sexta-feira, 30 de março de 2012

Capacidade de retaliação do Irã adia ataque de Israel: um só míssil iraniano mataria 200 soldados, diz EUA 30/03/2012






Um pequeno texto publicado pelo colunista Amir Oren, no jornal israelense Haaretz, afirma que o ataque de Israel às instalações nucleares do Irã está adiado, pelo menos até 2013. O motivo é a capacidade de retaliação iraniana, que ameaça não apenas a população israelense, mas também alvos americanos.
De acordo com uma simulação de guerra conduzida pelo Comando Central dos Estados Unidos, os iranianos poderiam matar 200 americanos com uma única resposta de míssil a um ataque israelense. (…) O significado deste cenário americano é que o sangue desses 200 estaria nas mãos de Israel.
De acordo com o colunista, com a publicação deste relatório, Israel fica sem opções reais para atacar diante das declarações e avisos emitidos pelos Estados Unidos recentemente. No início de março, o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, visitou Washington e tentou demonstrar que era real a intenção de seu governo atacar o Irã. O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, respondeu deixando claro que seu governo não apoia uma ação militar agora e privilegia o diálogo com Teerã.
Depois disso, começaram a surgir diversas informações sigilosas de fontes do governo dos Estados Unidos que desencorajam o ataque ao Irã. Na quarta-feira (28), um relatório do Congresso dos Estados Unidos apontou que, como nem Israel nem Estados Unidos têm informações exatas sobre as instalações nucleares do Irã, o país dos aiatolás poderia se recuperar de um ataque em apenas seis meses – período curto para fazer valer a pena uma ação militar que custaria milhões e colocaria o país em perigo, sem contar os efeitos colaterais para toda a região.
Na versão em inglês do jornal israelense Yedioth Ahronoth, o Ynet News, o colunista Ron Ben-Yishai afirma que esses informes fazem parte de um “esforço deliberado para travar” o ataque e questiona se órgãos do governo americano não estariam repetindo, de forma inversa, os erros de 2002, quando George W. Bush queria atacar o Iraque.
 [Em 2002] agências de inteligência deram a ele [Bush] toda a “evidência” de que Saddam Hussein estava desenvolvendo grandes quantidades de armas nucleares e químicas. Depois da guerra, quando não havia rastro de tais armas, um inquérito no Congresso descobriu que a inteligência estava tão ansiosa por satisfazer o presidente que confiou em informações sem substância. Dados os relatos da mídia americana nos últimos dias, alguém deve pensar se a história não está se repetindo. Será que a comunidade de inteligência americana não está dando ao presidente Obama o que ele quer por motivos políticos – isto é, informações com o intuito de evitar um ataque israelense ou americano ao Irã?
Como se vê, Ron Ben-Yishai é favorável a um ataque contra Israel, a mesma posição de Netanyahu e de alguns de seus ministros. Essa postura, entretanto, é marginal na comunidade internacional e, atualmente, mesmo os que mais desconfiam do Irã – Estados Unidos e Israel – defendem o diálogo. Nem mesmo o público israelense está seguro sobre o ataque ao Irã ser uma boa ideia. Essa postura deriva do fato de que, se as potências ocidentais estiverem certas em suas suspeitas a respeito do Irã, ainda será possível, em último caso, atacar o Irã para evitar que este tenha armas nucleares. As consequências de um ataque agora, no entanto, seriam irreversíveis.
 Ariel Schalit / AP


Nota da Redação:
Se nos prognósticos dos EUA, a capacidade da retaliação do Irã é capaz de matar 200 soldados com um único míssil, imagine o que não fariam com um arsenal de 150 mil…
Até que os EUA não são burrinhos não…

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