quinta-feira, 30 de junho de 2016

Sede do PT, em SP, é atacado duas vezes no mesmo dia pelo mesmo agressor 30/06/2016


Diretório Nacional do PT é atacado mais uma vez!
É o segundo ataque no mesmo dia









Da Agência PT:
Liberado pela PM, agressor retorna à sede do PT e faz novo ataque


Pela segunda vez em um dia, o Partido dos Trabalhadores é alvo de atentado. Emilson Chaves Silva, 38 anos, autor do ataque à sede nacional do partido em SP durante a madrugada desta quinta-feira (30), retornou ao local no começo da tarde, munido de um coquetel molotov - bomba incendiária de fabricação caseira.

Segundo funcionários presentes no local, Silva entrou na sede do partido, atirou a bomba acesa ao chão e saiu correndo em fuga. Felizmente, o artefato não explodiu.

O agressor foi perseguido por policiais militares até a Praça da Sé, onde foi detido e posteriormente conduzido ao 1º Distrito Policial de São Paulo (Sé). Ninguém se feriu.

Mesmo detido, ele seguiu proferindo ameaças contra o partido e seus integrantes.

Ataque na madrugada

Por volta da 1h15 da madrugada Emilson havia destruído a fachada do prédio com golpes de picareta e ameaçado quem estivesse dentro do prédio. Após ser contido pelo segurança de plantão, Silva foi conduzido à delegacia por Policiais Militares e liberado em seguida.

Em post na rede social Facebook, Emilson Chaves Silva assumia a autoria do ataque e dizia que iria continuar a atacar.



O Partido dos Trabalhadores está tomando todas as medidas necessárias para apuração e punição ao responsável pela depredação na sede do partido e das ameaças que verbalizou. As medidas serão tomadas nas esferas criminal e cível.

Vigília na Sede do PT

O Diretório Estadual e o Municipal de São Paulo convocaram para a noite de hoje, quinta-feira (30), uma vigília na sede do partido, a partir das 18h, assim que acabar a perícia que está sendo feita no local.



http://www.conversaafiada.com.br/politica/diretorio-nacional-do-pt-e-atacado-novamente

quarta-feira, 29 de junho de 2016

Começou a “vaquinha” para Dilma viajar pelo país dizendo não ao golpe 29/06/2016




Por Fernando Brito ·




Como disse ontem, abriu-se hoje uma “vaquinha” para pagar os deslocamentos de Presidenta Dilma Rousseff pelo país, combatendo o golpe.

O endereço está aqui: é simples e pode ser feito com o cartão de crédito.

Não peço a ninguém para fazer o que eu não próprio faço: contribuí com R$ 1 mil, parcelado em duas vezes, e mais porei se os anúncios do Google, os únicos que tenho, ajudarem.

Eu, não o blog, para não misturar empresa e financiamento político, porque para me colocar em encrenca o governo do seu Temer vai ter de rebolar, simplesmente porque não me meto nelas.

Que cada um que desejar dê o que possa e se tiver de cancelar sua contribuição para este blog, que cancele, estarei recompensado da mesma forma.

Tem uma hora que a campanha começou, agora ao meio-dia e já chegou a R$ 7 mil.

Cada real ali é uma bofetada no rosto de quem transformou a sua interinidade num exercício de humilhação a quem teve o que ele não tem: voto.

Posto, abaixo, o vídeo de Guiomar Lopes e Maria Celeste Martins, duas mulheres de mais de 70 anos, companheiras de Dilma, um orgulho envelhecer com dignidade e sem afrouxar o garrão, em que explicam porque patrocinam a coleta.

Elas, melhor que eu, podem pedir sua contribuição.





http://www.tijolaco.com.br/blog/comecou-vaquinha-para-dilma-viajar-dizendo-nao-ao-golpe/

quinta-feira, 23 de junho de 2016

Levantamento traz lista de marcas de roupas flagradas com trabalho escravo 23/06/2016






Jornal GGN - Levantamento realizado pela ONG Repórter Brasil traz uma lista de marcas de roupas que foram flagradas explorando trabalho escravo. Em geral, a prática criminosa ocorre em pequenas confecções terceirazadas, boa parte delas com funcionários imigrantes.

A ONG acompanha as fiscalizações de trabalho escravo em confeccções desde 2009, e a lista traz mais de 20 marcas, como a Zara, Renner, Marisa, Pernambucanas, M. Officer, entre outras. Em alguns casos, a fiscalização encontrou trabalho infantil, condições degradantes em alojamentos, proibições de deixar o local de trabalho e indícios de tráfico de pessoas. Confira a lista abaixo:

Do Repórter Brasil
As marcas da moda flagradas com trabalho escravo


Descubra de onde vem a roupa que você compra. A Repórter Brasil reuniu as principais denúncias de escravidão dentro da indústria da moda no país


Algumas das maiores marcas de roupa no Brasil já foram flagradas ao explorar o trabalho escravo contemporâneo. A prática criminosa acontece em pequenas confecções tercerizadas, a maioria com funcionários imigrantes. Descubra como os trabalhadores eram tratados e em que condições a roupa era produzida. A Repórter Brasil acompanha as fiscalizações de trabalho escravo nas confecções desde 2009, quando foi lançado o Pacto Municipal Tripartite Contra a Fraude e a Precarização, e pelo Emprego e Trabalho Decentes em São Paulo, do qual a organização é signatária.
Zara



Em agosto de 2011, equipes de fiscalização trabalhista flagraram, pela terceira vez, trabalhadores estrangeiros submetidos a condições análogas à escravidão produzindo peças de roupa para a Zara, do grupo espanhol Inditex. A equipe registrou contratações ilegais, trabalho infantil, condições degradantes, jornadas de até 16h diárias, cobrança e desconto irregular de dívidas dos salários e proibição de deixar o local de trabalho. Um dos trabalhadores confirmou que a autorização do dono da oficina para sair da casa era concedida apenas em casos urgentes. A investigação se iniciou em outra fiscalização, realizada em maio do mesmo ano. Na ocasião, 52 trabalhadores foram encontrados em condições degradantes.

Saiba mais:
Especial Zara
Zara corta oficinas de imigrantes e será multada por discriminação
Roupas da Zara são fabricadas com mão de obra escrava
Renner

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A Renner foi responsabilizada por autoridades trabalhistas pela exploração de 37 costureiros bolivianos em regime de escravidão contemporânea. O flagrante aconteceu em novembro de 2014 em uma oficina de costura terceirizada localizada na periferia de São Paulo. Os trabalhadores viviam sob condições degradantes em alojamentos, cumpriam jornadas exaustivas e parte deles estava submetida à servidão por dívida. Tais condições constam no artigo 149 do Código Penal Brasileiro como suficientes – mesmo que isoladas – para se configurar o crime de utilização de trabalho escravo. A fiscalização responsabilizou a Renner também por aliciamento e tráfico de pessoas.

Saiba mais:
Fiscalização flagra exploração de trabalho escravo na confecção de roupas da Renner
Marisa

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Em março de 2010, a fiscalização encontrou 16 bolivianos, um deles com menos de 18 anos, e um jovem peruano trabalhando em condições análogas à escravidão na fabricação de peças para a Marisa em uma pequena oficina na cidade de São Paulo. Nenhum dos operadores de máquina tinha carteira de trabalho assinada. Cadernos com anotações dos empregadores indicavam cobranças ilegais de passagens da Bolívia para o Brasil, com a “taxas” e despesas que, segundo a fiscalização, consiste em “fortes indícios de tráfico de pessoas”, além de endividamentos por meio de descontos indevidos. Há registros de salários de R$ 202 e de R$ 247, menos da metade do salário mínimo (na época, R$ 510). A Superintendência Regional do Trabalho e Emprego de São Paulo aplicou 43 autos de infração com passivo total de R$ 633 mil.

Saiba mais:
Escravidão é flagrada em oficina de costura ligada à Marisa
Para AGU, Marisa deve ser incluída na “lista suja” do trabalho escravo
Justiça absolve Lojas Marisa em caso de trabalho escravo
Pernambucanas

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Em abril de 2011, auditores do trabalho flagraram uma confecção, na zona norte de São Paulo, onde 16 pessoas vindas da Bolívia eram explorados em condições de escravidão contemporânea na fabricação de roupas. O grupo costurava blusas da coleção Outono-Inverno da Argonaut, marca jovem da Pernambucanas. No local, a fiscalização constatou a degradação do ambiente, jornada exaustiva de trabalho e servidão por dívida. As vítimas trabalham mais de 60 horas semanais para receber, em média, salário de R$ 400 mensais. Entre elas, duas adolescentes de 16 e 17 anos. Além deste, a Pernambucanas esteve envolvida em outro flagrante em setembro de 2010.

Saiba mais:
Casas Pernambucanas é condenada a multa de R$ 2,5 milhões por trabalho escravo
Trabalho escravo é flagrado na cadeia da Pernambucanas
Rede Pernambucanas esteve envolvida em flagrante anterior
M.Officer

http://reporterbrasil.org.br/wp-content/uploads/2012/07/m-officer-e14484... 150w, http://reporterbrasil.org.br/wp-content/uploads/2012/07/m-officer-e14484... 300w, http://reporterbrasil.org.br/wp-content/uploads/2012/07/m-officer-e14484... 800w, http://reporterbrasil.org.br/wp-content/uploads/2012/07/m-officer-e14484... 1080w" style="border: 0px; vertical-align: bottom; height: 360px; width: 680px;">

Em novembro de 2013, uma ação resgatou duas pessoas produzindo peças da M.Officer em condições análogas à escravidão em uma confecção na região central de São Paulo. Casados, os trabalhadores eram bolivianos e viviam com seus dois filhos no local. A casa não possuía condições de higiene e não tinha local para alimentação, o que obrigava a família a comer sobre a cama, a mesma onde os quatro dormiam. Os trabalhadores tinham de pagar todas as despesas da casa, valor descontado do salário. Em maio de 2014, outra ação libertou seis pessoas de oficina que também produzia para a marca. Todos eram imigrantes bolivianos e estavam submetidos a condições degradantes e jornadas exaustivas. O grupo trabalhava em uma sala apertada sem ventilação, um local com fios expostos ao lado de pilhas de tecido e muita sujeira acumulada.

Saiba mais:
M.Officer é condenada por explorar trabalho escravo
MPT pede que M. Officer seja banida de São Paulo por explorar escravos
Collins

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A Defensoria Pública da União em São Paulo ajuizou ação civil pública contra a empresa de vestuário Collins, envolvida em flagrante de trabalho análogo à escravidão em agosto de 2010. Trata-se da primeira ação coletiva apresentada pelo órgão ao Judiciário trabalhista. “Por falta de defensores, não há como atuarmos também na Justiça do Trabalho. Contudo, quando há uma relação com questões de direitos humanos, como é o caso do tráfico internacional e do trabalho escravo, nós atuamos”, observa Marcus Vinícius Rodrigues Lima, do Oficio de Direitos Humanos e Tutela Coletiva da DPU/SP, que moveu a ação.

Saiba mais:
Justiça reconhece responsabilidade da grife Collins por trabalho escravo
DPU ajuíza ação contra a Collins por trabalho escravo
Le Lis Blanc e Bo.Bô

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Fiscalização realizada em junho de 2013 resultou na libertação de 28 pessoas que produziam peças para a grife Le Lis Blanc em três oficinas clandestinas diferentes, incluindo uma adolescente de 16 anos. Eles recebiam entre R$ 2,50 e R$ 7 por unidade costurada. As peças eram vendidas por até 100 vezes mais. Todos os resgatados eram bolivianos, e alguns estavam aprisionados por dívidas. Além de escravidão, a fiscalização identificou também tráfico de pessoas.

Saiba mais:
Roupas da Le Lis Blanc são fabricadas com escravidão
Fiscalização liberta trabalhadores que produziam roupas para grife Bo.Bô
Donos da Le Lis Blanc e Bo.Bô prometem medidas imediatas
Proprietária terá que pagar R$ 1 milhão em indenizações
Hippychick

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A Hippychick Moda Infantil terceirizou sua produção para uma oficina de costura flagrada explorando trabalho escravo em janeiro de 2013. As condições de trabalho e moradia eram insalubres, havia risco de incêndio. Quatro crianças, uma delas recém-nascida, vivam no local. Nenhum funcionário tinha registro em carteira e a jornada de trabalho era de 12 horas diárias. A marca tinha o selo da Associação Brasileira do Vestuário Têxtil (ABVTEX) de responsabilidade social. O Ministério do Trabalho e o Ministério Público do Trabalho (MPT) investigam a responsabilidade das Lojas Americanas na exploração de mão de obra escrava. Segundo o MPT, a suspeita é de que as peças produzidas pela oficina eram revendidas exclusivamente nas Lojas Americanas com a marca Basic + Kids. Por conta do flagrante, as Lojas Americanas firmaram TAC se comprometendo a melhorar a fiscalização dos seus fornecedores.

Saiba mais:
Após flagrante em fornecedor, Lojas Americanas se comprometem a fiscalizar cadeia produtiva
Confecção de roupas infantis flagrada explorando escravos tinha certificação
Gregory

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Em maio de 2012, no mesmo dia em que a grife de roupas femininas Gregory lançava a sua coleção Outono-Inverno com pompa e circunstância, uma equipe de fiscalização trabalhista flagrava situação de cerceamento de liberdade, servidão por dívida, jornada exaustiva, ambiente degradante de trabalho e indícios de tráfico de pessoas em uma oficina que produzia peças para a marca, na Zona Norte da cidade da capital paulista. O conjunto de inspeções resultou na libertação de 23 pessoas, todas elas estrangeiras de nacionalidade boliviana, que estavam sendo submetidas à condições análogas à escravidão.

Saiba mais:
Fiscalização associa Gregory à exploração de trabalho escravo
Após flagrante de escravidão, Gregory é questionada pelo Facebook
Cori, Emme e Luigi Bertolli

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Na mesma semana que ocorria a São Paulo Fashion Week, em março de 2013, uma fiscalização libertou 28 costureiros bolivianos em condições análogas às de escravos em uma oficina clandestina na zona leste de São Paulo. Submetidos a condições degradantes, jornadas exaustivas e servidão por dívida, eles produziam peças para a empresa GEP, que é formada pelas marcas Emme, Cori e Luigi Bertolli, e que pertence ao grupo que representa a grife internacional GAP no Brasil. O resgate foi resultado de uma investigação do Ministério Público do Trabalho, Ministério do Trabalho e Emprego e Receita Federal.

Saiba mais:
Fiscais flagram escravidão envolvendo grupo que representa a GAP no Brasil
Donos de Cori, Emme e Luigi Bertolli terão que explicar escravidão na Assembléia Legislativa de SP
Diretor do grupo GEP alega ‘traição’ de fornecedores por caso de trabalho escravo
Unique Chic

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Em março de 2014, a fiscalização flagrou exploração de trabalho escravo e tráfico de pessoas em uma oficina localizada na Zona Leste de São Paulo. Entre os 19 trabalhadores libertados estava um adolescente. Todos eram peruanos. A inspeção aconteceu após um deles procurar as autoridades reclamando ter apanhado do empregador. O dono da oficina, que retinha os documentos dos trabalhadores para que eles não fossem embora, foi preso e a empresa Unique Chic foi considerada pelo Ministério do Trabalho e Emprego responsável pela situação a que os imigrantes estavam submetidos.

Saiba mais:
Fiscalização resgata 19 peruanos escravizados produzindo peças da Unique Chic
775


Em novembro de 2010, fiscalização encontrou duas bolivianas em condição de trabalho escravo em Carapicuíba, São Paulo. Atraídas pela tentadora promessa de bons salários, as trabalhadoras fizeram dívidas para atravessar a fronteira. Acabaram obrigadas a enfrentar um cotidiano de violações que incluía superexploração, condições degradantes, assédio e ameaças. A jornada se iniciava às 7h e terminava às 22h, sem horas-extras. Elas costuraram exclusivamente para a marca 775. Essa foi a primeira vez que imigrantes vítimas de trabalho escravo foram resgatados em ações de fiscalização no ambiente urbano.

Saiba mais:
Costureiras são resgatadas de escravidão em ação inédita
Talita Kume

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Um grupo de oito pessoas vindas da Bolívia, incluindo um adolescente de 17 anos, foi resgatado de condições análogas à escravidão pela fiscalização do trabalho em julho de 2012. Além dos indícios de tráfico de pessoas, as vítimas eram submetidas a jornadas exaustivas, à servidão por dívida, ao cerceamento de liberdade de ir e vir e a condições de trabalho degradantes. O grupo costurava para a marca coreana Talita Kume, cuja sede fica no bairro do Bom Retiro, na zona central da capital paulista.

Saiba mais:
Trabalho escravo abastece produção da marca Talita Kume
Donos da Talita Kume podem ser convocados pela CPI do Trabalho Escravo
As Marias

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Em agosto de 2014, doze haitianos e dois bolivianos foram resgatados de condições análogas às de escravos em uma oficina têxtil na região central de São Paulo. O caso foi inédito no setor e no Estado. Os trabalhadores produziam peças para a confecção As Marias fazia dois meses, mas nunca receberam salários e passavam fome. Parte das vítimas foi aliciada em projeto assistencial da Igreja Católica.

Saiba mais:
Fiscalização resgata haitianos escravizados em oficina de costura em São Paulo
Seiki

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Em julho de 2014, na região central de São Paulo, 17 bolivianos foram submetidos a trabalho escravo – entre eles uma adolescente de 15 anos grávida – foram resgatados produzindo para a atacadista Seiki. As jornadas chegavam a 12 horas por dia e os documentos dos trabalhadores haviam sido retidos, caracterizando restrição de liberdade.

Saiba mais:
Adolescente grávida é resgatada de trabalho em condições análogas às de escravos
Atmosfera

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Em fevereiro de 2014, o dono de uma oficina de costura localizada em Cabreúva (SP) tentou vender dois trabalhadores imigrantes como escravos no bairro do Brás, na região central de São Paulo. O proprietário da confecção em questão admitiu ao Grupo Especial de Fiscalização Móvel ter pago a passagem de ambos e mais um terceiro, e afirmou que os apresentou na capital para tentar “ajudá-los” a conseguir outro emprego. A oficina produzia para a Atmosfera, empresa que atende indústrias, hospitais e hotéis, e é considerada uma das principais do setor no país.

Saiba mais:
Fiscalização localiza dono de confecção que tentou vender imigrantes como escravos
‘Se não conhecíamos nada da cidade e da língua, fugiríamos para onde?’, diz imigrante vítima de tráfico de pessoas
Fenomenal

http://reporterbrasil.org.br/wp-content/uploads/2012/07/fenomenal-e14485... 150w, http://reporterbrasil.org.br/wp-content/uploads/2012/07/fenomenal-e14485... 300w" style="border: 0px; vertical-align: bottom; height: 421px; width: 680px;">

Em agosto de 2013, ação realizada em São Paulo pelo Ministério Público do Trabalho, Ministério do Trabalho e Empregoe Polícia Federal encontrou oficina clandestina onde 13 costureiros bolivianos costuravam peças de roupa da Fenomenal. A oficina servia de moradia e refeitório, onde ficavam crianças e bebês, filhos dos trabalhadores. Segundo a procuradora do trabalho que visitou o local, os costureiros eram submetidos a jornadas extensas e vivam em péssimas condições de segurança e saúde: roupas e tecidos obstruindo as passagens, não utilização de equipamentos de proteção individual, cadeiras e máquinas em desconformidade com as regras e condições ergonômicas, instalações elétricas precárias, iluminação insuficiente, exposição a fios, presença de crianças e bebês no local de trabalho.

Saiba mais:
Após flagrante de escravidão, Justiça ameaça bloquear produção de grife Fenomenal
Ação por trabalho escravo na produção de roupas da marca Fenomenal pode ultrapassar um milhão de reais
Gangster

http://reporterbrasil.org.br/wp-content/uploads/2012/07/gangster2-e14485... 150w, http://reporterbrasil.org.br/wp-content/uploads/2012/07/gangster2-e14485... 300w, http://reporterbrasil.org.br/wp-content/uploads/2012/07/gangster2-e14485... 1080w" style="border: 0px; vertical-align: bottom; height: 410px; width: 680px;">

Em março de 2013, trabalhadores em condições análogas às de escravos foram resgatados produzindo peças da Gangster Surf and Skate Wear, confecção paulistana que tem como público-alvo surfistas, skatistas e praticantes de outros esportes radicais. dois bolivianos e um peruano foram resgatados de uma pequena oficina em Guarulhos, São Paulo. Os imigrantes não tinham registro em carteira e cumpriam jornada exaustiva: das 7h30 às 20hs.

Saiba mais:
Fiscalização flagra escravidão na produção de roupas para skatistas e surfistas
IBGE


Vencedora da licitação dos 230 mil coletes deixou quase toda a produção (99,12%) para terceiros. Um deles, que não tinha nem registro básico, repassou parte da demanda para oficina que mantinha trabalho escravo. O flagrante ocorreu em outubro de 2010.

Saiba mais:
Escravizados produziram coletes de recenseadores do IBGE
BROOKSFIELD DONNA

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Cinco bolivianos foram encontrados em condições análogas à escravidão em uma oficina quarterizada da Brooksfield Donna, marca de luxo do grupo Via Veneto. Entre eles, estava uma adolescente de 14 anos. Eles trabalhavam mais de 12 horas por dia e viviam em condições degradantes. A empresa se recusou a prestar qualquer tipo de auxílio aos trabalhadores, o que, segundo os auditores fiscais, os deixou em uma “situação famélica”.

http://jornalggn.com.br/noticia/levantamento-traz-lista-de-marcas-de-roupas-flagradas-com-trabalho-escravo

terça-feira, 21 de junho de 2016

Aumento do “tetão” beneficia Temer e mais 559 no Executivo 21/06/2016



Por Fernando Brito ·




Hoje no blog do Fernando Rodrigues, com apuração do repórter André Shalders, há um levantamento de quantos serão, no Poder Executivo, os beneficiários do aumento do teto remuneratório, abençoado e aplaudido por Michel Temer, e que vai atingir milhares de juízes e promotores.

São 660 felizardos, ou 0,1% do total de servidores públicos federais.

“O presidente interino Michel Temer e outros 659 servidores do Executivo serão beneficiados com R$ 1,99 milhão de reais a mais, por mês, caso o Senado confirme o aumento no teto salarial do funcionalismo público”.(…)

Apenas 660 pessoas –uma fração dos 626.485 servidores públicos do Executivo– será beneficiada com o aumento indireto. O reajuste médio será de R$ 3 mil mensais. Desse grupo, 370 servidores terão os salários aumentados em R$ 5,5 mil no dia 1º de janeiro de 2017, quando o novo teto entrar em vigor, se for aprovado pelo Senado.”

Temer é procurador aposentado do Estado de São Paulo e, por isso, a soma dos seus vencimentos não pode ultrapassar o vencimento de um ministro do Supremo.

Se o “tetão” do Judiciário passar de pouco mais dos atuais R$ 33 mil para os R$ 39 mil do novo vencimento dos ministros do TSE, Temer passa a ganhar, diz Fernando Rodrigues, teria um acréscimo de R$ 5.530 no salário bruto.

Óbvio que R$ 5,5 mil não são a razão de Temer querer o poder.

Mas é simbólico do sentido moral do pensamento de quem está no poder.






http://www.tijolaco.com.br/blog/aumento-do-tetao-beneficia-temer-e-mais-559-no-executivo/

Pagando-se o golpe: Meirelles diz que acordo com estados terá impacto de R$ 50 bilhões 21/06/2016


Meirelles diz que acordo com estados terá impacto de R$ 50 bilhões




Jornal GGN - De acordo com o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, o acordo para alongara a dívida dos estados com a União terá impacto de R$ 50 bilhões nos próximos três anos. Meirelles também disse que o custo, neste ano, será de R$ 20 bilhões, já previsto na estimativa de deficit fiscal enviada ao Congresso, de mais de R$ 170 bilhões.

O acordo para refinanciar a dívida foi anunciado ontem (20), e prevê carência nas parcelas até dezembro. A partir de janeiro, as prestações terão descontos, que serão progressivamente reduzidos até julho de 2018. Meirelles afirmou que não há "perdão de dívida", e sim um reescalonamento.

Sobre o estado do Rio de Janeiro, que decretou estado de calamidade pública na semana passada, Meirelles afirmou que haverá uma "solução complementar" para o estado, sem antecipar valores do socorro que será dado para o governo fluminense.

Da Agência Brasil
Acordo com estados terá impacto de R$ 50 bilhões em três anos, diz Meirelles


O acordo para o alongamento da dívida dos estados com a União, firmado hoje (20), terá impacto de R$ 50 bilhões nos próximos três anos. Segundo o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, em 2016 o custo da negociação será R$ 20 bilhões e para 2017 e 2018, R$ 15 bilhões em cada ano.

Para este ano, segundo o ministro, o impacto está previsto na reestimativa de deficit de R$ 170,5 bilhões enviada ao Congresso Nacional pelo governo. “O custo será de R$ 20 bilhões, em 2016, que está de acordo com as estimativas que foram feitas por ocasião do cálculo e da previsão do déficit de 2016”.

O ministro ressaltou que o acordo não é um perdão das dívidas, mas sim reescalonamento. “É uma revisão até o final do contrato e isso será pago no restante do contrato. Não há perdão de divida”.

Com o acerto, o ministro disse que o Supremo Tribunal Federal será comunicado. “Será informado ao Supremo que foi cumprida a determinação que dever-se-ia procurar um acordo entre a União e o estado. Isso foi feito e, portanto, atendeu-se a determinação do acordo entre as partes”.


São Paulo

Maior economia do país e dono da maior dívida entre os estados, São Paulo terá a parcela da dívida reduzida em R$ 400 milhões até dezembro, acima do limite de R$ 300 milhões concedido pela União aos estados no período. Assim, o estado pagará R$ 900 milhões até janeiro.

“Houve um acordo com São Paulo na medida em que a dívida do estado, em virtude do tamanho e da dimensão da sua economia, é muito maior do que os outros estados. O estado concordou em limitar esse desconto inicial que prevalece no mês de julho a R$ 400 milhões. O que significa que do total de R$ 1,3 bilhão pagos pelo estado de São Paulo, no primeiro momento, ele pagará R$ 900 [milhões]. Significa que é, percentualmente, um desconto menor, mas, em termos numéricos, é o maior desconto, evidentemente, porque é o maior pagador”.

Rio de Janeiro

O ministro da Fazenda disse que a situação do Rio de Janeiro, que decretou estado de calamidade pública na sexta-feira (17), não foi discutida na reunião com todos os governadores e será debatida, ainda hoje, a parte. Apesar de não antecipar o montante do socorro que será dado ao estado, Meirelles disse que haverá “uma solução complementar” para o Rio de Janeiro.

“A questão do Rio de Janeiro e o equacionamento da questão da dívida do Rio a parte complementar, em virtude da existência esse ano da Olimpíada e do fato de que todos os estados entenderam e foram solidários a se ter uma solução complementar para viabilizar a questão da Olimpíada e pelo fato de que o Rio de Janeiro decretou o estado de calamidade pública em decorrência da crise financeira. Isso, portanto, demanda uma ação específica para atender a esse estado de calamidade e não seria razoável que isso ocorresse e viesse a impedir as Olimpíadas. Todos os estados entenderam, foram solidários e vamos concluir as tratativas e as medidas adequadas que serão anunciadas em seguidas”.



http://jornalggn.com.br/noticia/meirelles-diz-que-acordo-com-estados-tera-impacto-de-r-50-bilhoes#comments

Centrais sindicais se unem contra propostas do governo interino 21/06/2016






Jornal GGN - Sete centrais sindicais pretendem se unir contra propostas apresentadas pelo governo do presidente interino Michel Temer (PMDB), como a reforma da previdência, o aprofundamento da terceirização e a flexibilização de direitos trabalhistas. Nesta segunda (20), audência pública promovida pela Comissão de Direitos Humanos em Porto Alegre mostrou a unidade das centrais, que irão se mobilizar em defesa dos direitos sociais e trabalhistas e contra a chamada "Ponte para o Futuro", pacote de propostas elaborado pelo PMDB.

A audiência na capital gaúcha reuniu representantes da Central Única dos Trabalhadores (CUT), Centra dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), Intersindical, CSP Conlutas, Nova Central Sindical, União Geral dos Trabalhadores (UGT) e até da Força Sindical. Paulo Paim (PT-RS), presidente da Comissão de Direitos Humanos no Senado, apontou a mudança na idade para aposentadoria, a desvinculação entre o salário mínimo e o reajuste da aposentadoria e a proposta de privilegiar o negociado sobre o legislado como graves ameças aos direitos trabalhistas e sociais.

O senador rebateu a ideia de que a Previdência está falido e de que seria preciso retirar direitos para recuperar a economia brasileira. “Se cobrassem os que mais devem à União, teríamos cerca de R$ 1,5 trilhão em recursos", afirmou Paim, relembrando que, em 2014, a sonegação atingou R$ 500 bilhões e, no primeiro semestre de 2015, chegou a R$ 258 bilhões.

Do Sul 21
Sete centrais sindicais se unem contra propostas para alterar Previdência e CLT


As propostas apresentadas pelo governo interino de Michel Temer (PMDB) para reformar o sistema de previdência social, aprofundar o processo de terceirização no país e flexibilizar direitos trabalhistas, incluindo a própria Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), conseguiram um feito inédito: unificar sete centrais sindicais na luta contra essa agenda. Promovida pela Comissão de Direitos Humanos do Senado Federal, a audiência pública realizada nesta segunda-feira (20), em Porto Alegre, evidenciou essa unidade que promete se transformar em mobilização e ações comuns em defesa de direitos sociais e trabalhistas e contra as propostas que integram a “Ponte para o Futuro”, documento elaborado pelo PMDB que contem as diretrizes gerais do que seria um governo Temer.


A audiência pública organizada pelo mandato do senador Paul Paim (PT-RS), presidente da Comissão de Direitos Humanos do Senado, reuniu representantes da Central Única dos Trabalhadores (CUT), Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), Intersindical, CSP Conlutas – Central Sindical e Popular, Força Sindical, Nova Central Sindical e da União Geral dos Trabalhadores (UGT), na Casa do Gaúcho, que ficou lotada para o encontro que debateu algumas das principais ameaças que pairam hoje sobre direitos sociais e trabalhistas. O senador Paulo Paim apontou como três dessas principais ameaças, as mudanças na idade para aposentadoria – especialmente para as mulheres, que passariam a se aposentar com 65 anos -, a desvinculação entre o salário mínimo e o reajuste da aposentadoria do regime geral, e a proposta do privilégio do negociado sobre o legislado.


Pressão popular

Paim reconheceu que a correlação de forças, hoje, no Congresso Nacional, é desfavorável aos trabalhadores, mas que esse quadro pode ser alterado pela pressão popular. O senador lembrou as audiências públicas sobre o projeto das terceirizações, realizadas em 27 estados da Federação e anunciou que pretende reeditar esses encontros para debater as ameaças que pairam sobre direitos sociais e trabalhistas. Paim rechaçou a tese dos que afirmam que a Previdência está falida e que é preciso retirar direitos dos trabalhadores para recuperar a economia do país. “Se cobrassem os que mais devem à União, teríamos cerca de R$ 1,5 trilhão em recursos. Em 2014, a sonegação no Brasil chegou a R$ 500 bilhões e somente no primeiro semestre de 2015, atingiu R$ 258 bilhões”, assinalou.

Representando a CUT, Quintino Severo apontou duas tarefas para a atual conjuntura: “enfrentar o desmonte do Estado brasileiro pelo governo golpista de Michel Temer e enfrentar as proposta de reformas que retiram direitos da classe trabalhadora”. Na mesma linha, Sérgio de Miranda, da CTB, destacou que não se faz crescimento nem desenvolvimento retirando direitos da classe trabalhadora e desmontando ministérios responsáveis por políticas públicas muito importantes para o povo brasileiro. “Além de desmontar o Ministério da Previdência, Temer acabou com outro ministério importante para os trabalhadores, o Ministério do Desenvolvimento Agrário, que também foi transformado em um puxadinho”. Oniro Camilo, da Nova Central Sindical, acrescentou que os ataques se estendem também ao Sistema Único de Saúde (SUS) e ao sistema de segurança pública, com claras intenções privatizadoras.

Greve geral

Altemir Cozer, da CSP Conlutas, defendeu a realização de uma greve geral como único meio de barrar a ofensiva do governo Temer sobre os direitos sociais e trabalhistas. As propostas apresentadas por Temer, assinalou, não representam um ataque isolado, mas são parte de uma ofensiva mundial contra os trabalhadores. “Não há como barrar esses ataques sem uma greve geral e, para isso, precisamos ter unidade de ação e construir uma frente única para enfrentar o governo golpista de Temer”, enfatizou Cozer. Neiva Lazzarotto, da Intersindical, também defendeu a necessidade de unidade entre os trabalhadores para resistir à agenda da Ponte para o Futuro e impedir os retrocessos que ela carrega.

Coordenador da recém-lançada Frente Parlamentar Gaúcha em Defesa da Previdência Social Rural e Urbana, o deputado estadual Altemir Tortelli (PT) definiu a audiência pública desta segunda-feira como “o início de uma grande caminhada de mobilização e luta”. “Essa reforma não é para melhorar a Previdência, mas sim para resolver o problema da crise neoliberal”, resumiu. Carmen Izabel Centena Gonzalez, desembargadora do Tribunal Regional do Trabalho da 4ª Região, manifestou-se contra a proposta do privilégio do negociado sobre o legislado, lembrando que a CLT representa um patamar de direitos mínimos e que acordos e convenções de trabalho devem trazer vantagens para os trabalhadores tomando como ponto de partida esses direitos básicos. A desembargadora assinalou ainda que os ataques que vêm sendo desferidos à Justiça do Trabalho, que sofreu um significativo corte de recursos, fazem parte do mesmo pacote de ataques aos direitos dos trabalhadores.

rceirizações e política do salário mínimo

O corte de orçamento da Justiça do Trabalho foi lembrado também por Rogério Uzun Fleischmann, Procurador-Chefe do Ministério Público do Trabalho no Rio Grande do Sul, como parte de um ataque muito bem articulado contra os direitos trabalhistas. Fleischmann apontou o projeto que amplia o processo de terceirizações no país como um dos mais perigosos da agenda defendida pelo governo interino de Michel Temer. “A esmagadora maioria de trabalhadores resgatados de situações análogas a de trabalho escravo são terceirizados”, lembrou.

Ministro do Trabalho e da Previdência Social durante o governo Dilma, Miguel Rossetto destacou o Regime Geral da Previdência Social como o grande seguro previdenciário dos trabalhadores brasileiros. Em março de 2016, exemplificou, foram concedidos 33 milhões de benefícios, em suas diferentes modalidades, em todo o país. Só no Rio Grande do Sul, acrescentou, foram mais de 2,5 milhões de benefícios. O orçamento da Previdência Social para 2016, assinalou ainda Rossetto, é de R$ 500 bilhões. “Esses irresponsáveis golpistas destroem o Ministério da Previdência Social, que é uma expressão de uma conquista democrática do povo brasileiro. Somente nos últimos 11 anos, cerca de 30 milhões de brasileiros ingressaram neste sistema de proteção social”.

Para Rossetto, um dos temas fundamentais do golpe é acabar com a vinculação do salário mínimo com o piso previdenciário. Hoje, cerca de 22,5 milhões recebem o piso previdenciário, equivalente a um salário mínimo. Nos últimos 13 anos, lembrou Rossetto, a política de valorização do salário mínimo assegurou um aumento de 77% acima da inflação. O ex-ministro criticou a postura do ministro interino da Casa Civil, Eliseu Padilha, que prometeu a empresários alterações na CLT. “Quando se fala em modernizar a CLT estão falando, na verdade, em rasgar a CLT. Não há nada a renunciar aí. Esses direitos representam um piso mínimo. Com que dinheiro, o ministro golpista Eliseu Padilha entrega os direitos dos trabalhadores de bandeja aos empresários?” – questionou.



http://jornalggn.com.br/noticia/centrais-sindicais-se-unem-contra-propostas-do-governo-interino

Maiores devedores tributários do Brasil somam R$ 272 bi em dívidas 21/06/2016




Levantamento feito pela Advocacia-Geral da União mostra que os 135 maiores devedores no Brasil, entre pessoas físicas e jurídicas, têm débitos que equivalem a 20% de toda a dívida ativa da União e cobriria o déficit fiscal previsto para este ano (R$ 170 bilhões) com sobra de R$ 82 bilhões; em análise com as 20 maiores devedoras, a Varig e a Vasp despontam como as maiores inadimplentes previdenciárias e ao Fundo de Garantia por Tempo de Serviços





Por Brenno Grillo, do Consultor Jurídico

Levantamento feito pela Advocacia-Geral da União mostra que os 135 maiores devedores no Brasil, entre pessoas físicas e jurídicas, têm débitos que, juntos, somam R$ 272,1 bilhões. Segundo a AGU, o montante equivale a 20% de toda a dívida ativa da União e cobriria o déficit fiscal previsto para este ano (R$ 170 bilhões) com sobre de R$ 82 bilhões.


Os números foram obtidos pelo sistema e-CAC, da Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional (PGFN). Estão fora da conta os débitos com exigibilidade suspensa ou que figurem em ações ajuizadas para discutir obrigação tributária.

Os setores que mais concentram dívidas tributárias são os da indústria de transformação (27,4% de todo o débito) e as empresas de comércio e reparação de veículos (23,59% da dívida). Para a PGFN, a divisão por segmento econômico expõe o prejuízo resultante da sonegação fiscal ao Estado e à livre concorrência, além das vantagens indevidas de algumas empresas graças à acumulação de débitos.

20 mais

Em análise com as 20 maiores devedoras, a Varig e a Vasp despontam como as maiores inadimplentes previdenciárias e ao Fundo de Garantia por Tempo de Serviços. As duas devem R$ 3,6 bilhões e R$ 1,7 bilhões à Previdência Social, e R$ 419 milhões e 141 milhões ao FGTS, respectivamente.

Ainda em relação ao FGTS, depois das duas companhias aéreas, estão a Sociedade Universitária Gama Filho, a TV Manchete e a Eletropaulo (fornecedora de energia paulistana). Os débitos são de R$ 94 milhões, R$ 92 milhões e R$ 84 milhões, respectivamente. A dívida consolidada dos 20 maiores devedores ao fundo totaliza R$ 1,6 bilhão.

Outros que também aparecem na lista de devedores de FGTS o clube esportivo Botafogo (R$ 49 milhões), do Rio de Janeiro; o Jornal do Brasil (R$ 47 milhões); a Gazeta Mercantil (R$ 44 milhões) e a cidade de Cruzeiro, em São Paulo, (R$ 36 milhões).

Em relação às dívidas previdenciárias — que somam R$ 14,7 bilhões entre os 20 primeiros da lista — estão entre os maiores devedores, depois de Varig e Vasp, a empresa Águas e Esgotos do Piauí (R$ 629 milhões), que é de economia mista; a Companhia de Saneamento Ambiental do Maranhão (R$ 532 milhões); o frigorífico Marfrig (R$ 500 milhões); e a empreiteira Mendes Júnior (R$ 392 mlhões), que está envolvida nas investigações da operação “lava jato”.

Nem previdência nem FGTS

Em outro recorte feito pela AGU, que exclui dívidas com a Previdência Social e o FGTS, os 20 maiores devedores têm uma dívida de R$ 134 bilhões. Os dois primeiros da lista — que representam 37% desse total — são a Carital Brasil (R$ 25 milhões) e a Padma Industria De Alimentos (24 milhões). A Vasp e a Varig também aparecem nesta lista, devendo R$ 6,4 bilhões e R$ 4,7 bilhões, respectivamente.



http://www.brasil247.com/pt/247/economia/239388/Maiores-devedores-tribut%C3%A1rios-do-Brasil-somam-R$-272-bi-em-d%C3%ADvidas.htm

segunda-feira, 20 de junho de 2016

Nordeste brasileiro tem maior eficiência do mundo em energia eólica 20/06/2016





Jornal GGN – A energia eólica já é responsável por mais de 30% do abastecimento no nordeste. Na região de Icaraí de Amontoada, os parques eólicos estão entre os mais eficientes do mundo. Pela intermitência característica da fonte, na média mundial, parque eólicos produzem por ano 25% de sua capacidade instalada. As 31 torres que compõem o parque eólico de Amontoada produzem 56% da capacidade anual.

Por conta dos ventos fortes e constantes, o nordeste brasileiro é tratado como uma das maiores fronteiras eólicas do mundo. O Brasil já ocupa a 10ª posição entre os países com maior capacidade instalada. Até 2008, a potência do parque brasileiro era de 27 megawatts (MW). Agora, já atingimos a marca de 9,7 mil MW, volume suficiente para abastecer 45 milhões de habitantes.

Das 5.141 turbinas instaladas no país, 82% estão no nordeste. De acordo com a Associação Brasileira de Energia Eólica, nos próximos três anos, os investimentos em novos parques deve chegar a R$ 40,8 bilhões. De acordo com a presidente da entidade, Elbia Gannoum, cada megawatt de capacidade instalada representa 15 postos de trabalho na cadeia produtiva. Considerando que entre 2017 e 2019 estão previstos mais 6,8 mil MW de potência, o setor pode gerar 102 mil postos de trabalho.

Do Estadão

Energia eólica já abastece mais de 30% do Nordeste

Por Renée Pereira

O vento forte que não para de soprar fez da pequena Icaraí de Amontada, na costa oeste do Ceará, uma ilha de usinas eólicas. Elas geram energia elétrica usando a força dos ventos. Ali, para qualquer lado que se olhe, modernas e gigantescas torres de quase 150 metros de altura - do tamanho de um prédio de 42 andares - destoam do cenário rústico da antiga vila de pescadores, com suas dunas, praias e lagoas. Reduto de atletas estrangeiros praticantes de kitesurf e windsurf, a comunidade, de 2,4 mil habitantes, entrou para a lista dos melhores ventos do Brasil e ajudou a elevar a participação da energia eólica para mais de 30% do consumo do Nordeste.

Os parques instalados na região de Amontada estão entre os mais eficientes do planeta. Enquanto no mundo, as usinas eólicas produzem, em média, 25% da capacidade anual, no Complexo de Icaraí esse porcentual é mais que o dobro. As 31 torres que compõem o parque produzem 56% da capacidade anual. Para ter ideia do que isso significa, nos Estados Unidos, esse indicador é de 32,1%; e na Alemanha, uma das maiores potências eólicas do mundo, de 18,5%. "O vento no Nordeste é muito diferenciado", afirma Luciano Freire, diretor de engenharia da Queiroz Galvão Energia, dona do complexo eólico de Icaraí.

É por causa da qualidade desse vento - forte e constante - que o Nordeste despontou como uma das maiores fronteiras eólica do mundo. Hoje, os parques em operação na região são responsáveis pelo abastecimento de boa parte da população local de 56 milhões de pessoas.

Não é difícil entender a rápida expansão das eólicas no Brasil. Em 2008, com a crise internacional, o consumo mundial de energia despencou, paralisou uma série de projetos e deixou as fábricas ociosas. Em busca de demanda, elas desembarcaram no Brasil - onde o uso da energia crescia a taxas de dois dígitos - e derrubou o preço das eólicas, até então caras por aqui. A partir de 2009, com leilões dedicados à essa fonte de energia, os investimentos decolaram. De lá pra cá, o setor recebeu R$ 67 bilhões, segundo dados da Associação Brasileira de Energia Eólica (Abeeólica).

Esse montante colocou o País na 10ª posição entre as nações com maior capacidade instalada do mundo. Foi um grande avanço. Até 2008, a potência do parque eólico brasileiro era de 27 megawatts (MW). No mês passado, alcançou a marca de 9,7 mil MW, volume suficiente para abastecer mais de 45 milhões de habitantes. No total, são 5.141 turbinas instaladas Brasil afora. Cerca de 82% delas estão no Nordeste.

Conta

Os moradores de Icaraí de Amontada ainda se fazem algumas perguntas. Questionam o impacto que as usinas podem causar à região no decorrer dos anos e não entendem por que continuam pagando uma conta de luz tão alta se os parques eólicos estão praticamente no seu quintal. "Deveríamos ter energia elétrica de graça", afirma Raimunda Alves dos Santos, que paga R$ 180 por mês de luz.

Entre os moradores, essa é uma reclamação recorrente. É difícil compreender por que uma energia produzida com o vento - que é de graça - pode ser tão cara. Se eles fizessem essa pergunta às empresas geradoras, teriam como resposta uma explicação complexa, que envolve toda a estrutura do setor. "O Brasil funciona como um sistema único, a precificação é nacional e não regional", diz a presidente da Associação Brasileira de Energia Eólica (Abeeólica), Elbia Gannoum.

Em outras palavras, significa dizer que todos os custos do setor são divididos entre todos os consumidores do País. Para a eólica começar a fazer diferença na conta de luz dos nordestinos, é necessário que ela ganhe participação não só na região, mas em todo o País.

Com alguns raros projetos de Pequenas Centrais Hidrelétricas (PCH) em desenvolvimento no Estado de Pernambuco e sem potencial para grandes hidrelétricas, a vocação do Nordeste tem se inclinado cada vez mais para a energia eólica. Segundo Elbia Gannoum, até 2020, a participação da energia do vento na matriz elétrica brasileira vai saltar dos atuais 6% para 20% da capacidade instalada. No Nordeste, essa participação será ainda maior, de 30%. Em termos de consumo, a fonte será capaz de atender cerca de 70% da carga da região em alguns momentos do dia.

Nos próximos três anos, diz Elbia, o volume de investimentos em novos parques será de R$ 40,8 bilhões. Ela destaca que cada megawatt de eólica instalado cria 15 postos de trabalho em toda cadeia produtiva, desde o canteiro de obras até a fabricação de pás, aerogeradores e torres. Seguindo o cálculo da Abeeólica e considerando que entre 2017 e 2019 estão previstos mais 6,8 mil MW de potência, o setor pode gerar 102 mil postos de trabalho.



http://jornalggn.com.br/noticia/nordeste-brasileiro-tem-maior-eficiencia-do-mundo-em-energia-eolica

MBL, heróis com pés de barro 20/06/2016



Documentos exclusivos revelam patrimônio obscuro e ligações de políticos corruptos com líderes de protestos
por Henrique Beirangê — publicado 20/06/2016 05h01


Valter Campanato/Agência Brasil


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Um dos protagonistas das manifestações pró-impeachment, o Movimento Brasil Livre ganhou fama e, soube-se recentemente, dinheiro. Em uma mobilização formada em sua maioria por cidadãos brancos e acima dos 50 anos, os integrantes do MBL tornaram-se símbolos de uma nova geração “apartidária, ética e politizada”. O viés antiesquerdista e antipetista tornou os jovens ainda mais simpáticos à direita ansiosa em retomar o poder no Brasil.

Nos últimos tempos, acumulam-se evidências de que os integrantes do MBL não são exatamente os heróis emulados por uma parte da mídia. Estão longe de ser apartidários (um de seus líderes admitiu que o grupo recebeu apoio financeiro do PSDB, partido mais interessado em derrubar a presidenta Dilma Rousseff) ou mesmo ético.

Uma investigação de CartaCapital na cidade de origem do movimento, Vinhedo, cidade de 70 mil habitantes na região metropolitana de Campinas (SP), revela que no próprio quintal a turma do MBL não hesita em adotar as velhas práticas criticadas nas manifestações “contra a corrupção”.

Em Vinhedo, a origem do MBL confunde-se com o poder do ex-prefeito Milton Serafim, do PTB. Eleito quatro vezes para comandar a cidade, Serafim acabou condenado a 32 anos de prisão por receber propina em troca da facilitação de licenças de loteamentos. Renan Santos, alvo de dezenas de processos na JustiçaDe acordo com o Tribunal de Contas de São Paulo, até mesmo a famosa festa da uva da cidade apresentou diferença na prestação de contas de gastos da prefeitura sob sua gestão. Em 2002, dos 162 mil reais gastos, apenas 41 mil tiveram as despesas comprovadas. As falcatruas, segundo a Justiça, não param por aí.

Em abril deste ano, Serafim também foi condenado por envolvimento com a máfia dos sanguessugas. O esquema retirou cerca de 110 milhões de reais dos cofres públicos em desvios de recursos da compra de ambulâncias. Na conta, mais dois anos de prisão. Assim como em todas as acusações das quais é alvo, o ex-prefeito se diz inocente e objeto de perseguições.

O petebista recorre em liberdade da condenação por recebimento de propinas na liberação de loteamentos na cidade, mas se viu obrigado a renunciar à prefeitura em 2014. Quem assumiu o comando foi o vice, Jaime Cruz, do PSDB. Cruz nunca escondeu sua amizade de longa data com Serafim. Em um vídeo daquele ano, afirma que o ex-prefeito “sempre será um homem livre para nos comandar”.

O tucano parece entender bem a situação do petebista. No início deste ano, Cruz foi acusado de participação num esquema de superfaturamento da merenda escolar na cidade. Imagina-se que o MBL, combatente da corrupção, denuncie os desmandos de Serafim e Cruz, certo? Errado.

O atual prefeito tem o apoio fiel de dois fundadores do movimento, os irmãos Renan, coordenador nacional, e Alexandre Santos. A dupla costuma frequentar a Câmara de Vereadores não para pedir investigações a respeito do tucano e de seu antecessor, mas para ameaçar os parlamentares de oposição.

Chegaram ao ponto de insultos a quem denuncia qualquer aliado da atual administração. Renan Santos aparece em várias fotos ao lado de Cruz e do prefeito condenado.

A Justiça Federal chegou a determinar o bloqueio de bens do prefeito, frequentemente fotografado com integrantes da Juventude do PSDB. Na liminar, o juiz Renato Camargo Nigro afirma: “E mesmo que não fosse assim, celebrar contratos com até 411% de sobrepreço para a aquisição de bens (gêneros alimentícios), neste primeiro momento tem-se que não há como falar em mera inépcia administrativa”.

E prossegue: “Há no caso indícios veementes de frustração à licitude do processo licitatório, mediante o direcionamento do certame (...) ao que indicam os elementos dos autos, por ora, vislumbra-se haver má-fé, dolo, vontade livre e consciente de angariar vantagens indevidas em detrimento do bem público”.

Quando era secretário de Educação e ocupava a pasta-alvo da investigação, Cruz saiu em defesa das compras que, segundo o MP, deu prejuízo de ao menos 17 milhões aos cofres municipais. Durante sessão na Câmara de Vereadores, alegou que o objetivo da reformulação do cardápio foi dar “qualidade às refeições das nossas crianças”. Dono de jornal apoiador do MBL é preso com drogas; pai de Rubinho, denunciado pelo MP

Outro integrante do grupo é Rubinho Nunes, filho do vereador Rubens Nunes, denunciado por venda de produtos falsificados em 2000. Recentemente, Nunes pai comprou um terreno de 250 metros quadrados em um dos condomínios mais caros da cidade.

Declarou ter pago 100 mil reais. Ergueu no terreno uma casa imponente. Segundo corretores da região, o imóvel custa ao menos 1 milhão de reais. O vereador não mora no local. Pelo menos é o que dizem registros oficiais na Câmara de Vinhedo. Sua residência fica em outro condomínio fechado da cidade.

Em meio à crise econômica, Nunes pai prosperou. Em 2012, havia declarado à Justiça Eleitoral um patrimônio de 220 mil reais. Antes de se tornar presidente da Câmara local, o político vivia em uma casa simples no bairro Três Irmãos.

Na declaração ao TRE, algumas informações prestadas do patrimônio já chamavam a atenção. Informados como prédios residenciais, dois dos imóveis estão listados nos valores de 20 mil e 80 mil reais, embora um deles localizados em área nobre da cidade.

A ligação do vereador com os líderes do MBL rendeu até mesmo homenagens na Câmara. Nunes assinou uma moção de aplausos ao grupo, pedindo que o coordenador nacional, Renan Santos, fosse comunicado da ação no Legislativo local.

Enquanto isso, Nunes filho é um dos militantes mais ativos do MBL. Advogado, lançou sua candidatura à prefeitura da cidade pelo PMDB e costuma ser bem atuante nas redes sociais. Fã do ex-candidato a presidente da República Enéas Carneiro, defensor da aquisição de armas nucleares pelo Brasil, teve de prestar depoimento a respeito do comportamento do grupo na internet.

Por conta de suas declarações e das postagens ofensivas do movimento, foi convidado a depor na CPI dos Crimes Cibernéticos. No interrogatório, mostrou-se indignado com o convite: “A CPI tem de ir atrás é de estelionatários”. Uma pergunta do deputado Jean Willys, do PSOL, parece, no entanto, ter incomodado o militante do MBL.

O parlamentar quis saber se ele era sócio de José Luiz Gugelmin, autor de um pedido de cassação de vereadores da cidade que investigam a atual administração. Nunes filho negou: “Desafio qualquer pessoa a mostrar que somos ou fomos sócios”.

Não foi difícil comprovar a relação. A Wayback Machine é uma ferramenta criada para recuperar dados apagados da internet. Entre 2008 e 2013, mostra o rastreamento, Nunes filho foi sócio do escritório Francisco Carvalho Advogados. Gugelmin figura no mesmo quadro societário até 2012.

Enquanto Nunes filho tenta promover os aliados políticos do pai acusados de corrupção, Renan Santos, o irmão e familiares especializaram-se em negócios estranhos. As empresas da família respondem a uma série de ações judiciais. A atividade de alguns desses empreendimentos chama a atenção. Santos, enrolado com o Fisco, Holiday, que diz ter orgulho de ser 'negro de direita', Kataguiri, o 'articulista' da Folha, e Rubinho Nunes em candidatura a prefeito pelo PMDB

A Portex Comércio de Esquadrias de Metal, anteriormente chamada Braido Silva e Filhos Ltda. e ainda RDC Solutions Comercial LTDA., e também Pereira e Marcondes Ltda, oferece uma gama de serviços. Sediada em Jundiaí, cidade próxima a Vinhedo, a companhia continua com registro ativo na Receita Federal.

Segundo a Junta Comercial, a Portex presta serviços de incorporação de empreendimentos imobiliários, comércio de produtos siderúrgicos e atacadista de materiais de construção. Embora atue em tantos segmentos, a sede fica em um imóvel servido por uma portinhola.

Na entrada, um cartaz pede para a correspondência ser entregue em um modesto bazar ao lado. Renan deixou a sociedade e Alexandre é o principal sócio de um empreendimento com capital de 400 mil reais. No bazar, ninguém soube dizer quem são os irmãos. “Nem conheço. Sempre tá fechado. Empresa dentro da casa, só se for.”

As sucessivas mudanças no quadro societário também despertam a atenção. Uma das parceiras, até 2012, foi a RSA Administradora de Bens LTDA. Com endereço em uma cidade pobre do interior da Bahia, Simões Filho, a empresa está registrada em uma rua na qual nada mais há do que casas humildes. Em Simões Filho, ninguém nunca ouviu falar da RSA ou dos irmãos Santos.

Eles operam e entendem de várias áreas no amontoado de empresas que coordenam. Lâmpadas, materiais elétricos, viagens, turismo, distribuição e logística, esquadrias e materiais metálicos, estamparia, metalurgia, filmagens, construção civil, panificadora, engenharia etc.

A trajetória obscura dos negócios dos irmãos não fica nada a dever ao nascimento do MBL. Em 2014, cerca de dez jovens deram início a um movimento chamado “Renova Vinhedo”. Abraçados a “novas bandeiras”, apresentavam-se como “jovens e em geral fora da política”, que traziam “soluções mais modernas e de outros países”. Assim Renan Santos apresentou em vídeo o “Renova Vinhedo”.

Quanta mudança. Recentemente, o coordenador nacional do MBL foi flagrado em um áudio no qual admite que o movimento recebeu dinheiro do PSDB, PMDB, DEM e Solidariedade, todos com integrantes envolvidos na Lava Jato, para organizar manifestações contra Dilma Rousseff e o PT.


PMDB e MBL, de mãos dadas contra a corrupçãoOs irmãos Santos foram filiados ao PSDB até março de 2015. Vivem em uma ampla casa em um terreno de mil metros quadrados, no Condomínio Estância Marambaia. Segundo a escritura, a propriedade está no nome de Stephanie Liporacci Ferreira dos Santos, irmã de Renan, que vive na Alemanha.

Na escritura, o imóvel é avaliado em 860 mil reais, muito abaixo do valor estimado por corretores locais: entre 1,5 milhão e 4 milhões de reais. Coincidência ou não, parte das contribuições ao MBL é destinada a uma conta de Stephanie Santos, conforme reportagem do portal UOL.

Na defesa do ex-prefeito Serafim unem-se os integrantes do MBL e políticos do PSDB. Um dos mais ativos defensores do impeachment e coordenador da campanha presidencial de Aécio Neves em 2014, o deputado federal Carlos Sampaio defendeu em vídeo o ex-prefeito.

Promotor de carreira, Sampaio afirma na gravação que as acusações contra o petebista são “perseguições injustas” e diz ter “muito orgulho de ser seu amigo”. Também aproveita para agradecer a Cruz, o atual prefeito, por sua “lealdade”.

Em outro vídeo, durante uma das manifestações em frente ao Masp, na Avenida Paulista, a favor do impeachment, aparece ao lado de Renan Santos e Rubinho Nunes aos berros: “Chega de roubalheira”.

Os militantes apartidários do MBL não se recusaram a subir recentemente em um palanque do PMDB em Vinhedo. O presidente interino Michel Temer, acusado de receber propina do esquema da Petrobras, até mesmo aparece em um vídeo.

No evento, notáveis do movimento compareceram, entre eles Kim Kataguiri e Fernando Holiday. No mesmo palanque, o deputado federal Fernando Marchezan, denunciado por difamação contra um promotor de Justiça, conclama a militância do PMDB.

Na plateia figuravam outros envolvidos com a Justiça. Destaque para Alexandre Tasca, ex-secretário de Serafim, condenado a 21 anos de prisão (recorre em liberdade) por envolvimento no esquema. Dados apagados de site revelam que líder do grupo mentiu na CPI

Rubinho também é próximo ao senador Aécio Neves, citado cinco vezes por cinco delatores na Lava Jato. O coordenador do MBL aparece em várias fotos com o parlamentar e, inclusive, fez a “escolta” na Avenida Paulista para o senador na última manifestação pelo impeachment em 13 de março.

Em um vídeo ao qual a revista teve acesso, Rubinho faz o abre alas para o senador, enquanto Aécio tenta escapar das vaias na avenida. Curiosamente, as páginas do MBL nas redes sociais, as mesmas que fazem postagens sucessivas de suas ações políticas contra a “malversação do dinheiro público”, não registraram o evento do PMDB em Vinhedo.

Na cidade, a mídia, como em outras partes do País, refere-se ao movimento de forma elogiosa. Um jornal local faz extensa cobertura das iniciativas do MBL. Rubinho Nunes costuma advogar para o periódico e é amigo do fundador da empresa jornalística.

O semanário é acusado em diversas ações de difamação contra políticos que se opõem à atual administração. Um site foi criado, chamado “falsojornalismo.com”, para denunciar as práticas da mídia local.

Apoio de Serafim e Carlos Sampaio. Casa de Renan Santos vale ao menos 1,5 milhão de reais. Na escritura, pouco mais da metade



O fundador do jornal, Juliano Gasparini, é acusado de chantagear políticos com reportagens depreciativas e foi condenado por difamar o promotor responsável por investigar a quadrilha de Serafim na cidade. Recentemente foi detido com cocaína, mas declarou ser “alvo de perseguição”.

Rafael Carvalho, ex-sócio de Nunes filho, é ativo militante do MBL. Foi diretor-jurídico da Câmara Municipal de Vinhedo e lançou pré-candidatura à prefeitura pelo PSDB. Crítico contumaz da corrupção nas redes sociais, curiosamente deu um parecer jurídico contrário a uma lei da Ficha Limpa para a administração municipal, em 2012, quando dirigia o órgão jurídico do Legislativo local.

Na manifestação, disse que se baseava em pareceres jurídicos contrários à proposta. O projeto previa restrições na contratação, na prefeitura e na Câmara, de indivíduos com condenações transitadas em julgado.

Apesar da contrariedade do Jurídico, a proposta foi aprovada pelo plenário da Câmara Municipal. Ao mesmo tempo, o advogado, nas redes sociais, orgulha-se de possuir fotos empunhando um boneco “Pixuleco” e se apresenta como organizador do MBL em Vinhedo, contra a corrupção.

CartaCapital conversou com Rubinho Nunes por telefone. No primeiro contato, na quarta-feira 15, disse que não poderia responder aos questionamentos da reportagem em razão de compromissos políticos, mas que se manifestaria no dia seguinte e repassaria os questionamentos a todos os integrantes do MBL.

Em novo contato no dia seguinte, um assessor atendeu seu celular e informou que o pré-candidato estava em uma série de compromissos e que retornaria as ligações. A reportagem entrou também em contato com seu escritório profissional, mas também não obteve respostas. Rubinho e Renan, ombro a ombro com aliados de Serafim, "o condenado". Abaixo, Rubinho, a família e os prefeitos acusados de desvios



*Reportagem publicada originalmente na edição 905 de CartaCapital, com o título "Heróis com pés de barro"



http://www.cartacapital.com.br/blogs/direto-de-sao-paulo/mbl-herois-com-pes-de-barro

Lula foi monitorado pelo serviço de inteligência 20/06/2016




Integrantes do governo afirmam que o Planalto recebeu informações de serviços de inteligência sobre encontros recorrentes entre o ex-presidente Lula e Guilherme Boulos, líder do MTST, além da relação das reuniões com manifestações contra o presidente interino Michel Temer; é o que aponta a coluna de Natuza Nery; o GSI (Gabinete de Segurança Institucional) diz que nenhum dos dois é monitorado e que desconhece a existência dos relatos; manifestações pedindo "Fora Temer" ganham força com o apoio de centrais sindicais e do ex-presidente Lula; no dia 10 de junho, atos ocorreram em 24 Estados e no Distrito Federal



247 - Integrantes do governo afirmam que o Planalto recebeu informações de serviços de inteligência sobre encontros recorrentes entre o ex-presidente Lula e Guilherme Boulos, líder do MTST, além da relação das reuniões com manifestações contra o presidente interino Michel Temer, segundo a coluna de Natuza Nery.

O GSI (Gabinete de Segurança Institucional) diz que nenhum dos dois é monitorado e que desconhece a existência dos relatos.

Manifestações pedindo "Fora Temer" ganham força com o apoio de centrais sindicais e do ex-presidente Lula. No dia 10 de junho, atos ocorreram em 24 Estados e no Distrito Federal. Sob pressão, o presidente interino completou um mês no cargo sem por os pés nas ruas.

http://www.brasil247.com/pt/247/poder/239170/Lula-foi-monitorado-pelo-servi%C3%A7o-de-intelig%C3%AAncia.htm

Ciro: Brasil tem quadrilha de ladrões no poder 20/06/2016




Pré-candidato à sucessão presidencial em 2018, Ciro Gomes rechaça a proposta de eleições antecipadas – o que considera um "marinismo" – e diz que, hoje, o Brasil tem apenas duas opções: a legalidade, com a volta de Dilma, ou o golpe, com Temer; "Será que as pessoas não estão vendo que estão afastando uma presidente decente, contra a qual inventam um pretexto injurídico, que é a tal pedalada fiscal, para colocar no poder, sem voto, uma quadrilha de ladrões, de bandidos orgânicos da vida republicana contemporânea brasileira?", questiona; Ciro diz que foi uma irresponsabilidade do ex-presidente Lula colocar o PMDB na linha de sucessão da República e bate duro nos candidatos tucanos; segundo ele, Aécio Neves "vai se acabar" na Lava Jato e Serra é um "mau-caráter"




247 – Em entrevista ao jornalista Fernando Taquari, do Valor, o ex-ministro Ciro Gomes, pré-candidato à sucessão presidencial, criticou a proposta de eleições antecipadas e também a política de alianças do PT nos últimos anos, que teria provocado a crise atual. Segundo ele, sua pré-candidatura pelo PDT é uma "obrigação moral" com o país. "Me sentiria um covarde se, com a experiência e a vida limpa que tenho, com a compreensão e as conexões que tenho com o mundo acadêmico nacional e internacional, se me omitisse por qualquer razão ou conveniência", afirma.

Na entrevista, Ciro explicou por que defende a volta de Dilma, sem que ela convoque eleições antecipadas. "Antes de mais nada, não interessa se é a volta da Dilma, do Lula ou do PT. A gente precisa perceber o valor intrínseco da legalidade, da estabilidade das regras, para que o elemento maravilhoso que produz milagres ciclicamente, que é a presença do povo no processo político, aconteça, rompendo com a plutocracia escravocrata alienada que há no Brasil", diz ele.

Para Ciro, o impeachment colocou uma verdadeira quadrilha no poder. "Será que as pessoas não estão vendo que estão afastando uma presidente decente, contra a qual inventam um pretexto injurídico, que é a tal pedalada fiscal, para colocar no poder, sem voto, uma quadrilha de ladrões, de bandidos orgânicos da vida republicana contemporânea brasileira? Não tem nenhum exagero no que estou falando. Conheço eles todos. Fomos contemporâneos nas diversas tarefas que tive, em antagonismo ou junto, porque o Lula me obrigou a ser parceiro desses calhordas. Isso eu não perdoo. Aliás, colocar o lado quadrilha do PMDB na linha de sucessão é uma responsabilidade do senhor Luiz Inácio Lula da Silva."

Temer como trambolho

Ciro diz, ainda, que Temer é uma espécie de "trambolho" no meio do caminho das forças golpistas. "O conjunto de forças que determinou o golpe não se reuniu em favor de Temer nem em prol de uma alternativa de neoliberalismo mofado. Foi uma coisa contra Dilma. Temer é um trambolho no caminho, a quem se dá um crédito, que está se esvaindo muito rapidamente, para que ele cumpra tarefas que só são conciliáveis em antagonismo", diz ele. "O sindicato dos políticos quer o fim da Lava-Jato por razões óbvias. Isso não será entregue porque há um problema aí. O camarada faz uma delação premiada para se defender e atenuar sua pena e compromete os demais. A segunda tarefa, que também não será entregue, é ditada pelos rentistas, que querem gerar excedentes a qualquer preço, a qualquer custo, qualquer que seja a contradição. Só que Temer pensa o oposto. Ele é fisiológico e clientelista. Haja visto o aplauso que ele pede, quando o Congresso, na contramão desse ambiente, cria 14 mil cargos numa madrugada e dá reajuste para as grandes corporações."

Ciro também bateu duro nos pré-candidatos tucanos. "O PSDB vai para autoimolação. O Napoleão Bonaparte dizia que os maiores erros estratégicos que cometeu foram porque supunha que um adversário conhecia seus próprios interesses. Assim está o Aécio no PSDB. Vai se acabar nessa brincadeira. O Serra, que é um grande mau caráter, aposta todas as fichas nesta eleição, porque é um velho, de 77 anos, obcecado por jogar a última cartada. Quer ser o Fernando Henrique do Itamar Franco, o que é uma ilusão grosseira. Nem ele é o FHC, nem Michel Temer é o Itamar."

No campo econômico, Ciro defendeu uma agenda desenvolvimentista e a volta da CPMF. "Ela deveria voltar, não porque é um tributo bom. É porque subtraíram do orçamento público a CPMF e 15 dias úteis depois a quadrilha que hoje comanda o Congresso votou a regulamentação da emenda 29, que define percentuais mínimos de investimento em saúde por União, aumentando em R$ 70 bilhões o gasto com a área."



http://www.brasil247.com/pt/247/ceara247/239173/Ciro-Brasil-tem-quadrilha-de-ladr%C3%B5es-no-poder.htm

Bancários do BB hostilizam “Paulinho da Farsa Sindical” 20/06/2016




Um dos maiores aliados de Eduardo Cunha, o deputado Paulinho da Força (SDD-SP) foi alvo de um protesto organizado por mais de 50 bancários do Banco do Brasil em um voo que seguia de São Paulo para Brasília; um deles começou a discursar que entre os passageiros estava "Paulinho da Farsa Sindical"; e emendou: "Golpistas, fascistas, não passarão"; o deputado Beto Mansur (PRB-SP) que ameaçou defender o colega, também foi hostilizado; os dois ainda foram seguidos pelo saguão do aeroporto aos gritos



247 - Um dos maiores aliados de Eduardo Cunha, o deputado Paulinho da Força (SDD-SP) foi alvo de um protesto organizado por mais de 50 bancários do Banco do Brasil em um voo que seguia de São Paulo para Brasília.

Um deles começou a discursar que entre os passageiros estava "Paulinho da Farsa Sindical"; e emendou: "Golpistas, fascistas, não passarão". O deputado Beto Mansur (PRB-SP) que ameaçou defender o colega, também foi hostilizado. Em bate-boca com os bancários, ele disse: “derrubamos esse governo de Dilma Rousseff”.

Os dois ainda foram seguidos pelo saguão do aeroporto aos gritos de "golpista", "fascista" e "aliado de Cunha", "corrupto", "vergonha", "traidor".

Leia aqui reportagem de Leticia Casado sobre o assunto.



http://www.brasil247.com/pt/247/brasilia247/239172/Banc%C3%A1rios-do-BB-hostilizam-%E2%80%9CPaulinho-da-Farsa-Sindical%E2%80%9D.htm

Assange completa quatro anos refugiado na embaixada do Equador 20/06/2016



O fundador do Wikileaks, Julian Assange, completa, neste domingo (19), quatro anos de reclusão na embaixada do Equador, em Londres. Para marcar a data, capitais de diversos países realizarão manifestações em apoio ao australiano e ele fará pronunciamentos via teleconferência.

Divulgação
 Com a chamada “Primeiro eles vieram por Assange…”, os atos estão programados ao longo de toda a semana em Madri, Nova York, Quito, Atenas, Buenos Aires, Belgrado, Berlin, Bruxelas, Milão, Montevidéu, Nápoles, Paris e Sarajevo.

Diversas personalidades internacionais anunciaram que participarão das atividades, entre elas o linguista Noam Chomsky; o filósofo Slavoj Zizek; o ex-ministro de Finanças da Grécia Yanis Varoufakis; os músicos Brian Eno, Patti Smith, PJ Harvey; o prêmio Nobel argentino Adolfo Pérez Esquivel; o artista e ativista chinês Ai Weiwei; a desenhista Vivienne Westwood e os diretores Michael Moore e Ken Loach.

Desde 2010 Assange é perseguido pela Suécia. Para evitar uma extradição a este país, onde é acusado de crimes sexuais, o ativista está refugiado na sede diplomática do país sul-americano que lhe concedeu asilo político.



Fonte: Oprea Mundi

http://www.vermelho.org.br/noticia/282542-1

sábado, 18 de junho de 2016

Fascistas atacam Universidade de Brasília 18/06/2016


Universidade de Brasília é alvo de ataques de extremistas na noite desta sexta (17)

by NINJA


Entoando cantos racistas e homofóbicos, os agressores pediam a volta da Ditadura Militar. Um estudante foi agredido com um Taser, arma de choque cuja venda é controlada. Entre os agressores estava Kelly Bolsonaro, conhecida militante da ultra direita.



Foto: Mídia NINJA

O campus da Universidade de Brasília (UnB) foi palco de um ataque de extremistas da direita na noite desta sexta-feira (17). Munidos de porretes, armas de choque e bombas de efeito moral, aproximadamente 30 pessoas invadiram o Instituto Central de Ciências da universidade, conhecido como Minhocão, para agredir os estudantes e depredar o patrimônio público.



Vestidos de pretos e portando bandeiras do Brasil - alguns usando camisetas estampadas com a foto de Jair Bolsonaro e outros da seleção brasileira - levaram pânico e destruição ao campus. Entre os agressores estava Kelly Bolsonaro, conhecida militante da ultra direita que faz sucesso em páginas e grupos da internet que pregam a volta do regime militar e o extermínio da esquerda. Além de arrancarem cartazes das paredes, agrediram verbalmente e fisicamente estudantes. Um estudante foi agredido com um Teaser, arma de choque cuja venda é controlada.


Foto: Mídia NINJA

Entoando cantos racistas e homofóbicos, pediam a volta da Ditadura Militar. Segundo informações coletadas pela nossa reportagem, a intenção dos extremistas era promover um quebra-quebra no Centro Acadêmico de Sociologia. Por sorte, foram impedidos pela segurança do campus, que pediu reforço da Polícia Militar para conter os agressores. Com a chegada da PM, os extremistas fugiram, sem que nenhuma prisão fosse feita.




Foto: Mídia NINJA

Outro fator que chamou a atenção de quem presenciou os ataques eram as mensagens escritas nas roupas usadas pelos agressores. Frases como “Polícia Federal, Orgulho Nacional” e “100% livre de esquerdismo” puderam ser vistas. Importante citar que no Facebook existem grupos com esta denominação, o que pode indicar uma linha de investigação para saber de onde partiram as articulações que resultaram na ação desta noite.


Foto: Mídia NINJA

Durante os ataques, mensagens de texto foram enviadas dos aparelhos celulares daqueles que presenciaram o atentado. “Galera tá aqui jogando bombas e ofendendo geral, xingando todos de estudantes comunistas vagabundos”, relatou uma estudante que não quis se identificar.

A ação parece ter sido premeditada e com coordenação central. Durante o dia circularam e-mails com informações sobre o ataque, remetidas à reitoria para que as devidas providências fossem tomadas. Ao que tudo indica, os alertas foram ignorados, visto que a invasão de fato aconteceu.




Foto: Mídia NINJA



 https://ninja.oximity.com/article/Universidade-de-Bras%C3%ADlia-%C3%A9-a-1