Mais de cinco mil mercenários treinados e equipados com armas sofisticadas entraram na Síria através da Turquia e outros países vizinhos nas últimas semanas, denunciou nesta terça-feira (25) o ministro de Informação Omran Al-Zoubi.
Em entrevista à TV libanesa Al Manar, o ministro sublinhou que seu país é forte e suas instituições funcionam de maneira coerente apesar dos ataques externos.
Igualmente, indicou que a oposição atual não é a autêntica, mas a dos grupos terroristas que tratam de desenvolver o projeto ocidental e sionista contra a Síria.
O jornal britânico The Guardian informou em sua edição do último domingo (23) que somente na cidade de Alepo, no noroeste do país, participaram dos ataques contra as autoridades "veteranos combatentes do Iraque, Iêmen e Afeganistão" que se infiltraram com suas armas na Síria a partir da Turquia.
Entre eles - acrescentou – havia também chechenos, sauditas, tadjiques, turcos e de outras nacionalidades.
Al-Zoubi denunciou que fazer terrorismo contra seu país é algo mostrado no mundo como uma honra, mas quando o terrorismo é praticado contra os Estados Unidos, a França, a Espanha e outros países, é condenado e combatido.
O ministro sírio sublinhou que a razão da demora governamental em pôr fim às ações terroristas não é falta de capacidade, mas a vontade do governo de evitar a morte de civis ou a destruição de cidades.
O Exército, disse, enfrenta bandos armados que ocupam casas, deslocam a população, atacam as instituições governamentais e têm a capacidade de comunicar-se e obter apoio logístico e militar desde o exterior, o que torna mais complexa a sua eliminação.
O ministro responsabilizou atores ocidentais e de alguns países árabes pelo fracasso da missão do enviado da ONU à Síria, Kofi Annan, e sublinhou que se o novo enviado, Lakhdar Brahimi, quer que sua missão tenha êxito, deve chamar as coisas por seu nome.
Em especial, pontuou, a responsabilidade de alguns países com a insegurança e a escalada militar mediante o envio de homens armados, o dinheiro e a incitação.
Sustentou que as autoridades sírias têm um interesse genuíno no êxito de Brahimi, pelo que não pouparão esforços para conseguir o avanço da sua missão.
Em outra parte de suas declarações, Al-Zoubi assinalou que a conferência da oposição realizada na Síria no último fim de semana "não representa toda a oposição síria" e acrescentou que haverá outro encontro de outros atores políticos, enquanto manifestou sua esperança de chegar a um diálogo político nacional com todos os envolvidos, sem exclusão.
Falamos, sublinhou, de um diálogo entre sírios sem nenhum tipo de ingerência estrangeira. Se a oposição for capaz de sentar-se à mesa de diálogo, estamos dispostos a fazê-lo já, disse.
Não temos nenhum problema com a presença dos embaixadores e o enviado da ONU para a Síria no diálogo se isto for solicitado, mas nos opomos à participação de representantes do Catar, da Arábia Saudita, Turquia e Israel nas conversações, pois isto para nós é uma linha divisória, afirmou.
Granma
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