Rússia lança construção do gasoduto South Stream para UE 08/12/2012
"Rússia
tenta envolver a Alemanha no projeto South Stream para enfraquecer o projeto
Nabucco"http://en.rian.ru/world/20100714/159806060.html
O presidente
russo, Vladimir Putin, lançou oficialmente nesta sexta-feira às margens do Mar
Negro as obras de construção do gasoduto South Stream, que a Gazprom realiza e
que permitirá a Moscou fornecer gás à União Europeia, evitando a passagem pela
Ucrânia. Depois de um breve discurso de Putin, os operários realizara a
soldadura de um tubo, em uma cerimônia perto da cidade balneária de Anapa, o
ponto de partida deste gasoduto de 2.380 km de extensão, cuja entrada em
funcionamento está prevista para o final de 2015. "É um acontecimento
importante não apenas para o mercado de energia russo, como também para o de
toda a Europa", afirmou o presidente russo. "Junto ao Nord Stream (o
equivalente nórdico do gasoduto no Báltico), o South Stream criará as condições
para entregas confiáveis e incondicionais de gás russo aos consumidores
europeus, neste caso no sul da Europa", acrescentou Putin. O projeto, de
um custo total de 16,5 bilhões de euros, permitirá à Rússia entregar 63 bilhões
de metros cúbicos de gás por ano à Europa. O projeto, que sai do fundo do mar
Negro e passa por Bulgária, Sérvia, Hungria, Eslovênia e Itália, evita
cuidadosamente o território de Ucrânia, até agora o principal país de trânsito do
gás russo. As reiteradas disputas entre Moscou e Kiev sobre o preço de gás, que
perturbaram muitas vezes o fornecimento à Europa em pleno inverno, empurraram a
Gazprom â?? aliada de várias empresas elétricas
europeias â?? a buscar outras vias de fornecimento. Assim, a parte submarina do
gasoduto está assegurada por um consórcio do qual participam Gazprom (50%), o
italiano Eni (20%), o francês EDF (15%) e o alemão Wintershall (15%), filial da
BASF. No norte, o gigante público russo já abriu caminho do Nord Stream entre
Rússia e Alemanha via o mar Báltico. Lançado em novembro de 2011, este gasoduto
de 1.220 quilômetros chega a uma capacidade de 55 bilhões de m3 por ano graças
à abertura em outubro de um segundo duto. Contudo, o lançamento das obras deste
novo gasoduto para Europa chega em um momento ruim para Gazprom no mercado
europeu. A crise econômica gerou uma redução ao consumo na UE de cerca de 11%,
segundo a AIE, que considera que essa tendência será mantida este ano. A AIE,
que representa os interesses dos países consumidores, crê que a demanda só
recuperará seus níveis de 2010 no final desta década. A diretora da AIE, Maria
van der Hoeven, que estava em Anapa, disse confiar nas perspectivas de
crescimento de longo prazo da demanda europeia, que segundo ela passará de 340
bilhões de m3 por ano atualmente para 500 bilhões em 2035. "É mais que
suficiente para que a Europa conserve seu lugar de maior mercado para a
importação de gás no mundo", declarou em uma coletiva de imprensa.
postado por inteligênciabrasileira
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