O regime sírio advertiu neste sábado quanto ao possível uso de armas químicas pelos "terroristas" e reafirmou que as autoridades não as empregarão sob nenhuma condição no conflito que mantêm com os rebeldes.
O Ministério das Relações Exteriores sírio expressou sua "preocupação que alguns dos países que apoiam o terrorismo emprestam armas químicas a grupos armados" que atuam na Síria, como forma de acusar o governo de Damasco de utilizar estas armas.
Em duas cartas enviadas ao secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, e ao Conselho de Segurança, divulgadas pela televisão síria, o Ministério acusa os Estados Unidos de lançar uma campanha contra a Síria. "Garantimos várias vezes, através dos canais diplomáticos ou de forma aberta, que a Síria não empregará, sob qualquer condição, armas químicas, se as tiver, em sua defesa contra o terrorismo", aponta o texto.
No início deste mês, o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, avisou a seu colega sírio, Bashar al Assad, que o uso de armas químicas seria inaceitável e "teria consequências".
Damasco acusou em reiteradas ocasiões países como o Catar e Arábia Saudita de armar "terroristas", que é como o governo se refere a oposição armada.
O conflito sírio começou em março de 2011 e, desde então, calcula-se que morreram mais de 30 mil pessoas, embora alguns relatórios não verificados falam em mais de 40 mil vidas perdidas. O êxodo de refugiados supera os 200 mil, segundo números das Nações Unidas.
EFE
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