Da EFE/UOL
Londres, 21 nov (EFE).- O Reino Unido anunciou novas sanções contra o Irã em represália por seu programa nuclear, que implicam na suspensão dos vínculos financeiros das entidades britânicas com os bancos iranianos a partir desta segunda-feira.
Em uma medida sem precedentes, Londres decidiu que todas as instituições financeiras do Reino Unido devem paralisar suas transações e relações comerciais com as entidades iranianas a partir das 13h (horário de Brasília) desta segunda-feira, incluindo o Banco Central do Irã.
O ministro das Finanças britânico, George Osborne, considerou que os bancos iranianos desempenham "um papel crucial" no desenvolvimento do programa nuclear do Irã, cuja finalidade é construir armas atômicas.Em uma medida sem precedentes, Londres decidiu que todas as instituições financeiras do Reino Unido devem paralisar suas transações e relações comerciais com as entidades iranianas a partir das 13h (horário de Brasília) desta segunda-feira, incluindo o Banco Central do Irã.
A Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) expressou na sexta-feira sua "profunda e crescente preocupação" com os indícios de que o Irã trabalha para desenvolver bombas atômicas, enquanto o país garante que seu programa nuclear tem finalidade civil.
Em Londres, Osborne explicou que a decisão do Executivo britânico permitirá aumentar "a segurança do mundo e também a segurança nacional", devido à "significativa ameaça" que o Irã representa na atualidade.
"O anúncio desta segunda-feira é uma medida a mais para evitar que o regime iraniano consiga armas nucleares", apontou o ministro.
A decisão de Londres, que deve ser seguida por outras similares tomadas por Estados Unidos e Canadá, é uma resposta à crescente preocupação das potências ocidentais de que o Irã possa estar trabalhando para desenvolver bombas atômicas.
No entanto esta é a primeira vez que o governo britânico suspendeu seus vínculos com todo o setor bancário de um país com base nos poderes outorgados pela Lei Antiterrorista de 2008.
Segundo o Tesouro britânico, a decisão desta segunda-feira impedirá ainda que as instituições financeiras britânicas sejam utilizadas, sem saber, para "transações relacionadas com a proliferação" nuclear.
De acordo com o ministro das Relações Exteriores britânico, William Hague, o último relatório da AIEA ofereceu provas "críveis e detalhadas sobre as possíveis dimensões militares do programa nuclear iraniano".
Hague afirmou que o Reino Unido deixou claro ao Irã que a pressão continuará até que o país decida abandonar seu programa nuclear e que a decisão desta segunda-feira é "uma clara prova de determinação para intensificar a pressão".
EFE
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