Abdurrahim el-Keib, que ocupa atualmente o posto de "premiê" da Líbia, instalado pela Otan após o assassinato do líder líbio Muamar Kadafi, afirmou nesta segunda-feira (21) que vai nomear um governo "transitório" para o país, encarregado de realizar "eleições democráticas" de acordo com a cartilha dos Estados Unidos.
El-Keib disse que nomeará um "ministério de especialistas" na terça-feira (22) e não cederá "às pressões" vindas de todos os lados para a partilha do poder.
"Usaremos a competência como uma medida básica e dessa forma seremos capazes de incluir todas as regiões da Líbia. Vocês verão", disse Keib em uma entrevista coletiva ao lado da embaixadora dos Estados Unidos na Organização das Nações Unidas (ONU), Susan Rice.
El-Keib, homem de confiança dos Estados Unidos e que trabalhou como acadêmico nos EUA durante boa parte do governo de Kadafi, disse muitas vezes que vai nomear um governo provisório "tecnocrata", que escolherá candidatos com base "na competência" e não na política.
No entanto, as tensões entre as diversas facções militares e clãs ainda persistem, apesar de toda a ajuda militar prestada pela Otan e forças imperialistas aos golpistas que derrubaram o antigo governo.
A tensão entre os grupos que disputam a primazia política aumentou após a captura de Saif al-Islam, filho de Kadafi, no deserto no sul do país.
Com agências
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