O Reino da Arábia Saudita está enviando material militar para equipar o Exército Sírio Livre (ESL), órgão armado da oposição, revelou uma fonte diplomática árabe à agência AFP. "Material militar saudita é enviado à Jordânia para equipar o ESL", declarou a fonte, que pediu anonimato. "O envio é parte de uma iniciativa da Arábia Saudita destinada a acabar com as matanças na Síria". Não há detalhes sobre o material.A ajuda bélica aos rebeldes é uma das questões mais controversas nos debates diplomáticos que tentam, há muitos meses, ajudar na resolução do conflito sírio. Em essência, qualquer intervenção na Síria vem sendo vetada no Conselho de Segurança da ONU por China e Rússia; como reação à imobilidade, que gera decepção nas potências ocidentais e árabes, alguns países vêm defendendo a doação de armamento como uma maneira indireta de os oposicionistas fazerem frente às forças de segurança leais ao presidente Bashar al-Assad.Entre os países que se opoõem ao envio de armas está o Brasil. O chanceler Antonio Patriota defendeu ontem em Brasília que armar a oposição acarretaria um aumento da violência no país e não levaria à resolução do conflito. A declaração foi feita após encontro com seu colega representante dos Emirados Árabes Unidos, Abdullah Bin Zayed al Nahyan, outro defensor da estratégia adotada pela Arábia Saudita.Os países do Golfo árabe, mais próximos à diplomacia ocidental e tidos como parceiros dos Estados Unidos, têm representado uma das maiores zonas de pressão sobre Damasco. Ainda nesse semana, em que se completou o primeiro ano de Primavera Árabe na Síria, as seis monarquias da península arábica (Omã, Emirados Árabes Unidos, Arábia Saudita, Qatar, Bahrein e Kuwait) anunciaram a decisão de fechar suas embaixadas na capital síria."O envio é parte de uma iniciativa da Arábia Saudita destinada a acabar com as matanças na Síria", completou a fonte à agência AFP. "Os detalhes da operação serão anunciados posteriormente", disse o diplomata, que não quis revelar os números sobre as cargas enviadas aos rebeldes.Após derrubar os governos de Tunísia e Egito e de sobreviver a uma guerra na Líbia, a Primavera Árabe vive na Síria um de seus episódios mais complexos. Foi em meados do primeiro semestre de 2011 que sírios começaram a sair às ruas para pedir reformas políticas e mesmo a renúncia do presidente Bashar al-Assad, mas, aos poucos, os protestos começaram a ser desafiados por uma repressão crescente que coloca em xeque tanto o governo de Damasco como a própria situação da oposição da Síria.A partir junho de 2011, a situação síria, mais sinuosa e fechada que as de Tunísia e Egito, começou a ficar exposta. Crise de refugiados na Turquia e ataques às embaixadas dos EUA e França em Damasco expandiram a repercussão e o tom das críticas do Ocidente. Em agosto a situação mudou de perspectiva e, após a Turquia tomar posição, os vizinhos romperam o silêncio. A Liga Árabe, principal representação das nações árabes,manifestou-se sobre a crise e posteriormente decidiu pela suspensão da Síria do grupo, aumentando ainda mais a pressão ocidental, ancorada pela ONU.Mas Damasco resiste. Observadores árabes foram enviados ao país para investigar o massacre de opositores, sem surtir grandes efeitos. No início de fevereiro de 2012, quando completavam-se 30 anos do massacre de Hama, as forças de Assad iniciaram uma investida contra Homs, reduto da oposição. Pouco depois, a ONU preparou um plano que negociava a saída pacífica de Assad, mas Rússia e China vetaram a resolução, frustrando qualquer chance de intervenção, que já era complicada. Uma ONG ligada à oposição estima que pelo menos 9 mil pessoas já tenham morrido, número superior aos 8 mil calculados pela ONU.
Este blogue não concorda com o Golpe. RESISTÊNCIA JÁ A morte da Marisa, não é diferente da morte dos milhares no Iraque, invadido, na Líbia destroçada, entre outros, as mãos são as mesmas, acrescentadas dos traidores locais.
domingo, 18 de março de 2012
"Arábia Saudita envia material militar a rebeldes na Síria" 17.03.12
O Reino da Arábia Saudita está enviando material militar para equipar o Exército Sírio Livre (ESL), órgão armado da oposição, revelou uma fonte diplomática árabe à agência AFP. "Material militar saudita é enviado à Jordânia para equipar o ESL", declarou a fonte, que pediu anonimato. "O envio é parte de uma iniciativa da Arábia Saudita destinada a acabar com as matanças na Síria". Não há detalhes sobre o material.A ajuda bélica aos rebeldes é uma das questões mais controversas nos debates diplomáticos que tentam, há muitos meses, ajudar na resolução do conflito sírio. Em essência, qualquer intervenção na Síria vem sendo vetada no Conselho de Segurança da ONU por China e Rússia; como reação à imobilidade, que gera decepção nas potências ocidentais e árabes, alguns países vêm defendendo a doação de armamento como uma maneira indireta de os oposicionistas fazerem frente às forças de segurança leais ao presidente Bashar al-Assad.Entre os países que se opoõem ao envio de armas está o Brasil. O chanceler Antonio Patriota defendeu ontem em Brasília que armar a oposição acarretaria um aumento da violência no país e não levaria à resolução do conflito. A declaração foi feita após encontro com seu colega representante dos Emirados Árabes Unidos, Abdullah Bin Zayed al Nahyan, outro defensor da estratégia adotada pela Arábia Saudita.Os países do Golfo árabe, mais próximos à diplomacia ocidental e tidos como parceiros dos Estados Unidos, têm representado uma das maiores zonas de pressão sobre Damasco. Ainda nesse semana, em que se completou o primeiro ano de Primavera Árabe na Síria, as seis monarquias da península arábica (Omã, Emirados Árabes Unidos, Arábia Saudita, Qatar, Bahrein e Kuwait) anunciaram a decisão de fechar suas embaixadas na capital síria."O envio é parte de uma iniciativa da Arábia Saudita destinada a acabar com as matanças na Síria", completou a fonte à agência AFP. "Os detalhes da operação serão anunciados posteriormente", disse o diplomata, que não quis revelar os números sobre as cargas enviadas aos rebeldes.Após derrubar os governos de Tunísia e Egito e de sobreviver a uma guerra na Líbia, a Primavera Árabe vive na Síria um de seus episódios mais complexos. Foi em meados do primeiro semestre de 2011 que sírios começaram a sair às ruas para pedir reformas políticas e mesmo a renúncia do presidente Bashar al-Assad, mas, aos poucos, os protestos começaram a ser desafiados por uma repressão crescente que coloca em xeque tanto o governo de Damasco como a própria situação da oposição da Síria.A partir junho de 2011, a situação síria, mais sinuosa e fechada que as de Tunísia e Egito, começou a ficar exposta. Crise de refugiados na Turquia e ataques às embaixadas dos EUA e França em Damasco expandiram a repercussão e o tom das críticas do Ocidente. Em agosto a situação mudou de perspectiva e, após a Turquia tomar posição, os vizinhos romperam o silêncio. A Liga Árabe, principal representação das nações árabes,manifestou-se sobre a crise e posteriormente decidiu pela suspensão da Síria do grupo, aumentando ainda mais a pressão ocidental, ancorada pela ONU.Mas Damasco resiste. Observadores árabes foram enviados ao país para investigar o massacre de opositores, sem surtir grandes efeitos. No início de fevereiro de 2012, quando completavam-se 30 anos do massacre de Hama, as forças de Assad iniciaram uma investida contra Homs, reduto da oposição. Pouco depois, a ONU preparou um plano que negociava a saída pacífica de Assad, mas Rússia e China vetaram a resolução, frustrando qualquer chance de intervenção, que já era complicada. Uma ONG ligada à oposição estima que pelo menos 9 mil pessoas já tenham morrido, número superior aos 8 mil calculados pela ONU.
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