quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012

"Empresas espanholas congelam investimentos na A.Latina pela crise" 22.02.12



As principais empresas espanholas congelarão neste ano seus investimentos na América Latina diante do risco da crise financeira mundial afetar negativamente a região, principalmente o Brasil e o México.O posicionamento aparece no quinto relatório "2012: Panorama de Investimento na América Latina", elaborado pelo IE Business School em colaboração com diferentes Câmaras de Comércio e embaixadas.Pelo documento apresentado nesta quarta-feira em Madri, 70% das empresas espanholas presentes na América Latina acreditam que a crise econômica vai repercutir nessa região em maior grau do que em anos anteriores.O estudo revela, no entanto, que as grandes empresas promovem e arrastam cada vez mais os investimentos das pequenas e médias empresas na América Latina e que o recrudescimento da crise na Europa fará com que as médias e pequenas empresas apostem nesses mercados emergentes.Como explicou o professor do IE Business Juan Carlos Martínez, autor do relatório, as pequenas e médias companhias que haviam ficado em países europeus por serem mercados mais propícios por terem uma moeda comum chegarão à América Latina em busca de um crescimento econômico garantido.A crise "forçará a internacionalização em direção à América Latina porque ali está o prêmio", disse. Segundo ele, embora o ritmo de crescimento tenha desacelerado na região, não está sendo de forma "tão severa" como havia sido previsto.Brasil continua como o mercado mais atrativo da América Latina para investir e 88% das empresas entrevistadas pensam que a Copa do Mundo de Futebol, em 2014, e os Jogos Olímpicos de 2016, no Rio de Janeiro, servem de "incentivo" para a expansão.A maioria descarta que um reaquecimento da economia brasileira possa gerar problemas e desequilíbrios e pensa que o país continuará crescendo, embora em ritmo mais suave.São Paulo e a capital mexicana são as cidades latino-americanas mais atraentes para captar os investimentos espanhóis, que procura as vantagens do mercado interno e do potencial de uma classe média que está aumentando sua renda.Neste sentido, o estudo aponta a baixa qualificação da mão-de-obra como o "calcanhar-de-aquiles" para as empresas espanholas.Embora a crise econômica seja global e também tenha afetado a América Latina, o relatório destaca que a situação econômica predominante continua sendo muito boa ou boa no Brasil.No relatório participaram a maioria das empresas cotadas no Ibex 35, principal indicador da Bolsa dos Valores da Espanha, e aquelas com maior faturamento e com presença na América Latina, como os bancos Santander e BBVA, Telefônica, Iberdrola e Ferrovial

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