa.
O MERCOSUL talvez até continue a existir, mas não como concorrente contra a ALCA (Área de Livre Comércio das Américas), que Washington tenta impulsionar desde 2005, quando a ideia foi recusada por Argentina, Brasil, Venezuela e alguns outros países.
Marina Silva não é grande entusiasta do futuro dos BRICS. Para ela, a participação nesse grupo não traz dividendos. Já disse que não tem qualquer intenção de estreitar relações com Rússia e China, e a aliança com Venezuela e Cuba deixará de ser efetiva. Tudo que os governos de Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff já conseguiram até agora, ir-se-á pelo ralo, só para satisfazer o poder da Casa Branca e do Pentágono.
BRICS
A batalha pré-eleitoral está-se convertendo em batalha feroz. Marina Silva não tem tempo a perder, e a carga está-se tornando pesada. Conforme mudem os números das pesquisas, a candidata Marina muda suas declarações e “plano” de governo. Já teve de explicar o que dissera antes, sobre reduzir a produção de petróleo em áreas chamadas “pré-sal”, abaixo do leito do oceano. Manifestou-se contra casamentos homoafetivos no passado; de repente, virou apoiadora.
Marina Silva é, hoje, evangélica, membro da conservadora Assembleia de Deus. Um dia depois de apresentar seu plano de governo, desdisse o que dissera sobre ser favorável ao chamado “casamento gay”. No capítulo “Cidadania e Identidades” de seu programa, incluiu “apoio a propostas que defendam (...) o casamento civil”. Na sequência, a campanha de Marina Silva distribuiu uma “correção”. A nova versão defende “os direitos de uma união civil entre pessoas do mesmo sexo”, apagando a palavra “casamento” que incluiria direitos mais amplos para os casados.
No segundo debate televisionado entre os principais candidatos, antes do 1º turno das eleições, dia 5/9/2014, Rousseff perguntou a Marina Silva como ela financiaria os cerca de R$ 60 bilhões necessários para cumprir suas promessas. “Onde você propõe buscar esse dinheiro?” – perguntou Rousseff. A candidata respondeu que o dinheiro será obtido porque “nosso país voltará à eficiência no gasto público – poremos fim ao desperdício de recursos públicos”. A presidenta Rousseff acertou quando disse que tinha sérias dúvidas de que uma pessoa com esse tipo de ideia na cabeça e convicções tão instáveis pudesse governar algum país.
Mais brasileiros já começam a ver que Marina Silva mudará todas as políticas dos governos que a antecederam e levará o país ao desastre. E “desastre” é, exatamente, o que mais desejam os “artíficies de mudança” que trabalham em Washington.
Marina Silva é pessoa com problemas psicológicos, desequilibrada – e tudo isso pode ser bastante útil para influenciar o processo de decisão para bloquear o desenvolvimento progressista do país e quebrar o equilíbrio social, depois que as forças políticas no país começam a aprender a interagir dentro do que a lei autoriza e determina.
Coronel Prugh traduzindo para o Chefe do Estado Maior das Forças Armadas dos EUA, Martin Dempsey
O que a missão Washington mais deseja é ver criados os pré-requisitos para que se encene no Brasil uma “revolução colorida”. Quer usar a “quinta coluna” e os veículos de imprensa pró-EUA para provocar “manifestações espontâneas” de cidadãos.
Os EUA já enviaram pessoal de alta capacitação e experiência para sua embaixada em Brasília, capital do Brasil. A estação da CIA que ali opera é comandada e operada por gente muito, muito experiente.
O ataché de Defesa e principal oficial da Defesa, no Brasil, é o coronel Samuel Prugh. É homem de experiência excepcional na coleta de inteligência humana, com amplas relações pessoais entre os militares brasileiros.
O presidente Lula e a presidenta Rousseff têm feito o possível para evitar manifestações públicas de incômodo com as atividades subversivas que os EUA conduzem no Brasil. Quando lhes pareceu necessário, os brasileiros usam os bem protegidos canais diplomáticos, para fazer saber a Washington que identificaram um agente que operava clandestinamente na indústria do petróleo, num gabinete diplomático ou nas forças armadas do país. Esses incidentes jamais chegaram ao conhecimento público.
Depois do conhecido escândalo associado aos relatórios de que a Agência de Segurança Nacional dos EUA gravara comunicações pessoais da presidenta e espionara a Petrobras, empresa estatal brasileira de petróleo, o governo brasileiro endureceu e exigiu que os EUA pedissem desculpas públicas. Os EUA recusaram-se a desculpar-se e, mesmo, ampliaram as operações de espionagem no Brasil (enviaram mais gente para os consulados).
O consulado dos EUA no Rio de Janeiro destaca-se: ali trabalham mais de 500 norte-americanos. John Creamer, cônsul-geral, diz que 300 daqueles funcionários trabalham no processamento de vistos de viagem, da manhã à noite. Segundo Creamer, o processamento, antes, demorava seis meses; hoje, bastam duas semanas.
John Creamer, Consul Geral dos EUA no Rio de Janeiro no "American Day" no Festival do Rio 2012
Se os funcionários dos consulados estão realmente ocupados só com emitir vistos de viagem, ou se só vivem a arquitetar alguma versão de “primavera árabe” ou de “Maidan ucraniana”, no Brasil, sob o alto patrocínio dos serviços especiais dos EUA, só o tempo dirá.
___________________
[*] Nil Nikandrov é um jornalista sediado em Moscou cobrindo a política da América Latina e suas relações com os EUA; crítico ferrenho das administrações neoliberais sobre as economias nacionais latino-americanas. Especializou-se em desmascarar os esforços feitos pela CIA e outros serviços de inteligência ocidentais para minar governos progressistas na América Latina. Autor de vários livros - tanto de ficção e estudos documentais - dedicados a temas latino-americanos, incluindo a primeira biografia em língua russa de Hugo Chávez.
POSTADO POR CASTOR FILHO
http://redecastorphoto.blogspot.com.br/2014/09/marina-silva-parte-de-plano-para.html
domingo, 21 de setembro de 2014
Cientista mineira descobre tipo de fotografia quântica 21/09/2014
DOM, 21/09/2014 - 12:42
Do Núcleo de Pesquisa de Ciências
Cientista mineira revoluciona física com fotografia quântica
Tudo o que enxergamos é o reflexo da luz sobre os corpos. Quando você tira uma fotografia, o que a lente da sua câmera capta é esse mesmo reflexo. Assim, pelos princípios básicos da óptica – parte da física que trata da luz e dos fenômenos da visão –, se não há luz, não há imagem. Mas a descoberta de uma pesquisadora mineira veio para virar esse conceito de cabeça para baixo.
Gabriela Barreto Lemos, 32, pós-doutoranda do Instituto de Óptica Quântica e Informação Quântica de Viena, na Áustria, conseguiu fazer uma foto não a partir da iluminação de um corpo, mas de um tipo de “telepatia” entre fótons – partículas minúsculas e elementares que formam a luz. Assim como a matéria é formada pelos átomos, um feixe de luz é formado por fótons.
Nessa técnica de fotografia quântica, a cientista e sua equipe dispararam um feixe de laser verde para um cristal, que aniquila um fóton verde do laser e, no lugar dele, cria dois fótons gêmeos, um vermelho e outro infravermelho. “É como se fosse um gêmeo gordo e um magro”, explica ela. O fóton infravermelho é enviado em uma trajetória e atravessa uma placa de silício com a imagem de um gato. Já o fóton vermelho segue um caminho diferente: é refletido em um espelho e enviado para uma câmera fotográfica.
Para surpresa geral – até do famoso físico Albert Einstein, se estivesse vivo –, a câmera registrou a imagem do gato. “É como se eu iluminasse um objeto em um quarto e a imagem aparecesse em uma câmera que está em outro quarto diferente”, compara Gabriel.
Resultado. As imagens do gato foram produzidas por um fóton que nunca chegou a iluminar a matriz
O experimento demonstrou o chamado “entrelaçamento quântico” – fenômeno pelo qual duas partículas podem estar interconectadas de forma a uma “sentir” o que acontece com a outra, mesmo que elas estejam separadas. “Se considerarmos dois irmãos gêmeos, é como se um deles tivesse uma dor de barriga e o outro sentisse a dor, mesmo sem estar passando mal”, explica a cientista.
Aplicação. Ainda que pareça coisa de ficção científica, o experimento de Gabriela pode ter aplicações práticas muito próximas da vida de qualquer um. “O que andamos conversando e discutindo são aplicações na área da biologia. Uma amostra sensível, por exemplo, poderia ser iluminada por um fóton de energia mais baixa e a imagem poderia ser produzida por seu gêmeo de energia mais alta”. Isso poderia abrir novos horizontes para uma série de exames, para citar um uso possível.
Novos passos
Pesquisa. Gabriela agora pretende testar seu sistema em modelos vivos. Se tudo der certo, em breve ela poderá fazer uma fotografia quântica de um gato de verdade.
Para estudiosa, falta dinheiro para pesquisas no Brasil
A pesquisadora Gabriela Barreto Lemos afirma que pretende voltar para o Brasil, mas ainda não tem certeza. “O problema no Brasil é que o dinheiro para pesquisas é muito mais difícil. Conhecimento, bons pesquisadores e professores há, mas o dinheiro disponível é muito menor”, critica.
Essa restrição financeira, segundo ela, compromete os resultados. “Poderíamos fazer muito mais se pudéssemos comprar equipamentos”.
Ela ainda defende que o país deveria investir em intercâmbios entre cientistas brasileiros e estrangeiros. “Muitas vezes, trabalhos de alta qualidade do Brasil têm menos visibilidade do que um da Áustria. Precisamos ter mais colaborações internacionais e trazer mais instituições estrangeiras para ver o que está sendo feito no Brasil”, sugere.
Do Núcleo de Pesquisa de Ciências
Cientista mineira revoluciona física com fotografia quântica
Tudo o que enxergamos é o reflexo da luz sobre os corpos. Quando você tira uma fotografia, o que a lente da sua câmera capta é esse mesmo reflexo. Assim, pelos princípios básicos da óptica – parte da física que trata da luz e dos fenômenos da visão –, se não há luz, não há imagem. Mas a descoberta de uma pesquisadora mineira veio para virar esse conceito de cabeça para baixo.
Gabriela Barreto Lemos, 32, pós-doutoranda do Instituto de Óptica Quântica e Informação Quântica de Viena, na Áustria, conseguiu fazer uma foto não a partir da iluminação de um corpo, mas de um tipo de “telepatia” entre fótons – partículas minúsculas e elementares que formam a luz. Assim como a matéria é formada pelos átomos, um feixe de luz é formado por fótons.
Nessa técnica de fotografia quântica, a cientista e sua equipe dispararam um feixe de laser verde para um cristal, que aniquila um fóton verde do laser e, no lugar dele, cria dois fótons gêmeos, um vermelho e outro infravermelho. “É como se fosse um gêmeo gordo e um magro”, explica ela. O fóton infravermelho é enviado em uma trajetória e atravessa uma placa de silício com a imagem de um gato. Já o fóton vermelho segue um caminho diferente: é refletido em um espelho e enviado para uma câmera fotográfica.
Para surpresa geral – até do famoso físico Albert Einstein, se estivesse vivo –, a câmera registrou a imagem do gato. “É como se eu iluminasse um objeto em um quarto e a imagem aparecesse em uma câmera que está em outro quarto diferente”, compara Gabriel.
Resultado. As imagens do gato foram produzidas por um fóton que nunca chegou a iluminar a matriz
O experimento demonstrou o chamado “entrelaçamento quântico” – fenômeno pelo qual duas partículas podem estar interconectadas de forma a uma “sentir” o que acontece com a outra, mesmo que elas estejam separadas. “Se considerarmos dois irmãos gêmeos, é como se um deles tivesse uma dor de barriga e o outro sentisse a dor, mesmo sem estar passando mal”, explica a cientista.
Aplicação. Ainda que pareça coisa de ficção científica, o experimento de Gabriela pode ter aplicações práticas muito próximas da vida de qualquer um. “O que andamos conversando e discutindo são aplicações na área da biologia. Uma amostra sensível, por exemplo, poderia ser iluminada por um fóton de energia mais baixa e a imagem poderia ser produzida por seu gêmeo de energia mais alta”. Isso poderia abrir novos horizontes para uma série de exames, para citar um uso possível.
Novos passos
Pesquisa. Gabriela agora pretende testar seu sistema em modelos vivos. Se tudo der certo, em breve ela poderá fazer uma fotografia quântica de um gato de verdade.
Para estudiosa, falta dinheiro para pesquisas no Brasil
A pesquisadora Gabriela Barreto Lemos afirma que pretende voltar para o Brasil, mas ainda não tem certeza. “O problema no Brasil é que o dinheiro para pesquisas é muito mais difícil. Conhecimento, bons pesquisadores e professores há, mas o dinheiro disponível é muito menor”, critica.
Essa restrição financeira, segundo ela, compromete os resultados. “Poderíamos fazer muito mais se pudéssemos comprar equipamentos”.
Ela ainda defende que o país deveria investir em intercâmbios entre cientistas brasileiros e estrangeiros. “Muitas vezes, trabalhos de alta qualidade do Brasil têm menos visibilidade do que um da Áustria. Precisamos ter mais colaborações internacionais e trazer mais instituições estrangeiras para ver o que está sendo feito no Brasil”, sugere.
http://jornalggn.com.br/noticia/cientista-mineira-descobre-tipo-de-fotografia-quantica#comments
sexta-feira, 19 de setembro de 2014
O navio “clandestino” de uma mídia que não ama o Brasil 19/09/2014
Autor: Fernando Brito
Segunda-feira à tardinha, o ilustre cidadão e a esclarecida cidadã que cruzaram a ponte Rio-Niterói “deram por falta” de um imenso navio azul, coberto de torres, que se encontrava à direita de quem sai da ponte, logo após a Base Naval de Mocanguê.
Não que fosse um navio digno de se notar: afinal, tem apenas 345 metros de comprimento e 58 de largura, o que resulta numa área de três campos de futebol “padrão Fifa”. Nem que, por “baixinho”, pudesse escapar à visão de quem passava: afinal, tem 30, 3 metros de altura máxima, o que chega perto da metade do imenso vão central da ponte.
Pois acredite o amigo leitor que este navio, cujos complicadíssimos módulos de convés, que filtram, separam, processam e deixa prontos para irem para os tanques de armazenamento nada menos que 150 mil barris de petróleo por dia e 6 milhões de metros cúbicos de gás natural, partiu “incógnito”, quase às escondidas, para o campo de Sapinhoá Norte.
Lá, ele vai tirar este mundo de petróleo do pré-sal da Bacia de Campos.
Porque Sapinhoá, que opera hoje com apenas três poços ligados à plataforma Cidade de São Paulo, reúne os maiores poços em produção já registrados no Brasil, com médias que superaram 42 mil barris por dia. E lá há poços que esperam apenas por um navio-plataforma para produzir.
O Cidade de Ilhabela saiu quietinho, tendo como companhia apenas a bruma da tarde, porque este país não dá valor ao àquilo que constrói pode fazer independente.
Em outras terras, o gigante sairia escoltado por recadores e seus apitos, batizado por jatos d´água merecidos por um herói que, durante 20 anos, vai dar ao Brasil, todos os dias, perto de US$ 15 milhões.
Isso mesmo, todos os dias, com o petróleo nos preços de hoje e sem contar o gás.
Mas que horror!
Não se pode deixar que notícias assim se espalhem. É uma mau exemplo.
Independência é só aquele quadro dos cavalos à beira do riacho e de um homem de bigodes e espada na mão.
É preciso silêncio total na mídia.
E a Petrobras, devassada e detratada todos os dias na imprensa, “republicanamente” apanha quieta.
Senão, é capaz de dizerem que o navio sumiu porque o Paulo Roberto Costa deu sumiço nele. Guardou na garagem de casa, quem sabe?
http://tijolaco.com.br/blog/?p=21345
domingo, 14 de setembro de 2014
Brasil: Como sobreviver? 14/09/2014
por Adriano Benayon [*]
As TVs e a grande mídia promovem intensamente a candidata que surgiu com a morte do desaparecido na explosão. Marina da Silva costuma ser apresentada como defensora do meio-ambiente e como diferente de políticos que têm levado o País à ruína financeira e estrutural, como foram os casos, em especial, de Collor e de FHC.
Mas Marina não representa ambientalismo algum honesto, nem qualquer outra coisa honesta. O que tem feito é, a serviço do poder imperial angloamericano, usar a preservação do meio ambiente como pretexto para impedir – ou retardar e tornar absurdamente caras – muitas obras de infra-estrutura essenciais ao desenvolvimento do País.
Pior ainda, a tirania do poder mundial, com a colaboração de seus agentes locais, já ocupa enormes áreas, notadamente na região amazônica, para explorar não só a biodiversidade, mas os fabulosos recursos do subsolo, verdadeiro delírio mineral, na expressão do falecido Almirante Gama e Silva, profundo conhecedor da região e, durante muitos anos, diretor do projeto RADAM.
Além da pregação enganosa sobre o meio ambiente, o império vale-se de hipocrisia semelhante em relação à pretensa proteção aos direitos dos indígenas, a fim de apropriar-se de imensas áreas, que os três poderes do governo têm permitido segregar do território nacional, pois brasileiro não entra mais nelas.
As ONGs ditas ambientalistas, locais e estrangeiras, financiadas pela oligarquia financeira britânica, como a Greenpeace e o WWF (Worldwide Fund for Nature) trabalham para quem as sustenta, não estando nem aí para o meio-ambiente.
Isso é fácil de notar, pois não dão sequer um pio contra a poluição dos mares, produzida pelo cartel anglo-americano do petróleo: a mais terrível poluição que sofre o planeta, pois os oceanos são a fonte principal do oxigênio e do equilíbrio da Terra.
Marina foi designada ministra do meio ambiente, em Nova York, quando Lula, antes de sua posse, em janeiro de 2003, foi peitado por superbanqueiros, em reunião após a qual anunciou suas duas primeiras nomeações: Meirelles para o BACEN e Marina Silva para o MME.
Empossada no MME, Marina, nomeou imediatamente secretário-geral do ministério o presidente da Greenpeace, no Brasil.
Marina foi dos poucos brasileiros presentes, quando o príncipe Charles reuniu, na Amazônia, outros chefes de Estado da OTAN e caciques das terras que ele e outros membros e colaboradores da oligarquia mundial já estão controlando por meio de suas ONGs e organizações "religiosas", como igreja anglicana, Conselho Mundial das Igrejas etc.
Todos deveriam saber que os carteis britânicos da mineração praticamente monopolizam a extração dos minerais preciosos, e a maioria dos estratégicos, notadamente no Brasil, na África, na Austrália e no Canadá.
Os menos desavisados entenderam porque Marina desfilou em Londres, nas Olimpíadas de 2012, única brasileira a carregar a bandeira olímpica.
É difícil inferir que o investimento da oligarquia do poder mundial em Marina da Silva visa a assegurar o controle absoluto pelo império angloamericano das riquezas naturais do País?
Algo mais notório: a mentora ostensiva da candidatura de Marina é a Sra. Neca Setúbal, herdeira do Banco Itaú, o que tem maiores lucros no Brasil, beneficiário, como os demais, das absurdas taxas de juros de que eles se cevam desde os tempos de FHC, insuficientemente reduzidas nos governos do PT.
Não há como tampouco ignorar as conexões do Itaú e de outros bancos locais com os do eixo City de Londres e Wall Street de Nova York.
D. Marina nem esconde desejar que o Banco Central fique ainda mais à vontade para privilegiar os bancos a expensas do País, que já gasta 40% de suas receitas com a dívida pública, sacrificando os investimentos em infra-estrutura, saúde, educação etc.
Contados os juros e amortizações pagos em dinheiro e os liquidados com a emissão de novos títulos, essa é despesa anual com a dívida pública, a qual, desse modo, cresce sem parar (já passa de quatro trilhões de reais).
Ninguém notou que Marina – além de regida pelo Itaú – já tem, para comandar sua política uma equipe de economistas tão alinhada com a política pró-imperial como a que teve o mega-entreguista FHC, e como a de que se cercou Aécio Neves?
Como assinalou Jânio de Freitas, Marina e Aécio se apresentam com programas idênticos. Na realidade, é um só programa, o do alinhamento com tudo que tem sido reclamado pela mídia imperial, tanto pela do exterior, como pela doméstica.
Da proposta de desativar o pré-sal – a qual fere mortalmente a Petrobrás, que ali já investiu dezenas de bilhões de reais, e beneficia as empresas estrangeiras, as únicas, no caso, a explorá-lo - até à substituição do MERCOSUL por acordos bilaterais - como exige o governo dos EUA - Marina e o candidato do PSDB estão numa corrida montando cavalos do mesmo proprietário, com blusas idênticas, diferenciadas só por uma faixa.
Por tudo, a figura de Marina antagoniza o pensamento do patrono do PSB, João Mangabeira, e o de seu fundador, Miguel Arraes, cujas memórias estão sendo rigorosamente afrontadas.
Não há, portanto, como admitir que os militantes do PSB fiquem inertes vendo a sigla tornar-se instrumento de interesses rapinadores das riquezas nacionais e prestando-se a que oligarcas internos e externos se aproveitem do crédito que os grandes nomes do Partido granjearam no coração de milhões de brasileiros de todos os Estados.
Há, sim, que recorrer a medidas apropriadas, previstas ou não, nos Estatutos do Partido, para que este sobreviva e ajude o Brasil a sobreviver.
De fato, estamos diante de um golpe de Estado perpetrado por meios aparentemente legais, incluindo as eleições. Parafraseando o Barão de Itararé, há mais coisas no ar, além da explosão de avião contratado por um candidato em campanha.
A coisa começou quando políticos e parlamentares notoriamente alinhados com os interesses da alta finança, e outros enrustidos, articularam a entrada de Marina na chapa do PSB, acenando a Eduardo Campos com o potencial de votos e de grana que ela traria.
Fazendo luzir a mosca azul, a Rede o pegou como peixes de arrastão.
Alguém viu a foto de Marina sorrindo no funeral do homem? Alguém notou que, imediatamente após a notícia da morte dele, a grande mídia, em peso, dedicou incessantemente o grosso de seus espaços à tarefa de exaltar D. Marina?
Os golpes, intervenções armadas e outras interferências, por meio de corrupção, praticadas a serviço da oligarquia financeira angloamericana, em numerosos países, inclusive o nosso, desde o Século XIX, deveriam alertar-nos para dar mais importância a contar com bons serviços de informação e de defesa.
Golpes de Estado podem ser dados através de parlamentos, poderes judiciários, além de lances como os que estão em andamento. Agora, a moda adotada pelo império angloamericano, como se viu em Honduras e no Paraguai, na suposta primavera árabe, na Ucrânia etc, é promover golpes de Estado, sem recorrer às forças armadas, as quais, de resto, no Brasil, têm sido esvaziadas e enfraquecidas, a partir dos governos dirigidos por Collor e FHC.[*] Doutorado em economia, autor do livro "Globalização versus Desenvolvimento" e ainda filiado ao PSB, abenayon.df@gmail.com
O original encontra-se em www.diarioliberdade.org/opiniom/opiniom-propia/51005-brasil-como-sobreviver.html
Este artigo encontra-se em http://resistir.info/
sábado, 13 de setembro de 2014
Eleições no Brasil: Marina Silva e a CIA-EUA é “caso” antigo 13/09/2014
12/9/2014, [*] Nil Nikandrov, Strategic Culture
“CIA-Supported Candidate Runs for Presidency in Brazil”
Traduzido pelo pessoal da Vila Vudu
George Soros e Marina Silva
Marina Silva é atual candidata do Partido Socialista à presidência do Brasil. Em meados dos anos 1980s, ela já atraíra a atenção da CIA, quando frequentava a Universidade do Acre. Naquele momento, estudava marxismo e tornara-se membro do Partido Comunista Revolucionário, clandestino. Durou pouco aquele “compromisso”: ela rapidamente se transferiu para a “proteção do meio ambiente’ na Região Amazônica. Os serviços especiais dos EUA sempre tiveram interesse muito especial naquela parte do continente, na esperança de construírem meios para controlar a área no caso de emergência geopolítica.
A CIA fez contato com Marina Silva. Não por acaso, em 1985 ela alistou-se no Partido dos Trabalhadores (PT), o que lhe abriu novas possibilidades de crescimento político.
Em 1994, Marina Silva foi eleita para o senado brasileiro, com fama de ativista apaixonada a favor da proteção ao meio ambiente. Foi quando começaram a circular informações sobre laços entre Marina Silva e a CIA. Em 1996, ela recebeu o Goldman Environmental Prize. [1]E recebeu inúmeras outras importantes condecorações: é praxe, quando se trata de “candidatos” que a CIA tem interesse em promover, que o “candidato” seja coberto de medalhas e condecorações.
Marina Silva serviu como Ministra do gabinete do presidente Luiz Inácio Lula da Silva até que, interessada em”‘voos mais altos” e, preterida, ela abandonou o Partido dos Trabalhadores e mudou-se para o Partido Verde, de início dedicada a protestar contra políticas ambientais apoiadas pelo PT. Foi realmente um choque, na política brasileira, que a ex-ministra tenha mudado tão completamente de lado, depois de quase 30 anos de atividade a favor do Partido dos Trabalhadores.
Marina Silva no Governo Lula
Nas eleições de 2010, a candidata da CIA obteve quase 20 milhões de votos, como candidata do Partido Verde; na sequência, para as eleições de 2014, aceitou lugar na chapa de Campos, como vice-presidenta, quando fracassaram seus esforços para criar seu “não partido”, mas “rede”, chamada “Sustentabilidade”. Dilma Rousseff, candidata do PT contra a qual se alinhavam já em 2010 todas as demais candidaturas, trazia planos para dar continuação às políticas independentes do presidente Lula. Nada disso interessava a Washington em 2010, como tampouco interessa hoje, em 2014.
Daquele momento até hoje, as relações entre Brasil e EUA só fizeram piorar, resultado do escândalo da espionagem & escutas clandestinas. A Agência de Segurança Nacional dos EUA espionou a presidenta Dilma Rousseff e membros de seu gabinete. A presidenta brasileira chegou a cancelar visita oficial que faria aos EUA, como sinal de protesto. Os EUA jamais apresentaram pedido de desculpas ou comprometeram-se a pôr fim às atividades de espionagem. A presidenta Dilma, então, agiu: denunciou as atividades da Agência de Segurança Nacional e da CIA dos EUA na América Latina e tomou medidas para aumentar a segurança nas comunicações e controle sobre representantes dos EUA ativos no Brasil. Obama não gostou.
As eleições presidenciais no Brasil estão marcadas para 5 de outubro de 2014. E Washington está decidida a fazer de Dilma Rousseff presidenta de mandato único. Não há dúvida alguma de que os serviços especiais já iniciaram campanha para livrar-se da atual governante brasileira. Começaram a agir com movimentos de protesto ditos “espontâneos”, que encheram algumas ruas e foram amplamente “repercutidos” na imprensa-empresa, nos quais os “manifestantes” pedem mudanças (aparentemente, qualquer uma, desde que implique “mudança de regime”) e o fim das “velhas políticas” [de fato, nenhuma política é ou algum dia será “mais velha” que o golpismo orquestrado pela CIA no Brasil e em toda a América Latina (NTs)]. Ouviram-se grupos de jovens em protestos contra a propaganda e os símbolos dos partidos políticos, especialmente do PT.
Alguma dúvida?
Não se sabe até hoje de onde surgiram os recursos com os quais Marina Silva começou a organizar sua “rede” Sustentabilidade. A nova “organização” visava a substituir os partidos tradicionais, que a candidata declarou “velhos”. Tendo obtido 19 milhões de votos, o que lhe valeu o 3º lugar nas eleições passadas, ela contudo não conseguiu cumprir todas as exigências legais para criar oficialmente sua nova “rede”. Até que a tragédia que matou Eduardo Campos e seis outras pessoas, perto de São Paulo, mês passado, deu a Marina Silva uma surpreendente segunda chance para tentar chegar à presidência do Brasil. Para conseguir ser a primeira mulher mestiça a chegar à presidência do Brasil, terá de derrotar a primeira mulher que chegou lá antes dela, Dilma Rousseff, do Partido dos Trabalhadores, PT; além o candidato Aécio Neves do PSDB, partido pró-business, que hoje amarga um 3º lugar nas pesquisas. A Casa Branca tem-se sentido frustrada.
Dia 13 de agosto de 2014, a campanha eleitoral presidencial no Brasil foi lançada em área de incerteza, quando um jato que conduzia o candidato do partido socialista, Eduardo Campos, tombou sobre bairro residencial de Santos, próximo de São Paulo. Morreram o candidato e seis outras pessoas, passageiros e da tripulação, no acidente que pode ter acontecido por causa do mau tempo, quando o Cessna preparava-se para pousar. As mortes geraram uma onda de comoção nacional, que provavelmente evoluirá para especulações sobre o efeito que terão nas eleições do próximo 5 de outubro de 2014. A presidenta Rousseff declarou três dias de luto oficial por Campos, ex-ministro do governo do presidente Lula. A aeronave passara por manutenção técnica regular e nenhum problema foi detectado. De estranho, só, que o gravador de vozes da cabine do avião não estava operando, o que gerou suspeitas. O gravador operara normalmente e gravara várias conversações na cabine, mas nada gravou no dia da tragédia. O avião já passara por vários proprietários (empresários norte-americanos e brasileiros, representantes de empresas de reputação duvidosa), antes de chegar à campanha dos candidatos Eduardo Campos e Marina Silva.
Dilma Rousseff e Eduardo Campos
Para alguns comentaristas brasileiros e dos EUA, há forte probabilidade de que tenha havido um atentado, que resultou no assassinato de Eduardo Campos. Antes da tragédia, o avião foi usado pela agência antidrogas dos EUA, Drug Enforcement Administration (DEA). Enviados de antigos proprietários do avião tiveram acesso ao local do acidente, sob os mais diferentes pretextos. Difícil não conjecturar se teria havido agentes dos EUA por trás da tragédia. Mas ainda não se sabe exatamente sequer o que aconteceu. Saber quem fez, se algo foi feito, demorará ainda mais.
O avião decolou do Rio de Janeiro, onde opera uma estação da CIA, em território do consulado dos EUA. Não há dúvidas de que aquele escritório é usado pela Agência. Talvez os serviços especiais do Brasil devessem dar atenção especial a personagens que rapidamente deixaram o país, imediatamente depois da tragédia em Santos. A morte de Eduardo Campos teve efeito instantâneo sobre a candidatura do Partido Socialista: Eduardo Campos jamais passara dos 9-10% de preferência nas pesquisas, mas Marina Silva rapidamente surgiu com 34-35%, na votação em primeiro turno. Agora, se prevê que a eleição seja levada para o segundo turno.
O principal problema de Marina Silva é que é sempre difícil entender quais seriam suas reais intenções e projetos. É uma espécie de “imprecisão” que se observa constantemente no discurso de candidatos promovidos pelos EUA. Marina Silva mudou de lado, sempre muito dramaticamente, inúmeras vezes. Ao unir-se a Eduardo Campos, por exemplo, a candidata várias vezes se manifestou a favor de manter bem longe do Brasil as ideias de Chavez (Hugo Chavez – falecido presidente da Venezuela, conhecido pelas convicções socialistas e políticas de esquerda). Mas ela serviu ao governo do presidente Lula, conhecido e muito respeitado defensor do chavismo. (...)
BRICS
De fato, ao tempo em que a campanha avança e as eleições aproximam-se, Marina Silva vai-se tornando cada vez mais neoliberal. Já disse que não vê sentido em fazer dos BRICS um centro de poder multipolar, nem em apressar a implementação de medidas já decididas dentro do bloco, como criar um banco de desenvolvimento, um fundo de reserva, etc. Já manifestou “dúvidas” sobre o Conselho Sul-Americano de Defesa, e diz, em discussões com assessores íntimos, que quer dar menos atenção ao MERCOSUL e à UNASUL (União das Nações Sul-Americanas, união intergovernamental em que se integram duas uniões aduaneiras, o MERCOSUL e a Comunidade de Nações Andinas, como parte do processo de integração sul-americana). Para Marina Silva, mais importante é desenvolver relações bilaterais com os EUA.
Fato é que os brasileiros estão já habituados a quase 20 anos de progresso social no país, com os governos do presidente Lula e da presidenta Rousseff. A população é ouvida, as reformas acontecem, o que foi prometido está sendo construído, o Brasil vive tempos de estabilidade e de avanços.
Se Marina Silva chegar à presidência (George Soros, magnata norte-americano, investidor e filantropo, tem alimentado a campanha dela com quantidade significativa de fundos), deve-se contar com o fim de vários programas sociais e políticos, o que pode vir a gerar grave descontentamento popular. Há quem diga que os escritórios dos EUA no Brasil estão repletos de agentes dos serviços especiais, encarregados de “gerar” “protestos” naquele país.
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Nota dos tradutores:
[1] Conheça o “Goldman Environmental Prize”; além de Marina Silva, outro brasileiro recebeu esse prêmio, um “Carlos Alberto Ricardo”, fundador da ONG “Instituto Socioambiental”, em 1992.
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[*] Nil Nikandrov é um jornalista sediado em Moscou cobrindo a política da América Latina e suas relações com os EUA; crítico ferrenho das administrações neoliberais sobre as economias nacionais latino-americanas. Especializou-se em desmascarar os esforços feitos pela CIA e outros serviços de inteligência ocidentais para minar governos progressistas na América Latina. Autor de vários livros - tanto de ficção e estudos documentais - dedicados a temas latino-americanos, incluindo a primeira biografia em língua russa de Hugo Chávez.
POSTADO POR CASTOR FILHO
http://redecastorphoto.blogspot.com.br/2014/09/eleicoes-no-brasil-marina-silva-e-cia.html
sexta-feira, 12 de setembro de 2014
Ébola, sida, malaria, cólera… la herencia de los planes de ajuste estructural 12/09/2014
François Charles
L’autre Afrique
Traducido del francés para Rebelión por Caty R.
Mientras no hay duda de que esta enésima epidemia de ébola que se extiende actualmente por el oeste de África es la más grave que hemos conocido de esta enfermedad. Mientras las cancillerías occidentales lloran lágrimas de cocodrilo ante sus muertos y según la fórmula consagrada «toman todas las precauciones de costumbre para proteger a sus ciudadanos». Mientras el paludismo, el sida, el cólera o el sarampión siguen matando en silencio a millones de personas en todos los países pobres y principalmente en África (1). Mientras una vez más con el pretexto de la epidemia actual el continente, que la sufre en silencio, está amenazado de «cuarentena» internacional generalizada, de desaparición de sus últimas condiciones sanitarias, de derrumbe de sus infraestructuras sobre el terreno, de carencias de aprovisionamiento de todo tipo… ¿No es hora de que los que pretenden acabar con la repetición de estas situaciones se planteen la pregunta: «Quién es responsable, y por qué, de tantos muertos?»
Negligencias y «demanda insolvente…»
Después de que numerosas ONG de la salud (los sanitarios africanos, Médicos Sin Fronteras desde el mes de junio, la OMS…) intentan en vano atraer la atención de los poderes públicos tanto en África como en las instancias internacionales, está comprobado que en la actualidad nos hallamos enfrentados a la mayor oleada de esta enfermedad desde su aparición.
Al parecer muy antigua entre los primates, es decir los monos y las personas, sin embargo nunca se consideró mortal para los seres humanos hasta 1976, cuando se identificó como tal en el centro de África y más concretamente en la República Democrática del Congo.
Hasta ahora, antes del desencadenamiento actual, el virus ya apareció varias decenas de veces, especialmente en el centro de África, matando a varios centenares de personas. En general se habla de 1.600 muertos en total. Aunque esa cantidad en realidad se expresa a la baja, comparada con los millones de muertos y víctimas de la malaria y el sida, a los ojos de los «responsables» parecía poco importante. En cualquier caso no lo bastante para movilizar las energías suficientes que permitieran atacar a la enfermedad.
Fue en 1976 cuando se identificó el ébola como una fiebre hemorrágica especialmente peligrosa. En la actualidad, 38 años después, llegamos al «¡Ébola año cero!». 38 largos años que esta enfermedad ha sido ignorada por la comunidad internacional y frente a la que nadie se ha puesto nunca en movimiento para frenarla y erradicarla.
Más allá de cualquier recuento macabro para saber que el sida, la malaria, el cólera o el ébola matan a más personas en África, hay que subrayar que en lo que concierne a esta enfermedad, después de tantos años, ¡todavía no existe tratamiento ni vacuna!
La virulencia de la enfermedad se conoce desde hace mucho y siempre, curiosamente, ha sido negada por las autoridades que pensaban estúpidamente que se quedaría confinada eternamente en la República Democrática del Congo.
Pues no. Señoras y señores responsables, los virus no presentan papeles en las fronteras haciendo cola. Circulan y lo que se preveía llegó. Ahora la epidemia extiende considerablemente su campo de acción geográfico y da la plena dimensión de su molesta capacidad. Nos encontramos claramente frente a una situación especialmente grave, para las poblaciones amenazadas, que sería criminal intentar subestimar u ocultar.
Los comunicados al respecto emitidos regularmente por la RFI, una emisora poco sospechosa de alarmista, son elocuentes: «La OMS prevé que aparezcan rápidamente 20.000 casos en el oeste de África… Respecto a la epidemia de ébola, según la OMS, la situación está fuera de control… El balance de la epidemia no deja de agravarse…».
Según el profesor Peter Piet, presidente la Escuela de Medina Tropical de Londres, las cosas son todavía más obvias: «No se ha cogido a tiempo… Existe un clara subestimación… Falta personal sobre el terreno, los «locales»… Hoy podemos estimar que existen 5.000 personas víctimas de la enfermedad sin contar las víctimas fallecidas por otras razones pero que no se han podido contar por falta de personal, de lugares de acogida, hospitales cerrados…» (2).
Dejando aparte las gesticulaciones habituales de la «solidaridad» mediática en tiempos de crisis, en forma de imágenes televisivas de «blancos en ayuda de los africanos», las ayudas financieras (¡Prestamos complementarios de las deudas!), el parsimonioso envío a la zona de personal médico… está claro que hacen falta tanto tratamientos como vacunas que ningún programa, en ningún sitio, en ningún laboratorio conocido ni en los más vanguardistas se han investigado jamás. ¡Menudo olvido!
El resultado desastroso de esta «negligencia» es que, de momento, se considera que el 50% de las personas afectadas muere.
Pero no hay que llamarse a engaño, la «negligencia» que demuestran en la materia los laboratorios y los países occidentales no es fortuita. Está íntimamente relacionada con los beneficios esperados por las operaciones comerciales. Todavía están grabados en la memoria los casos precedentes que hablan por sí mismos.
¿Quién en África no recuerda que se prohibió a Sudáfrica tratar a sus enfermos de sida?
¿Quién no recuerda que Bill Clinton, presidente demócrata, «joven y progresista…» de Estados Unidos emprendió una batalla implacable de procesos judiciales contra la Sudáfrica de Mandela cuando éste, para hacer frente a la amplitud de la epidemia de sida que azotaba su país decidió recurrir a los genéricos?
Junto a lostrust, apoyando a la industria farmacéutica privada y atacando a Mandela, Clinton impidió que se crease un precedente que habría podido sentar jurisprudencia y bajar los beneficios de los laboratorios occidentales. Y, en el caso del sida, especialmente los de los laboratorios estadounidenses (3).
¿Una defensa de intereses privados ganada al precio de cuántos muertos y nuevos enfermos infectados en el continente?
Los bien informados saben que los amos del comercio internacional consideran que África es un continente con una fuerte demanda… pero una demanda que califican de «insolvente». Y a este respecto, desde el crimen que se cometió contra Sudáfrica en nombre de las leyes del comercio internacional y la OMC, estamos completamente seguros de que no ha cambiado nada.
Un continente arruinado por el chantaje de la deuda
Según todos los indicios, si esta vez la epidemia se extiende de forma más peligrosa que las anteriores, es porque se produce en un momento en el que las condiciones sanitarias de los países afectados están considerablemente deterioradas o incluso han desaparecido.
Al estar comprobado que la forma de transmisión de la enfermedad es esencialmente por el contacto con los fluidos de una persona infectada, es perfectamente factible, en un primer momento, circunscribirla y frenarla, especialmente a través de la información a las poblaciones, que por falta de conocimientos no siempre saben quiénes son los enfermos ni los resultados de esta nueva enfermedad.
Naturalmente, este plan supondría que los sistemas sanitarios todavía estuvieran en marcha, con infraestructuras operativas y suficiente personal especializado. Lo que está lejos de ser el caso. Al contrario.
Desde los años 80 y los tristemente célebres PAS (Planes de Ajuste Estructural), África se ha visto sometida a un auténtico chantaje por parte del Banco Mundial, el «generoso», y del FMI, su «guardián de los presos».
El ejemplo de Camerún es un auténtico manual de los métodos del Banco Mundial y el FMI dirigidos a la extorsión de fondos y al mantenimiento perpetuo de sus víctimas en la miseria*.
El Banco Mundial, con la colaboración de los potentados locales impuestos por los colonizadores, empieza por endeudar gravemente a los países. En primer lugar se debe cumplir con la deuda. Una vez realizados los gastos, todo el dinero gastado y desviado, hay que ir a la caja y precisamente… ¡la caja está vacía! Para reembolsar la deuda, el Banco Mundial tiene la solución más simple: «más préstamos». Entonces se cae en una trampa infernal: Para conseguir un nuevo préstamo del Banco Mundial hay que «portarse bien» y someterse a los «prestamistas expertos», ¡fuera gastos!
Eliminar los gastos públicos, privatizar todos los servicios vendiéndolos, efectuar una liberalización masiva de los servicios de ayuda a las poblaciones… Los primeros sectores afectados en todos los países concernidos, en África y en todas partes, son los sistemas educativos y por supuesto los sistemas sanitarios.
El ejemplo de Guinea, famosa por ser uno de los focos de la epidemia, es particularmente esclarecedor del conjunto del continente.
Hay que saber que mientras la OMS y la y la CDEAO aconsejan un mínimo del 15% de los gastos de un estado para la salud, el Estado guineano asigna… ¡menos del 3%! (4).
También debemos saber que en el momento en el que aparece la enfermedad menos del 3% de la población puede acceder a una cobertura social, también que el personal formado está en la máxima penuria, que las estructuras sanitarias que quedan son, obviamente, de la peor calidad… Todos estos elementos explican la desconfianza de las poblaciones respecto a las estructuras locales y sus pocas posibilidades de acceder a los medicamentos disponibles y a la información preventiva (5).
Siguiendo con Guinea y teniendo en cuenta el contexto de ruina general de los sistemas de salud, el cólera, que aunque no había desaparecido sí había retrocedido ampliamente, ha reaparecido de forma letal y en 2012 se contabilizaron 8.000 casos y 150 fallecidos (según fuentes oficiales).
El sarampión que en la actualidad azota Guinea también está «instalado» en la mayoría de los países del oeste de África. ¿Cómo se puede imaginarque las poblaciones, en 2014, siguen sin programas de vacunación? ¿Es admisible que se considere «normal» que los niños africanos todavía mueran de sarampión?
No olvidemos tampoco el paludismo, herida abierta de las poblaciones africanas subsaharianas, que solo en Guinea mata habitualmente (siempre según cifras oficiales) a más de 30.000 personas al año. Y según la OMS, la tasa de mortalidad del paludismo alcanza 170 fallecimientos por 100.000 habitantes.
Por desgracia Guinea no es un caso aislado, basta con recordar que Liberia, al principio de la epidemia, contaba en todo su territorio ¡Con menos de 50 médicos! (6).
Los africanos pagan muy caro el endeudamiento de sus estados. Estamos muy lejos de los «Objetivos de Desarrollo del Milenio» de las Naciones Unidas que preconizaban medidas y gastos en educación y sanidad para el año 2000 que sabían inalcanzables… ¡por el reembolso de las deudas! El sistema es muy simple: «recupero con una mano lo que te presto con la otra y, por supuesto, lo primero que recupero es lo que te presté. Así te arruino para siempre y te obligo a… endeudarte para sobrevivir».
La hipocresía de los poderosos es absolutamente vergonzosa.
Otra consecuencia de la crisis sanitaria actual es el derrumbamiento de lo que quedaba de los sistemas de salud. Así es, debido a la enfermedad y al temor que inspira, los hospitales que quedan entre los escombros están desiertos, abandonados, vacíos de personal o inoperativos.
Una situación explicada así porAugustine Kpehe Ngafuan, ministro de Sanidad de Liberia: «Todo el sector sanitario está devastado por la crisis. Las personas mueren de enfermedades comunes porque el sistema de salud se está hundiendo» (7).
Con la soga al cuello, una deuda ilegítima «a reembolsar», saqueada hasta los huesos y extorsionada por los bancos, África se muere y continúa siendo para los tiburones comerciales un continente «insolvente».
Ya es hora de que, para encauzar lo que se puso del revés, se empiece a considerar que la propia África se encargue de sus asuntos. Que la gestión de África, su sanidad, sus riquezas, sus poblaciones… vuelva por fin a los africanos.
¿Y si para empezar los países africanos en conjunto decidieran no «cumplir» con esas deudas odiosas? (8).
Notas
*Vea el artículo: « Pourquoifaut-ilréaliser un auditcitoyen de la dette du Cameroun? » de Jean-Marc Bikoko, 28 de agosto.
(1) 1.700.000 muertos de sida.
(2) Peter Piet también es codescubridor del virus Ébola. Entrevista en RFI en agosto.
(3) Se recuerda también que, apresada en el tornado social liberal económico del Congreso Nacional Africano, la administración de Mandela acabó cediendo a las presiones de Estados Unidos. (Naomi Klein, La doctrina del shock.
(4) En los demás países de África la tasa media es de apenas el 5%
(5) El tratamiento irónico en los medios de comunicación europeos de la desconfianza de las poblaciones frente a los centros sanitarios roza el racismo. Al respecto conviene recordar que en 1976, mientras el ébolase cebaba en la RDC, las víctimas que aparecieron, según una encuesta posterior, ¡eran las personas que más frecuentaban los centros de salud! La enfermedad no la propagaban desde los centros, por supuesto, pero la falta de medidas de prevención sí la propagaba claramente. Y, aunque a veces deformada, la memoria colectiva permanece.
(6) Nicolás Sarkozy, cuando recordaba «Que los africanos todavía no habían entrado en la historia» se asombraba de ver «más médicos de Benín en los hospitales parisinos que en los benineses. ¿Pero acaso no es el resultado de la «inmigración selectiva»?
(7) Reproducido por la agencia Reuter, 8 de agosto de 2014.
(8) Según el principio recordado por EricToussaint (CADTM): «Cuando debes dinero a tu banco tienes un problema con tu banco. Cuando no se lo devuelves, tu banco tiene un problema»
Fuente: http://lautreafrique.info/2014/09/01/ebola-sida-malaria-cholera-heritage-des-plans-dajustement-structurels/
L’autre Afrique
Traducido del francés para Rebelión por Caty R.
Mientras no hay duda de que esta enésima epidemia de ébola que se extiende actualmente por el oeste de África es la más grave que hemos conocido de esta enfermedad. Mientras las cancillerías occidentales lloran lágrimas de cocodrilo ante sus muertos y según la fórmula consagrada «toman todas las precauciones de costumbre para proteger a sus ciudadanos». Mientras el paludismo, el sida, el cólera o el sarampión siguen matando en silencio a millones de personas en todos los países pobres y principalmente en África (1). Mientras una vez más con el pretexto de la epidemia actual el continente, que la sufre en silencio, está amenazado de «cuarentena» internacional generalizada, de desaparición de sus últimas condiciones sanitarias, de derrumbe de sus infraestructuras sobre el terreno, de carencias de aprovisionamiento de todo tipo… ¿No es hora de que los que pretenden acabar con la repetición de estas situaciones se planteen la pregunta: «Quién es responsable, y por qué, de tantos muertos?»
Negligencias y «demanda insolvente…»
Después de que numerosas ONG de la salud (los sanitarios africanos, Médicos Sin Fronteras desde el mes de junio, la OMS…) intentan en vano atraer la atención de los poderes públicos tanto en África como en las instancias internacionales, está comprobado que en la actualidad nos hallamos enfrentados a la mayor oleada de esta enfermedad desde su aparición.
Al parecer muy antigua entre los primates, es decir los monos y las personas, sin embargo nunca se consideró mortal para los seres humanos hasta 1976, cuando se identificó como tal en el centro de África y más concretamente en la República Democrática del Congo.
Hasta ahora, antes del desencadenamiento actual, el virus ya apareció varias decenas de veces, especialmente en el centro de África, matando a varios centenares de personas. En general se habla de 1.600 muertos en total. Aunque esa cantidad en realidad se expresa a la baja, comparada con los millones de muertos y víctimas de la malaria y el sida, a los ojos de los «responsables» parecía poco importante. En cualquier caso no lo bastante para movilizar las energías suficientes que permitieran atacar a la enfermedad.
Fue en 1976 cuando se identificó el ébola como una fiebre hemorrágica especialmente peligrosa. En la actualidad, 38 años después, llegamos al «¡Ébola año cero!». 38 largos años que esta enfermedad ha sido ignorada por la comunidad internacional y frente a la que nadie se ha puesto nunca en movimiento para frenarla y erradicarla.
Más allá de cualquier recuento macabro para saber que el sida, la malaria, el cólera o el ébola matan a más personas en África, hay que subrayar que en lo que concierne a esta enfermedad, después de tantos años, ¡todavía no existe tratamiento ni vacuna!
La virulencia de la enfermedad se conoce desde hace mucho y siempre, curiosamente, ha sido negada por las autoridades que pensaban estúpidamente que se quedaría confinada eternamente en la República Democrática del Congo.
Pues no. Señoras y señores responsables, los virus no presentan papeles en las fronteras haciendo cola. Circulan y lo que se preveía llegó. Ahora la epidemia extiende considerablemente su campo de acción geográfico y da la plena dimensión de su molesta capacidad. Nos encontramos claramente frente a una situación especialmente grave, para las poblaciones amenazadas, que sería criminal intentar subestimar u ocultar.
Los comunicados al respecto emitidos regularmente por la RFI, una emisora poco sospechosa de alarmista, son elocuentes: «La OMS prevé que aparezcan rápidamente 20.000 casos en el oeste de África… Respecto a la epidemia de ébola, según la OMS, la situación está fuera de control… El balance de la epidemia no deja de agravarse…».
Según el profesor Peter Piet, presidente la Escuela de Medina Tropical de Londres, las cosas son todavía más obvias: «No se ha cogido a tiempo… Existe un clara subestimación… Falta personal sobre el terreno, los «locales»… Hoy podemos estimar que existen 5.000 personas víctimas de la enfermedad sin contar las víctimas fallecidas por otras razones pero que no se han podido contar por falta de personal, de lugares de acogida, hospitales cerrados…» (2).
Dejando aparte las gesticulaciones habituales de la «solidaridad» mediática en tiempos de crisis, en forma de imágenes televisivas de «blancos en ayuda de los africanos», las ayudas financieras (¡Prestamos complementarios de las deudas!), el parsimonioso envío a la zona de personal médico… está claro que hacen falta tanto tratamientos como vacunas que ningún programa, en ningún sitio, en ningún laboratorio conocido ni en los más vanguardistas se han investigado jamás. ¡Menudo olvido!
El resultado desastroso de esta «negligencia» es que, de momento, se considera que el 50% de las personas afectadas muere.
Pero no hay que llamarse a engaño, la «negligencia» que demuestran en la materia los laboratorios y los países occidentales no es fortuita. Está íntimamente relacionada con los beneficios esperados por las operaciones comerciales. Todavía están grabados en la memoria los casos precedentes que hablan por sí mismos.
¿Quién en África no recuerda que se prohibió a Sudáfrica tratar a sus enfermos de sida?
¿Quién no recuerda que Bill Clinton, presidente demócrata, «joven y progresista…» de Estados Unidos emprendió una batalla implacable de procesos judiciales contra la Sudáfrica de Mandela cuando éste, para hacer frente a la amplitud de la epidemia de sida que azotaba su país decidió recurrir a los genéricos?
Junto a lostrust, apoyando a la industria farmacéutica privada y atacando a Mandela, Clinton impidió que se crease un precedente que habría podido sentar jurisprudencia y bajar los beneficios de los laboratorios occidentales. Y, en el caso del sida, especialmente los de los laboratorios estadounidenses (3).
¿Una defensa de intereses privados ganada al precio de cuántos muertos y nuevos enfermos infectados en el continente?
Los bien informados saben que los amos del comercio internacional consideran que África es un continente con una fuerte demanda… pero una demanda que califican de «insolvente». Y a este respecto, desde el crimen que se cometió contra Sudáfrica en nombre de las leyes del comercio internacional y la OMC, estamos completamente seguros de que no ha cambiado nada.
Un continente arruinado por el chantaje de la deuda
Según todos los indicios, si esta vez la epidemia se extiende de forma más peligrosa que las anteriores, es porque se produce en un momento en el que las condiciones sanitarias de los países afectados están considerablemente deterioradas o incluso han desaparecido.
Al estar comprobado que la forma de transmisión de la enfermedad es esencialmente por el contacto con los fluidos de una persona infectada, es perfectamente factible, en un primer momento, circunscribirla y frenarla, especialmente a través de la información a las poblaciones, que por falta de conocimientos no siempre saben quiénes son los enfermos ni los resultados de esta nueva enfermedad.
Naturalmente, este plan supondría que los sistemas sanitarios todavía estuvieran en marcha, con infraestructuras operativas y suficiente personal especializado. Lo que está lejos de ser el caso. Al contrario.
Desde los años 80 y los tristemente célebres PAS (Planes de Ajuste Estructural), África se ha visto sometida a un auténtico chantaje por parte del Banco Mundial, el «generoso», y del FMI, su «guardián de los presos».
El ejemplo de Camerún es un auténtico manual de los métodos del Banco Mundial y el FMI dirigidos a la extorsión de fondos y al mantenimiento perpetuo de sus víctimas en la miseria*.
El Banco Mundial, con la colaboración de los potentados locales impuestos por los colonizadores, empieza por endeudar gravemente a los países. En primer lugar se debe cumplir con la deuda. Una vez realizados los gastos, todo el dinero gastado y desviado, hay que ir a la caja y precisamente… ¡la caja está vacía! Para reembolsar la deuda, el Banco Mundial tiene la solución más simple: «más préstamos». Entonces se cae en una trampa infernal: Para conseguir un nuevo préstamo del Banco Mundial hay que «portarse bien» y someterse a los «prestamistas expertos», ¡fuera gastos!
Eliminar los gastos públicos, privatizar todos los servicios vendiéndolos, efectuar una liberalización masiva de los servicios de ayuda a las poblaciones… Los primeros sectores afectados en todos los países concernidos, en África y en todas partes, son los sistemas educativos y por supuesto los sistemas sanitarios.
El ejemplo de Guinea, famosa por ser uno de los focos de la epidemia, es particularmente esclarecedor del conjunto del continente.
Hay que saber que mientras la OMS y la y la CDEAO aconsejan un mínimo del 15% de los gastos de un estado para la salud, el Estado guineano asigna… ¡menos del 3%! (4).
También debemos saber que en el momento en el que aparece la enfermedad menos del 3% de la población puede acceder a una cobertura social, también que el personal formado está en la máxima penuria, que las estructuras sanitarias que quedan son, obviamente, de la peor calidad… Todos estos elementos explican la desconfianza de las poblaciones respecto a las estructuras locales y sus pocas posibilidades de acceder a los medicamentos disponibles y a la información preventiva (5).
Siguiendo con Guinea y teniendo en cuenta el contexto de ruina general de los sistemas de salud, el cólera, que aunque no había desaparecido sí había retrocedido ampliamente, ha reaparecido de forma letal y en 2012 se contabilizaron 8.000 casos y 150 fallecidos (según fuentes oficiales).
El sarampión que en la actualidad azota Guinea también está «instalado» en la mayoría de los países del oeste de África. ¿Cómo se puede imaginarque las poblaciones, en 2014, siguen sin programas de vacunación? ¿Es admisible que se considere «normal» que los niños africanos todavía mueran de sarampión?
No olvidemos tampoco el paludismo, herida abierta de las poblaciones africanas subsaharianas, que solo en Guinea mata habitualmente (siempre según cifras oficiales) a más de 30.000 personas al año. Y según la OMS, la tasa de mortalidad del paludismo alcanza 170 fallecimientos por 100.000 habitantes.
Por desgracia Guinea no es un caso aislado, basta con recordar que Liberia, al principio de la epidemia, contaba en todo su territorio ¡Con menos de 50 médicos! (6).
Los africanos pagan muy caro el endeudamiento de sus estados. Estamos muy lejos de los «Objetivos de Desarrollo del Milenio» de las Naciones Unidas que preconizaban medidas y gastos en educación y sanidad para el año 2000 que sabían inalcanzables… ¡por el reembolso de las deudas! El sistema es muy simple: «recupero con una mano lo que te presto con la otra y, por supuesto, lo primero que recupero es lo que te presté. Así te arruino para siempre y te obligo a… endeudarte para sobrevivir».
La hipocresía de los poderosos es absolutamente vergonzosa.
Otra consecuencia de la crisis sanitaria actual es el derrumbamiento de lo que quedaba de los sistemas de salud. Así es, debido a la enfermedad y al temor que inspira, los hospitales que quedan entre los escombros están desiertos, abandonados, vacíos de personal o inoperativos.
Una situación explicada así porAugustine Kpehe Ngafuan, ministro de Sanidad de Liberia: «Todo el sector sanitario está devastado por la crisis. Las personas mueren de enfermedades comunes porque el sistema de salud se está hundiendo» (7).
Con la soga al cuello, una deuda ilegítima «a reembolsar», saqueada hasta los huesos y extorsionada por los bancos, África se muere y continúa siendo para los tiburones comerciales un continente «insolvente».
Ya es hora de que, para encauzar lo que se puso del revés, se empiece a considerar que la propia África se encargue de sus asuntos. Que la gestión de África, su sanidad, sus riquezas, sus poblaciones… vuelva por fin a los africanos.
¿Y si para empezar los países africanos en conjunto decidieran no «cumplir» con esas deudas odiosas? (8).
Notas
*Vea el artículo: « Pourquoifaut-ilréaliser un auditcitoyen de la dette du Cameroun? » de Jean-Marc Bikoko, 28 de agosto.
(1) 1.700.000 muertos de sida.
(2) Peter Piet también es codescubridor del virus Ébola. Entrevista en RFI en agosto.
(3) Se recuerda también que, apresada en el tornado social liberal económico del Congreso Nacional Africano, la administración de Mandela acabó cediendo a las presiones de Estados Unidos. (Naomi Klein, La doctrina del shock.
(4) En los demás países de África la tasa media es de apenas el 5%
(5) El tratamiento irónico en los medios de comunicación europeos de la desconfianza de las poblaciones frente a los centros sanitarios roza el racismo. Al respecto conviene recordar que en 1976, mientras el ébolase cebaba en la RDC, las víctimas que aparecieron, según una encuesta posterior, ¡eran las personas que más frecuentaban los centros de salud! La enfermedad no la propagaban desde los centros, por supuesto, pero la falta de medidas de prevención sí la propagaba claramente. Y, aunque a veces deformada, la memoria colectiva permanece.
(6) Nicolás Sarkozy, cuando recordaba «Que los africanos todavía no habían entrado en la historia» se asombraba de ver «más médicos de Benín en los hospitales parisinos que en los benineses. ¿Pero acaso no es el resultado de la «inmigración selectiva»?
(7) Reproducido por la agencia Reuter, 8 de agosto de 2014.
(8) Según el principio recordado por EricToussaint (CADTM): «Cuando debes dinero a tu banco tienes un problema con tu banco. Cuando no se lo devuelves, tu banco tiene un problema»
Fuente: http://lautreafrique.info/2014/09/01/ebola-sida-malaria-cholera-heritage-des-plans-dajustement-structurels/
http://www.rebelion.org/noticia.php?id=189530
quinta-feira, 11 de setembro de 2014
Brasil cria 101.425 empregos formais em agosto 11/09/2014
11/09/2014 17h16
Brasília
Pedro Peduzzi - Repórter da Agência Brasil Edição: Armando Cardoso
Ministro do Trabalho e Emprego, Manoel Dias, divulga dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged)Marcelo Camargo/Agência Brasil
Em agosto, foram gerados 101.425 postos formais de trabalho no Brasil, resultado de um total de 1.748.818 admissões ante às 1.647.393 demissões registradas no mês. Isso representa um crescimento de 0,25%, na comparação com o mês anterior (julho). No mesmo mês (agosto) de 2013, foram criados 162.160 empregos com carteira assinada.
Conforme o ministério, o resultado de agosto é o melhor dos últimos três meses. O saldo de empregos gerados durante o ano está em 751.456 (expansão de 1,85%). Nos últimos 12 meses, foram criados 698.475 postos de trabalho (incremento de 1,72%). Entre janeiro de 2011 e agosto de 2014, foram gerados 5.631.534 empregos.
Segundo o ministro do Trabalho, Manoel Dias, o resultado positivo era esperado pelo governo federal, que mantém a projeção de 1 milhão de empregos a serem gerados em 2014. “Tudo que dissemos está acontecendo”, disse. “Já tínhamos indicadores de que iríamos melhorar a partir deste mês. É o que os dados estão confirmando hoje, ao contrário do que tem sido especulado, principalmente pela imprensa”, ressaltou.
Ele destacou que o país tem conseguido manter um modelo que sustenta o emprego com ganhos reais de salário, ao mesmo tempo em que mantém a economia irrigada. Argumentou que, se há uma diminuição no ritmo de contratação na comparação com anos anteriores, é porque o país vive uma situação de pleno emprego. Antes, lembrou o ministro, havia mais espaço para crescimento. "Agora, com o pleno emprego, o resultado, apesar de menor, é positivo".
“Não se gera 101 mil empregos por acaso. Não se trata de pesquisa de cunho pessoal, como outras que têm sido apresentadas, que têm por base opiniões [subjetivas] e projeções feitas por pessoas. O que estamos apresentando aqui são dados reais sobre o números de empregos gerados. Dados fornecidos pelas próprias empresas”, argumentou o ministro.
Dos oito setores da atividade econômica pesquisados, seis apresentaram bom desempenho em agosto, segundo o ministério. O destaque ficou com os setores de serviços, que geraram 71.292 novos postos de trabalho; de comércio (40.619); e de construção civil (2.239). A indústria da transformação registrou declínio de 4.111 postos. No entanto esse número representa, conforme o ministro, “desaceleração no ritmo de queda”, se comparado ao resultado apresentado nos meses anteriores (diminuição de 27.472 e de 15.392 postos em junho e julho, respectivamente).
Todos os ramos do setor de serviços apresentaram crescimento, conforme os dados. O destaque ficou com os de ensino (mais 22.409 postos criados); alojamento e alimentação (18.711); comércio e administração de imóveis (14.916); serviços médicos e odontológicos (11.023); transportes e comunicações (3.092); e instituições financeiras (saldo de 1.141 novas vagas).
Segundo o ministro Manoel Dias, a perda de 9.623 postos de trabalho no setor agrícola se deve a motivos sazonais. “Certamente este será um setor que apresentará melhores números em setembro e outubro”, comentou. Acrescentou que todos os acordos coletivos tiveram aumento real de 10% acima da inflação.
http://agenciabrasil.ebc.com.br/economia/noticia/2014-09/brasil-cria-101.425-empregos-formais-em-agosto
Embraer fecha contrato com empresa espanhola para fabricar cargueiro militar 11/09/2014
A Embraer fechou contrato com a empresa espanhola de engenharia e construção Sener para a fabricação do novo cargueiro militar KC-390, uma alternativa ao Hércules produzido pela americana Lockheed Martin.A Sener fornecerá um sistema especial para facilitar a montagem de grandes peças móveis do KC-390, informou nesta terça-feira a companhia espanhola em comunicado."Esse sistema automatizado, desenhado e fabricado pela Sener, permite montar as peças repetidamente com grande qualidade e precisão. E pode ser utilizado pela Embraer tanto na fabricação como na manuteção dos aviões", disse a empresa em nota.O cargueiro KC-390, projetado pela Embraer, tem maior capacidade que o Hércules C-130, fabricado pela Lockheed Martin há várias décadas. Dezenas de aviões da empresa americana chegarão ao fim de suas vidas utéis nos próximos oito anos.
Um estudo de viabilidade da Embraer identificou 700 aviões de transporte militar em 77 países com "validade" próxima de terminar ou que precisam de modernização. A empresa brasileira pretende aproveitar esse nicho de mercado com a oferta do novo cargueiro.A Sener destacou que este é seu primeiro contrato com a companhia aeronáutica brasileira desde que se instalou em 2010 no Brasil, com escritórios no Rio de Janeiro e São Paulo, que contam com 300 profissionais."É um importante passo para a Sener no Brasil, pois é o primeiro (contrato) que a companhia assina com o terceiro fabricante mundial de aviões civis", afirmou o diretor do Departamento de Aeronáutica e Veículos da empresa espanhola, Iñigo Gurrea, citado no comunicado."O contrato com a Embraer representa um marco no Brasil para a Sener, que já estava presente em setores como os de infraestrutura civil e plantas industriais, e também no âmbito naval graças à implantação de seu sistema Foran, mas ainda não havia entrado no segmento aeroespacial", disse o diretor geral da Sener no Brasil, Guido Casanova.A Sener também tem contratos com a Petrobras e com a empreiteira Odebrecht, além de ter participado de projetos como a construção da Arena Corinthians e da linha 4 do metrô de São Paulo.
http://inteligenciabrasileira.blogspot.com.br/
domingo, 7 de setembro de 2014
As 10 companhias que controlam o mundo da alimentação 07/09/2014
No seu relatório “Behind the Brands: Food justice and the ‘Big 10’ food and beverage companies”, de 2013, a Oxfam International foca-se nas dez maiores e mais influentes companhias do setor dos alimentos e bebidas. Estas corporações são tão poderosas que as suas políticas têm "um profundo impacto nas dietas e nas condições de trabalho em todo o mundo, bem como no ambiente", refere o 24/7 Wall St.
7 de Setembro, 2014 - 17:34h
Foto Wikipédia.
“Se olharmos para o imenso sistema alimentar global, é difícil entender. Apenas um punhado de empresas podem ditar as escolhas alimentares, as condições dos fornecedores e as opções do consumidor", afirmou Chris Jochnick, diretor do Departamento do Setor Privado da Oxfam America, numa entrevista ao 24/7 Wall St.
As dez maiores companhias do setor dos alimentos e bebidas obtiveram, em 2013, receitas de dezenas de milhares de milhões de euros. Os ativos de cinco destas companhias atingiram, pelo menos, 39,6 mil milhões de euros. Quatro das companhias somaram lucros de perto de 5 mil milhões de euros no ano passado. As dez companhias empregam diretamente mais de 1,5 milhões de pessoas e subcontratam um número bastante superior.
Estes gigantes do mundo da alimentação gastam avultadas somas em publicidade, como é o caso da Coca Cola, que investiu 2,3 mil milhões de euros em 2012, e da Unilever, que contou com uma fatura de 5,7 mil milhões de euros.
Mediante a pressão pública, estas corporações têm vindo a assumir o compromisso de implementar políticas sustentáveis para o ambiente e de respeitar os direitos sociais e laborais dos seus trabalhadores, contudo, são comuns os escândalos de utilização de mão-de-obra infantil, de agressões constantes ao meio ambiente e de práticas de verdadeira escravatura.
Eis a lista das 10 companhias que controlam o mundo da alimentação, compilada pelo 24/7 Wall St:
1. A Associated British Foods PLC é uma multinacional de produção de alimentos, sedeada em Londres, que marca presença em 47 países. A empresa opera fábricas de açúcar, vende produtos alimentares e fabrica produtos de consumo, como o óleo Mazola e o chá Twinings. Dona de marcas como a Primark, Ovomaltine e a Fleischmann, a Associated British Foods PLC conta com receitas que rondam os 15.8 mil milhões de euros. Os lucros da multinacional ascendem a 628 milhões de euros. A multinacional emprega 112.652 trabalhadores.
2. A Coca-Cola é uma das marcas mais famosas a nível mundial. Com receitas que ascendem a 36,2 mil milhões de euros, a companhia gasta 2,3 mil milhões de euros em publicidade e emprega mais de 130 mil pessoas. Os lucros da multinacional fixam-se nos 6,6 mil milhões de euros.
3. O Groupe Danone S.A. obteve 22,6 mil milhões de euros em receitas, amealhando 1,5 mil milhões de euros de lucros. Empregando mais de 100 mil pessoas, a empresa gasta perto de 1000 milhões de euros em publicidade. A Danone é a maior vendedora mundial de produtos lácteos, figurando ainda entre os maiores vendedores mundiais de produtos para bebés, assim como de águas engarrafadas.
4. A General Mills, Inc. é proprietária de algumas das empresas mais conhecidas da América, entre as quais a Betty Crocker, Green Giant, e Pillsbury. As suas receitas rondam os 13,8 mil milhões de euros e os seus lucros fixam-se em 1,39 mil milhões. A empresa gasta 850 milhões em publicidade e emprega 43 mil pessoas.
5. A Kellogg Company é a maior empresa de cereais do mundo e a segunda maior produtora de bolachas. Os seus produtos são vendidos em mais de 180 países. As suas receitas atingem os 11,43 mil milhões de euros e os seus lucros 1,4 mil milhões. Com mais de 30,2 mil trabalhadores, a Kellogg gasta 850 milhões para publicitar a sua marca.
6. A Mars Incorporated, detentora de marcas de chocolates muito conhecidas, como M&Ms, Milky Way, Snickers e Twix, conta com 25,5 mil milhões de euros de receitas e 1,7 mil milhões de euros de lucros. A empresa é ainda proprietária do arroz Uncle Ben’s e da empresa de pastilhas elásticas Wrigley. A Mars emprega 60 mil pessoas.
7. A Mondelez International, Inc, que, até 2012, integrava a Kraft Foods, detém, entre outras, as marcas Cadbury, Nabisco, Oreo, e Trident. A empresa regista 27,3 mil milhões de euros em receitas e 3 mil milhões em lucros. Com uma despesa em publicidade de 1,5 mil milhões de euros, a companhia tem 107 mil trabalhadores.
8. A Nestle S.A. é, segundo vários parâmetros, a maior companhia do setor dos alimentos e bebidas. As suas receitas atingem os 80 mil milhões de euros e os seus lucros os 8,7 mil milhões. A multinacional conta com 333 mil trabalhadores e gasta 2,3 mil milhões de euros com publicidade.
9. A PepsiCo Inc., além de ser proprietária das famosas marcas de bebidas Pepsi, Mountain Dew, e Gatorade, detém ainda as marcas de comida Tostitos, Doritos e Quaker. Com receitas de 51,3 mil milhões de euros, a empresa consegue arrecadar 5,2 mil milhões em lucros. Com 274 mil trabalhadores, a PepsiCo paga 1,9 mil milhões de euros por serviços publicitários.
10. A Unilever Group não se dedica somente ao setor dos alimentos e bebidas - com marcas como o chá Lipton, a maionese Hellmann’s e os gelados Ben & Jerry’s - produzindo também produtos de higiene e limpeza. A Unilever emprega mais de 174 mil trabalhadores, conta com 53 mil milhões de euros em receitas e 5,2 mil milhões em lucros. Os custos da empresa com publicidade são de cerca de 5,7 mil milhões de euros.
http://www.esquerda.net/artigo/10-companhias-que-controlam-o-mundo-da-alimentacao/34020
sexta-feira, 5 de setembro de 2014
O Brasil Real - de 2002 a 2013 05/09/2014
Gráficos: redecastorphoto
Orçamento da Saúde 1995 -2014
(clique na imagem para aumentar)
Dívida Pública como porcentagem do PIB (clique na imagem para aumentar) |
Percentuais em relação ao PIB Gráfico elaborado por Laury A. Bueno (clique na imagem para aumentar) |
O Brasil de 2002 a 2013
1. Produto Interno Bruto:
2002 – R$ 1,48 trilhões
2013 – R$ 4,84 trilhões
2002 – R$ 1,48 trilhões
2013 – R$ 4,84 trilhões
2. PIB per capita:
2002 – R$ 7,6 mil
2013 – R$ 24,1 mil
2002 – R$ 7,6 mil
2013 – R$ 24,1 mil
3. Dívida líquida do setor público:
2002 – 60% do PIB
2013 – 34% do PIB
2002 – 60% do PIB
2013 – 34% do PIB
4. Lucro do BNDES:
2002 – R$ 550 milhões
2013 – R$ 8,15 bilhões
2013 – R$ 8,15 bilhões
5. Lucro do Banco do Brasil:
2002 – R$ 2 bilhões
2013 – R$ 15,8 bilhões
2002 – R$ 2 bilhões
2013 – R$ 15,8 bilhões
6. Lucro da Caixa Econômica Federal:
2002 – R$ 1,1 bilhões
2013 – R$ 6,7 bilhões
2002 – R$ 1,1 bilhões
2013 – R$ 6,7 bilhões
7. Produção de veículos:2002 – 1,8 milhões
2013 – 3,7 milhões
2013 – 3,7 milhões
8. Safra Agrícola:
2002 – 97 milhões de toneladas
2013 – 188 milhões de toneladas
2002 – 97 milhões de toneladas
2013 – 188 milhões de toneladas
9. Investimento Estrangeiro Direto:
2002 – 16,6 bilhões de dólares
2013 – 64 bilhões de dólares
2002 – 16,6 bilhões de dólares
2013 – 64 bilhões de dólares
10. Reservas Internacionais:
2002 – 37 bilhões de dólares
2013 – 375,8 bilhões de dólares
2002 – 37 bilhões de dólares
2013 – 375,8 bilhões de dólares
11. Índice Bovespa:
2002 – 11.268 pontos
2013 – 51.507 pontos
2002 – 11.268 pontos
2013 – 51.507 pontos
12. Empregos Gerados:
Governo FHC – 627 mil/ano
Governos Lula e Dilma – 1,79 milhões/ano
Governo FHC – 627 mil/ano
Governos Lula e Dilma – 1,79 milhões/ano
13. Taxa de Desemprego:
2002 – 12,2%
2013 – 5,4%
2002 – 12,2%
2013 – 5,4%
14. Valor de Mercado da Petrobras:
2002 – R$ 15,5 bilhões
2014 – R$ 104,9 bilhões
2002 – R$ 15,5 bilhões
2014 – R$ 104,9 bilhões
15. Lucro médio da Petrobras:
Governo FHC – R$ 4,2 bilhões/ano
Governos Lula e Dilma – R$ 25,6 bilhões/ano
Governo FHC – R$ 4,2 bilhões/ano
Governos Lula e Dilma – R$ 25,6 bilhões/ano
16. Falências Requeridas em Média/ano:
Governo FHC – 25.587
Governos Lula e Dilma – 5.795
Governo FHC – 25.587
Governos Lula e Dilma – 5.795
17. Salário Mínimo:
2002 – R$ 200 (1,42 cestas básicas)
2014 – R$ 724 (2,24 cestas básicas)
2002 – R$ 200 (1,42 cestas básicas)
2014 – R$ 724 (2,24 cestas básicas)
18. Dívida Externa em Relação às Reservas:
2002 – 557%
2014 – 81%
2002 – 557%
2014 – 81%
19. Posição entre as Economias do Mundo:
2002 - 13ª
2014 - 7ª
2002 - 13ª
2014 - 7ª
20. PROUNI – 1,2 milhões de bolsas
21. Salário Mínimo Convertido em Dólares:
2002 – 86,21
2014 – 305,00
2002 – 86,21
2014 – 305,00
22. Passagens Aéreas Vendidas:
2002 – 33 milhões
2013 – 100 milhões
2002 – 33 milhões
2013 – 100 milhões
23. Exportações:
2002 – 60,3 bilhões de dólares
2013 – 242 bilhões de dólares
2002 – 60,3 bilhões de dólares
2013 – 242 bilhões de dólares
24. Inflação Anual Média:
Governo FHC – 9,1%
Governos Lula e Dilma – 5,8%
Governo FHC – 9,1%
Governos Lula e Dilma – 5,8%
25. PRONATEC – 6 Milhões de pessoas
26. Taxa Selic:
2002 – 18,9%
2012 – 8,5%
2002 – 18,9%
2012 – 8,5%
27. FIES – 1,3 milhões de pessoas com financiamento universitário
28. Minha Casa Minha Vida –1,5 milhões de famílias beneficiadas
29. Luz Para Todos – 9,5 milhões de pessoas beneficiadas
30. Capacidade Energética:
2001 - 74.800 MW
2013 - 122.900 MW
2001 - 74.800 MW
2013 - 122.900 MW
31. Criação de 6.427 creches
32. Ciência Sem Fronteiras –100 mil beneficiados
33. Mais Médicos(Aproximadamente 14 mil novos profissionais): 50 milhões de beneficiados
34. Brasil Sem Miséria –Retirou 22 milhões da extrema pobreza
35. Criação de Universidades Federais:Governos Lula e Dilma - 18
Governo FHC - zero
Governo FHC - zero
36. Criação de Escolas Técnicas:
Governos Lula e Dilma - 214
Governo FHC - 0
De 1500 até 1994 - 140
Governos Lula e Dilma - 214
Governo FHC - 0
De 1500 até 1994 - 140
37. Desigualdade Social:
Governo FHC - Queda de 2,2%
Governo PT - Queda de 11,4%
Governo FHC - Queda de 2,2%
Governo PT - Queda de 11,4%
38. Produtividade:
Governo FHC - Aumento de 0,3%
Governos Lula e Dilma - Aumento de 13,2%
Governo FHC - Aumento de 0,3%
Governos Lula e Dilma - Aumento de 13,2%
39. Taxa de Pobreza:
2002 - 34%
2012 - 15%
2002 - 34%
2012 - 15%
40. Taxa de Extrema Pobreza:
2003 - 15%
2012 - 5,2%
2003 - 15%
2012 - 5,2%
41. Índice de Desenvolvimento Humano:
2000 - 0,669
2005 - 0,699
2012 - 0,730
2000 - 0,669
2005 - 0,699
2012 - 0,730
42. Mortalidade Infantil:
2002 - 25,3 em 1000 nascidos vivos
2012 - 12,9 em 1000 nascidos vivos
2002 - 25,3 em 1000 nascidos vivos
2012 - 12,9 em 1000 nascidos vivos
43. Gastos Públicos em Saúde:
2002 - R$ 28 bilhões
2013 - R$ 106 bilhões
2002 - R$ 28 bilhões
2013 - R$ 106 bilhões
44. Gastos Públicos em Educação:
2002 - R$ 17 bilhões
2013 - R$ 94 bilhões
2002 - R$ 17 bilhões
2013 - R$ 94 bilhões
45. Estudantes no Ensino Superior:
2003 - 583.800
2012 - 1.087.400
2003 - 583.800
2012 - 1.087.400
46. Risco Brasil (IPEA):
2002 - 1.446
2013 - 224
2002 - 1.446
2013 - 224
47. Operações da Polícia Federal:
Governo FHC - 48
Governo PT - 1.273 (15 mil presos)
Governo FHC - 48
Governo PT - 1.273 (15 mil presos)
48. Varas da Justiça Federal:
2003 - 100
2010 - 513
2003 - 100
2010 - 513
49. 38 milhões de pessoas ascenderam à Nova Classe Média (Classe C)
50. 42 milhões de pessoas saíram da miséria
FONTES:
39/40 - http://www.washingtonpost.com
42 - OMS, Unicef, Banco Mundial e ONU
37 - índice de GINI: www.ipeadata.gov.br
45 - Ministério da Educação
13 – IBGE
26 - Banco Mundial
___________________________
[*] Luiz Alberto de Vianna Moniz Bandeira, mais conhecido como Moniz Bandeira (Salvador, 30 de Dezembro de 1935), é um professor universitário, cientista político e historiador luso-brasileiro, especialista em política exterior do Brasil e suas relações internacionais, principalmente com a Argentina e os Estados Unidos, sendo autor de várias obras, publicadas no Brasil e na Argentina, bem como em outros países.
Formado em Direito, doutorou-se em Ciência Política pela Universidade de São Paulo, com a tese “O papel do Brasil na Bacia do Prata”, posteriormente publicada como livro, com o título A expansão do Brasil e formação dos Estados na Bacia do Prata.
Enquanto estudava Direito no Rio de Janeiro, trabalhou em importantes jornais como o: Correio da Manhã e o Diário de Notícias. Aos 25/26 anos, Moniz Bandeira publicou seus primeiros livros de ensaio político, intitulado “O 24 de Agosto de Jânio Quadros” (1961), sobre a renúncia do presidente Jânio Quadros, e “O Caminho da Revolução Brasileira”, no qual defendeu a tese de que o Brasil já era um país com uma economia capitalista madura, pois estava produzindo e exportanado mais bens industrializados que produtos primários e previu o golpe militar de 1964.
Títulos:
- Doutor em Ciência Política pela Universidade de São Paulo;
- Doutor Honoris Causa pelas Faculdades Integradas do Brasil;
- Bundesverdienst Kreuz (Erster Klasse), (Cruz do Mérito - Primeira Classe), conferida pelo governo da República Federal da Alemanha;
- Grande Oficial da Ordem do Mérito Barão do Rio Branco (Brasil);
- Comendador da Orden de Mayo (Argentina);
- Intelectual do Ano de 2005 pela União Brasileira de Escritores (Prêmio Juca Pato);
- Comendador da Ordem do Mérito Cultural (Brasil).
Obras mais recentes:
- 2005 − Formação do Império Americano (Da guerra contra a Espanha à guerra no Iraque).
- 2004 − As Relações Perigosas: Brasil-Estados Unidos (De Collor a Lula).
- 2003 − Brasil, Argentina e Estados Unidos (Da Tríplice Aliança ao MERCOSUL), também traduzida e publicada na Argentina.
- 2000 – O Feudo – A Casa da Torre de Garcia d’Ávila: da conquista dos sertões à independência do Brasil, Rio de Janeiro, Editora Civilização Brasileira, 601 pp.
- 1999 – Brasil – Estados Unidos no Contexto da Globalização, vol. II (2ª. revista, aumentada e atualizada de Brasil-Estados Unidos: A Rivalidade Emergente, São Paulo, Editora SENAC, 224 pp.
POSTADO POR CASTOR FILHO
http://redecastorphoto.blogspot.com.br/2014/09/o-brasil-real-de-2002-2013.html