" Classe média deve gastar mais de R$ 1 trilhão neste ano" 08.08.11
"Cifra é mais que as riquezas totais de Argentina,Uruguai,Paraguai e Portugal"
A chamada nova classe média já é maioria da população (52% dos brasileiros) e consomem R$ 1 trilhão por ano com alimentos, roupas, educação e serviços. Esse consumo equivale aos PIBs (Produto Interno Bruto, soma das riquezas produzidas por um país) de Portugal, Argentina, Uruguai e Paraguai somados, como mostra uma pesquisa do instituto Data Popular divulgado nesta segunda-feira (8).O levantamento considera classe C o grupo com renda familiar em torno de R$ 2.295, ou algo entre R$ 323 e R$ 1.388 por integrante. O estudo foi apresentado em evento sobre o tema promovido pela Secretaria de Assuntos Estratégicos da Presidência.A classe C tem um potencial de consumo maior que as mais ricas, A e B, do topo da pirâmide social. O economista Renato Meirelles, sócio-diretor do instituto, diz que foi criado um novo padrão de consumo para esse grupo.- Eu tenho 7 milhões de brasileiros viajando de avião pela primeira vez apenas em 2011. Isso é o dobro do que as pessoas que viajaram para a África do Sul. [...] Gasta também cada vez mais com computador, que é visto como investimento.Os dados mostram que a nova classe média gasta 23% de seus recursos com serviços; 18,6% com alimentação; 8,7% com saúde e beleza; 8,1% com transportes; 5,1% com vestuário; 2% com educação; e 1% com entretenimento.Segundo o estudo, “uma grande parte da população saiu da pobreza e passou a integrar plenamente o universo do consumo, formando uma nova classe média que se tornou protagonista político”.Na última década, estima-se que 40 milhões de pessoas tenham ascendido à classe média, que hoje agrupa mais de 104 milhões de pessoas, num universo de 190 milhões de brasileiros. Até 2014, estima-se que serão 114 milhões.Nos últimos anos, o instituto identificou que o Nordeste, historicamente a região mais pobre, foi a que registrou o maior crescimento nesse estrato: 50%, em número de pessoas. Na outra ponta, o Sul cresceu menos: 17%.Segundo o estudo, o Sudeste tem 63% de sua população na nova classe média. No Sul, são 64%. Em seguida, aparecem o Centro-Oeste (58%), o Norte (47%) e o Nordeste (39%).Meirelles diz que se tivesse um “rosto”, o perfil mais comum da nova classe média seria de uma mulher, jovem, negra e conectada – isto é, com grande acesso à internet e uso grande das redes sociais como forma de comunicação.Ele destaca que hoje, a diferença entre o que ganha um jovem de 18 a 25 anos das classes A e B é muito pequena em relação ao que ganham um da classe C.A pesquisa consultou dados de uma amostra de 18 mil pessoas, de quase mil cidades em 26 Estados do país.
postado por inteligênciabrasileira @ 13:36
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