Após
 a ONU ter reconhecido a Palestina como Estado observador na noite de 
ontem, Egito e Jordânia ressaltaram nesta sexta-feira a importância da 
comunidade internacional dar continuidade aos esforços para alcançar a 
paz entre palestinos e israelenses.
Em
 comunicado, o ministro das Relações Exteriores do Egito, Mohammed Amre,
 considerou que o amplo apoio alcançado pela dita resolução reflete a 
crescente consciência da comunidade internacional na importância de 
seguir com os esforços para resolver a questão palestina.
Segundo
 Amre, esse objetivo depende diretamente do fim da ocupação israelense e
 do reconhecimento dos "direitos legítimos do povo palestino", 
sobretudo, o de ter um Estado independente soberano com as fronteiras de
 1967, tendo Jerusalém como capital.
O
 ministro das Relações Exteriores do Egito destacou que o Egito está 
disposto a continuar defendendo a causa e o povo palestino.
Da
 Jordânia, o porta-voz do governo de Amã, Samih Mayta, qualificou a 
decisão da ONU como uma "conquista importante e estratégica no caminho 
do conflito árabe-israelense, a qual deveria ser empregada para 
mobilizar o mundo em apoio dos direitos legítimos do povo palestino, 
incluído um Estado independente".
Para
 Mayta, "a resolução da ONU demonstra que a visão de dois Estados é a 
única solução para acabar com o conflito palestino-israelense e 
restabelecer a paz no Oriente Médio".
O
 porta-voz do governo de Amã adiantou que a Jordânia, em cooperação com 
outras partes, continuará se esforçando para levar israelenses e 
palestinos à mesa de negociações.
No
 entanto, Mayta se queixou das práticas israelenses e suas ações 
"unilaterais", especialmente a construção de assentamentos, que "fazem 
ameaçam a segurança e a estabilidade do Oriente Médio, além de bloquear o
 êxito dos esforços mundiais para a paz".
As
 relações diplomáticas de Israel com o mundo árabe se limitam à Jordânia
 e Egito: Amã assinou um acordo de paz em 1994, enquanto Cairo assinou 
em 1979.
Na
 noite de ontem, a Assembleia Geral das Nações Unidas aprovou, por 
maioria absoluta, uma resolução que reconhece a Autoridade Nacional 
Palestina (ANP) como um estado observador não membro.
Em
 uma votação direta no plenário da Assembleia Geral, iniciada por volta 
das 20h (de Brasília), a resolução impulsionada pelo presidente 
palestino, Mahmoud Abbas, contou com 138 votos a favor, 9 contra e 41 
abstenções. 
EFE
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