Nova lei prevê a prisão por dois meses de quem for apanhado duas vezes a dormir na rua, ou o pagamento de multa de 480 euros. Associações dizem que governo devia atacar a pobreza, não os pobres.
Sem abrigo serão condenados a trabalhos forçados. Foto de Paulete Matos
São alvo desta lei todos os cidadãos apanhados a dormir em locais públicos duas vezes num espaço de seis meses.
Ao mesmo tempo, foi aprovada outra lei que torna obrigatório o trabalho nas prisões, só deixando de fora os presos inválidos.
“Já fomos varridos do centro de Budapeste, das estações de Metro, das florestas e do 8º bairro. Será que eles querem expulsar-nos completamente do país? Para onde iremos?”, questionou um sem abrigo, ouvido pelo site myeurop.info.
A lei aplica-se a todos os municípios que tenham centros de abrigo. Ocorre, porém, que existem de 20 mil a 30 mil sem abrigo no país, e apenas 9 mil vagas em albergues.
“O governo devia atacar o problema de pobreza, não os pobres”, disse um dirigente da associação A Varos Mindenkié (Cidade para todos). “É possível fazê-lo diminuindo o desemprego, garantindo salários e pensões corretas, e introduzindo um direito constitucional à habitação, aumentando radicalmente os subsídios à habitação e apoiando uma rede significativa de habitação social”.
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