O BNDES liberou neste ano o dobro de recursos oferecidos em 2010 para o setor
Os estímulos governamentais ao setor, aliados ao mecanismo de leilões de energia realizados nos últimos anos, podem levar o Brasil a atingir até 2014, a capacidade instalada de 7 mil megawatts de energia eólica, ante os 1 mil megawatts atuais, segundo estimativa da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), do Ministério de Minas e Energia. Isso representa um crescimento de 600% em relação a 2011.
Essa expansão prevista pela EPE deve beneficiar diretamente duas empresas que atuam no setor instaladas em Sorocaba: a Tecsis a Wobben Windpower. Esta última, subsidiária da companhia alemã Enercon, segundo seu superintendente comercial, Eduardo Lopes, ressalta que se houver demanda, a empresa poderá dobrar sua capacidade de produção no Brasil.
Prova dessa expansão do mercado de energia eólica são dados do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). Na semana passada, o banco divulgou que irá terminar este ano com a liberação de pouco mais de R$ 1,6 bilhão para projetos de energia eólica, o dobro do que foi emprestado pelo banco para esse segmento em 2010. No mesmo período, o BNDES triplicou as aprovações de crédito para parques eólicos, atingindo o recorde de quase R$ 3,4 bilhões aprovados este ano.
"Esses financiamentos estão ligados a projetos apresentados por empresas interessadas em utilizar-se da energia eólica. Está havendo uma demanda crescente dessa fonte de energia e com isso mais investidores passaram a buscar financiamentos, como os oferecidos pelo BNDES. Essa é uma tendência que vemos com muito otimismo", disse o executivo.
Esse cenário positivo para a energia eólica, conta Lopes, começou apenas em 2008, com o primeiro leilão exclusivo para a geração de energia dos ventos. Até então, lembra o executivo, o mercado viveu das ações esporádicas, como as ocorridas ainda no final dos anos 90 promovidas pelos governos estaduais do Paraná e do Ceará e do início do Programa de Incentivo às Fontes Alternativas de Energia Elétrica (Proinfa). À época, foram contratados parques eólicos cuja capacidade instalada mal ultrapassava 30 MW. Hoje, conta com um portfólio de projetos já contratados que chegará a 1 GW até 2012. De cerca de 1,4 GW instalados no Brasil, 40% dos aerogeradores foram fabricados em suas instalações. Entre os clientes da companhia estão grandes agentes do setor elétrico, como EDP, CPFL, Copel, Eletrosul, Petrobrás e Tractebel.
A expansão dos negócios ao patamar atual foi possível, ressalta, em decorrência dos leilões de eólica promovidos pelo governo. Em apenas três certames, realizados a partir de 2008, estão concentrados cerca de 60% dos negócios da Wobben no Brasil. "Entrar no mercado livre pode trazer ao setor maior previsibilidade de demanda e, dessa forma, melhorar a cadeia de produção e de fornecimento", afirmou.
Lopes não diz números, afirma ser uma política da empresa em nível mundial, mas que a companhia no Brasil poderia até mesmo dobrar a produção atual se houver uma demanda perene. "Atualmente isso não é possível, porque não há certeza sobre a realização de leilões por um longo período de tempo, que justificaria investimento no aumento da produção", ponderou. A reportagem tentou ouvir representantes da Tecsis, mas segundo informações de sua assessoria de comunicação, nenhum executivo da companhia estava em Sorocaba.
Essa expansão prevista pela EPE deve beneficiar diretamente duas empresas que atuam no setor instaladas em Sorocaba: a Tecsis a Wobben Windpower. Esta última, subsidiária da companhia alemã Enercon, segundo seu superintendente comercial, Eduardo Lopes, ressalta que se houver demanda, a empresa poderá dobrar sua capacidade de produção no Brasil.
Prova dessa expansão do mercado de energia eólica são dados do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). Na semana passada, o banco divulgou que irá terminar este ano com a liberação de pouco mais de R$ 1,6 bilhão para projetos de energia eólica, o dobro do que foi emprestado pelo banco para esse segmento em 2010. No mesmo período, o BNDES triplicou as aprovações de crédito para parques eólicos, atingindo o recorde de quase R$ 3,4 bilhões aprovados este ano.
"Esses financiamentos estão ligados a projetos apresentados por empresas interessadas em utilizar-se da energia eólica. Está havendo uma demanda crescente dessa fonte de energia e com isso mais investidores passaram a buscar financiamentos, como os oferecidos pelo BNDES. Essa é uma tendência que vemos com muito otimismo", disse o executivo.
Esse cenário positivo para a energia eólica, conta Lopes, começou apenas em 2008, com o primeiro leilão exclusivo para a geração de energia dos ventos. Até então, lembra o executivo, o mercado viveu das ações esporádicas, como as ocorridas ainda no final dos anos 90 promovidas pelos governos estaduais do Paraná e do Ceará e do início do Programa de Incentivo às Fontes Alternativas de Energia Elétrica (Proinfa). À época, foram contratados parques eólicos cuja capacidade instalada mal ultrapassava 30 MW. Hoje, conta com um portfólio de projetos já contratados que chegará a 1 GW até 2012. De cerca de 1,4 GW instalados no Brasil, 40% dos aerogeradores foram fabricados em suas instalações. Entre os clientes da companhia estão grandes agentes do setor elétrico, como EDP, CPFL, Copel, Eletrosul, Petrobrás e Tractebel.
A expansão dos negócios ao patamar atual foi possível, ressalta, em decorrência dos leilões de eólica promovidos pelo governo. Em apenas três certames, realizados a partir de 2008, estão concentrados cerca de 60% dos negócios da Wobben no Brasil. "Entrar no mercado livre pode trazer ao setor maior previsibilidade de demanda e, dessa forma, melhorar a cadeia de produção e de fornecimento", afirmou.
Lopes não diz números, afirma ser uma política da empresa em nível mundial, mas que a companhia no Brasil poderia até mesmo dobrar a produção atual se houver uma demanda perene. "Atualmente isso não é possível, porque não há certeza sobre a realização de leilões por um longo período de tempo, que justificaria investimento no aumento da produção", ponderou. A reportagem tentou ouvir representantes da Tecsis, mas segundo informações de sua assessoria de comunicação, nenhum executivo da companhia estava em Sorocaba.
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