Em um ano, mais de 3 milhões de brasileiros migraram para classe C
Entre 2010 e maio de 2011, a  classe média é a única do estrato social brasileiro que continuou em  expansão, segundo estudo divulgado nesta segunda-feira pela FGV  (Fundação Getúlio Vargas). No período, 3,6 milhões de pessoas migraram  para a chamada classe C, apontou a entidade, que usou como base os dados  da PNAD (Pesquisa Nacional de Amostras a Domicílio), do IBGE (Instituto  Brasileiro de Geografia e Estatística). 
A classe C recebeu a maior parte  de sua população de classes mais pobres --1,4 milhão saíram da classe E  e 356 mil saíram da classe D. As classes A e B representam atualmente  11,76% da população brasileira, ou 22,5 milhões de pessoas. 
Classes A, B e C ganham 13,1 milhões de brasileiros desde 2009, diz FGV
Na elite dos emergentes, apenas o  Brasil registra crescimento econômico acompanhado de redução das  desigualdades sociais. A constatação faz parte de um estudo elaborado  pela FGV (Fundação Getúlio Vargas) e apresentado nesta segunda-feira  durante o 1º Fórum BID para o Desenvolvimento da Base da Pirâmide na  América Latina e Caribe, em São Paulo. 
"Em uma década, a renda real per  capita dos mais ricos no Brasil cresceu 10%, enquanto a dos mais pobres  aumentou 68%", destacou o economista Marcelo Neri, responsável pelo  levantamento.
O estudo mostra que a taxa de  crescimento da renda dos 20% mais ricos no Brasil é inferior à  registrada nos demais países dos Brics (grupo formado por Brasil,  Rússia, Índia, China e África do Sul), ao mesmo tempo em a taxa de  crescimento da renda dos 20% mais pobres só é menor que a contabilizada  pela China.
Desde 2003, o país ganhou quase  50 milhões de consumidores, o equivalente a uma Espanha. Somente de 2009  até maio deste ano, 13,1 milhões de brasileiros foram incorporados às  classes A, B e C.
"Isso é reflexo do crescimento  econômico com a redução da desigualdade social durante muitos anos. O  que está por trás disso é o aumento da educação e do trabalho formal, a  redução da natalidade e o ciclo eleitoral", explicou Neri. "Todo ano de  eleição a renda média do brasileiro sobe muito", complementou.
Simultaneamente, a base da  pirâmide social vem diminuindo. Apenas no último ano, a redução foi de  quase 12%. "O grande passaporte para a saída da pobreza é a educação",  frisou o economista da FGV, lembrando que programas como Bolsa Família  também contribuem neste sentido.
O levantamento mostra que a  probabilidade de se migrar da classe E para níveis mais altos da  pirâmide social é de 27% para quem tem até um ano de estudo, enquanto  que para aqueles que permanecem na escola por 12 anos ou mais, esse  percentual chega a 53%.
ELITE
O estudo da FGV ainda destaca  que a cidade mais rica do Brasil é Niterói, no Rio de Janeiro, onde  30,7% da população faz parte da classe A. Na sequência, vêm  Florianópolis (27,7%), Vitória (26,9%), São Caetano (26,5%), Porto  Alegre (25,3%), Brasília (24,3%) e Santos (24,1%).
"A região Sul é a que apresenta a menor desigualdade social no Brasil", afirmou Neri.Folha
MERCADO CONSUMIDOR BRASILEIRO CRESCE UMA ESPANHA
Classe C segue em forte expansão, aponta FGV
Mercado consumidor do País ganhou o equivalente a uma Espanha, mais de 50 milhões de pessoas, desde 2003 segundo estudo
A classe  C  do Brasil cresceu cerca de 11,1% em um período de 21 meses até maio,   segundo dados divulgados nesta segunda-feira pela Fundação Getúlio  Vargas (FGV).  Agora, a classe totaliza cerca de 105,4 milhões de  pessoas.
Esse desempenho segue uma tendência iniciada em 2003,  proporcionada por uma  série de fatores como a rápida recuperação da  economia, mais acentuada nos  últimos dois anos, no período pós crise  financeira.Segundo a FGV, desde 2003, o crescimento  das classes  C e a migração de pessoas para as classes A e B, no topo da  pirâmide social, de  12,8% desde 2009, ampliaram o mercado consumidor   brasileiro em mais de 50 milhões de pessoas, o equivalente a mais de  uma  Espanha, aponta o estudo "Os Emergentes dos Emergentes: Reflexões  Globais e  Ações Locais para a Nova Classe Média Brasileira".
O  crescimento da economia com uma inflação mais estabilizada, aliado a   expansão do mercado de trabalho e à melhoria das condições de renda da   população, com a política de recupeação do poder de compra do salário  mínimo,  contribuíram de forma significativa com esse processo, de  acordo com estudo  elaborado pelos pesquisadores do Centro de Políticas  Sociais da FGV.As pessoas que estão na classe C, segundo o documento, contam com uma renda mensal familiar que varia entre R$ 1.200,00 e R$ 5.174,00.
Segundo dados elaborados pela FGV, as classes A, B e C tiveram um ingresso de 48,8 milhões de pessoas entre 2003 e 2009, sendo 13,1 milhões apenas entre 2009 e maios de 2011. "Essa análise dos dados mais recentes mostra que quase a população total da África do Sul foi incorporada às classes ABC", destaca o documento.
Em contrapartida, a base da pirâmide social, formada pelas classes D e E foi reduzida de 96,2 milhões de pessoas em 2003 para 63,6 milhões até maio, sendo que 9,7 milhões de pessoas migraram da base social para classes mais elevadas entre janeiro de 2009 e maio de 2011.
Nenhum comentário:
Postar um comentário