No momento em que tenta obter o status de grande potência, o Brasil reforça seu poder naval no Atlântico Sul com um ambicioso programa submarino para proteger suas enormes reservas de petróleo em águas profundas e projetar sua influência crescente.A potência emergente já ostenta a posição de maior Marinha da América Latina, mas para um país com uma frota envelhecida, que inclui o porta-aviões São Paulo -- originalmente da Marinha francesa --, nove fragatas de fabricação britânica e cinco submarinos movidos a diesel, uma modernização é fundamental."A frota atualmente é inadequada para realizar suas missões" no Atlântico Sul, uma área para a qual Brasília olha com atenção por seu alto valor estratégico, disse à AFP Nelson During, editor-chefe do site DefesaNet.Como parte da Estratégia de Defesa Nacional apresentada em 2008, a Marinha ficou encarregada de desenvolver uma força para proteger as enormes reservas de petróleo do pré-sal, a bacia do Rio Amazonas e seus 7.491 quilômetros de costa.Os campos de petróleo, localizados no sudeste da costa do país podem conter mais de 100 bilhões de barris de petróleo de alta qualidade, de acordo com estimativas oficiais.Em um discurso ao comando da Marinha em junho, a presidente Dilma Rousseff ressaltou que esse desenvolvimento, incluindo a aquisição do primeiro submarino do país de propulsão nuclear, representa um importante "instrumento de dissuasão".No começo deste mês, o almirante Luiz Umberto de Mendonça disse a um painel do congresso que cerca de US$ 117 bilhões seriam necessários em 2030 para financiar o projeto, incluindo a aquisição de 20 submarinos convencionais, seis de energia nuclear e a criação de uma segunda frota que ficará em uma base no Nordeste.Mas During disse que esses planos estão "totalmente fora da realidade por causa do corte de 26% no orçamento de defesa, que é de R$ 15 bilhões", acrescentando que a Marinha recebe apenas um terço desse total. "Não temos dinheiro e a defesa não é a prioridade no Congresso", acrescentou During. "Há um sentimento de que somos um grande país em paz com o mundo, sem conflitos externos".Eric Wertheim, um analista do Instituto Naval dos EUA, em Annapolis, disse que o Brasil, com "uma poderosa economia e cerca de 200 milhões de pessoas deve ter condições de defender seus campos de petróleo em águas profundas e a região da Amazônia". "O país (deve) também estar pronto para um futuro imprevisível que pode incluir demandas como escoltar navios mercantes que estão vulneráveis a ataques de piratas do outro lado do mundo", disse Wertheim à AFP, que edita o Guia do Instituto Naval para Frotas de Combate do Mundo. O recente vazamento de petróleo de um poço operado por uma empresa de energia dos EUA próximo à costa do Rio de Janeiro "mostrou como a Marinha estava despreparada para lidar com essas emergências", disse ele.A peça principal do desenvolvimento naval é o programa ProSub, pelo qual a França vai fornecer quatro submarinos diesel-elétricos e ajudar a desenvolver os componentes não-nucleares do primeiro submarino de propulsão nuclear de ataque rápido do Brasil.Exceto pelo primeiro submarino, que deve estar pronto por volta de 2016, todos os demais estão sendo construídos, com transferência de tecnologia francesa, na base naval de Itaguaí e em um estaleiro próximo ao Rio. O Brasil já tem a tecnologia de enriquecimento de urânio necessária para produzir combustíveis nucleares e quer usá-la para alimentar o submarino.Mas During considera que, por causa dos repetidos atrasos, o submarino nuclear de US$2,66 bilhões não deve ficar pronto antes de 2025. Além do seu valor de dissuasão, um submarino nuclear pode dar ao Brasil status e credibilidade a sua ambição de se tornar membro permanente do Conselho de Segurança da ONU, acrescentou.O Brasil também pretende representar o Atlântico Sul, tendo em vista seus laços comerciais crescentes com países africanos do outro lado do oceano, particularmente as ex-colônias portuguesas como Angola, disse During.Alguns estrategistas brasileiros argumentam que o Brasil deve se tornar "a potência naval dominante no Atlântico Sul, sem excluir as outras", acrescentou. No ano passado, o ex-ministro da Defesa Nelson Jobim causou surpresa ao descrever que qualquer presença expandida da Otan no Atlântico Sul como inapropriada e alguns legisladores expressaram preocupação quando os Estados Unidos decidiram reativar sua Quarta Frota na área em 2008. Mas During rejeitou esses comentários, chamando-os de "retórica para consumo doméstico".
Este blogue não concorda com o Golpe. RESISTÊNCIA JÁ A morte da Marisa, não é diferente da morte dos milhares no Iraque, invadido, na Líbia destroçada, entre outros, as mãos são as mesmas, acrescentadas dos traidores locais.
quarta-feira, 30 de novembro de 2011
"Brasil aumenta poder naval para proteger reservas de petróleo" 30.11.11
No momento em que tenta obter o status de grande potência, o Brasil reforça seu poder naval no Atlântico Sul com um ambicioso programa submarino para proteger suas enormes reservas de petróleo em águas profundas e projetar sua influência crescente.A potência emergente já ostenta a posição de maior Marinha da América Latina, mas para um país com uma frota envelhecida, que inclui o porta-aviões São Paulo -- originalmente da Marinha francesa --, nove fragatas de fabricação britânica e cinco submarinos movidos a diesel, uma modernização é fundamental."A frota atualmente é inadequada para realizar suas missões" no Atlântico Sul, uma área para a qual Brasília olha com atenção por seu alto valor estratégico, disse à AFP Nelson During, editor-chefe do site DefesaNet.Como parte da Estratégia de Defesa Nacional apresentada em 2008, a Marinha ficou encarregada de desenvolver uma força para proteger as enormes reservas de petróleo do pré-sal, a bacia do Rio Amazonas e seus 7.491 quilômetros de costa.Os campos de petróleo, localizados no sudeste da costa do país podem conter mais de 100 bilhões de barris de petróleo de alta qualidade, de acordo com estimativas oficiais.Em um discurso ao comando da Marinha em junho, a presidente Dilma Rousseff ressaltou que esse desenvolvimento, incluindo a aquisição do primeiro submarino do país de propulsão nuclear, representa um importante "instrumento de dissuasão".No começo deste mês, o almirante Luiz Umberto de Mendonça disse a um painel do congresso que cerca de US$ 117 bilhões seriam necessários em 2030 para financiar o projeto, incluindo a aquisição de 20 submarinos convencionais, seis de energia nuclear e a criação de uma segunda frota que ficará em uma base no Nordeste.Mas During disse que esses planos estão "totalmente fora da realidade por causa do corte de 26% no orçamento de defesa, que é de R$ 15 bilhões", acrescentando que a Marinha recebe apenas um terço desse total. "Não temos dinheiro e a defesa não é a prioridade no Congresso", acrescentou During. "Há um sentimento de que somos um grande país em paz com o mundo, sem conflitos externos".Eric Wertheim, um analista do Instituto Naval dos EUA, em Annapolis, disse que o Brasil, com "uma poderosa economia e cerca de 200 milhões de pessoas deve ter condições de defender seus campos de petróleo em águas profundas e a região da Amazônia". "O país (deve) também estar pronto para um futuro imprevisível que pode incluir demandas como escoltar navios mercantes que estão vulneráveis a ataques de piratas do outro lado do mundo", disse Wertheim à AFP, que edita o Guia do Instituto Naval para Frotas de Combate do Mundo. O recente vazamento de petróleo de um poço operado por uma empresa de energia dos EUA próximo à costa do Rio de Janeiro "mostrou como a Marinha estava despreparada para lidar com essas emergências", disse ele.A peça principal do desenvolvimento naval é o programa ProSub, pelo qual a França vai fornecer quatro submarinos diesel-elétricos e ajudar a desenvolver os componentes não-nucleares do primeiro submarino de propulsão nuclear de ataque rápido do Brasil.Exceto pelo primeiro submarino, que deve estar pronto por volta de 2016, todos os demais estão sendo construídos, com transferência de tecnologia francesa, na base naval de Itaguaí e em um estaleiro próximo ao Rio. O Brasil já tem a tecnologia de enriquecimento de urânio necessária para produzir combustíveis nucleares e quer usá-la para alimentar o submarino.Mas During considera que, por causa dos repetidos atrasos, o submarino nuclear de US$2,66 bilhões não deve ficar pronto antes de 2025. Além do seu valor de dissuasão, um submarino nuclear pode dar ao Brasil status e credibilidade a sua ambição de se tornar membro permanente do Conselho de Segurança da ONU, acrescentou.O Brasil também pretende representar o Atlântico Sul, tendo em vista seus laços comerciais crescentes com países africanos do outro lado do oceano, particularmente as ex-colônias portuguesas como Angola, disse During.Alguns estrategistas brasileiros argumentam que o Brasil deve se tornar "a potência naval dominante no Atlântico Sul, sem excluir as outras", acrescentou. No ano passado, o ex-ministro da Defesa Nelson Jobim causou surpresa ao descrever que qualquer presença expandida da Otan no Atlântico Sul como inapropriada e alguns legisladores expressaram preocupação quando os Estados Unidos decidiram reativar sua Quarta Frota na área em 2008. Mas During rejeitou esses comentários, chamando-os de "retórica para consumo doméstico".
Unasul: Paraguai propõe comunicação integrada 30/11/2011
Paraguai propôs a criação de uma estratégia que alinhe a comunicação na América Latina, reunindo rádios públicas e educativas dos países membros da União de Nações Sul-americanas (Unasul).
O projeto foi apresentado nesta quarta (30) por Augusto Dos Santos, titular da Secretaria de Informação e Comunicação para o Desenvolvimento (Sicom), a María Emma Mejía, Secretária Executiva da Unasul, durante um encontro bilateral em Brasília, no qual Assunção assumiu a presidência interinamente o Conselho de Comunicações e Infraestrutura.
A iniciativa visa o fortalecimento da integração do bloco, formado pelos 12 países da Unasul, segundo a fonte.
Dos Santos explicou que, com a estratégia,pode-se estabelecer a interconexão tecnológica das rádios públicas dos Estados membros, visando criar uma central de produção de notícias, programas e reportagens sobre o trabalho do organismo sul-americano.
Também prevê a instalação de equipes de recepção de sinal naquelas zonas de América do Sul onde os Estados mal têm presença, como, por exemplo, o grande Chaco ou a Amazonía, sublinhou.
O plano de trabalho inclui também gerar uma programação temática com a participação das rádios educativas sobre as propostas da Unasul, iniciativa que teria o acompanhamento da Associação Latinoamericana de Educação Radiofônica, com sede em Quito, Equador.
Esta estratégia de comunicação será apresentada oficialmente em janeiro do próximo ano, quando Assunção acolher a primeira reunião deste grupo de trabalho, revelou o comunicado da Sicom.
Fonte: Prensa Latina
Manipulação grosseira 29/11/2011
A BBC já não sabe mais o que fazer para mostrar serviço ao Império.
A informação que ela divulga hoje mundo a fora, inclusive na edição brasileira, está repleta de mentiras.
Eu poderia ser menos cruel e dizer equívocos ao invés de mentiras.
Mas não é possível tamanha a falta de respeito com os leitores.
A começar pela manchete da noticia: “Assad deu ordem para atirar para matar manifestantes na Síria, diz ONU”.
E quando você lê a noticia vê que não foi bem isso. E o que é mais grave.
A imagem que acompanha o texto é um absurdo de desonestidade.
A imagem, veja acima, é uma manifestação com centenas de milhares de pessoas a favor do presidente sírio.
E a legenda da foto diz: “Pelo menos 3.500 pessoas morreram na repressão aos protestos, que tiveram início em março”.
O que leva o leitor mais apressado a imaginar que a manifestação é contra o presidente sírio e custou a vida de 3.500 pessoas.
São tão desonestos esses controladores da mídia que mereciam ser levados ao Tribunal Penal Internacional por crimes contra a humanidade.
Eles e seus vassalos que aceitam redigir tamanhas mentiras.
Querem transformar Assad em “monstro” semelhante ao que fizeram com Kadafi, que na foto abaixo brinca com seus netos, antes de ser brutalmente assassinado.
Para que serve a ONU? 30/11/2011
A Organização das Nações Unidas(ONU) está possessa.
É que estudantes iranianos resolveram fazer uma limpeza na embaixada do Reino Unido.
A ONU até divulgou um comunicado no qual pede às “autoridades iranianas que protejam os diplomatas".
Nada contra o comunicado se ele fosse feito por gente honesta e não por gângsteres.
Quer dizer que o Conselho de Segurança da ONU protesta contra a invasão de uma embaixada e não se incomoda com a invasão, ocupação e saque de países?
Cadê o protesto contra a invasão e assassinato em massa da população civil do Iraque?
Do Afeganistão?
Da Líbia?
Cadê o protesto contra as masmorras de Abu-Ghraib que continuam funcionando a pleno vapor?
Cadê o protesto contra as masmorras de Baghran e Guantánamo?
Cadê os protestos contra a tentativa de invasão da Síria?
Quer dizer que estudantes iranianos invadem ( mas não ocupam) um embaixada que, mais do que embaixada, é um conhecido ninho de espiões e provoca tamanha celeuma?
E mutismo total contra a invasão, ocupação, saques e assassinatos em massa de populações de nações soberanas?
Onde está a autodeterminação dos povos?
Por que a ONU se cala?
Que democracias são essas que invadem países e criam centros de tortura?
Crimes por crimes ( e, por favor, não entendam isso como justificativa) quem assassinou mais, os governantes ou os invasores?
Vejam o caso da Palestina.
Invadida e ocupada por racistas que necessitam criar muros para protegê-los contra o olhar dos diferentes.
Será que os europeus que invadiram a Palestina querem terminar o trabalho que os nazistas não conseguiram?
Exterminar os semitas?
Sim!
Os palestinos são semitas, os autênticos semitas, e não a Babel euro-sionista que invadiu e ocupa o país.
Cadê os protestos da ONU?
Ato falho.
Pedir coerência à ONU é o mesmo que acreditar que países são invadidos em nome de democracias.
http://blogdobourdoukan.blogspot.com/
Inteligência iraniana impõe dura derrota à CIA-EUA 30/11/2011
Mahan Abedin |
30/11/2011, Mahan Abedin, Asia Times Online
Traduzido pelo pessoal da Vila Vudu
A prisão de 12 espiões que trabalhavam para a CIA-EUA, anunciada recentemente pelas autoridades iranianas, pode vir a revelar-se muito duro golpe contra os esforços da agência norte-americana que busca coletar informações sobre o Irã e, no geral, contra toda inteligência dos EUA. Essas prisões recentes acontecem imediatamente depois da prisão, em maio passado, de outros 30 suspeitos de também trabalharem para a CIA; e indicam que o Irã já conta com importantes capacidades de contrainteligência.
Os mais recentes sucessos iranianos são reforçados pela descoberta e desmontagem de uma cadeia de espionagem da CIA que operava dentro do grupo Hezbollah no Líbano. Todas essas notícias já foram confirmadas, muito a contragosto, por atuais e antigos funcionários da inteligência dos EUA – o que sugere fortemente que se trate, sim, de grave derrota da inteligência dos EUA, ou, mesmo, de desastre de grandes proporções.
Recentes sucessos da contrainteligência do Hezbollah contra Israel e EUA (em junho, o Hezbollah prendeu dois espiões da CIA que trabalhavam infiltrados na organização) são outros bons resultados devidos, pelo menos em parte, à crescente colaboração que o Hezbollah tem recebido da contrainteligência iraniana.
Fontes do jornal Asia Times Online em Teerã dizem que, nos últimos meses, o Ministério de Inteligência e Segurança do Irã [ing. Ministry of Intelligence and Security (MOIS)] tem-se mostrado mais disposto a partilhar técnicas e know-how extremamente sensíveis de contraespionagem, com o Hezbollah e com os serviços oficiais da inteligência do Líbano.
Quanto à prisão, no Irã, dos 12 suspeitos de espionar a serviço da CIA, além de ser indicação clara da escalada de missões clandestinas da inteligência dos EUA dentro do Irã, há duas observações necessárias. Primeira: é patente que a CIA opera hoje sob baixos padrões de qualidade, seja no recrutamento seja na gestão de seu pessoal. Segunda: há sinais de que o Ministério de Inteligência e Segurança do Irã já está conseguindo converter o Irã em espaço inacessível aos serviços de inteligência estrangeiros hostis.
Informação obtida de muitas fontes na imprensa iraniana – e confirmada por fontes de Asia Times Online em Teerã – sugere que a CIA estaria operando sem objetivo claro (‘atire para todos os lados’), e recolhendo informação de praticamente qualquer cidadão.
Em maio, circularam notícias de que haveria “operadores” do governo entre os suspeitos de espionagem então presos; agora, o ministro da Inteligência do Irã Heydar Moslehi já disse a jornalistas locais, no domingo, que não há funcionários do governo entre os 12 novos suspeitos de espionagem presos.
Falando dos bastidores da reunião semanal do Gabinete, Moslehi deu fortes indícios de que muitos, se não todos os presos recentes são ou jovens cientistas ou estudantes de famílias abastadas que viajam frequentemente ao exterior, em viagens de estudos ou para congressos e seminários científicos.
Informação que se encontra em muitos veículos da mídia iraniana ao longo dos últimos seis meses – e também confirmada por fontes de Asia Times Online em Teerã – parece indicar que, além do alvo principal (o programa nuclear iraniano e o establishment de defesa do país), a CIA opera também conta outros alvos dentro do Irã: o sistema bancário e financeiro iraniano; as redes de logística e transporte (principalmente transporte aéreo); o planejamento urbano; o setor de petróleo e gás; e a indústria de softwares, principalmente empresas privadas que criam e operam os programas especialistas usados dentro do governo iraniano.
Mais especificamente, a CIA parece interessada em descobrir e entender como o Irã está conseguindo contornar e superar as sanções internacionais e unilaterais impostas por EUA e países europeus; como e em que extensão o Irã está usando o sistema financeiro internacional para manter em andamento vários projetos críticos, e os negócios do dia-a-dia da vida do país; vulnerabilidades que haja na rede logística e de transportes; os níveis de prontidão e preparo das organizações iranianas de socorro humanitário e resposta a emergências; e, em termos mais gerais, a resistência da infraestrutura iraniana crítica que esteja disponível para operar no país no caso de grande desastre ou longo período de estresse (como, evidentemente, se o país for militarmente atacado).
Para alcançar esses objetivos, o Serviço Nacional Clandestino [ing. National Clandestine Service (NCS)] da CIA criou uma equipe dedicada de operadores e analistas, que trabalham, basicamente, em países que têm fronteiras com o Irã, mas também mais longe, especialmente em países onde vivam número significativo de estudantes iranianos, como a Malásia.
Essa rede dedicada é excepcionalmente bem treinada. Por exemplo, todos esses agentes de campo e analistas têm de ser falantes super eficientes da língua persa e ter competências de alto nível nas “trocas interculturais”.
Há sinais de que a CIA-EUA começou a construir essa vasta rede dedicada em 2003; e em meados de 2008, a maioria dos agentes já estava em campo. Tudo isso ajuda a ver a extensão e a importância dos recentes sucessos da contrainteligência do Irã, a qual, agora, já expôs, neutralizou e tornou inócuos praticamente todo o gigantesco aparato e vastos investimentos da contrainteligência da CIA-EUA no país.
Ao longo das investigações e trabalho especializado de contraespionagem, o Ministério de Inteligência e Segurança do Irã diz já ter identificado 42 oficiais do NCS-CIA que trabalham em vários países e já ter recolhido informação detalhada sobre o objetivo e a natureza de seu trabalho.
As equipes desse serviço NCS-CIA parecem trabalhar embutidas em várias organizações oficiais e não oficiais dos EUA, como embaixadas dos EUA, corporações multinacionais, organizações comerciais de porte médio, consultorias e empresas de recrutamento de empregados, serviços de imigração e outros serviços oficiais mais amplos, em universidades e instituições para-acadêmicas de renome, e em institutos, think tanks e empresas menos conhecidas.
Se se pode crer em matérias distribuídas pela imprensa online iraniana, a obsessão com cientistas e estudantes iranianos de ciências pode ter sido o calcanhar de Aquiles da operação, a partir do qual toda a operação pôde ser desmontada. Já se sugeriu que a existência de uma rede de 30 pessoas e suas sub-redes, já desmanteladas no início desse ano (anúncio feito no final de maio) chamou a atenção das autoridades iranianas graças a informações prestadas voluntariamente por um estudante iraniano que suspeitou, ao ser abordado por uma instituição para-acadêmica (que lhe ofereceu bolsas de estudo e dinheiro), na Malásia.
O Ministério de Inteligência e Segurança do Irã passou então a investigar aquela instituição e rapidamente descobriu que mantinha contato direto com a CIA. A partir daí, a investigação ganhou fôlego e, em pouco tempo, mais de trinta suspeitos de atividades de espionagem foram identificados e localizados.
Já se sabe que 75% dos acusados de espionagem esse ano têm altas qualificações acadêmicas. Por um lado, pode sugerir novidade na abordagem pela CIA, que agora andaria à caça de cientistas iranianos e estudantes mais bem dotados, pensando em recolher informações a serem utilizadas em curto e médio prazos.
Mas, por outro lado, o fato de estarem sendo abordados estudantes “em geral” (não agentes ou funcionários do governo que têm acesso a informação de melhor qualidade), indicam, também, que a CIA está sem rumo, pressionada pelo tempo e pelo desespero; indica que a Agência não está em condições de selecionar melhor nem a informação que mais lhe interesse nem o melhor informante a recrutar, e tem de operar com recrutas “de baixo nível”, na esperança de poder “aquecer” rapidamente esses agentes “frios”, uma vez que esses estudantes e cientistas só muito raramente têm acesso a qualquer tipo de informação realmente classificada – além de serem alvos sempre expostos às investigações dos serviços da inteligência iraniana.
Não há dúvidas de que, depois desse mais recente sucesso da inteligência do Irã, as próprias organizações iranianas (entre as quais os serviços de inteligência do Corpo de Guardas da Revolução Islâmica, mas, igualmente, todo o establishment iraniano de defesa) estão em melhores condições para operar, livres de inúmeros espiões dos EUA e, em todos os casos, mais seguros do que antes.
Além do mais, pode-se dizer que, quanto mais a CIA vê-se obrigada a baixar os critérios de exigência e a ter de recrutar agentes “frios”, a própria CIA passa a expor-se a riscos maiores, no longo prazo, e mais difícil vai-se tornando a operação dentro do Irã, uma vez que já está bem provado que o Ministério de Inteligência e Segurança do Irã é, sim, perfeitamente capaz de desmontar as redes norte-americanas de espionagem e, como se viu, bem no início daquelas operações.
Em resumo, parece haver hoje certa disparidade entre as tentativas de escalada, nos movimentos de espionagem da CIA no Irã, e a eficácia das respostas de contraespionagem que saem do Ministério de Inteligência e Segurança do Irã. Não parece haver qualquer dúvida de que, hoje, os espiões iranianos estão vencendo essa disputa.
Contudo, apesar de haver progressos muito visíveis nas capacidades de contraespionagem no Irã, o país ainda não alcançou o ponto em que as atividades de espionagem dentro do país tornem-se proibitivas custosas, a ponto de agências ocidentais não conseguirem operar lá. De fato, hoje, todos os serviços secretos dos principais países ocidentais, do Leste Europeu, dos EUA e de Israel ainda operam, ou diretamente dentro do Irã, ou fora, associados a elementos da diáspora iraniana.
Seja como for, há claros sinais no ar de que, em termos exclusivamente de guerra de inteligência (que nada tem a ver com ações de sabotagem e “assassinatos pré-definidos” [targeted assassinations]), o Irã já começou a virar o jogo
Operação Ágata III fecha fronteiras ao tráfico de drogas 30/11/2011
Na linha de fronteira com a Bolívia, principal ponto de entrada da cocaína para o Brasil e outros países, a presença de policiamento é maciça. No Posto Esdras, na divisa com o país vizinho, por exemplo, barreira do Exército dá suporte a agentes da Polícia Federal e fiscais da Receita Federal. Com o emprego de cães farejadores, a Federal realiza fiscalização de veículos em busca de drogas e produtos contrabandeados. Várias apreensões já foram feitas.
Além do Esdras, a presença de tropas militares é intensa no entroncamento da Estrada Parque, Lampião Aceso e Buraco das Piranhas, na BR-262, que liga Corumbá a Campo Grande. Unidades móveis do Exército também patrulham várias estradas vicinais que podem ser utilizadas como rotas alternativas do tráfico em virtude do fechamento de rodovias.
Ônibus saindo de Corumbá com destino à Campo Grande estão passando por rigorosa revista no Lampião Aceso, com a checagem de documentos pessoais de passageiros e bagagens. Todo esse trabalho executado por forças terrestres é apoiado por aeronaves da Força Aérea, inclusive da Base Aérea de Campo Grande, apesar de os principais meios aéreos empregados pela FAB estarem concentrados na Base Aérea de Porto Velho.
Ainda no Mato Grosso do Sul, a ação das Forças Armadas está se desenrolando nos municípios fronteiriços com o Paraguai, por onde também entram drogas, especialmente maconha, e o contrabando.
Segundo o titular do Comando Militar do Oeste (CMO) e também principal comandante da Ágata III na região, general de exército João Francisco Ferreira, a operação está conseguindo cumprir os seus objetivos de levar maior segurança às regiões de fronteira, inibindo o crime organizado. Ele retornou ontem pela manhã à Campo Grande, depois de ter realizado viagem de inspeção à Corumbá e outras localidades. O general destacou que um dos grandes diferenciais dessa operação é o trabalho interagências, ou seja, a atuação integrada com outros órgãos, como a Agência Brasileira de Inteligência (Abin) e órgãos estaduais de segurança pública.
FONTE: Correio do Estado
O ASSALTO DO FMI, BCE & UE A PORTUGAL 30/11/2011
Portugal terá de pagar juros de 34,4 mil milhões de euros pelo salvamento de 78 mil milhões acordado este ano com o FMI, BCE & UE – ou seja, o total a ser devolvido aos ditos "salvadores" será de 112,4 mil milhões de euros (juros+principal). Um salvamento assim é como atar um peso de chumbo a alguém que esteja a afogar-se. Tal empréstimo jamais poderá ser pago – o objectivo deliberado da troika foi submeter o país de modo permanente à servidão da dívida.
A verdadeira saída para esta situação, a única que atende realmente aos interesses do povo português, é a recuperação da soberania monetária do país e a libertação das peias da UE. Os custos da saída do euro são inferiores aos custos da permanência no mesmo, com a consequente escravização eterna à ditadura do capital financeiro.
A verdadeira saída para esta situação, a única que atende realmente aos interesses do povo português, é a recuperação da soberania monetária do país e a libertação das peias da UE. Os custos da saída do euro são inferiores aos custos da permanência no mesmo, com a consequente escravização eterna à ditadura do capital financeiro.
Reino Unido expulsa diplomatas iranianos de Londres 30/11/2011
O ministro britânico das Relações Exteriores, William Hague, ordenou nesta quarta-feira o fechamento imediato da embaixada iraniana no Reino Unido e deu um prazo de 48 horas para que todos funcionários da diplomacia iraniana deixem Londres.
A decisão foi tomada em resposta à invasão, na terça-feira, da embaixada britânica em Teerã, que também foi fechada e teve seus diplomatas retirados do Irã.
Em pronunciamento diante do Parlamento, Hague disse que isso não significa o corte total das relações com Teerã, apesar de reconhecer que as relações entre os dois países estão no nível mais baixo possível.
"O representante iraniano em Londres está sendo informado agora que nós solicitamos o imediato fechamento da embaixada iraniana em Londres e que todos os funcionários diplomáticos iranianos têm de deixar o Reino Unido dentro de 48 horas", disse William Hague ao Parlamento.
"Nós fechamos agora a embaixada britânica em Teerã. Decidimos remover todos os nossos funcionários e, nos últimos minutos, o último de nossos funcionários que são do Reino Unido partiram do Irã", informou Hague.
O minitro britânico afirmou ainda que o ataque à embaixada não poderia ter ocorrido sem "algum grau de consentimento" do regime iraniano.
"Se algum país torna impossível para nós operarmos em seu solo, eles não podem esperar ter uma embaixada em funcionamento aqui", disse Hague aos parlamentares.
Mais cedo, nesta quarta-feira, o primeiro-ministro britânico David Cameron disse que está considerando tomar "medidas muito severas" e alertou o governo iraniano sobre as "sérias consequências". Ele afirmou que sua principal preocupação é garantir a segurança dos funcionários da embaixada britânica.
"Depois disso, vamos considerar tomar medidas muito severas em resposta a esse comportamento completamente inaceitável e vergonhoso por parte dos iranianos", disse Cameron ao Parlamento.
ATAQUES
Dezenas de manifestantes islamitas radicais atacaram, ocuparam e saquearam na terça-feira a embaixada do Reino Unido em Teerã para protestar contra as sanções aplicadas ao Irã por seu polêmico programa nuclear.
Os manifestantes estilhaçaram vidros e incendiaram um carro. Segundo relatos, o grupo composto em sua maioria por militantes estudantis retiraram a bandeira britânica do haste, atearam fogo e subiram a bandeira nacional do Irã no lugar.
O ministério das Relações Exteriores iraniano lamentou os fatos e afirmou que os autores dos saques serão levados à Justiça.
Em sua disputa com o Ocidente, o presidente iraniano, Mahmoud Ahmadinejad, e seus ministros têm resistido em interromper seu programa nuclear, que afirmam ter fins pacíficos.
Países ocidentais acreditam que o objetivo do programa nuclear iraniano é construir uma arma nuclear, o que Teerã nega.
A decisão foi tomada em resposta à invasão, na terça-feira, da embaixada britânica em Teerã, que também foi fechada e teve seus diplomatas retirados do Irã.
Em pronunciamento diante do Parlamento, Hague disse que isso não significa o corte total das relações com Teerã, apesar de reconhecer que as relações entre os dois países estão no nível mais baixo possível.
"O representante iraniano em Londres está sendo informado agora que nós solicitamos o imediato fechamento da embaixada iraniana em Londres e que todos os funcionários diplomáticos iranianos têm de deixar o Reino Unido dentro de 48 horas", disse William Hague ao Parlamento.
Atta Kenare/France Presse | ||
Manifestantes iranianos invadem embaixada britânica em Teerã e trocam a bandeira do Reino Unido pela iraniana |
O minitro britânico afirmou ainda que o ataque à embaixada não poderia ter ocorrido sem "algum grau de consentimento" do regime iraniano.
"Se algum país torna impossível para nós operarmos em seu solo, eles não podem esperar ter uma embaixada em funcionamento aqui", disse Hague aos parlamentares.
Mais cedo, nesta quarta-feira, o primeiro-ministro britânico David Cameron disse que está considerando tomar "medidas muito severas" e alertou o governo iraniano sobre as "sérias consequências". Ele afirmou que sua principal preocupação é garantir a segurança dos funcionários da embaixada britânica.
"Depois disso, vamos considerar tomar medidas muito severas em resposta a esse comportamento completamente inaceitável e vergonhoso por parte dos iranianos", disse Cameron ao Parlamento.
ATAQUES
Dezenas de manifestantes islamitas radicais atacaram, ocuparam e saquearam na terça-feira a embaixada do Reino Unido em Teerã para protestar contra as sanções aplicadas ao Irã por seu polêmico programa nuclear.
Os manifestantes estilhaçaram vidros e incendiaram um carro. Segundo relatos, o grupo composto em sua maioria por militantes estudantis retiraram a bandeira britânica do haste, atearam fogo e subiram a bandeira nacional do Irã no lugar.
O ministério das Relações Exteriores iraniano lamentou os fatos e afirmou que os autores dos saques serão levados à Justiça.
Em sua disputa com o Ocidente, o presidente iraniano, Mahmoud Ahmadinejad, e seus ministros têm resistido em interromper seu programa nuclear, que afirmam ter fins pacíficos.
Países ocidentais acreditam que o objetivo do programa nuclear iraniano é construir uma arma nuclear, o que Teerã nega.
Hackers atacam sites do governo português 30/11/2011
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DA EFE
A polícia de Portugal está investigando ataques a sites de vários organismos oficiais do governo na madrugada desta quarta-feira, que ficaram inacessíveis durante horas. Um porta-voz da polícia judiciária portuguesa informou à agência Efe que estão "investigando e adotando as medidas necessárias" para identificar a origem dos ataques, que os jornais locais atribuíram a hackers relacionados a grupos internacionais LulzSec e Anonymous.
Os sites do Parlamento, do Ministério das Finanças e da polícia de Segurança Pública foram afetados, mas já voltaram a funcionar normalmente, indica a imprensa local.
Embora a polícia não tenha divulgado suas suspeitas, os jornais cogitam que por trás do boicote está a vertente portuguesa do LulzSec, um grupo internacional de hackers, acusado de praticar outras ações antissistema em diversos países.
Nos últimos dias, Portugal sofreu ataques desse tipo, entre eles a divulgação de dados pessoais de policiais, provavelmente em resposta aos incidentes ocorridos entre a polícia e os manifestantes do movimento dos indignados luso.
Por meio de rede sociais, o LulzSec de Portugal assumiu a autoria de várias ações, ameaçou atacar novamente páginas oficiais portuguesas e garantiu que reúne vários hackers relacionados com outro grupo perseguido pela polícia de vários países, o Anonymous.
Os ataques desta quarta-feira coincidem com a votação do Parlamento dos drásticos orçamentos do Estado luso para 2012, um projeto de cortes significativos no setor público e de aumento generalizado dos impostos que suscitou fortes críticas por seu impacto social.
Os sindicatos lusos majoritários organizaram na semana passada uma greve geral em rejeição as medidas de austeridade.
Islândia é o 1º país da Europa Ocidental a reconhecer Palestina 30/11/2011
A Islândia tornou-se nesta quarta-feira o primeiro país da Europa Ocidental a reconhecer os territórios palestinos como um Estado independente, informa o jornal israelense "Haaretz".
A medida foi aprovada por 38 votos, num Parlamento de 63 assentos, no mesmo dia em que a ONU (Organização das Nações Unidas) celebra seu anual "dia de solidariedade" com o povo palestino.
"A Islância é o primeiro país da Europa Ocidental a tomar este passo. Eu tenho agora a autoridade formal para declarar nosso reconhecimento da Palestina", disse o chanceler islandês, Ossur Skarphedinsson à emissora de TV estatal RUV.
Na sede das Nações Unidas, o delegado observador palestino Riyad Mansour reafirmou a determinação da ANP (Autoridade Nacional Palestina), de buscar sua adesão como membro pleno da entidade, conforme o pedido que movimentou a comunidade internacional neste ano.
"Ao mesmo tempo, o Parlamento exorta israelenses e palestinos a buscarem um acordo de paz com base na legislação internacional e as resoluções da ONU, que incluam o reconhecimento mútuo do Estado de Israel e do Estado da Palestina", diz o texto aprovado pelo Parlamento islandês.
+ Canais
A medida foi aprovada por 38 votos, num Parlamento de 63 assentos, no mesmo dia em que a ONU (Organização das Nações Unidas) celebra seu anual "dia de solidariedade" com o povo palestino.
"A Islância é o primeiro país da Europa Ocidental a tomar este passo. Eu tenho agora a autoridade formal para declarar nosso reconhecimento da Palestina", disse o chanceler islandês, Ossur Skarphedinsson à emissora de TV estatal RUV.
Na sede das Nações Unidas, o delegado observador palestino Riyad Mansour reafirmou a determinação da ANP (Autoridade Nacional Palestina), de buscar sua adesão como membro pleno da entidade, conforme o pedido que movimentou a comunidade internacional neste ano.
"Ao mesmo tempo, o Parlamento exorta israelenses e palestinos a buscarem um acordo de paz com base na legislação internacional e as resoluções da ONU, que incluam o reconhecimento mútuo do Estado de Israel e do Estado da Palestina", diz o texto aprovado pelo Parlamento islandês.
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S&P corta nota de bancos dos EUA e eleva 2 da China 30/11/2011
Classificação de risco dos bancos brasileiros foram mantidos; no total foram revisadas as notas de 37 bancos
HONG KONG - A agência de classificação de risco Standard & Poor's afirmou que o rebaixamento de seis das maiores instituições financeiras dos EUA e a elevação de dois bancos da China reflete uma mudança fundamental no cenário bancário global em favor da Ásia.
Ontem a S&P revisou os ratings de 37 bancos globais, inclusive brasileiros. Os ratings de Bradesco, Itaú Unibanco e Banco do Brasil foram mantidos em BBB, enquanto o da unidade brasileira do Santander passou de BBB- para BBB, com perspectiva estável.
Segundo a S&P, a grande disposição dos governos asiáticos de estimular seus sistemas financeiros, somada às altas taxas de poupança, guiaram a decisão da agência. A S&P elevou os ratings do Bank of China e do China Construction Bank, ao mesmo tempo que cortou as classificações dos gigantes norte-americanos JPMorgan Chase & Co., Bank of America, Citigroup, Wells Fargo, Goldman Sachs, Morgan Stanley, entre outros grandes bancos dos EUA.
"O dinheiro está fluindo para os mercados emergentes, portanto a saúde de seus sistemas financeiros está continuamente melhorando, enquanto no Ocidente os bancos estão se debatendo com muitas questões", comentou Ritesh Maheshwari, o principal gerente de análise de ratings do setor financeiro da região Ásia-Pacífico da S&P.
Os bancos europeus foram menos afetados do que os norte-americanos pela revisão da S&P, já que a maior parte das grandes instituições financeiras da Europa teve seus ratings mantidos - como BNP Paribas, Credit Agricole e Deutsche Bank. Essa decisão foi tomada mesmo sabendo-se que muitos bancos europeus são bastante expostos à crise soberana da região e são dependentes de financiamento de curto prazo.
A revisão da S&P atingiu 37 instituições financeiras globais. Além dos dois bancos chineses que tiveram seus ratings elevados, 15 bancos foram rebaixados e 20 foram mantidos. Veja nota distribuída ontem no AE News às 21h18 (de Brasília).
As informações são da Dow Jones.
Fluxo cambial é positivo em US$ 686 milhões em novembro até 25 30/11/2011
Na 4ª semana do mês, porém, País teve saída de US$ 521 milhões, que foi ocasionada pela conta financeira
BRASÍLIA - O fluxo de dólares para o Brasil seguiu negativo na quarta semana de novembro, entre os dias 21 e 25. Dados apresentados nesta quarta-feira, 30, pelo Banco Central mostram que US$ 521 milhões deixaram o País na semana passada. Com esse resultado, o fluxo de dólares no acumulado do mês até a última sexta-feira, dia 25, está positivo em US$ 686 milhões.
Segundo o BC, a saída dos recursos na semana passada acontece exclusivamente pela conta financeira, que registrou saldo líquido negativo de US$ 1,966 bilhão. A cifra é resultado de saídas de US$ 6,330 bilhões e ingressos de US$ 4,364 bilhões.
Nesses valores, estão contabilizadas operações como investimentos em bolsa de valores e títulos de renda fixa, investimentos produtivos, empréstimos e remessas de lucros e dividendos, entre outras. No mês até o dia 25, o fluxo financeiro está negativo em US$ 2,157 bilhões.
Na conta comercial, a quarta semana do mês acumulou ingresso líquido de US$ 1,444 bilhão, resultado de exportações de US$ 6,036 bilhões e importações de US$ 4,591 bilhões. Em novembro até o dia 25, a conta comercial registra entrada líquida de US$ 2,843 bilhões.
No acumulado do ano até 25 de novembro, o fluxo cambial está positivo em US$ 68,850 bilhões, sendo que a conta comercial foi responsável pelo ingresso de US$ 42,584 bilhões e o segmento financeiro registrou entrada de US$ 26,266 bilhões.
União Europeia atinge pior nível de desemprego em 2011 30/11/2011
O índice de desemprego na zona do euro ficou 10,3% em outubro, o que equivale a 16,3 milhões de pessoas sem emprego. No conjunto da União Europeia, a taxa foi um pouco menor: 9,8%. São os índices de desocupação mais altos medidos neste ano, no qual a Europa é sacudida pela crise econômica internacional.
Segundo dados do Eurostat, o escritório comunitário de estatística, quase 23,6 milhões de pessoas estão desempregadas na UE, sendo que os piores casos são o da Espanha, com 22,8% de desemprego, seguido pela Grécia, com 18,3% (dado de agosto de 2011) e Letônia, com 16,2% no segundo trimestre deste ano.
No outro extremo, a Áustria liderou a lista dos estados-membros com menor desocupação, 4,1%, números similares aos de Luxemburgo, com 4,7%, e Holanda, com 4,8%. Em termos anualizados, os 12 países da UE conseguiram diminuir a taxa de desemprego, que aumentou em 15.
Estônia conseguiu reduzir o desemprego em 4,8 pontos percentuais, para 11,3%, entre o terceiro trimestre de 2010 e de 2011, enquanto na Lituânia o percentual recuou 3,3 pontos no mesmo período.
Por outro lado, o desemprego cresceu na Grécia 5,4 pontos entre agosto deste ano e do ano passado, o maior aumento entre os 27, seguido pelo incremento de 2,3 pontos na Espanha entre outubro de 2011 e o mesmo mês do ano anterior.
Por gênero, o desemprego entre os homens aumentou de 9,9% para 10% na zona do euro, e de 9,6% para 9,7% no global da UE. O desemprego feminino foi maior, subiu de 10,4% para 10,6% nos países que compartilham o euro e de 9,7% para 9,9% no conjunto da União.
Além disso, em outubro houve crescimento no desemprego entre os jovens em termos anualizados, de 20,6% para 21,4% na eurozona e de 20,9% para 22% na UE. Quase 5,5 milhões de jovens (menores de 25 anos) estão em situação de desemprego na UE e 3,3 milhões na zona do euro.
Pelos cálculos do Eurostat, 222 mil jovens perderam emprego entre outubro de 2010 e outubro de 2011 nos 27 países, 141 mil deles nos países que compartilham o euro. Espanha e Grécia, com 48,9% e 45,1%, respectivamente, foram os dois europeus com maiores níveis de desemprego juvenil, dados bem superiores aos da Holanda (8,2%) e Alemanha (8,5%), os países as taxas mais baixas.
Fonte: Opera Mundi
Exclusivo: Chevron “economizou” sapata e não cumpriu projeto de perfuração de poço que vazou30/11/2011
O Estudo de Impacto Ambiental apresentado ao IBAMA, elaborado com base nas informações técnicas formuladas para o plano de exploração de Frade, entregue pela Chevron à Agência Nacional de Petróleo, prevê expressamente a instalação de duas sapatas e selagens para evitar a subida do óleo para o trecho superior da rocha.
A primeira sapata foi construída a cerca de 1800 metros de profundidade (e 567 metros abaixo do solo marinho), como previa o plano. Ela é a que foi mostrada pela própria Chevron, nos diagramas exibidos semana passada na Câmara dos Deputados. Foi logo abaixo dela, segundo a empresa, que o óleo penetrou pelas fissuras do solo marinho.
O que a Chevron não disse à imprensa, aos deputados e à sociedade é que deveria existir uma segunda sapata situada algumas centenas de metros abaixo daquela, capaz de sustentar a coluna de tubos de 9 5/8 polegadas e vedar o espaço entre estes tubos e a perfuração de 12 1/4 polegadas, impedindo a ascenção do petróleo por fora da tubulação.
Esta sapata – que seria também submetida, segundo o plano, a “testes de selo”, para verificar sua capacidade de vedação – simplesmente não foi construída.
Veja no quadro do projeto apresentado pela Chevron que ela estaria situada entre 2050 a 2600 metros (a sigla TVDSS significa True Vertical Depth Sub Sea, profundidade real submarina) e deveria ser capaz de resistir a pressões súbitas (explosões) de mais de seis mil PSI, ou algo como 420 quilogramas-força por centímetro quadrado.
Esta sapata e a vedação jamais existiram, apesar
de o poço já ter atingido 3.329 metros de profundidade. Evidentemente, também não o teste de selo.
Só a partir daí, segundo o plano apresentado pela Chevron, é que a perfuração seria feita com a broca de 8 ½ polegadas, que é o diâmetro convencional da chamada “fase final” de um poço de petróleo, aquela que toca o reservatório subterrâneo de óleo. Esta fase não possui revestimento, o que é chamado de “poço aberto” no jargão técnico. No seu depoimento á Comissão de Meio Ambiente, o presidente da Chevron-Brasil (?), o Sr. Charles Buck, admitiu que a broca usada no momento do acidente era a de 8 ½ polegadas.
Na perfuração executada pela Chevron, a situação era de “poço aberto” a partir de 567 metros abaixo do solo marinho. Embora o ponto provável de ruptura tenha sido abaixo da sapata situada neste nível, pode ter ocorrido em outro, em razão da grande extensão – comprimento vertical + horizontal, conhecido tecnicamente como TD(MD) – aumentada pelo fato de o poço fazer duas longas curvas (dog legs, na linguagem técnica) e ter um trecho horizontal. Se os diagramas apresentados pela Chevron tiverem proporção correta, é possível estimar esta extensão em mais de três quilômetros sem revestimento ou vedação.
E isso numa formação geológica cheia de fraturas e fissuras, o que é admitido no estudo e provocou até a mudança de direção de três poços perfurados em Frade.
Mas o que poderia ter feito a Chevron não implantar a sapata de sustentação e vedação?
Não é possível dizer, mas é natural que se avalie a vantagem de não o fazer: economia.
Uma sapata com esta resistência custa algo como R$ 1 milhão, o que somado ao tempo de parada na perfuração, em razão dos custos fixos, pode quadruplicar, pelo menos, de valor. Só o aluguel da sonda – mesmo a “baratinha” que utilizaram – é equivalente a cerca de R$ 500 mil por dia e ela não pode perfurar enquanto não se completa a cimentação, espera-se o tempo de “pega” do cimento e se realizam os testes de selagem.
O campo de Frade é conhecido desde 1986 e nele não se espera o encontro de reservatórios em altíssima pressão, o que pode ter levado, sim, a Chevron a subestimar a possibilidade de que o poço fosse submetido a elevados esforços e, portanto, corresse o risco de não criar um segundo nível de vedação.
Um dos engenheiros especializados em perfuração a quem este blog apresentou os dados da Chevron afirma:
“A Chevron sabia da existência de várias fraturas e falhas em todo o Campo de Frade (está no seu plano de desenvolvimento para a ANP). A profundidade que temos que analisar é a da cota vertical de 2279 m. Para perfurar nesta profundidade a Chevron teve que usar pressão acima da pressão de abertura das falhas ou fraturas existente no Campo.
A ocorrência do kick (perda de fluido para formação) é a prova que atingiu a pressão de fratura. Não necessariamente, como a Chevron disse, fratura na sapata. Pode ter ocorrido em qualquer ponto entre 3329 m da profundidade do poço (ou 2279 m medida na vertical) e 567 m, a partir de onde o poço estava revestido e a lama de perfuração não tinha mais contato com as camadas superiores (da rocha). Isto não teria ocorrido caso a Chevron tivesse posto outra sapata e revestido o poço antes de atingir o reservatório. Neste caso, todo poço estaria isolado das fraturas e falhas, ou seja, não poderiam ser atingidas pelo fluido de perfuração.
O kick relatado pela Chevron não é uma ocorrência anormal na perfuração. Ao contrário, é bastante comum. Para preveni-lo, instalam-se equipamentos que se destinam a minimizar seus efeitos: o blowout preventer, um conjunto de válvulas que impede que ele suba pela tubulação e “estoure” a cabeça submarina do poço.Mas há outros, como as linhas de choke, que aumentam, através do manejo de válvulas, a pressão da coluna de lama que se contrapõe à pressão do petróleo ascendente durante um kick.
Além das linhas de choke, estava prevista a existência de uma linha de kill , que é uma espécie de redundância da linha de choke, mas com a capacidade de “matar” – ou seja, vedar completamente- o poço.
Nem a Chevron, nem a a ANP deram, ainda, quaisquer explicações sobre existirem estes sistemas previstos e a eventual falha em sua operação.
Daqui a pouco, na Comissão de Minas e Energia, a Chevron e a ANP serão duramente questionadas a partir destas informações.
Elas estão documentadas na cópia do relatório que será ali apresentada.
Agora há um dado concreto: a Chevron não fez o que prometeu ao IBAMA e à ANP no plano de perfuração, que foi avaliado por estes órgãos.
Não há plano de contingência ou fiscalização possível em poços no oceano, distantes centenas de quilômetros do litoral, se a empresa que os perfura não segue os procedimentos de segurança que ela própria apresentou às autoridades.
Não seria possível esperar que um fiscal da Prefeitura estivesse ali, todo o tempo ao lado da betoneira, durante a construção do Palace 2, vendo se a areia que a empresa de Sérgio Naya estava usando no concreto não era areia do mar.
Estamos fornecendo os elementos para a investigação de um comportamento fraudulento de uma concessionária da exploração de um bem público. Que, com o acidente, passou dos limites de simples fraude para o de um crime ambiental que, pela sorte e pelas correntes marinhas, ficou na escala do imenso e não do gigantesco.
Ele precisa ser apurado e cremos ter feito a nossa parte
http://www.tijolaco.com/
terça-feira, 29 de novembro de 2011
"BNDES estuda financiar empresas nacionais que operam no exterior" 28.11.11
O vice-presidente do BNDES, João Carlos Ferraz, afirmou que a instituição oficial está discutindo com o Banco Central a oportunidade de financiar empresas nacionais que operam fora do Brasil. Após palestra realizada em São Paulo, na Câmara Portuguesa de Comércio no Brasil, o executivo não deu mais detalhes sobre o tema.Ao ser questionado por um empresário se o BNDES vai liberar financiamentos para empresas brasileiras atuarem em privatizações em Portugal, Ferraz disse que bons projetos serão apoiados. Ele ressaltou que o banco já dispõe de uma linha de crédito para internacionalização de empresas brasileiras.Ferraz enfatizou, contudo, que o suporte financeiro do BNDES independe se é destinado para operações de privatização ou não, pois os critérios mais importantes para a colaboração do banco são a qualidade do projeto e o benefício que ele pode trazer à sociedade brasileira.Ele disse ainda que, dado a demanda de investimentos existente, o Banco "não será capaz de segurar a onda de financiamentos sozinho". E isso, declarou, ressalta a importância da ampliação de outras fontes de financiamento privado de longo prazo.Ferraz afirmou que os desembolsos do BNDES devem chegar perto de R$ 140 bilhões no final do ano. Ferraz disse que é possível que em dois anos, quando a taxa de juro nominal estiver abaixo de 10% ao ano, os bancos atuem com mais intensidade em projetos de financiamento de longo prazo.Segundo Ferraz, 20% dos investimentos no Brasil são alavancados por financiamentos da instituição. "Dez por cento dos empregos gerados durante os investimentos estão relacionados com financiamentos desembolsados pelo banco", comentou. Ele ressaltou que houve uma decisão política do governo de reduzir a velocidade de concessão de créditos a fim de promover a ampliação dos empréstimos para projetos de longo prazo por instituições privadas. "Houve uma decisão política nesse sentido e queremos promover o 'crowding in'", disse.De acordo com o BNDES, os desembolsos no ano passado atingiram R$ 143,7 bilhões e chegaram a R$ 132,2 bilhões de janeiro a setembro deste ano. Ferraz destacou que essa modalidade de liberação de recursos deve atingir perto de R$ 140 bilhões em 2011.Ferraz também afirmou que o banco tem processos de concessão de crédito muito rigorosos, o que faz com que seu desempenho financeiro seja muito positivo e ajuda a financiar o desenvolvimento do País com projetos de longo prazo. "A inadimplência dos financiamentos do BNDES é quase desprezível, pois atinge 0,12%."
"Brasil terá investimentos de R$ 300 bi ao ano até 2022" 28.11.11
O Brasil deve receber investimentos de R$ 300 bilhões por ano nos próximos 10 anos, a partir de 2012, conforme estimativa da Brasil Investimentos & Negócios (BRAiN). O montante inclui todos os tipos de aportes de capital, tais como investimento direto, ofertas públicas iniciais de ações (IPO, na sigla em inglês) etc.O mercado de capitais será uma importante fonte de investimentos, na opinião do presidente da BRAiN, Paulo Oliveira. "Diante do processo de desalavancagem dos bancos e com a escassez do dinheiro no mundo, o mercado de capitais vai fazer a diferença entre os recursos públicos e privados", analisou ele, em conversa com jornalistas.De acordo com ele, o capital previsto para entrar no Brasil ajudará a América Latina a se tornar uma potência, com maior crescimento do mundo e mais espaço para expansão. Como exemplo, Oliveira lembrou que os ativos bancários, somados ao valor das empresas de capital aberto, ao patrimônio das gestoras de recursos e aos prêmios de seguros na América Latina correspondem a 5% do volume global. "A região é a última da lista quando totalizados esses quatro indicadores. Europa responde por 50%, Ásia por 30% e EUA por 15%", explicou ele.Segundo Oliveira, a América Latina teve crescimento anual médio de 20% em cada um desses quatro indicadores nos últimos cinco anos. "É o maior crescimento no mundo e aonde a penetração no Produto Interno Bruto (PIB) ainda é menor", avaliou ele. "Esta é uma grande oportunidade de a América Latina financiar o seu crescimento e é interesse do Banco Mundial torná-la uma potência sustentável", concluiu.Os R$ 300 bilhões em investimentos serão utilizados, segundo Oliveira, para financiar os jogos Olímpicos (Copa e Olímpiadas), crescimento orgânico das empresas, Plano de Aceleração do Crescimento (PAC), Minha Casa, Minha Vida, Pré-Sal, entre outros.O executivo participou da primeira reunião do Conselho Consultivo da BRAiN, realizada em São Paulo, onde também foi apresentado o acordo de cooperação técnica entre a entidade e a Comissão de Valores Mobiliários (CVM).
"Protecionismo ainda deve aumentar com a crise" 28.11.11
"A concorrência nos próximos anos será feroz em qualquer mercado", disse o vice-presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento (BNDES), João Carlos Ferraz. Para ele, a crise que tem como epicentro as economias europeias terá longa duração e deve atingir, com "diferentes velocidades", mercados de fora do velho continente - e nem mesmo os emergentes mais fortes como os Brics estariam imunes. "O cenário comercial instável deve ser um dos piores já vistos. Essa desaceleração na economia deve influenciar o protecionismo e a busca por mercados consumidores", afirmou.O executivo do BNDES lembrou, durante evento na Câmara Portuguesa de Comércio no Brasil, que até existem linhas de crédito específicas para investimentos no exterior, mas que essas apoiam empresas nacionais que buscam a internacionalização. Ainda assim, segundo Ferraz, elas custam mais caro para a empresa, em comparação àquelas que buscam crédito para investir no país.Ferraz destacou que entre as frentes de investimento necessárias para o fortalecimento do país a educação é um dos maiores gargalos, em oposição à infraestrutura, com investimentos - principalmente por parte do BNDES - mais consolidados. Segundo ele, a meta é investir na educação de tal maneira que, em 2022, o número de alunos no ensino médio no país atinja a média internacional. "A meta é estar na média com muito investimento nesses dez anos", diz.
'Rússia envia navios de guerra para base na Síria" 28.11.11
A Rússia está enviando uma frota de navios de guerra para sua base naval na Síria, em uma demonstração de força que sugere que o governo russo está disposto a defender seus interesses no país, à medida que cresce a pressão internacional sobre o ditador Bashar al Assad.O jornal "Izvestia" divulgou nesta segunda-feira, citando o almirante russo aposentado Viktor Kravchenko, que a Rússia planeja enviar seu porta-aviões Almirante Kuznetsov e um navio patrulha, uma embarcação antissubmarino e outros navios."Ter qualquer força militar além da Otan é muito benéfico para a região, uma vez que impede a eclosão de conflitos armados", disse Kravchenko, que foi chefe da equipe da Marinha de 1998 a 2005, segundo o "Izvestia".Um porta-voz da Marinha, citado pelo jornal, confirmou que os navios de guerra russos seriam deslocados para a base de manutenção que a Rússia mantém na costa síria perto de Tartus, mas disse que a viagem não tem nada a ver com a revolta contra Assad.O jornal disse que o porta-aviões Almirante Kuznetsov seria armado com pelo menos oito caças Sukhoi-33, vários caças MiG-29K e dois helicópteros.
Sanções da Liga Árabe e pedidos da França para a criação de zonas humanitárias na Síria aumentaram a pressão internacional sobre Assad para acabar com a repressão, que segundo as Nações Unidas já causou a morte de 3.500 pessoas durante nove meses de protestos contra seu governo.A Rússia, que tem uma base de manutenção naval na Síria e cujo comércio de armas com o país rende milhões de dólares por ano, juntou-se à China no mês passado para vetar uma resolução do Conselho de Segurança da ONU, apoiada pelo Ocidente, condenando o regime de Assad.
segunda-feira, 28 de novembro de 2011
Morre aos 85 anos Lana Peters, filha de Stálin 28/11/2011
Nascida Svetlana Alliluyeva, filha de líder soviético causou furor ao se mudar para os EUA em plena Guerra Fria
A filha do líder da União Soviética Josef Stálin, cuja deserção para o lado ocidental durante a Guerra Fria (1945 - 1991) provocou constrangimento entre os comunistas, morreu aos 85 anos em Wisconsin, nos Estados Unidos. Foto: AP
Lana Peters em estrada localizada em Richland Center, Wisconsin, em abril de 2010
Sua deserção em 1967 - que, segundo ela, foi em parte motivada pelo tratamento de seu ex-marido Brijesh Singh recebia das autoridades soviéticas - causou um furor internacional. Mas Lana disse que sua identidade era mais do que ter mudado de um lado para o outro na Guerra Fria. Ela até chegou a retornar à União Soviética nos anos 1980, porém voltando aos EUA mais de um ano depois.
Lana escreveu em 1963 um livro de memórias sobre sua vida na Rússia. "Vinte cartas a um amigo" foi publicado meses depois de sua chegada nos EUA e se tornou um best-seller.
Quando deixou a União Soviética em 1966 e foi para a Índia, ela pretendia deixar as cinzas do seu falecido terceiro marido, um indiano, e retornar. Mas em vez disso, ela pediu para asilo à Embaixada dos EUA em Nova Déli. Depois de uma breve estada na Suíça, foi embora para os EUA.
Em meio à sua chegada em Nova York em 1967, Svetlana, então com 41 anos, disse: "Eu vim aqui para buscar a auto expressão que me foi negada por tanto tempo na Rússia." Ela disse que tinha chegado a duvidar do comunismo ensinado a ela conforme crescia e acreditava que não existiam capitalistas ou comunistas, mas somente pessoas boas e más. Ela também encontrou religião e disse ser impossível "existir sem Deus no coração".
No livro, ela recorda seu pai, que morreu em 1953, depois de governar a nação por 29 anos, como um homem distante e paranico.
O premiê soviético Alexi Kosygin a denunciou como "moralmente instável" e uma "pessoa doente" acrescentando que "só podemos dar nossa piedade àqueles que desejam usá-la para qualquer objetivo político ou para qualquer objetivo de desacreditar o Estado soviético".
"Troquei campos marxistas por capitalistas", ela afirmou em uma entrevista de 2007 para o documentário "Svetlana About Svetlana". Mas ela garantiu que sua identidade era muito mais complexa que isso e que nunca foi completamente compreendida.
"As pessoas dizem 'Filha do Stálin, filha do Stálin', como se eu tivesse de sair por aí com um rifle atirando nos americanos. Ou eles dizem, 'não, ela veio até aqui. Ela é uma cidadã americana.' Isso significa que eu estou com uma bomba contra os outros. Não, eu não sou nenhuma das duas. Eu estou em algum lugar no meio. Eles não conseguem entender."
A deserção teve um custo muito alto. Ela deixou para trás seus filhos Josef e Yekaterina de casamentos anteriores. Ambos ficaram deprimidos com sua partida, e ela nunca mais conseguiu se aproximar deles novamente.
Criada por uma babá desde que sua mãe morreu em 1932, Lana era a única filha de Stálin viva. Ela tinha dois irmãos, Vasili e Yakov. Yakov foi capturado pelos nazistas em 1941 e morreu em um campo de concentração. Vasili morreu vítima de alcoolismo aos 40 anos.
Lana se formou na Universidade de Moscou em 1949, trabalhou como professora e tradutora e pertencia ao círculo literário da capital soviética antes de deixar o Estado. Ela foi casada por quatro vezes - a última com William Wesley Peters, depois que ela se tornou cidadã americana e adotou o nome Lana Peters. O casal teve uma filha, Olga, antes do divórcio em 1973.
Ela escreveu mais três livros, inclusive "Only One Year", uma autobiogradia publicada em 1969. O legado de seu pai aparentemente a perseguiu durante toda sua vida. Ela denunciou suas práticas políticas, que incluía o envio de milhões para campos de trabalho forçado, mas muitas vezes dizia que outros líderes do Partido Comunista também eram culpados.
"Em cima de mim sempre paira a sombra de meu pai, não importa o que eu faça ou diga", ela lamentou em uma entrevista concedida ao Chicago Tribune em 1983.
Depois de viver na Inglaterra por dois anos, Lana retornou à União Soviética com Olga em 1984, com 58 anos de idade, dizendo que queria reunir seus filhos. Sua cidadania soviética foi restaurada, e ela criticou os tempos que passou no Reino Unido e nos EUA, dizendo que nunca foi livre.
Mas mais de um ano depois, ela pediu e teve permissão para ir embora depois de brigar com seus familiares. Ela voltou aos EUA e jurou nunca mais retornar à Rússia.
Ela escolheu isolar-se nas últimas décadas de sua vida. Ela deixou Olga, que vive em Portland, Oregon, e Yekaterina, uma cientista que estuda vulcões na Sibéria. Seu filho, Josef, morreu em 2008, aos 63 anos em Moscou.
Divisão do Pará pode criar 3 Estados deficitários, diz Ipea 28/111/2011
Carajás terá déficit de pelo menos R$ 1 bilhão anual, Tapajós, de R$ 864 milhões, e o Pará remanescente, de R$ 850 milhões
Agência Brasil | 28/11/2011 20:56
:
Estudos apresentados hoje (28) pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) mostram que, em caso de separação do Pará em três Estados, no plebiscito que se realizará no dia 11 de dezembro, todos eles nascerão deficitários. Enquanto o Pará registra atualmente um superávit anual de aproximadamente R$ 300 milhões, subtraindo suas despesas da receita orçamentária, Carajás terá déficit de pelo menos R$ 1 bilhão anual, Tapajós, de R$ 864 milhões, e o Pará remanescente, de R$ 850 milhões.
De acordo com pesquisa semelhante feita pelo Instituto de Desenvolvimento Econômico, Social e Ambiental do Pará (Idesp), os déficits podem ser maiores, dependendo dos investimentos necessários em infraestrutura. Isso poderia levar a desequilíbrios financeiros e implicações para infraestrutura, equipamentos públicos e outros investimentos.
Para a técnica do Idesp Lúcia Andrade, mesmo que o Estado não seja separado, as discussões e pesquisas realizadas recentemente indicam e poderão levar a “um novo modelo de desenvolvimento”, que possibilite uma descentralização dos investimentos e das decisões de governo.
O coordenador do Núcleo de Meio Ambiente da Universidade Federal do Pará (UFPA), Gilberto Rocha, considera que a população paraense teve pouco tempo para discutir sobre seu futuro. Além disso, ele ressalta que 66% do território do Estado são compostos de terras federais, incluindo unidades de conservação, assentamentos, áreas indígenas, onde o governo estadual não tem autonomia.
Tanto Rocha quanto Lúcia Andrade disseram esperar que, apesar do tempo reduzido para as discussões e pesquisas sobre a divisão, a metodologia usada para estudar as consequências da divisão do Pará sirva para outros casos no futuro. Atualmente, existem 23 projetos de divisão de regiões tramitando no Congresso Nacional, mais do que na época da Constituinte, em 1988, quando eram 17, segundo os pesquisadores.
No plebiscito do dia 11, sobre a divisão do Estado, os eleitores do Pará responderão a duas perguntas: a primeira, se eles são a favor ou contra a criação do Estado do Tapajós. Em seguida, os paraenses responderão se são favoráveis ou não à criação do Estado de Carajás. A ordem das perguntas foi definida em sorteio, pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE). O voto é obrigatório para quem tem título de eleitor do Pará, e os que estiverem fora do domicílio eleitoral têm o prazo de 60 dias para justificar a ausência.
Agência Brasil | 28/11/2011 20:56
:
Estudos apresentados hoje (28) pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) mostram que, em caso de separação do Pará em três Estados, no plebiscito que se realizará no dia 11 de dezembro, todos eles nascerão deficitários. Enquanto o Pará registra atualmente um superávit anual de aproximadamente R$ 300 milhões, subtraindo suas despesas da receita orçamentária, Carajás terá déficit de pelo menos R$ 1 bilhão anual, Tapajós, de R$ 864 milhões, e o Pará remanescente, de R$ 850 milhões.
De acordo com pesquisa semelhante feita pelo Instituto de Desenvolvimento Econômico, Social e Ambiental do Pará (Idesp), os déficits podem ser maiores, dependendo dos investimentos necessários em infraestrutura. Isso poderia levar a desequilíbrios financeiros e implicações para infraestrutura, equipamentos públicos e outros investimentos.
Para a técnica do Idesp Lúcia Andrade, mesmo que o Estado não seja separado, as discussões e pesquisas realizadas recentemente indicam e poderão levar a “um novo modelo de desenvolvimento”, que possibilite uma descentralização dos investimentos e das decisões de governo.
O coordenador do Núcleo de Meio Ambiente da Universidade Federal do Pará (UFPA), Gilberto Rocha, considera que a população paraense teve pouco tempo para discutir sobre seu futuro. Além disso, ele ressalta que 66% do território do Estado são compostos de terras federais, incluindo unidades de conservação, assentamentos, áreas indígenas, onde o governo estadual não tem autonomia.
Tanto Rocha quanto Lúcia Andrade disseram esperar que, apesar do tempo reduzido para as discussões e pesquisas sobre a divisão, a metodologia usada para estudar as consequências da divisão do Pará sirva para outros casos no futuro. Atualmente, existem 23 projetos de divisão de regiões tramitando no Congresso Nacional, mais do que na época da Constituinte, em 1988, quando eram 17, segundo os pesquisadores.
No plebiscito do dia 11, sobre a divisão do Estado, os eleitores do Pará responderão a duas perguntas: a primeira, se eles são a favor ou contra a criação do Estado do Tapajós. Em seguida, os paraenses responderão se são favoráveis ou não à criação do Estado de Carajás. A ordem das perguntas foi definida em sorteio, pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE). O voto é obrigatório para quem tem título de eleitor do Pará, e os que estiverem fora do domicílio eleitoral têm o prazo de 60 dias para justificar a ausência.