Ahmadinejad, no “Dia de Jerusalém”: --“Nenhuma liberdade pode nascer das bombas de EUA-OTAN”
27/8/2011, Al-Manar TV, Beirute, Líbano
Traduzido pelo Coletivo da Vila Vudu
O presidente Mahmoud Ahmadinejad, participou dos desfiles do “Dia de Jerusalém” em Teerã.
O “Dia de Jerusalém” (no Irã, “Dia Internacional de Jerusalém”), é data oficial no Irã, instituída pelo aiatolá Khomeini em 1979, celebrada na última sexta-feira do Ramadã (em 2011, 26/8). A data foi instituída para manifestar solidariedade ao povo palestino, opor-se à ocupação israelense e ao controle de Jerusalém pelos israelenses. O “Dia de Jerusalém é também celebrado em vários países do mundo árabe e muçulmano, sempre com protestos contra a ocupação israelense em Jerusalém Leste
Em discurso na 6ª-feira, nas solenidades do “Dia de Jerusalém” de 2011, o presidente Ahmadinejad disse que o reconhecimento oficial de um Estado Palestino, pela ONU será no máximo “um passo adiante”, no caminho até a “completa libertação da Palestina”.
“O reconhecimento de um governo palestino independente não é a única nem a principal meta. No máximo, será um passo adiante, no caminho até a completa libertação da terra dos palestinos”, disse Ahmadinejad, nas orações da 6ª-feira, na Universidade de Teerã.
“O regime sionista é ninho de vermes, é um câncer. Se restar qualquer pequena célula do regime sionista, mesmo que numa pequena porção da terra palestina, ela crescerá e voltará a ameaçar todos” – disse o presidente, em comentários transmitidos pela televisão iraniana.
Ahmadinejad repetiu que o Holocausto foi usado como pretexto para criar o estado de Israel. “O objetivo de todos que os fiéis que buscam justiça deve ser um só: o fim do regime sionista.”
Também disse que “não há lugar para Israel no Oriente Médio. A era de Israel acabou. O melhor que fazem é voltar todos para seus países. Israel é uma aberração, que não tem lugar no Oriente Médio, entre nações muçulmanas livres”.
Ahmadinejad também alertou o ocidente contra qualquer “interferência” na região, que tem assistido a levantes populares e crises políticas nos últimos meses.
“Liberdade, justiça, eleições livres são direitos legítimos dos povos. Mas que ninguém se iluda: esses direitos não podem nascer das bombas de EUA e OTAN”, disse o presidente.
“Nenhum governo que não viva em paz com o próprio povo e o prive de liberdade e justiça merece ser deixado no poder”, disse Ahmadinejad. “Mas a solução não está na intervenção por forças opressoras da OTAN”.
Na 5ª-feira, no banquete do Iftar [fim do Ramadã] oferecido aos embaixadores dos países muçulmanos em Teerã, Ahmadinejad disse que o Dia de Jerusalém é momento para clamar por justiça e deve ser comemorado como primeiro dia do fim do “regime sionista”.
O presidente do Irã disse que Israel vive sob governo “preconceituoso, racista e terrorista”, que existe para espalhar o terror entre povos vizinhos, para fazer guerras e cometer crimes contra todos os povos e nações próximas.
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