RIA Novosti
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Os especialistas russos em física nuclear concluíram o desenvolvimento do projeto do reator prospectivo VVER-TOI, na sigla russa. Esta grande abreviatura russa é “decifrada” da seguinte maneira: reator energético moderado a água, típico, otimizado e informatizado. Estes reatores irão substituir os grupos eletrogêneos das centrais atômicas antigas e serão oferecidos para a exportação.
Na realidade, a nova central
típica terá dois blocos com um reator de 1250 megawatts, revela o perito
do Centro Nacional de Pesquisas Instituto Kurtchatov Andrei Gagarinski.
"Trata-se
da modernização do projeto, ou de mais uma geração do mesmo reator. Ele
é mais potente do que o seu antecessor – a sua potência chega a quase
1300 megawatts. Existem diferenças no tocante aos sistemas de comando e
certos detalhes técnicos. De um modo geral, trata-se de uma nova geração
de reatores energéticos potentes, que constituem a base da matriz
energética da Rússia."
Todos os documentos técnicos do projeto já estão prontos. A etapa seguinte é a construção da central nuclear Kursk 2.
A obra vai começar no próximo ano. No processo de desenvolvimento do
novo reator foram utilizadas não somente tecnologias russas, mas também
projetos franceses e alemães. E se levarmos em consideração os serviços
de software aproveitados no projeto, a geografia será ainda mais ampla.
No processo de projeção da central foi utilizado, pela primeira vez na
Russia, o método de modelação tridimensional e o conjunto de programas
que engloba várias plataformas. O projeto VVER-TOI é uma
central ao mesmo tempo econômica e segura. Como se sabe, a questão de
segurança de centrais nucleares é alvo de uma atenção especial do mundo
de hoje. O novo reator foi desenvolvido de maneira a levar em
consideração todos os fatores negativos que tinham provocado o acidente
na central atômica de Fukushima. A emissão de substâncias
radioativas do grupo eletrogêneo para o meio ambiente é impossível mesmo
no caso de um terremoto de magnitude 8 na escala de Richter ou no caso
da queda e explosão de um avião com massa de até 400 toneladas. O
projeto inclui também dispositivos que permitem limitar a um determinado
local a massa fundida da zona ativa, explica Andrei Gagarinski.
"Este
dispositivo é um projeto original russo. No caso de reatores potentes,
uma “armadilha” para as massas fundidas é indispensável. Portanto, mesmo
no caso do acidente mais grave que se pode imaginar, o combustível fica
dentro do reator e não desaparece, o que proporciona um alto nível de
segurança para a população e para o meio ambiente. Existem também muitos
outros aperfeiçoamentos técnicos que elevam o nível de segurança. A
necessidade de cessão do calor é especialmente importante no caso de
situações, semelhantes à que se deu na central nuclear de Fukushima."
Depois do acidente de Fukushima
o enfoque de construção de centrais nucleares mudou – os reatores
tornam-se mais caros, mas a sua segurança aumenta, aponta Alexander
Pasetchnik, perito do Fundo de Segurança Energética.
"É
evidente que o novo reator corresponde a exigências mais altas,
incluindo o perigo devido a abalos sísmicos. Além disso, neste caso
existe proteção contra ataques terroristas pois ele suporta a queda de
um avião."
Nas próximas décadas precisamente centrais
atômicas, munidas de reatores novos, é que irão constituir a base da
matriz energética da Rússia. Na opinião de peritos, o reator VVER-TOI
poderá perfeitamente concorrer no mercado mundial com os
desenvolvimentos análogos dos EUA, da China e da Coreia. Falando a
propósito, estes últimos virão à luz em breve.
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