sexta-feira, 27 de julho de 2012

Expansões da laminadora do CIPP-Complexo idustrial e portuário do Pecém-CE Añon quer aplicar mais R$ 700 mi 27/07/2012


Companhia do grupo espanhol ainda não iniciou obras, mas já planeja aumentar tipos de aço produzidos
A laminadora do grupo espanhol Hierros Añon, que será instalada no Complexo Industrial e Portuário do Pecém (Cipp), já planeja outras duas ampliações para o projeto original – o laminador de aço longo. O objetivo, segundo afirmou com exclusividade para o Diário do Nordeste o diretor-presidente do empreendimento, Luiz Eduardo Moraes, é aumentar os tipos de artigos produzidos e, para tal, a empresa prevê a necessidade de um novo investimento, “da ordem de R$ 700 milhões”.
Primeira ampliação corresponde a uma fábrica de aços planos, de olho no mercado de eletrodomésticos da linha branca e de automóveis.
“Mas isso é número redondo, sem detalhamento, apenas um custo estimado”, ponderou, considerando a possibilidade de o valor variar para menos ou para mais ao longo das obras de construção física.
A primeira ampliação, de acordo com Moraes, corresponde a uma fábrica de aços planos (chapas e bobinas laminadas), de olho no mercado das indústrias de eletrodomésticos da linha branca e automobilística.
Já a etapa seguinte deverá construir o que o diretor-presidente da Silat chamou de acearia. “Aqui, a gente vai produzir o tarugo, que é a matéria prima utilizada para a produção do vergalhão e do fio máquina”, contou. Com isso, ele espera dinamizar a laminadora, já que o tarugo deverá ser importado na primeira etapa de funcionamento da fábrica, a qual deve produzir vergalhões e fio máquina.
Adece como acionista
Luiz Eduardo Moraes também informou da possibilidade de a Agência de Desenvolvimento do Estado do Ceará (Adece) ter participação acionária de 10% na laminadora presidida por ele. “Como é o primeiro caso, a Adece tem que seguir a legislação pública e eles estão estudando se é possível e de que forma isso seria possível”, contou.
Ele ainda garantiu que a entrada do órgão estadual pode acontecer em qualquer uma das etapas do empreendimento, seja agora na primeira obra ou nas duas ampliações reveladas.
Para o diretor-presidente, a participação da Adece significaria “um respaldo bom para o empreendimento, mesmo sendo um sócio minoritário” e deve “facilitar algumas interlocuções” com possíveis parceiros da Silat.
Licenciamento e prazos
Atualmente, de acordo com Moraes, a Siderúrgica aguarda a liberação da Licença Prévia (LP) pela Superintendência do Meio Ambiente do Ceará (Semace) no próximo dia 16 de agosto. O documento é uma prévia para a Licença de Instalação (LI), o qual possibilita o início das obras. “Esperamos que, no mais tardar, em outubro (deste ano) estaremos com a terraplanagem iniciada”, estimou.
Carta consulta no BNB
Orçado em R$ 232 milhões, o projeto para a primeira etapa das obras teve a carta consulta entregue no Banco do Nordeste do Brasil na semana passada. O interesse da Silat é pleitear 40% desse investimento do Fundo Constitucional de Financiamento do Nordeste, o FNE.
“O início está desvinculado disso (do financiamento do FNE). Vamos começar com recurso próprio e, com o andamento, usaremos o dinheiro liberado pelo banco”, detalhou.
ARMANDO DE OLIVEIRA LIMA
REPÓRTER

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