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Cálculos do Mapa e do CNA já indicam que o País deve superar os EUA, afetados por seca, como maior produtor mundial
Uma das apostas do setor diz respeito ao crescimento da produção de soja, baseada na grande comercialização de fertilizantes para a sojicultura, cujo plantio começa no próximo mês de setembro. Com crédito à disposição e estimulados pelo aumento dos preços internacionais, provocado pela forte estiagem que prejudica a lavoura dos Estados Unidos, os sojicultores brasileiros sinalizam aumento da área plantada para 27 milhões de hectares, suficientes para colher 82 milhões de toneladas de soja.
A seca no Meio-Oeste norte-americano deve diminuir a produção de soja no país em torno de 7%, segundo estimativas do próprio governo dos EUA. A notícia elevou a cotação da soja na Bolsa de Chicago para 17,57 dólares o bushel (equivalente a 27,2155 quilos), com aumento de 15% no acumulado do mês. Esse cenário estimula o produtor brasileiro a fazer o maior plantio de soja de todos os tempos, e pode levar o Brasil a ultrapassar os Estados Unidos como maior produtor mundial, de acordo com Sávio Pereira, da Secretaria de Política Agrícola (SPA) do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa).
A Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) também trabalha com expectativa de uma supersafra de soja. A presidente da entidade, senadora Kátia Abreu, disse que o cenário externo de preços favoráveis e as medidas de apoio governamental estimularão o plantio. Adverte, no entanto, que a confirmação das previsões depende das condições climáticas durante o plantio, desenvolvimento e colheita da lavoura.
Análise técnica da CNA ressalta que apesar dos preços internacionais altos também em relação ao milho, a expectativa de cultivo do produto não goza de igual otimismo, uma vez que as duas culturas disputam espaço, principalmente no Centro-Sul do país. Além de a colheita de milho ter registrado o maior crescimento percentual na safra 2011/2012, a presidente da CNA diz que a preferência pela soja se justifica por causa da maior liquidez, menor custo e mais facilidade na obtenção de créditos, o que sinaliza ganho líquido médio de R$ 25,00 por saca de 60 quilos na safra 2012/2013.
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