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Até o fim do próximo ano, governo estima que 75% dos televisores produzidos no País sejam interativos; cerca de 400 geradoras de TV iniciam 2012 aptas a transmitir sinal digital; Campus Party, maior evento de tecnologia do mundo, terá Semana da TV Digital em São Paulo em fevereiro
Dentro de uma programação variada sobre ciência, inovação e mídias sociais, os responsáveis pela Campus Party vão colocar a TV digital em vitrine, destacando tendências de interatividade e novas formas de uso em diversos setores – governo, sala de aula, iniciativa privada. Especialistas em engenharia e interatividade, André Terra e Marcos Roberto vão comandar a Semana da TV Digital e tocar a pauta de empreendedorismo relacionado a essa tecnologia.
Em 2012, o Ministério das Comunicações também vai focar energia na ampliação da rede de emissoras que transmitem sinal digital. Neste ano, o ministro Paulo Bernardo confirmou que o fim da TV analógica no Brasil está previsto para 2016. Ou seja, o País tem pela frente quatro anos para experimentar uma modernização do sistema de telecomunicações, a fim de que todos os brasileiros tenham televisores digitais para assistir às Olimpíadas do Rio de Janeiro.
Na tentativa de fomentar o processo de digitalização, o governo está buscando linhas de crédito no BNDES para apoiar a migração tecnológica dos canais de TV. A previsão do Ministério das Comunicações é iniciar 2012 com as 400 geradoras de TV no País consignadas, ou seja, aptas a transmitir o sinal digital. Mais de 1,7 mil canais retransmissores também já entraram com pedido de consignação. No ano que vem, o desafio é acelerar esse processo em outras 5,3 mil retransmissoras.
Potencial de interatividade
Muita gente acha que TV digital é simplesmente aquela com uma imagem mais nítida, como nas telas de cinema. De fato, os aparelhos dessa tecnologia têm que ser de alta definição (HD) – painéis de plasma, LCD ou LED. Mas o cerne desse equipamento não é a imagem, mas a interatividade que ele proporciona. É o Ginga, uma espécie de software intermediário instalado nos conversores digitais e nas tevês, que permite a navegação pelo diferentes aplicativos da TV – muitos dos quais estão na Web.
Dessa forma, o telespectador pode assistir à série preferida e, apenas minimizando a aba em que ela é exibida, pode procurar informações sobre a trama ou um resumo do episódio que perdeu. Serviços bancários, notícias, previsão do tempo e indicadores do mercado financeiro também povoarão as telas digitais, sem que o espectador perca um minuto sequer do programa a que está assistindo. Aliás, é escolha dele o tipo de informação que precisa ter ou buscar enquanto está ligado na programação da TV.
Até o fim de 2012, a expectativa do Ministério das Comunicações é instalar o Ginga em 75% das televisões produzidas no País. Em 2013, todos os aparelhos que sairão de fábrica serão interativos, afirma a pasta. A tecnologia da TV digital também está presente nos celulares (TV on the go) e nos televisores portáteis.
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