O Irã formará uma equipe com outros países não alinhados para investigar soluções para a crise na Síria, disse o ministro iraniano das Relações Exteriores, enquanto o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, pedia ao Irã que usasse sua influência para ajudar a pôr um fim à violência naquele país.
O Irã diz que a cúpula em sua capital do Movimento Não Alinhado (NAM, na sigla em inglês) de 120 nações mostra que fracassaram os esforços para isolá-lo por causa de seu programa nuclear e pelo apoio ao presidente sírio, Bashar al-Assad. Uma resolução sobre a Síria ajudaria Teerã a argumentar que seus laços com Damasco são benignos.
"Em um momento em que várias outras organizações internacionais se envolveram na questão síria, não é certo que o Movimento Não Alinhado assuma uma posição secundária", disse o ministro iraniano das Relações Exteriores, Ali Akbar Salehi, em entrevista coletiva nesta quarta-feira.
"Foi recomendado que a troika da NAM se envolvesse, cooperando com outras organizações internacionais, principalmente com a Organização das Nações Unidas."
Tal troika incluiria o Egito, o Irã e a Venezuela, como o antigo, o atual e o futuro detentores da presidência rotatória da NAM, além de Líbano e Iraque, disse o legislador iraniano Alaeddin Boroujerdi, que visitou a Síria nesta semana para reuniões com autoridades, em declarações feitas à agência de notícias Fars.
Reuters
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