DAS AGÊNCIAS INTERNACIONAIS
Os países da União Europeia estimam um montante de 108 bilhões de euros (cerca de US$ 150 bilhões) para recapitalizar os bancos da região, uma das etapas fundamentais para enfrentar a atual crise das dívidas soberanas no Velho Continente. Os ministros das Finanças da zona do euro estão reunidos neste final de semana em Bruxelas (Bélgica) para chegar a um acordo sobre temas fundamentais como uma nova ajuda a Grécia, além de mecanismos para salvaguardar as instituições financeiras da região, e novas medidas para ajudar outros países em dificuldades, a exemplo da Itália e Espanha.
Uma fonte diplomática disse à France Presse que os ministros estimavam um custo entre "107 bilhões e 108 bilhões" a ser injetado nos bancos.
O tema deve ser discutido na reunião de cúpula neste domingo, adiantou o ministro sueco Anders Borg.
"Temos a base para um acordo sobre os bancos", afirmou ele a jornalistas após uma reunião dos ministros. Ele adiantou que essa medida não deve ser entendida pelos contribuintes como " um presente para os bancos". "Qualquer recapitalização tem de ser seguida de propriedade e controle', afirmou.
Em paralelo, os ministros também discutem a exigência de que as instituições financeiras elevem a base mínima de capital mantido em reserva para dificuldades financeiras.
AVANÇOS
Ainda em Bruxelas, a chanceler alemã Angela Merkel apontou que os ministros reunidos estão fazendo avanços nas negociações, mas negou qualquer "decisão definitiva antes de quarta-feira", quando será realizada uma reunião de cúpula da UE.
"Serão negociações difíceis. Por isso é que França e Alemanha devem ser ativos nesta preparação", disse a líder alemã.
Outras fontes diplomáticas, ouvidas sob condição de anonimato, mostraram mais pessimismo sobre o grau de concordância entre os representantes financeiros dos membros da zona do euro.
"A Espanha insiste em um acordo global, não só sobre a recapitalização dos bancos, mas também sobre o reforço do Fundo Europeu de Estabilidade Financeira (FEEF)", explicou um participante das reuniões, à France Presse.
"As negociações são constantemente interrompidas, pois quando um país manifesta sua oposição ao patamar de 9%, o Banco Central Europeu e o ABE se reúnem con ele em particular para defender seus argumentos", disse uma fonte diplomática europeia.
Nenhum comentário:
Postar um comentário