segunda-feira, 2 de janeiro de 2012

Guerra internacional se desenha em 2012 02/01/2012


Guerra internacional se desenha em 2012 Foto: REUTERS

Marinha iraniana testou hoje novo míssil com avançado potencial de destruição; insistência do Irã no programa nuclear já provocou resposta dos EUA neste início de ano; Obama assinou nova lei de defesa, destinando US$ 662 bi para armamentos; novo confronto armado está próximo?

02 de Janeiro de 2012 às 12:59
247, com agências – Depois de Afeganistão e Iraque, os Estados Unidos já está com um terceiro confronto praticamente marcado no século 21. O Irã continua desafiando a potência mundial – em crise – ao apostar em seu programa nuclear. Nesta segunda-feira, 2, a Marinha iraniana fez um teste de míssil de cruzeiro próximo ao estreito de Ormuz. O Ghader é uma versão melhorada do míssil que já podia ser utilizado para afastar embarcações dos EUA no Golfo Pérsico.
"O altamente avançado míssil Ghader recebeu atualizações no sistema de radar, comunicação com satélite e precisão quanto ao alvo de destruição, assim como no alcance e mecanismo de evasão de radar", disse o contra-almirante Mahmoud Mousavi, porta-voz do governo iraniano para os exercícios militares. De acordo com a TV estatal, o míssil pode atingir alvo a centenas de quilômetros de distância.
Os exercícios militares iranianos continuam e expõem à comunidade internacional o poder de fogo do país. Não é por acaso que, pouco depois da virada do ano, o presidente dos EUA, Barack Obama, assinou a nova lei de defesa americana. A legislação prevê que o Pentágono tenha à sua disposição US$ 662 bilhões para gastar com armamentos. Esse orçamento bastante expressivo com preparo para conflito militares representa 27,5% do PIB brasileiro. É um investimento que soa muito mais ofensivo que preventivo.
De acordo com a nova lei de defesa, os militares norte-americanos poderão empreender operações para prender suspeitos de terrorismo e inclusive torturar – antes de haver qualquer processo judicial. Essas regras que inclusive destoam do discurso mais ameno que elegeu Obama em relação à “guerra ao terrorismo” são uma resposta às sucessivas demonstrações de força dos iranianos.
Como o Irã não desiste de seu programa nuclear e testes de armamentos, os contornos de uma guerra lamentavelmente se desenham no horizonte internacional. Mas, desta vez, o mundo poderá sentir mais forte os efeitos do que durante a “guerra ao terror” no Iraque e no Afeganistão.
Afinal, o conflito nesses países foi muito mais uma invasão dos EUA que um confronto equilibrado de rivais. Diferente de um conflito armado e estruturado pelas duas partes – como este que se desenha entre Irã e Estados Unidos.

Nenhum comentário:

Postar um comentário