quinta-feira, 17 de novembro de 2011

Irã denuncia nova manobra dos EUA na ONU 16/11/2011

O Irã denunciou nesta quarta-feira (16) a intenção dos Estados Unidos de apresentarem perante a Assembleia Geral um projeto de resolução sobre um suposto complô contra o embaixador de Arábia Saudita em Washington.


Trata-se de uma ação sem precedentes, com sérios desdobramentos para a credibilidade das Nações Unidas, afirma uma carta distribuída na sede da organização e assinada pelo representante permanente do Irã, Mohammad Khazaee.

A mensagem está dirigida ao secretário-geral da ONU, Ban-Ki-moon, ao presidente da Assembleia Geral, Nassir Abdulaziz Al-Nasser, e aos chefes de todas as missões permanentes.

O texto acusa o governo norte-americano de convidar o órgão da ONU a considerar suposições insustentáveis em um ato que subverte o papel, a autoridade, a integridade e a credibilidade das Nações Unidas.

A proposta estadunidense consiste em um projeto de resolução, intitulado "Ataques terroristas contra pessoas internacionalmente protegidas", para ser discutido no tema 118: "Estratégia global da ONU contra o terrorismo".

O Irã estima que Washington pretende inserir assuntos hipotéticos, circunstanciais e sem base na agenda da Assembleia Geral.

A carta reitera que nenhum órgão ou funcionário de governo iraniano está envolvido no suposto complô contra o embaixador saudita nos Estados Unidos, Adel Al-Jubeir.

Além disso, adverte a respeito das péssimas consequências que a pretensão estadunidense causará ao contradizer o espírito e letra da Carta da ONU e outros textos fundamentais da organização mundial.

Em 11 de outubro, porta-vozes oficiais norte-americanos alardearam a existência de um suposto complô iraniano para assassinar o embaixador de Arábia Saudita em Washington e dinamitar também a sede diplomática de Israel.

Naquela ocasião, o representante do Irã na ONU recusou as acusações e disse também que elas são denúncias fabricadas e sem fundamentos, baseadas nas suspeitas expostas por uma pessoa.

O Irã também advertiu o secretário-geral Ban Ki-moon sobre sua responsabilidade em esclarecer a opinião pública internacional sobre as "consequências perigosas das políticas belicistas do governo dos Estados Unidos para a paz e a segurança internacional".

Com informações da Agência Prensa Latina

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