02/06/2012 - 12h30
Brasília
- O Brasil pretende aumentar os gastos em Defesa para até 2% do Produto
Interno Bruto para aproximar-se dos países que integram o BRIC -
Rússia, Índia, China e África do Sul. A informação é do ministro da
Defesa, Celso Amorim. Os países do BRIC gastam em média, 2,5% do PIB em
investimentos militares;
De
acordo com Amorim, na próxima década os gastos do Brasil com a Defesa
devem ficar entre 1,5% e 2% do PIB. Além disso, o governo trabalha para
fomentar a indústria do setor, principalmente quando a economia local
registra baixas provocadas pela crise internacional.
No
ano passado, o Brasil gastou cerca de R$ 61 bilhões em Defesa. Na pior
das hipóteses, Celso Amorim espera manter esse nível para 2012.
Estudo
do Stockholm International Peace Research Institute revela que os
gastos totais da América do Sul em Defesa alcançam US$ 63 bilhões. O
Brasil é responsável por praticamente a metade desse valor.
Se
o Brasil concluir o processo de aquisição de caças para a Força Aérea,
esses valores poderão disparar ainda mais. Estima-se em US$ 5 bilhões o
contrato para a compra de 36 aviões.
No
entanto, Celso Amorim evitou mais uma vez fixar uma data para a decisão
sobre o modelo a ser adquirido pelo Brasil. "É importante que a decisão
saia logo porque há uma deficiência que já se percebe. A decisão sobre
os caças é algo que está muito perto de acontecer", afirmou o ministro.
Ele
assegurou que o desaceleramento da economia brasileira não impedirá que
o governo tome uma decisão ainda em 2012. O crescimento do país passou
de 7,5% em 2010 para 2,7% em 2011.
Na
avaliação de militares da Forças Armadas, a urgência em se adquirir
caças para a FAB e um novo sistema de defesa aérea, se justifica pelos
planos do Brasil em explorar as reservas de petróleo recém descobertas e
o Pré-Sal.
Indústria
O
governo também avalia que o aumento dos gastos com Defesa representa
uma oportunidade para a indústria nacional vender até US$ 2,7 bilhões
anuais para as Forças Armadas, afinal de contas, o Brasil produz aviões,
radares, navios, armas, munições, pára-quedas, coletes à prova de
balas, entre outros, e pode inclusive exportar para a América Latina.
Celso
Amorim destacou ainda que em até quatro anos, o Brasil estará
fabricando um Veículo Aéreo Não Tripulado (VANT), para missões táticas
de vigilância. A Colômbia já demonstrou interesse em participar desse
projeto.
Ele
ressaltou também a participação de Argentina, Chile e Colômbia, no
projeto de produção do cargueiro KC-390. A Embraer espera conseguir até
20% do mercado de reposição desse tipo de aeronave na região, dominado
pelos Estados Unidos com o Hércules C-130.
Para
fortalecer ainda mais as relações com os vizinhos, o Brasil acaba de
adquirir quatro lanchas de patrulha fluvial da Colômbia por US$ 10
milhões.
InfoRel
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