De acordo com o documento, caberá ao ministério, em conjunto com as Forças Armadas, impedir ou dificultar a utilização criminosa da rede.
Governo
aprova Política Cibernética de Defesa. De acordo com o documento, caberá
ao ministério, em conjunto com as Forças Armadas, impedir ou dificultar
a utilização criminosa da rede.
Brasília - O Ministério da Defesa aprovou a política que define estratégias de defesa cibernética nos níveis operacional e tático e que deve ser aplicada nos grandes eventos que serão sediados no país, a Copa do Mundo de 2014 e os Jogos Olímpicos de 2016. Portaria que aprova a Política Cibernética de Defesa foi publicada hoje (27) no Diário Oficial da União.
De acordo com o documento, caberá ao
ministério, em conjunto com as Forças Armadas, impedir ou dificultar a
utilização criminosa da rede. Para isso, a política prevê a implantação
do Sistema Militar de Defesa Cibernética, composto por militares e
civis, e o fornecimento da estrutura e infraestrutura para que as
atividades de defesa sejam desempenhadas.
Deverão ser criados e normatizados
processos de segurança cibernética para padronizar os procedimentos de
defesa da rede. Deverão também ser estabelecidos programas e projetos
para assegurar a capacidade de atuar em rede com segurança. A política
deve integrar as ações já em curso de defesa cibernética no país.
Em agosto de 2011, foi criada, por meio
do Decreto 7.538, a Secretaria Extraordinária de Segurança para Grandes
Eventos, responsável por planejar, definir, coordenar, implementar,
acompanhar e avaliar as ações de segurança para esse tipo de evento,
promovendo a integração entre os órgãos de segurança pública federais,
estaduais, distrital e municipais envolvidos com a questão.
Já em agosto deste ano, portaria do
Ministério da Defesa estabeleceu as diretrizes que vão nortear a atuação
dos militares do Exército, da Marinha e Aeronáutica durante os grandes
eventos.
A portaria também autoriza o Ministério
da Defesa a empregar, temporariamente, as Forças Armadas para atuar na
segurança e defesa cibernética, defesa contra terrorismo, fiscalização
de explosivos, contingência e defesa contra agentes químicos,
biológicos, radiológicos ou nucleares; e em outras atribuições
constitucionais das Forças Armadas, em todas as cidades-sede, durante a
Copa e as Olimpíadas.
Apesar de não ter sofrido nenhum grande
atentado virtual, o Brasil é um dos países com maior ocorrência de
crimes cibernéticos. Em pesquisa realizada pela empresa norte-americana
Norton, especializada em antivírus, o Brasil estava, em 2011, em quarto
lugar em uma lista de 24 países com maior quantidade de crimes
cibernéticos aplicados, abaixo da China, África do Sul e México.
Segundo a pesquisa, 80% dos adultos
brasileiros já foram vítimas desse tipo de crime. A cada 11 dias, uma
nova vítima de crime cibernético é registrada no país. Calcula-se que,
em 2011, o prejuízo tenha chegado a US$ 15 bilhões.
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