segunda-feira, 10 de dezembro de 2012

Descontrole da PM volta a pressionar Alckmin 10/12/2012

SP247 – Para o grande público, a troca do secretário da Segurança, em São Paulo, não fez efeito nenhum. Uma das maiores críticas ao anterior, Antonio Ferreira Pinto, apontava para o descontrole da Polícia Militar. Agora, na gestão do chegado em 21 de novembro Fernando Grela Vieira, integrantes da corporação  dão mostras que continuam agindo como antes – ou melhor, de forma ainda pior. No sábado 8, seis PMs foram presos após um suspeito ter entrado vivo e saído de uma viatura morto, com quatro tiros. Na mesma madrugada, outro soldado da PM foi acusado de ter jogado gasolina e ateado fogo em um suspeito que, para ele, tinha uma tatuagem de quem já matou um policial. O PM foi preso pelos próprios colegas de turma, enquanto o jovem queimado deu entrada em estado grave num hospital da cidade.
Entre as duas situações, o retorno do terror à maior cidade do País. Em protesto contra a morte do suspeito levado pela viatura, bandidos colocaram fogo em um ônibus, ainda na noite do sábado – e duas pessoas que estavam no coletivo morreram, sem conseguir sair a tempo. Na madrugada da segunda-feira 10, mais um ônibus foi queimado na capital, desta vez sem deixar vítimas entre os passageiros. Foi o 49º ônibus queimado este ano na capital.
As mortes e queimas mostram que o governador Geraldo Alckmin e o novo secretário Grela ainda têm muito trabalho pela frente até reaver o controle sobre a Polícia Militar. A corporação teve uma centena de homens mortos este ano, e os ataques diretos a suspeitos e bandidos são vistos como uma espécie de volta da lei 'olho por olho, dente por dente'.
Enquanto o atual modelo do tipo perseguição polícia-bandido prosseguir, as chances de a situação atual continuar permanecem muito elevadas, praticamente de 100%. Com cortes de verbas anunciados para a corporação e para o serviço de inteligência da policia civil, Alckmin igualmente não parece contribuir para a solução do quadro. Em todo o País, a melhor experiêncie em termos de Segurança Pública, apontam os números, está no Rio de Janeiro, onde foram implantadas as UPPs – Unidades de Polícia Pacificadora – em áreas conflagradas. Elas custam mais caro, mas são o melhor que se tem. Por que Alckmin tem medo das UPPs?

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