Alíquota adicional de depósitos à vista caiu de 6% para zero e de depósitos a prazo, de 12% para 11%
estadão.com.br
BRASÍLIA - O Banco Central anunciou novas mudanças nas
regras dos depósitos compulsórios para injetar cerca de R$ 30 bilhões na
economia nos próximos meses. Também haverá incentivo para compras de
Letras Financeiras e carteiras de crédito. Hoje, os compulsórios somam
R$ 380 bilhões.
Depósito compulsório é a parcela de recursos que os bancos precisam deixar parada no Banco Central. Quando o governo aumenta a alíquota do compulsório - neste caso, de uma alíquota adicional - significa que ele quer que os bancos emprestem menos e, com isso, a economia fique mais estável.
Ao retirar o compulsório adicional dos depósitos à vista e reduzir a parcela dos depósitos a prazo, o BC vai no sentido inverso. Ele quer que os bancos emprestem mais e, com isso, a economia tenha mais força para crescer.
O diretor de Política Monetária do Banco Central, Aldo Mendes, disse que, no caso dos depósitos à vista, a medida representa uma liberação de R$ 9 bilhões. A redução na alíquota do adicional sobre depósitos a prazo, no final de outubro, terá impacto de mais R$ 7 bilhões.
O restante dos R$ 30 bilhões totais a serem liberados com as mudanças anunciadas hoje virá do aumento de até 36% para até 50% na parcela do adicional sobre depósito a prazo que poderá ser utilizado para compra de ativos.
Nesse momento, contudo, chama a atenção a decisão do BC de permitir que "até metade do recolhimento compulsório sobre depósito a prazo seja direcionado para compras de Letras Financeiras e carteiras de crédito a partir de hoje". Esse anúncio vem no mesmo dia em que o BC liquida dois bancos - Cruzeiro do Sul e Prosper. Ou seja, em um momento de insegurança, quando o dinheiro diminui no mercado financeiro.
Mendes já afirmou que a medida não tem relação com a liquidação dos bancos. Ele disse ainda que o governo está buscando aumentar o crédito e levar a alíquota do compulsório para mais perto da média internacional.
Ele afirmou ainda que o governo está buscando aumentar o crédito e levar a alíquota do compulsório para mais perto da média internacional.
(Com Agência Estado e Reuters)
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