domingo, 2 de outubro de 2011

Trabalhadores se unem em manifestação contra crise do capitalismo 30/09/2011


A crise mundial do capitalismo ameaça o emprego e os direitos da classe trabalhadora em todo o mundo. Em resposta a isto, a Federação Sindical Mundial (FSM) está mobilizando a classe trabalhadora e o povo em geral para manifestações em diferentes países do mundo no Dia Internacional de Ação na próxima segunda-feira ( 3), mesma data de sua fundação, em 1945.


João Batista Lemos, vice-presidente da FSM e secretário adjunto de Relações Internacionais da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB) conclama todo movimento sindical e classe trabalhadora para a jornada de luta que envolve algumas bandeiras fundamentais para nossa classe, disse, citando “as 35 horas de trabalho semanais, cinco dias por semana, sete horas por dia”.

A Federação Sindical Mundial e os trabalhadores brasileiros defendem “mais direitos sociais, contra as demissões e para que os banqueiros e grandes capitalistas paguem pela crise que criaram”. Segundo a entidade, o atendimento das reivindicações é fundamental para o país crescer com mais direitos sociais.

Segundo Batista Lemos, as reivindicações da classe trabalhadora no Brasil são pela aprovação da PEC que estabelece a semana de 40 horas num primeiro momento e depois institui as 35 horas; fim do fator previdenciário; recuperação do valor das aposentadorias: defesa do emprego, contra a demissão sem justa causa e pela ratificação da Convenção 158 da OIT, que garante a organização sindical dos trabalhadores do serviço público.

Também fazem parte da pauta de reivindicação dos trabalhadores o Contrato Coletivo Nacional; a defesa das liberdades sindicais e democráticas; a liberdade dos cinco heróis cubanos, injustamente presos pelo império por lutar contra o terrorismo e a solidariedade com o povo palestino.

Em Caxias do Sul

Em Caxias do Sul, o Sindicato dos Metalúrgicos e a CTB realizarão uma manifestação pela ampliação dos direitos sociais, contra as demissões e para que os banqueiros e grandes capitalistas paguem pela crise que criaram.

Para os líderes sindicais, a economia brasileira deve fortalecer um modelo que prioriza emprego, renda, consumo e desenvolvimento. E querem que o governo apoie e proteja a indústria nacional, para que esta não perca espaço frente aos importados, mas também precisa proteger o emprego e a renda do trabalhador.

Segundo ainda os dirigentes sindicais, “para o Brasil avançar, as lutas dos trabalhadores são fundamentais, como a redução da jornada sem redução dos salários, medida que pode gerar cerca de dois milhões de novos empregos no país”.

E apontam como outra questão muito importante o fim do fator previdenciário, “entulho dos governos FHC que diminui o valor do benefício quando o trabalhador se aposenta”, afirmam.

O lançamento do Programa Brasil sem Miséria e o aumento do IPI (Imposto sobre produtos Importados) sobre os carros importados são apontados como sinais positivos, mas os trabalhadores querem ainda uma queda mais significativa nos juros (taxa SELIC) e uma taxa de câmbio mais favorável à produção nacional.



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De Brasília
Márcia Xavier

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