sexta-feira, 6 de julho de 2012

O Golpe Paraguaio e a voz do Opus Dei 06/07/2012

quinta-feira, 5 de julho de 2012

O GOLPE PARAGUAIO E A VOZ DO OPUS DEI

"Tanto foi tranquilo o processo de afastamento no Paraguai que não existiram manifestações de expressão em defesa do ex-presidente. As Forças Armadas nem precisaram enviar contingentes à rua...

Processo digno das grandes democracias parlamentares. Mas difícil de ser compreendido pelo histriônico presidente venezuelano, (...) pela aprendiz de totalitarismo que é a presidente argentina (...) ou pelos dois semiditadores da Bolívia e do Equador.

O curioso foi o apoio da presidente Dilma a essa 'rebelião de aspirantes a ditadores'... "

Quem escreveu as besteiras acima e as fez publicar no jornal da  ditabranda  foi o principal porta-voz do Opus Dei na mídia brasileira, Ives Gandra Martins (que, apropriadamente, está na foto da direita, acima).

O "processo digno das grandes democracias parlamentares" a que ele se refere é, pasmem!, o  impeachment relâmpago  de Fernando Lugo, na verdade um acinte e uma vergonha para a democracia.
O ato falho que ele cometeu foi salientar que "as Forças Armadas nem precisaram enviar contingentes à rua", num reconhecimento implícito de que esta providência fazia parte do esquema golpista articulado desde 2009, assim como os US marines teriam desambarcado no Brasil caso a quartelada de 1964 encontrasse resistência significativa.
Por último, sendo o Opus Dei o que é, Ives Gandra nos deu a conhecer, simplesmente, a relação atualizada dos presidentes ameaçados de sofrerem os próximos golpes parlamentares, depois do êxito das empreitadas hondurenha e paraguaia. Eia a ordem de prioridade dos eternos conspiradores:
  1. Hugo Chávez
  2. Cristina Kirchner
  3. Evo Morales
  4. Rafael Correa
  5. Dilma Rousseff
Que os cinco se considerem alertados e tomem as devidas cautelas. Quem dorme de touca acaba sendo colocado em avião de pijamas.
E que nossa Dilma reflita sobre se valeu a pena reagir de forma tão débil à deposição de Lugo, descartando o embargo econômico que seria a única medida democraticamente aceitável (já que utilizada com total impunidade há meio século pelos EUA contra Cuba...) para quebrar a espinha dos golpistas.

Preferiu aproveitar a confusão para incluir a Venezuela no Mercosul.

De que adiantará, se Chávez for derrubado, como o foram Zelaya e Lugo?

Ovos de serpente devem ser esmagados antes de eclodirem. Dois ofídios já estão firmes e fortes. Quantos mais consentiremos?
 

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