A Síria abandonou nesta terça-feira (28) a reunião do Conselho de Direitos Humanos da ONU, que tinha a proposta de analisar a situação nesse país e acabou demonstrando que o objetivo do encontro foi apoiar os grupos armados e propiciar a intervenção estrangeira.
"O único objetivo deste período de sessões é atiçar os chamados do terrorismo e potencializar a crise em meu país com medidas de apoio a grupos armados", disse o embaixador de Damasco, Faisal Al-Hamwi, antes de sair da sala.
Al-Hamwi classificou de "estéril" o debate e alertou que, por trás da pressão internacional para que se permita a entrada ao país de organizações de assistência humanitária, está o desejo de uma ingerência militar para propiciar uma mudança de governo.
Advertiu que as "graves distorções do conceito da proteção humanitária e a proteção civil" serviram de argumento a alguns países no passado para "encobrir intervenções armadas flagrantes".
"Estamos diante de um plano preestabelecido para atacar o Estado sírio e suas instituições sob o pretexto das necessidades humanitárias", agregou o embaixador.
Acrescentou que, se alguém quer ajudar a Síria, deve "deixar de incitar e incentivar o sectarismo e de fornecer armas e dinheiro a grupos armados, colocando os sírios uns contra outros".
Na reunião, a Alta Comissionada para os Direitos Humanos, Navi Pillay, assumiu a mesma postura do Ocidente de condenar unicamente o governo e não aos grupos armados, ao mesmo tempo em que eludiu referir-se ao veto da Rússia e da China a uma resolução no Conselho de Segurança por considerá-la uma ingerência nos assuntos internos de um país soberano.
Fonte: Prensa Latina
Nenhum comentário:
Postar um comentário