sexta-feira, 14 de dezembro de 2012

Sobe para 51 os presos em operação contra fraude em vestibulares 14/12/2012


COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
AGÊNCIA BRASIL
Subiu para 51 o número de pessoas presas na operação Calouro, deflagrada pela Polícia Federal na semana passada em dez Estados para desarticular quadrilhas criminosas que vendia vagas em vestibulares de medicina.

Na primeira fase das investigações, os agentes federais focaram nos membros permanentes dos grupos.
De acordo com a PF, a próxima etapa será identificar os alunos que teriam recorrido ao esquema criminoso para entrar na universidade. Os alunos responderão a processo criminal.
O material apreendido continua em análise. A operação é centralizada no Espírito Santo, onde foi iniciada há um ano e meio, com a identificação de sete grupos.
A polícia afirma que ainda não tem como precisar quantas pessoas foram beneficiadas pelo esquema.

Divulgação/PF-MG
Material apreendido na operação contra um esquema de fraude em vestibulares de medicina em dez Estados
Material apreendido na operação contra um esquema de fraude em vestibulares de medicina em dez Estados
Segundo delegado Leonardo Damasceno, chefe do núcleo de inteligência, as quadrilhas chegaram a fraudar o processo seletivo de 40 faculdades e universidades, entre elas PUC-Pelotas (RS), Anhembi Morumbi (SP), Estácio de Sá (RJ), Centro Universitário de Maringá (PR) e PUC-Campinas (SP). Veja lista abaixo.
A operação Calouro buscava cumprir 70 mandados de prisão e 73 mandados de busca e apreensão no Distrito Federal e nos Estados de Goiás, Minas Gerais, Espírito Santo, Rio de Janeiros, São Paulo, Tocantins, Rio Grande do Sul, Acre, Mato Grosso e Piauí.
ESQUEMA
Os vestibulares eram fraudados de duas formas. Numa delas, "pilotos" faziam a prova no lugar dos candidatos, usando documentos falsos. Essa opção custava ao "cliente" de R$ 45 mil a R$ 80 mil.
Na outra, "pilotos" respondiam rápido as questões para enviá-las por mensagens de celular ou ponto eletrônico. Custo: R$ 25 mil a R$ 40 mil.
Editoria de arte/Folhapress
Os "clientes" recebiam até treinamento sobre como usar equipamentos eletrônicos e se comportar na prova para não levantar suspeitas. Entre os chefes das ações havia empresários, médicos e fazendeiros, com "patrimônio gigantesco".
Os "pilotos" eram geralmente alunos de medicina, ganhavam por gabarito feito (R$ 10 mil) ou por candidato aprovado (R$ 5.000 cada).
Havia também os "corretores", que "vendiam" a oferta de fraudes a vestibulandos. Muitos deles eram profissionais da área de saúde.
Os acusados serão indiciados sob suspeita de formação de quadrilha, falsidade ideológica, falsidade documental, fraude em vestibular e lavagem de dinheiro.
Nenhum "cliente" foi preso. As apurações apontaram universitários beneficiados, disse o delegado, mas esse trabalho se intensificará agora. "Eles certamente serão indiciados."
A PF informará às faculdades os identificados, e caberá a elas adotar providências, como expulsá-los. Para médicos já formados, será preciso comunicar outros órgãos, como o Ministério da Educação.
O Ministério da Educação solicitou à PF a íntegra do inquérito e disse que irá fiscalizar todas as instituições apontadas.
Veja abaixo a lista completa com as universidades que foram alvo da fraude no vestibular:
- FMP (Faculdade de Medicina de Petrópolis);
- Unec (Centro Universitário de Caratinga/MG);
- Uniara (Centro Universitário De Araraquara);
- Centro Universitário São Camilo;
- Unimes (Universidade Metropolitana De Santos);
- Cesupa (Centro Universitário Do Pará);
- Novafapi (Faculdade De Saúde, Ciências Humanas e Tecnológicas do Piauí);
- Unesc (Centro Universitário Do Espírito Santo);
- Unicid (Universidade Cidade De São Paulo);
- Unipac (Universidade Presidente Antonio Carlos);
- Faseh (Faculdade Da Saúde e Ecologia Humanas - Vespasiano/MG);
- UCPel (Universidade Católica de Pelotas);
- Universidade Anhembi Morumbi;
- Unificado Cesgranrio;
- Faculdade de Ciências da Saúde de Barretos Dr. Paulo Prata;
- Uninove (Universidade Nove de Julho);
- Universidade Estácio de Sá;
- Cesumar (Centro Universitário de Maringá);
- Universidade de Rio Verde;
- Unifran (Universidade de Franca);
- Faciplac (Faculdades Integradas Da União Educacional Do Planalto Central);
- Ulbra (Universidade Luterana Do Brasil);
- Unievangélica (Associação Educativa Evangélica);
- Faseh (Faculdade Da Saúde E Ecologia Humana);
- Faceres (Faculdade Ceres);
- PUC-Minas (Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais);
- Unifacs (Universidade Salvador);
- Unilago (União Das Faculdades Dos Grandes Lagos);
- Unisa (Universidade Santo Amaro);
- Unimar (Universidade De Marília);
- Uniderp (Universidade Anhanguera);
- Faculdade Santa Marcelina;
- Unifeso (Centro Universitário Serra Dos Órgãos);
- Unievangélica (Associação Educativa Evangélica);
- Funorte (Faculdades Unidas Do Norte De Minas);
- Unipam (Centro Universitário De Patos De Minas);
- Fundação Técnico-Educacional Souza Marques;
- Faminas (Faculdade De Minas-BH);
- PUC-Campinas (Pontifícia Universidade Católica De Campinas);
- Unicastelo (Universidade Camilo Castelo Branco);

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