O ministro das Relações Exteriores do Irã, Ali Akbar Salehi, afirmou nesta quinta-feira que seu país está preparado para o pior e advertiu os Estados Unidos sobre os riscos de um confronto com Teerã.À margem de uma entrevista coletiva em Benghazi, leste da Líbia, Salehi foi questionado sobre informações da imprensa que indicavam uma eventual decisão dos EUA de acelerar o planejamento de um ataque contra o Irã por seu controverso programa nuclear."Lamentavelmente, os EUA perderam toda a sabedoria e prudência em termos de como abordar as questões internacionais", disse. "Eles perderam toda a racionalidade, nós estamos preparados para o pior, mas esperamos que eles pensem duas vezes antes de seguir para um confronto com o Irã".
Os EUA e outras potências ocidentais suspeitam que o Irã deseja fabricar armas nucleares, mas Teerã nega e afirma que seu programa nuclear tem fins pacíficos.Em declarações publicadas nesta quinta-feira pela imprensa local, o chefe da Junta de Estado-Maior, general Hassan Firuzabadi, descartou um possível ataque americano ou israelense contra o Irã, e disse que os "EUA e o regime sionista sabem que se fizerem, sofrerão perdas enormes".
Segundo ele, um eventual ataque contra instalações nucleares no Irã teria graves consequências, e as forças iranianas estão preparadas para causar grandes danos.Firuzabadi ressaltou que as Forças Armadas iranianas estão prontas para castigar quem fizer um movimento falso, em resposta a informações divulgadas na imprensa internacional sobre Israel e os EUA estudarem um possível ataque contra o Irã.O alto comando militar também afirmou que um ataque dos países ocidentais contra o regime sírio de Bashar Assad, o principal aliado árabe do Irã, como o realizado na Líbia para derrubar Muammar Gaddafi, "colocaria fim à existência dos EUA e de Israel"."Todos os muçulmanos do mundo se levantariam contra eles e não ficaria nada dos EUA nem da entidade sionista", disse Firuzabadi sobre um ataque militar da Otan, a aliança militar do Ocidente, à Síria. Para ele, os países ocidentais só falam de planos sobre o uso da força para "debilitar a posição do governo sírio, mas não seriam capazes de aplicá-los".
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