sábado, 29 de dezembro de 2012

A história dos próximos 50 anos da Eletrobras começa em 2013 29/12/2012



A Eletrobras termina 2012, ano em que completou seu cinquentenário, olhando para o futuro. No ano que vem, a empresa prevê a entrada em operação das usinas hidrelétricas Jirau (3.750 MW, RO), Simplício (333,7 MW, RJ), Batalha (52,5 MW, GO) e São Domingos (48 MW, MS), bem como da PCH João Borges (19,5 MW, SC). Esses empreendimentos - assim como Angra 3, Santo Antônio e Belo Monte - tiveram um grande impulso em 2012, quando a Eletrobras realizou cerca de 85% de seu orçamento de cerca de R$ 13 bilhões, o maior índice desde o ano 2000 e 11 pontos percentuais acima do desempenho de 2011. No próximo ano, o orçamento será da ordem de R$ 13,7 bilhões.Além dos empreendimentos hidrelétricos, 2013 promete ser pródigo para os projetos da Eletrobras na área de energias renováveis. Os complexos eólicos Livramento (78 MW, RS), Miassaba 3 (68,5 MW, RN), Rei dos Ventos 1 e 3 (118,6 MW, RN), Casa Nova (180 MW, BA), Pedra Branca (30 MW, BA), São Pedro do Lago (30 MW, BA) e Sete Gameleiras (30 MW, BA) começarão a operar ano que vem. Além disso, está prevista a inauguração da primeira planta solar das empresas Eletrobras - o projeto Megawatt Solar, da Eletrobras Eletrosul -, que vai gerar 1 MW usando placas solares no terraço do prédio ocupado pela empresa, em Florianópolis.O ano de 2012, para a Eletrobras, marcou a comemoração de seus 50 anos, completados em 11 de junho. O ponto alto ocorreu uma semana depois dessa data - em 18 de junho -, quando foi realizada a solenidade oficial em homenagem ao cinquentenário, contando com as presenças do vice-presidente da República, Michel Temer, representando a presidenta Dilma Rousseff, do ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, e do governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral, entre outras autoridades. No mesmo dia, nos Arcos da Lapa, a empresa promoveu um show de videomapping que iluminou todo o monumento histórico com luzes e imagens, projetadas durante dez minutos, mostrando a importância da energia na vida da sociedade. Ainda no dia 18, foi lançado o projeto "Luz na Cidade", patrocinado pela Eletrobras, que destacou com iluminação especial diversas estátuas, monumentos e prédios públicos, localizados principalmente no Centro do Rio de Janeiro.Na área de geração, o ano de 2012 foi muito bom para as empresas Eletrobras. Entraram em operação as nove primeiras turbinas da usina Santo Antônio (3.150 MW, RO), com capacidade total de 624,6 MW, a usina Passo São João (77 MW, RS), marcando o retorno da Eletrobras Eletrosul à geração hidrelétrica, as duas primeiras turbinas da usina Mauá (361 MW, PR) e a primeira máquina da PCH Barra do Rio Chapéu (15,2 MW, SC).A pujança dos investimentos das empresas Eletrobras pôde ser comprovada também nos leilôes de linhas de transmissão realizados em março, abril e junho. Juntas, as empresas Eletrobras Chesf, Furnas, Eletrosul e Eletronorte conquistaram seis dos 13 lotes licitados, agregando mais 677 quilômetros de linhas de transmissão e 4.740 MVA ao Sistema Interligado Nacional (SIN), com uma Receita Anual Permitida (RAP) total da ordem de R$ 76 milhões. Em 2012, também foram energizados 955 quilômetros de linhas e, para 2013, a previsão é que entrem em operação mais 9.536 quilômetros de linhas de transmissão e 8.021 MVA, próprios ou em parcerias. Atualmente, estão em construção 13.139,4 quilômetros de linhas, com investimentos de cerca de R$ 10,6 bilhões.Em 2012, as seis distribuidoras da Eletrobras registraram o seu melhor desempenho desde 2009, ratificado pela evolução do desempenho dos indicadores Perdas de Energia, Gestão da Inadimplência, Qualidade do Serviço (DEC e FEC) e ao Custo do Pessoal, Material, Serviço e Outros em relação à Receita Operacional Líquida (PMSO/ROL), resultado do esforço dos colaboradores, da realização de investimentos e do aprimoramento das ferramentas de gestão. Nos negócios de distribuição, a Eletrobras investiu R$ 1 bilhão este ano e já atende a mais de 3,6 milhões de clientes em seis estados.
Diversas ações na distribuição da Eletrobras tiveram destaque em 2012, como a ampliação das redes de distribuição de média, baixa e alta tensão em 345 quilômetros e a realização de 482 mil inspeções e 154 mil regularizações, propiciando a recuperação de 242,7 mil GWh de energia não faturada, que agregaram R$ 126 milhões de receita para as empresas. Além disso, foi iniciada a implantação da usina termelétrica Mauá 3, em Manaus, com potência instalada de 583 MW.As distribuidoras, que atuam em áreas de baixa densidade demográfica, têm o desafio de fornecer energia elétrica com qualidade para 3,6 milhões de consumidores, cerca de 5% dos consumidores brasileiros, numa área de 2,3 milhões de quilômetros quadrados, que corresponde a 25,8% do território nacional.A Eletrobras teve papel de destaque durante a Rio+20, realizada no mês de junho, no Rio de Janeiro. A empresa e suas subsidiárias montaram um estande de 1.060 m², no Espaço da Energia, localizado no Parque dos Atletas, na Barra, em frente ao Riocentro, local principal da Rio+20. O espaço foi inaugurado pela presidenta Dilma Rousseff e pelo ministro de Minas e Energia, Edison Lobão.No estande, entre palestras e maquetes, foram apresentados alguns projetos pioneiros, como o avião que a Eletrobras Chesf desenvolve, em conjunto com o Instituto Tecnológico da Aeronáutica (ITA). A aeronave - de três metros de comprimento, pesando 12 quilos e guiada por controle remoto - terá a missão de inspecionar, remotamente, as linhas de transmissão, missão realizada atualmente por meio de helicópteros tripulados, diminuindo custos e evitando o risco de vida dos técnicos envolvidos nas operações de inspeção.Durante o evento, a Eletrobras assinou documentos visando formar parcerias internacionais que ampliarão sua atuação global. Foram realizadas reuniões de negócios com representantes dos governos da Nigéria e Nicarágua, além de representantes das empresas Endesa Brasil, Enel (Itália) e Eskom (África do Sul). A Eletrobras também assinou memorandos de entendimentos com as empresas UTE (Uruguai) e EDF (França).Também em 2012, a Eletrobras aderiu aos esforços do governo brasileiro, que, por meio das MPs 579 e 591, vai reduzir a conta de luz para o consumidor final. A empresa aceitou integralmente a proposta de renovação das concessões de geração e transmissão, cujos contratos venceriam entre 2015 e 2017 e que representavam 16 usinas e 56 mil quilômetros de linhas de transmissão. Os valores das indenizações a que a empresa terá direito por ativos ainda não amortizados estão sendo calculados pelo governo, mas a garantia mínima é de recursos da ordem de R$ 14 bilhões, que serão usados para investimentos. A MP 579 criou uma oportunidade para a Eletrobras rever seus custos, tornando-se mais eficiente e buscando ganhos de escala.

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