terça-feira, 22 de novembro de 2011

EUA perdem empregos de multinacionais 22/11/2011


Do Radar Econômico / Agência Estado

Múltis cortam emprego nos EUA e criam 2,9 milhões fora

Sílvio Guedes Crespo
Dados do governo dos Estados Unidos, publicados no “Wall Street Journal“, mostram uma mudança de postura das empresas americanas na última década. Se nos anos 1990 elas criavam mais empregos dentro do país, na década de 2000 encolheram a força de trabalho nos EUA e aumentaram no exterior.
Multinacionais americanas criaram quase 2,9 milhões de vagas fora do país  de 1999 a 2009, sendo 1,5 milhão na Ásia e outros 477,5 mil na América Latina. Enquanto isso, as mesmas companhias reduziram em 864 mil o número de empregados dentro dos EUA.
década anterior, de 1989 a 1999, essas empresas geraram 4,4 milhões de postos de trabalho dentro dos EUA e outros 2,7 milhões no resto do mundo. Pode parecer que a pujança nos mercados emergentes foi, então, meramente resultado de uma decisão de empresas americanas de transferir sua produção para o exterior em busca de baixo custo.
No entanto, segundo os autores do estudo, muitas empresas que se instalaram nesses países tinham como objetivo principal vender para os mercados locais, e não reduzir custos para continuar voltada aos consumidores americanos.
Emergentes encostam em ricos
As empresas americanas ainda têm mais funcionários nos EUA (23,1 milhões de pessoas) do que no exterior (10,8 milhões). Mas elas aumentam muito mais o número de funcionários em países emergentes do que em ricos.
O gráfico abaixo mostra que na China, o emprego em multinacionais americanas cresceu 262% em dez anos e atingiu mais de 900 mil pessoas, número próximo ao do Reino Unido, onde empresas dos EUA empregam 1,1 milhão de pessoas.
No Brasil, as multinacionais americanas já têm 505 mil funcionários diretos, segundo os dados do “Journal”, muito perto dos 529 mil empregados que as mesmas companhias têm na França.
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