O Estado de S.Paulo
A Federação Brasileira de Bancos (Febraban) e a estatal
Eletrobras formalizaram ontem a doação de 9 mil bolsas ao Ciência sem
Fronteiras, programa do governo federal para a formação de
pesquisadores. O investimento total do contrato assinado com as agências
de fomento federais ultrapassa os R$ 440 milhões.No acordo de cooperação científica firmado com a Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal do Nível Superior (Capes) e o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), o setor bancário assegurou a doação de 6,5 mil bolsas.
A contribuição da Febraban, a ser liberada ao logo dos próximos quatro anos, ultrapassa R$ 365 milhões. O primeiro desembolso de recursos, correspondente a 10% do total, vai ser feito na terça-feira.
"É a maior contribuição de um patrocinador privado ao setor", afirma o presidente da entidade, Murilo Portugal.
Nos instrumentos assinados pela Eletrobras com a Capes e CNPq, foram repassadas 2,5 mil bolsas, totalizando mais de R$ 75 milhões.
Nesse acordo, a maioria das bolsas a serem concedidas pelo programa, via chamada pública coordenada pela Capes, por exemplo, vai para a modalidade de graduação sanduíche. São cerca de 75% de um total de 1,1 mil bolsas. Também serão realizadas chamadas específicas. "Queremos incentivar a formação de profissionais nas quatro áreas da engenharia limpa: termelétrica, eólica, hidrelétrica e painéis", diz o diretor de administração da Eletrobras, Miguel Colasuonno.
Presente na solenidade, o ministro da Educação, Aloizio Mercadante, destacou os números do programa e enfatizou a importância da educação no cenário mundial de competitividade.
"O Brasil precisa de mais educação, ciência, tecnologia e inovação."
Até 2015, o governo espera alcançar a meta do programa de conceder 101 mil bolsas, sendo 26 mil oferecidas por empresas parceiras e da iniciativa privada.
"Já existem dez empresas parceiras no momento que já assinaram um contrato de adesão", diz o presidente da Capes, Jorge Almeida Guimarães. Petrobrás, Vale, Hyundai são algumas delas.
Hoje o Ciência sem Fronteiras beneficia mais de 14 mil bolsistas, segundo dados registrados no site do programa. / D.L.
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