BERLIM (AFP) – O governo da Alemanha, que teme possíveis atos de
violência, tenta impedir que a extrema-direita exiba o filme anti-islã
que provocou uma onda de protestos no mundo muçulmano. A facção “Pro
Deutschland”, que vem realizando há vários meses uma campanha contra os
muçulmanos, quer exibir em um cinema de Berlim uma versão integral do “A
Inocência dos muçulmanos”.
Por enquanto, foram divulgados no YouTube apenas 14 minutos do filme, que narra a vida de Maomé, toca em temas como homossexualidade e pedofilia, e apresenta os muçulmanos como imorais e violentos.
As autoridades alemãs dizem que vão fazer tudo o que estiver ao seu alcance para proibir que o “Pro Deutschland” exiba o filme. O ministro do Interior, Hans-Peter Friedrich, acredita que esta projeção seria uma “manifestação política” para “colocar lenha na fogueira”. Assim, o ministro considera que proibir sua exibição não seria um ataque à liberdade de expressão. “Nestas circunstâncias, acho apropriado estudar todas as possibilidades legais relacionadas ao direito de reunião e de ordem pública para ver como podemos nos opor” a uma possível exibição, salientou o ministro conservador no canal Phoenix.
A chefe de governo, Angela Merkel, afirmou que o importante é analisar se a projeção do filme, considerado de má qualidade, pode colocar em risco a segurança da Alemanha, onde vivem quatro milhões de muçulmanos. “Posso imaginar boas razões” para proibir a difusão do filme, declarou Merkel.
A chanceler alemã havia defendido a publicação das caricaturas de Maomé em um jornal dinamarquês. Há dois anos, apesar de ter dúvidas sobre o “bom gosto” dos desenhos, participou da cerimônia de entrega de um prêmio ao autor. A cidade-Estado de Berlim pediu aos administradores das salas de cinema que boicotem o filme. “Não se pode dar espaço à provocação”, ressaltou Dilek Kolat, encarregado de temas integração em Berlim.
Os muçulmanos, contudo, estão divididos.
O Conselho Central dos Muçulmanos e o Conselho de Coordenação dos Muçulmanos (KRM) pediram a proibição da projeção, enquanto a Federação Islâmica Liberal se opõe a esta possível proibição. “Quanto mais se transforma este tipo de coisa em tabu, mais danos causa”, declarou Lamya Kaddor ao jornal Tageszeitung.
Muitos observadores consideram que o anúncio do “Pro Deutschland” é mais um capítulo da campanha de agitação realizada por essa facção dirigida por um ex-neonazista.
Em 18 de agosto, por exemplo, cinquenta militantes da “Pro Deutschland” exibiram uma caricatura de Maomé em frente a uma mesquita em Berlim, conhecida por ser um reduto de salafistas. “Parem a islamização”, estava escrito em um cartaz. Cerca de 150 militantes da esquerda e anti-nazistas realizaram um ato em resposta.
Por enquanto, foram divulgados no YouTube apenas 14 minutos do filme, que narra a vida de Maomé, toca em temas como homossexualidade e pedofilia, e apresenta os muçulmanos como imorais e violentos.
As autoridades alemãs dizem que vão fazer tudo o que estiver ao seu alcance para proibir que o “Pro Deutschland” exiba o filme. O ministro do Interior, Hans-Peter Friedrich, acredita que esta projeção seria uma “manifestação política” para “colocar lenha na fogueira”. Assim, o ministro considera que proibir sua exibição não seria um ataque à liberdade de expressão. “Nestas circunstâncias, acho apropriado estudar todas as possibilidades legais relacionadas ao direito de reunião e de ordem pública para ver como podemos nos opor” a uma possível exibição, salientou o ministro conservador no canal Phoenix.
A chefe de governo, Angela Merkel, afirmou que o importante é analisar se a projeção do filme, considerado de má qualidade, pode colocar em risco a segurança da Alemanha, onde vivem quatro milhões de muçulmanos. “Posso imaginar boas razões” para proibir a difusão do filme, declarou Merkel.
A chanceler alemã havia defendido a publicação das caricaturas de Maomé em um jornal dinamarquês. Há dois anos, apesar de ter dúvidas sobre o “bom gosto” dos desenhos, participou da cerimônia de entrega de um prêmio ao autor. A cidade-Estado de Berlim pediu aos administradores das salas de cinema que boicotem o filme. “Não se pode dar espaço à provocação”, ressaltou Dilek Kolat, encarregado de temas integração em Berlim.
Os muçulmanos, contudo, estão divididos.
O Conselho Central dos Muçulmanos e o Conselho de Coordenação dos Muçulmanos (KRM) pediram a proibição da projeção, enquanto a Federação Islâmica Liberal se opõe a esta possível proibição. “Quanto mais se transforma este tipo de coisa em tabu, mais danos causa”, declarou Lamya Kaddor ao jornal Tageszeitung.
Muitos observadores consideram que o anúncio do “Pro Deutschland” é mais um capítulo da campanha de agitação realizada por essa facção dirigida por um ex-neonazista.
Em 18 de agosto, por exemplo, cinquenta militantes da “Pro Deutschland” exibiram uma caricatura de Maomé em frente a uma mesquita em Berlim, conhecida por ser um reduto de salafistas. “Parem a islamização”, estava escrito em um cartaz. Cerca de 150 militantes da esquerda e anti-nazistas realizaram um ato em resposta.
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