quinta-feira, 31 de maio de 2012

Justiça britânica aprova extradição de Julian Assange para Suécia 31/05/2012

Julian Assange, fundador do Wikileaks, em uma das audiências na Corte Suprema Corte de Londres,  em fevereiro de 2012.
Julian Assange, fundador do Wikileaks, em uma das audiências na Corte Suprema Corte de Londres, em fevereiro de 2012.
REUTERS/Stefan Wermuth

RFI
A Corte Suprema de Londres deu o sinal verde para a extradição de Julian Assange para a Suécia. O fundador do WikiLeaks é acusado de abuso sexual pela justiça sueca. Ele pode ser enviado a Estocolmo nos próximos dez dias, mas ainda tem a possibilidade de recorrer da decisão junto às instâncias europeias.

A decisão da mais alta instância jurídica britânica foi tomada por 5 votos a favor e 2 contra. O anúncio põe fim a uma longa batalha judicial que durou um ano e meio. Desde que foi interpelado em Londres, em dezembro de 2010, Julian Assange tenta escapar de um mandato de prisão emitido pela Suécia, onde é acusado de estupro por duas mulheres.
A audiência na Corte Suprema de Londres, que atraiu dezenas de defensores do australiano, além de vários jornalistas, durou apenas alguns minutos. Assange não compareceu para ouvir a decisão.
O fundador do site WikiLeaks, que revelou documentos secretos da diplomacia mundial, se diz inocente. Os advogados do australiano contestaram a legitimidade do mandato, que teria sido emitido por um procurador e não por um juíz independente ou por um tribunal. “O pedido de extradição foi feito seguindo as regras”, declarou o presidente da Corte Suprema.
Após o sinal verde de Londres, a extradição de Assange pode ser feita nos próximos dez dias. Mas o australiano ainda pode tentar evitar a decisão e recorrer diante da Corte Europeia dos Direitos Humanos, em Estrasburgo.

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