Segundo o Fundo, as necessidades de financiamento global para os próximos anos chegam a US$ 1 trilhão
WASHINGTON - O Fundo Monetário Internacional (FMI, na sigla em inglês) informou nesta quarta-feira, 18, que pretende levantar US$ 500 bilhões em recursos para capitalização da instituição a fim de enfrentar a crise de financiamento na Europa.
Nesta manhã, fontes do G-20 e da União Europeia citadas por agências internacionais haviam informado valores de capitalização do FMI que variavam de US$ 500 bilhões a US$ 1 trilhão.
A confirmação do montante de US$ 500 bilhões pelo FMI contribuiu para a alta das bolsas em Nova York e acelerou a alta do euro frente ao dólar.
Os governos da zona do euro já tinham concordado durante cúpula no mês passado em contribuir com € 150 bilhões. Espera-se que o Reino Unido e outros governos da UE que não usam o euro concordarão em contribuir com € 50 bilhões adicionais como parte do acordo global para aumentar o caixa do Fundo.
O conselho do FMI pediu que os funcionários da instituição estudassem maneiras sobre como aumentar a capacidade de financiamento após a revisão de um relatório sobre a adequação da base de recursos existentes. "A administração e os funcionários do FMI vão explorar opções para aumentar o poder de fogo do Fundo, mediante garantias adequadas", disse a diretora-gerente do Fundo, Christine Lagarde, em um comunicado enviado por e-mail nesta manhã.
Os EUA, maior contribuinte do FMI, disse que não vai desembolsar mais dinheiro do que já emprestou ao Fundo. Alguns legisladores estão pressionando para que o governo revogue um empréstimo de € 100 bilhões feito ao FMI em 2009 para uma reserva de emergência. O Tesouro dos EUA estava planejando usar esse dinheiro para cumprir o compromisso dos EUA, previsto para este ano, a fim de dobrar a base de recursos normal do Fundo.
"O maior desafio é responder à crise de maneira adequada e muitos diretores-executivos salientaram a necessidade e a urgência de esforços coletivos para conter a crise da dívida na zona do euro e proteger as economias ao redor do mundo das repercussões e contrações excessivas de produção e renda", destacou Lagarde no comunicado.
(Com informações da Dow Jones)
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