Investimento estrangeiro soma US$ 5,9 bilhões em julho e bate recorde
De janeiro a julho, IED acumula US$ 38,4 bi, 161% a mais do que os US$ 14,7 bi em igual período de 2010
23 de agosto de 2011 | 10h 41
Fernando Nakagawa e Fábio Graner, da Agência Estado
BRASÍLIA - A compra de mais da metade da cervejaria Schincariol pela empresa japonesa Kirin aumentou expressivamente o volume de Investimento Estrangeiro Direto (IED) no Brasil em julho. O total chegou a US$ 5,971 bilhões, o mais alto para o mês na série, segundo dados divulgados nesta terça-feira, 23, pelo Banco Central. O valor de IED em julho é 126,6% superior ao observado no mesmo mês do ano passado, quando totalizavam US$ 2,635 bilhões. O resultado também superou o teto das estimativas de 16 instituições ouvidas pelo AE Projeções, que estimavam fluxo positivo de US$ 3,400 bilhões a US$ 4,800 bilhões, com mediana em US$ 4,000 bilhões.
O IED contempla os recursos enviados do exterior para o País destinados à atividade produtiva. Apesar da operação entre a Schincariol e a empresa japonesa, o constante aumento da entrada desses recuros tem levantado suspeitas de que os investidores estejam camuflando aplicações para fugir da taxação no mercado financeiro.
De acordo com o BC, de janeiro a julho de 2011, o IED acumula US$ 38,448 bilhões, 161% a mais do que os US$ 14,731 bilhões no mesmo período de 2010. Em 12 meses encerrados em julho, o IED atingiu US$ 72,155 bilhões, o equivalente a 3,17% do PIB. Em 12 meses até junho, o IED somava US$ 68,819 bilhões (3,06% do PIB). Os acumulados do ano e o resultado em 12 meses também foram recordes.
O chefe do departamento econômico do Banco Central, Túlio Maciel, informou que em agosto, até hoje, o saldo de IED é de US$ 3,6 bilhões e deve fechar o mês em US$ 4,2 bilhões.
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