Foto: Max Rossi/Reuters
Governo do premiê Mario Monti anuncia plano para vender estatais, arrecadar 10 bilhões de euros e reduzir as despesas com funcionalismo público
Brasília - O governo italiano aprovou hoje (15) uma série de medidas para estimular o crescimento do país, que sofre os efeitos de uma grave crise econômica. As medidas incluem a venda de empresas e patrimônio estatais.
Em uma reunião do Conselho de Ministros, que durou cerca de seis horas, o primeiro-ministro, Mario Monti, aprovou dois decretos com medidas destinadas a estimular a competitividade na Itália, reduzir a despesa do Estado e recolher novas receitas para reduzir a dívida pública.
O primeiro-ministro italiano afirmou em conferência de imprensa que as medidas aprovadas são “muito robustas” e incluem um novo fundo que reunirá os programas de apoio às empresas. O governo indicou que o primeiro passo para reduzir a dívida pública virá da venda de três empresas estatais italianas, que devem dar ao Estado cerca de 10 bilhões de euros.
Serão vendidos o grupo estatal Fintecna, que controla os estaleiros Fincantieri, a seguradora Sace e a empresa de prestação de serviços às empresas italianas no exterior Simset, serão vendidas. Outras privatizações ainda serão anunciadas.
Segundo o vice-ministro da Economia, Vittorio Grillo, a receita (das privatizações) servirá para financiar despesas do Estado e a primeira parte da venda deverá estar concluída no final do mês. O executivo informou que será vendido todo o patrimônio que deixou de ser utilizado depois da redução operada nas Forças Armadas, colocando o dinheiro em um fundo imobiliário que será “avaliado e vendido” para investidores privados.
Entre outras medidas, o governo vai aumentar as deduções fiscais para obras de reforma, para estimular o setor da construção, conceder créditos fiscais para o emprego de jovens altamente qualificados e adotar medidas para a criação de postos de trabalho na chamada economia verde.
O governo anunciou também que vai reduzir o número de funcionários públicos por meio da fusão de departamentos, prevendo reduzir os funcionários do gabinete do primeiro-ministro e do ministro das Finanças em 10%.
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